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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

E se Glória Pires virasse comentarista de novelas?



Ontem (28/02) rolou a premiação mais importante do cinema mundial.
Depois de muito 7x1, Leonardo Dicaprio finalmente ganhou um Oscar!


Ficamos tristes por perder um meme tão clássico, mas como Deus sempre fecha uma porta e abre uma janela, ele nos tirou o meme do Leo sem Oscar e nos presenteou com uma Glória Pires mais perdida que caravana de portadores de labirintite numa rave. A atriz foi convidada para comentar ao vivo na Globo a premiação. E o Eu Critico Tu Criticas gostou tanto dos comentários dela que decidimos contratá-la para ser a mais nova comentarista do blog sobre a nossa teledramaturgia. Primeiro, realizamos um bate papo para saber a opinião dela a respeito das novelas. Confira o resultado:

Glorinha, você está assistindo todas as novelas no ar atualmente?



Então qual é a melhor novela no ar atualmente?



Você gostou de Sete Vidas?



Qual a melhor novela das nove do JEC: Avenida Brasil ou A Favorita?



O que você achou da abertura do Mar Vermelho em Os Dez Mandamentos?



Você gosta de Êta Mundo Bom?



Verdades Secretas foi a novela mais premiada em 2015.



O que achou da volta da Lara (Carolina Dieckmann) em A Regra do Jogo?



O que achou da morte do Comendador (Alexandre Nero) no final de Império?



Você gostou de ter feito Babilônia?



Diga a sua opinião sobre Totalmente Demais.



Velho Chico: a nova Em Família das nove?



A Regra do Jogo ainda vai conseguir chegar a 40 pontos de audiência no Ibope?



Glorinha, não tem Oscar pra você, mas toma aqui um Troféu Imprensa!


E aí, pessoal? Contratamos a Glorinha ou não para ser comentarista de novela no blog?

domingo, 28 de fevereiro de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (21 à 27/02)



O MELHOR DA SEMANA


A "morte" de Romero


Romero Rômulo morreu? Essa é a pergunta do momento em A Regra do Jogo. A cada capítulo, a cada cena, a cada diálogo, o telespectador vinha acompanhando a derrocada do personagem e sua espiral de autodestruição, bem como o adeus à sua lucidez. Ser rejeitado por Tóia grávida foi o catalisador das atitudes extremas tomadas por ele. Sua atitude assim que se vê livre da prisão é correr para o casamento da amada com Juliano. De nada adiantou os apelos e esforços de Atena. Romero só enxerga sua obsessão por Tóia e pelo filho que ela carrega. Construir um quarto de bebê em uma casa numa região afastada do Rio de Janeiro foi apenas a primeira de suas atitudes questionáveis. Depois, sequestra Tóia em sua lua-de-mel e a mantém cativeira naquele lugar em situações nada propícias.



Todas as sequências passadas no cativeiro foram angustiantes e claustrofóbicas, transmitindo toda a sensação de sufocamento vivido por Tóia. Ela, grávida, enfrentou todo o horror das sandices de Romero e, quando tem a chance de escapar, acaba se vendo vítima de Atena. Toda a sequência em que a estelionatária toma a decisão de convencer Tóia a matar Romero queimado e, praticamente, obriga a mocinha a riscar o fósforo, passando pelo momento em que a mocinha dopa Romero e ele implora por socorro entre as chamas, é um dos mais excitantes e impactantes da novela. Bem conduzido, bem dirigido, manteve a tensão do público até o último instante. Vanessa Giácomo foi levada a emoção extrema e impressionou conseguindo passar uma verdade tão grande com o estado de choque de Tóia.



Apesar dos absurdos do enredo (difícil engolir esse surto repentino do Romero, que passou a se comportar feito um loco varrido), a nova reviravolta com a "morte" do ex-vereador proporcionou interessantes desdobramentos. Não está dando para perder nenhum capítulo de A Regra do Jogo! Ainda mais agora que a novela caminha para sua reta final, tudo tem sido absurdamente intenso.

Ivete emociona sem ser piegas



A edição do domingo passado do The Voice Kids foi bem emocionante, especialmente no momento em que Ivete Sangalo teve de escolher entre Luna, Larissa e Vicky (as três melhores do time). A cantora fez um belo discurso e deu para ver que se emocionou de verdade, sem cair na pieguice. Em momentos assim você vê porque ela é uma jurada bem melhor do que a maioria destes programas musicais. A coisa foi um pouco especial porque entre estas três competidoras estava Larissa Carvalho, que, na fase inicial, se enganou e chamou Ivete de "Claudinha" (relembre aqui). Ou seja, deu um fora engraçado e desconcertante ao mesmo tempo, o que Ivete, claro, levou na boa. E, apesar de ter escolhido Luna, não fez nem sequer uma citação ao errinho da garota no início da temporada. Se Ivete não tinha se encontrado ainda muito bem no Superstar, no The Voice Kids a gente vê que ela achou seu lugar e está comprovando porque é uma das artistas mais queridas e carismáticas do país.

Séries do Nowdeste



Não tenho o que falar. Apenas rir. Tá no Ar segue impagável e cada vez mais criativo.


O PIOR DA SEMANA


Fernando Rocha causa mau estar no Bem Estar



Existem os idiotas, os muito idiotas... E o Fernando Rocha. Que homem insuportável! Quem consegue aturar o Bem Estar com ele no comando?! Mariana Ferrão até conseguia dar uma equilibrada na chatice do Fernando, mas agora que ela saiu do programa porque ficou grávida e está cuidando do bebê, está impossível assistir o Bem Estar. Não por culpa do programa, que é bom e tem temas interessantes, mas sim pelos seus apresentadores. De um lado, a apática Michelle Loreto, que assumiu a vaga de Mariana até a volta dela. Ela está muito dura no comando da atração e parece estar perdida ali. Acho que a Maju Coutinho teria se adequado melhor ao formato. Ela é mais simpática, sorridente e já demonstrou estar preparada para comandar um programa ao vivo. Do outro lado, está o Fernando, fazendo piadinhas nada haver, pulando que nem um maluco e dançando ridiculamente como se tivesse tendo um ataque epilético. Alguém avisa que ele não é comediante e ficar tentando fazer graça o tempo todo, sem conseguir, enche o saco? Fernando Rocha é a personificação da vergonha alheia!

Rainer Cadete e Rômulo Neto dão show de canastrice



Eu não sei quem tá mais inexpressivo em Eta Mundo Bom!: Rainer Cadete ou Rômulo Neto. O primeiro está extremamente caricato e ainda carrega muitos trejeitos do afetado Visky de Verdades Secretas. Como bem disse a colunista Patrícia Kogut, foi cedo demais para o ator voltar ao ar. Agora que Rômulo Neto entrou na novela, o show de canastrice do elenco masculino só aumentou. E isso pôde ser percebido na péssima sequência em que seu personagem confronta o pai, Severo (Tarcísio Filho). Desperdiçou uma ótima oportunidade de mostrar seu talento, o que parece não ter. Mas, misteriosamente, sempre é escalado para papéis de destaque. Viva ao teste do s... Bem, prefiro não comentar (não quero ganhar processo)! Cigano Igor tá fazendo escola em Eta Mundo Bom!.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Com sucesso de Laços de Família no Canal Viva, será que Maneco merece uma segunda chance no horário nobre?


O Canal Viva tem me feito dormir mais tarde nesses últimos dias. A emissora estreou, na semana passada, a maravilhosa Laços de Família, que ocupa sua principal faixa de novelas, agora exibida a partir das 23h45. Trata-se da primeira novela dos anos 2000 a ser exibida no Viva, já que o canal, até aqui, vinha exibindo tramas dos anos 70, 80 e, principalmente, 90. Mesmo sendo o folhetim mais recente entre os exibidos pelo canal pago da Globosat, Laços de Família não é tão recente assim: lá se vão 16 anos desde a sua estreia. Trata-se de um verdadeiro clássico que merecia tal repeteco.



Na minha modéstia opinião, Laços de Família é a melhor novela do Manoel Carlos. Um drama cotidiano em sua melhor fase, com personagens humanos, interessantes e carismáticos, uma história redonda e muito bem escrita e arquitetada e uma protagonista tridimensional que reinou absoluta no centro da história, com tramas paralelas igualmente interessantes que orbitavam ao redor dela.

Que Regina Duarte não me ouça dizendo isso, mas Vera Fisher (em sua melhor forma), na minha opinião, foi a melhor Helena das tramas do Maneco. Ela convence como uma mulher moderna, dona de sua própria vida, e que é mãe, avó, mas, acima de tudo, também mulher. Linda e com muito sex appeal, a personagem é capaz de despertar paixões irrefreáveis tanto em garotões recém-formados quanto em homens vividos e maduros. A Helena de Laços de Família pode não ser tão controversa quanto a de Por Amor, que foi capaz de trocar o próprio filho com o neto na maternidade, mas também foi dona de conflitos tão interessantes quanto, tendo seus segredos, aos poucos, revelados.



Helena vive três grandes conflitos em Laços de Família. No início, ela vive um romance tórrido com o jovem Edu (Reynaldo Giannechinni), o que desperta a ira da tia controladora do rapaz, Alma (Marieta Severo). Como se não bastasse as armações dela para separar o casal, Camila (Carolina Dieckmann) se apaixona por Edu. Helena percebe e acaba abrindo mão de seu relacionamento com o rapaz por causa da felicidade da filha. Pouco tempo depois, Helena se deixa envolver por Miguel (Tony Ramos), com quem vive um relacionamento maduro, mas acaba abrindo mão desse amor, mais uma vez, por causa da filha. Camila está com leucemia (a doença salvou a personagem da Carolina Dieckmann da rejeição total do público, leia aqui) e Helena abandona Miguel para engravidar do seu primo, Pedro (José Mayer), que é o verdadeiro pai de Camila, para que o bebê possa ser o doador da medula que salvará a vida da filha. A doença de Camila acaba trazendo à tona o grande segredo do passado de Helena.


Além dos conflitos centrais da protagonista, a novela contou com outras grandes histórias. Chamou a atenção e despertou polêmicas a trama de Capitu (Giovanna Antonelli), jovem que vivia como prostituta de luxo para sustentar os pais e o filho. Na época, a personagem foi acusada de "glamourizar" a profissão (uma grande bobagem!), mas despertou a torcida e o carinho do público, que queria que ela se livrasse da perseguição do cliente obsessivo Orlando (Henri Pagnocelli), das armações da falsa amiga Simone (Vanessa Mesquita) e das chantagens de Maurinho (Luiz Nicolau), o pai de seu filho; e que vivesse feliz ao lado de Fred (Luigi Baricelli), seu romance na adolescência. Mas este amor carregava um problema: Clara (Regiane Alves), a esposa de Fred, que não aceitava o fim do casamento. É Clara quem revela na frente de todos que Capitu é prostituta, em uma cena antológica.


Aliás, cenas antológicas é o que não faltam em Laços de Família: além desta sequência, são memoráveis também os embates entre Camila e Íris (Deborah Secco), nas quais esta chamava a filha de Helena de "Juuuuuudas" por ter roubado o namorado da própria mãe, e o assassinato de Ingrid (Lilia Cabral), vítima da violência urbana. E como se esquecer da cena em que Camila raspa os cabelos ao som de Love By Grace, iniciando o drama da personagem? Impossível não chorar junto!



Laços de Família é Manoel Carlos em plena forma. O autor segue com seu estilo cronista, intimista e tranquilo, com acontecimentos que vão acontecendo aos poucos e arrebatando o público. Seu texto, embora lento, é primoroso e leva a história para algum lugar (o que não aconteceu em Em Família, que nos fazia dormir). A direção de Ricardo Waddington faz toda a diferença: ela consegue transformar as cenas cotidianas e banais em grandes acontecimentos. As duas primeiras semanas de Laços de Família, por exemplo, é praticamente toda tocada no Natal e no Ano Novo em todos os núcleos da obra, mas elas não são desnecessárias. Pelo contrário. Foi por meio destas festas de fim de ano que o público foi apresentado eficientemente a todos os personagens, e foi ali que começou a ser construído o romance entre Helena e Edu, que daria as cartas nos próximos capítulos do enredo.


Laços de Família vem mostrando todo o seu potencial na TV por assinatura. O folhetim é líder de audiência no ranking da Pay TV na faixa da meia-noite, além de ser o maior índice dentre as tramas já exibidas no horário pelo canal. Nas redes sociais, a reprise da trama também é um sucesso: a hastag #LaçosDeFamíliaNoViva, quase sempre, está entre os assuntos mais comentados do twitter diariamente. Nessas, fica a dúvida: será que Maneco merece uma segunda chance no horário nobre?


Rever Laços de Família no Viva me faz sentir uma falta danada desse estilo de trama no horário nobre, que é forte, mas, ao mesmo tempo, cotidiana, sem grandes viradas rocambolescas. Maneco perdeu a mão em suas três últimas obras (Páginas da Vida, apesar de ter sido um sucesso, começou a dar sinais do declínio do autor, que viriam a se agravar ainda mais em Viver A Vida e Em Família). Ele já avisou que não escreve mais para a faixa das nove, então o jeito é torcemos para que Maneco leve esse seu estilo tão gracioso para a faixa das onze ou das seis, como a imprensa especializada vem noticiando. Mas, se a faixa das nove já vem promovendo o resgate dos romances rurais de Benedito Ruy Barbosa que tanto fizeram sucesso nos anos 90, quem sabe, em breve, ela promova também a volta da crônica cotidiana, né? Nesse caso, Lícia Manzo surge com o nome capaz de tal feito.

Enquanto isso não acontece, vale a pena ver de novo (e sempre) Laços de Família no Viva!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O que seria de Eta Mundo Bom! sem o clã caipira?


A doce caipirice sempre foi o ponto alto das novelas das seis do Walcyr Carrasco. Em outros tempos, a mocinha casadora Mirrrrrna (Fernanda Souza) roubava a cena em Alma Gêmea. O irmão da donzela, Crispim (Emílio Orciollo Netto), espantava todos os pretendentes da irmã e jogava os rapazes no chiqueiro. Em O Cravo e a Rosa, o caipira bronco, rude e grosseirão de Petruchio (Eduardo Moscovis) foi capaz de conquistar o carinho do público e amansar o coração da geniosa Catarina (Adriana Esteves), uma combinação improvável, mas adorável. Impossível não lembrar também da divertidíssima Márcia (Drica Moraes), que, em Chocolate Com Pimenta, sonhava em ficar rica e não arrumava marido por ser muito exigente. É que ela era muito chique, benhê! Com Eta Mundo Bom!, mais uma vez, um núcleo caipira se torna o grande destaque de uma trama assinada por Walcyr.


Candinho (Sergio Guizé) foi para a cidade grande, mas não perdeu a ternura. Entretanto, é a família adotiva do protagonista, que ainda vive na fazenda, a grande atração da trama. Cunegundes e Quinzinho tentam, a todo custo, vender suas terras, mas sempre há algo bizarro e divertido que acontece. Elizabeth Savalla interpreta essa mulher brava e opressora, que tem o apelido de Dona Boca de Fogo. Manda no marido e vive tentando casar as filhas com homens ricos para tentar sair do buraco. Figurinha carimbada nas novelas do Walcyr, ela é sempre muito bem valorizada pelo autor. Mesmo com um sotaque caipira puxadíssimo que chega a dar dor nos ouvidos, ainda mais quando começa a espernear, é a Cunegundes que dá o tom da novela e consegue arrancar boas risadas do mesmo jeito. Ainda mais ao lado de Ary Fontoura. Os dois possuem uma ótima parceira em cena.

Em meio às confusões do casal, está a doce, ingênua e romântica Mafalda, filha de Quinzinho e Cunegundes, uma jovem que já está "ficando pra titia", afinal, "é arta demais e os hômi não gosta". Impossível não amar a personagem e sua porquinha Lili! Camila Queiroz vem comprovando porque é uma das maiores revelações da TV nos últimos tempos, com uma personagem que lhe exige tanto quanto a Angel de Verdades Secretas. Outra solteirona que marca presença nesse núcleo familiar é Eponina, irmã de Quinzinho. Uma interpretação cuidadosa e brilhante de Rosi Campos, que há tempos era subaproveitada e não ganhava um papel à altura do seu talento. Apesar de Anderson Di Rizzi ser um ator limitado e estar sempre interpretando o mesmo personagem em toda novela, é preciso admitir que ele também vem se destacando positivamente com seu Zé dos Porcos. Completam o quadro familiar: Miguel Rômulo (o filho Quinzinho), Dhu Moraes e Jennifer Nascimento (as empregadas Manoela e Dita) e Flavio Migliaccio (o vizinho Josias); todos muito bem afinados.

É fato que desde que os protagonistas Candinho e Filomena (Débora Nascimento), filha de Quinzinho e Cunegundes, partiram para a cidade, o clã caipira foi ficando cada vez mais distante da história central da novela. Entretanto, o que seria de Eta Mundo Bom! sem a família da Dona Boca de Fogo?



Sempre defendi que a telenovela foi e sempre será feita para fazer o espectador sonhar e usar aquilo como um escapismo de um dia ruim de trabalho. Todos os detalhes presentes na atual trama das seis não estão lá a toa, muito pelo contrário. Eles mostram o amor de Walcyr Carrasco pela cidade de São Paulo, mesmo sendo a cidade grande da década de quarenta. Apesar de desprezar o contexto histórico que ela passava naquele momento, vivendo um espantoso e sangrento êxodo rural de nordestinos tentando a vida melhor na cidade grande, o texto e os cenários possuem a intenção de trazer de volta o gosto do telespectador em assistir aquela novela de raiz, que se dá ao luxo de criar uma barriga de vez em quando, reciclar velhos clichês e divertir do telespectador mais velho ao mais novo. Talvez, seja devido a esse escapismo da realidade que Eta Mundo Bom! é um sucesso de audiência. Até o momento, a trama possui média geral de 22 pontos, a maior do horário das seis em quatro anos.

Infelizmente, tem alguns pontos que não são do meu agrado. O texto do Walcyr Carrasco é uma faca de dois gumes. Milimetricamente dito e marcado, empostado, quase um jogral, e teatral demais, alguns conseguem pronunciá-lo sem perder a naturalidade. São os casos de Elizabeth Savalla, Priscilla Fantin, Camila Queiroz, Rosi Campos, Sergio Guizé, Marcos Nanini, Eliane Giardini e Bianca Bin. Outros, no entanto, acabam ficando robóticos em cena. Servem como exemplos: Eriberto Leão, Débora Nascimento, Klebber Toledo, Flavio Tolezani, Rômulo Neto, Tarcísio Filho e, principalmente, Rainer Cadete (extremamente caricato, precisa se arriscar mais, se expressar com mais vontade).

Eta Mundo Bom! é uma novela muito lenta e sem grandes histórias. Nem mesmo o núcleo principal consegue me cativar. Para Anastácia (Eliane Giardini), achar o filho será uma grande alegria, mas se não achar também, que se dane. Até Maria do Bairro nos passava mais emoção quando estava a procura do seu filho. A mocinha Filomena é uma chata nível hard (já falei sobre ela aqui) e não desperta torcida alguma. O romance entre Gerusa (Giovanna Grigio) e Osório (Arthur Aguiar) é uma salada de chuchu sem tempero. Ainda não consegui entender o contexto de todo esse ódio exagerado e gratuito da Ilde (Guilhermina Guinle) com o enteado, Claudinho (Xande Valois). Por tudo isso, o clã caipira liderado por Cunegundes acaba destoando dos demais núcleos da novela, onde as histórias ainda engatinham e a maioria dos personagens não se mostrou totalmente ou não disse a que veio. Sandra (Flavia Alessandra) como vilã é uma delas. Cadê a Cristina 2 que a gente está esperando?!


Eta Mundo Bom! ainda não me pegou. É bonitinha, divertidinha, fofinha... É tudo muito "inha" demais. Nada acontece e as situações se repetem demais. Falta ação, falta gancho, falta motivo para assistir no dia seguinte. Nessa mesma altura da novela, que já está há mais de um mês no ar, Além do Tempo já estava super movimentada e nos enchendo de emoção. Com a atual, se você perde um capítulo, nem parece que perdeu. A trama tem um looooongo caminho pela frente. Estima-se mais de 200 capítulos. Conhecendo o histórico de Walcyr Carrasco, "barriga" é o que não vai faltar!

Se A Regra do Jogo deveria ser só o núcleo central, Eta Mundo Bom! deveria ser só o da fazenda.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

BBB16 | A vingança continua


Paredão zangado. Grave tá batendo. Médio tá no talo. Corneta tá doendo. Pega a metralhadora. Trá trá trá trá trá. A Ana Paula vai no trá trá trá trá. Trá trá trá trá trá. E a Ana Paula vai ganhar. Trá trá. E acelera aê! E a nossa vingadora do BBB16 continua cada vez mais poderosa e perigosíssima no jogo. Ana Paula acaba de fazer mais uma vítima do Esquadrão da Meditação. Revenge, queridinhos!


O saldo de Juliana no BBB16 tem pouco a ser contemplado. Ela poderia ter engatado um romance com Renan, coisa que quem assiste ao BBB gosta de ver, mas viu seu proto-affair pegar Munik. Percebeu que o namorado que tinha fora da casa já picou a mula depois de ser obrigado a prestigiar cenas lamentáveis na festa. Foi líder justamente no segundo paredão falso da história em 16 edições de BBB. Vivia de fofoquinha com a Adélia plantando caraminholas na cabeça de quase todos os confinados. Era a primeira a fazer jogo, mas não aceitava que os outros assumissem a mesma postura. Afirmou que votaria em Ronan até o momento de sua eliminação, mas acabou por lançar Ana Paula direto ao paredão quando teve a oportunidade como líder. Teve que ver sua maior antagonista retornando poderosa ao jogo com direito a imunidade. Não pôde vetar ninguém na prova do líder. Disse que iria se matar caso Ronan ficasse no paredão contra Daniel. Ele ficou. Foi o ponto de partida para que Ana Paula passasse a enfrentar a sister, desejando um paredão entre as duas. O desejo da loira foi atendido e suas expectativas também. Teve que ouvir Geralda Vidente dizendo "Tem arroz doce lá procês. Viu, Juliana? Antes de você sair". Disse pra ela que ia ficar. Foi eliminada. E para a sua maior rival!


O cantor Leonardo até lançou uma campanha para Juliana, que era uma das suas bailarinas antes de entrar na casa, permanecer no jogo. Mas de nada adiantou. No confronto contra Ana Paula, a Cara de Cavalo perdeu em todas as regiões do Brasil e também nas votações por SMS e telefone. Acho que vou comprar um ingresso pro show do Leonardo só pra ir com um cartaz "OLHAAAAAA ELA". Também, filho do Leonardo com apoio dele na Fazenda foi eliminado com 68%, imagina a Juliana, que falou mal da Anitta, Paula Fernandes, Monica Iozzi e Cristiano Araújo?! Burra, né?! Será que ela não se lembra o que aconteceu com o Zeca Camargo?! Juliana já não era lá muito querida. Depois das duras críticas que fez à Anitta, Paula, Iozzi e Cristiano, aí mesmo que os fãs dos quatro caíram matando.


Com isso, Ana Paula se fortalece na casa. Apesar das discussões superestimadas, ela tem se mostrado uma perspicaz telespectadora dentro do jogo. Independente de ter tido acesso a informações preciosas quando teve a chance de assistir os brothers direto do segundo andar, Ana tem a leitura mais refinada do jogo dentre todos os participantes, conseguindo inclusive perceber quando as próprias atitudes lhe são desfavoráveis. Acaba por ser uma participante capaz de tirar uma série de conclusões que independem do resultado dos paredões, uma habilidade muito valiosa em um reality show de confinamento. Muita gente pode não gostar das atitudes da moça, mas não há como negar que é ela quem dá graça à coisa toda. Se ela vai sair vencedora do programa são outros quinhentos, porque numa eventual final o público realmente pode escolher por alguém mais "bonzinho". Mas Ana tem mesmo de ficar na disputa até a final, pelo menos. Do contrário, a coisa ficará chata demais.


Se no paredão passado, a maior favorecida com a eliminação de Daniel era Munik, neste, o favorecimento se estende a Ana, Munik e Ronan. O trio segue poderosíssimo no jogo e acho que a única chance do programa continuar divertido e haver uma reviravolta é acontecer um racha entre os três. Ninguém mais ali dentro da casa tem força para derrubá-los. Só mesmo uma autodestruição.


Ao mesmo tempo em que Adélia, Renan e Tamiel saem no prejuízo. O Esquadrão da Meditação está em extinção. Os três, finalmente, se deram conta da tremenda popularidade de Ana Paula no jogo e concluíram que seriam eliminados caso estivessem no lugar de Juliana. Sinceramente, vejo poucas chances de um renascimento para o grupo, mas com muitas de sobreviverem no jogo. Renan já é figurinha fácil no bate-papo do Gshow semana que vem. Só vejo uma esperança para o rapaz: tentar se aproximar da Munik e engatar um romance. Se bem que ele tem uma "pessoa" lá fora, né...


O Renan vem adotando uma estratégia de jogo bem rasteira: sempre com a mãozinha pra trás, como se estivesse esperando levar um tapa na cara, ele provoca Ana Paula para ela, que não tem sangue de barata, parecer a louca barraqueira da situação. Foi assim na semana passada, lembram?


Dessa vez, depois da formação do Paredão entre Ana Paula e Juliana, o bate-boca foi instaurado no BBB16 porque Renan foi atrás de Ana Paula para, mais uma vez, justificar o voto nela. O desfecho? Todos já devem imaginar... "Patricinha" pra lá, "atorzinho de merda" pra cá; "falso" de um lado e "barraqueira" de outro. Ana Paula, que estava quieta, mas é da pá virada, deu vários foras em Renan e ainda apontou o dedo para o brother para culpá-lo pelo início da briga: "Foi essa fofa, aí".


Imagina quando a Ana descobrir que o nariz da Renanzinha também é falso?


Na discussão contra Ana Paula, a bicha que tenta ser hétera disse que é "guerreira, tem saúde e trabalha desde os 18 anos". Taí meu povo o trabalho árduo na lavoura desse trabalhador brasileiro.


Aliás, eu não consigo entender o porque de toda essa perseguição à Ana pelo simples fato dela ter uma boa situação financeira, nunca ter trabalhado e ser sustentada pelo pai com mais de trinta anos. E daí?! Tendo um pai que me bancasse a vida inteira, eu também não pensaria em trabalhar nunca. Nenhum dos participantes está lá para ser julgado por ser rico ou não, mas sim por sua participação e o que faz dentro da casa. E se Renanzinha quiser ficar na casa, terá que fazer de tudo para não ser indicado, seja pelo líder ou pela casa, e formar um paredão entre Ana Paula e seus aliados. Não só ele, mas Tamiel e Adélia também, tentando "comer pelas beiradas" tirando a força da rival eliminando seus possíveis aliados. Com isso, Cacau, Matheus e Geralda acabam por servirem como foco para os contornos estratégicos que continuarão a rondar os dois grandes grupos rivais da casa.


Dois já foram eliminados. Quem será o próximo a enfrentar a nossa Emily Thorne dos reality shows?

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Walcyr Carrasco: o Rei da Versatilidade e da Audiência



Uma máquina de fazer novelas. Assim podemos definir Walcyr Carrasco. O mais versátil dos autores da atualidade, já escreveu para todas as faixas de novelas e conseguiu emplacar sucessos em todos os horários. Tanto que é um dos escritores mais requisitados da Globo, que sempre encomenda várias novelas a ele, ao contrário do que ocorre com seus colegas, que têm um período de férias bastante longo quando terminam seus folhetins. No caso do escritor, é praticamente uma novela atrás da outra.



A primeira novela dele foi no SBT, quando escreveu Cortina de Vidro (1989). Na década de 90, foi para a TV Manchete, onde escreveu três minisséries: Rosa dos Rumos (1990), Filhos do Sol (1991) e O Guarani (1991). Mas seu grande sucesso mesmo na extinta emissora foi a polêmica Xica da Silva (1996), que o despontou como autor. O folhetim era extremamente forte e, apostando alto no erotismo, trouxe de volta à Rede Manchete o segundo lugar no ranking de audiência da televisão, fazendo com que a extinta emissora recobrasse seu prestígio depois de anos de crise (pena que, dois anos depois, faliu). Xica da Silva foi uma novela empolgante, caprichada, sensual, realista e não poupou em cenas de violência explícita. São inúmeras as sequências de assassinatos, execuções, torturas e até mesmo bruxarias. Vários foram os destaques do elenco. Além de Taís Araújo, a primeira protagonista negra da história da nossa teledramaturgia, revelada nessa novela, destacou-se também Drica Moraes, ao interpretar a diabólica vilã Violante, um papel marcante e o melhor da carreira da atriz.



Vale lembrar que Walcyr assinou a obra sob o pseudônimo de Adamo Rangel, pois era contratado do SBT na época. Descoberto, Silvio Santos obrigou Carrasco a escrever uma novela para o SBT, como punição: Fascinação (1998). Com o estilo de novelas mexicanas melodramáticas e filmes água com açúcar, a novela teve uma boa audiência: 10 pontos, quando se esperava 7. Parece pouco, mas competia com a novela das nove, Torre de Babel, em sua fase de rejeição com o público (leia aqui).



Já em 2000, o autor foi contratado pela Globo, onde está até hoje. Sua estreia foi em grande estilo. Ele simplesmente escreveu, em parceria com Mário Teixeira, um dos maiores e mais lembrados sucessos das seis: O Cravo e a Rosa, comédia romântica leve e divertida que alavancou a audiência no horário das seis como poucas vezes se viu. Baseada no clássico A Megera Domada, de William Shakespeare, a trama conquistou o público e foi brilhantemente protagonizada por Adriana Esteves e Eduardo Moscóvis. Catarina e Petruchio eram um casal apaixonante e hilário. Ney Latorraca, Maria Padilha, Drica Moraes, Luís Mello, Pedro Paulo Rangel, Suely Franco, Eva Todor, Sueli Franco e Taumaturgo Ferreira, entre outros do elenco, também mostraram um ótimo lado cômico em cena.

Depois desse grande acerto, o autor teve seu primeiro tropeço na carreira. Um dos poucos. Talvez, o único. Empolgada com o êxito da primeira novela dele na emissora, a Globo encomendou logo outro trabalho e veio, em 2001, A Padroeira. O tema central foi a devoção à imagem de Nossa Senhora da Aparecida, encontrada por pescadores. Mas a história morna foi rejeitada pelo público e teve baixa audiência. Sofreu inúmeras modificações na história e na personalidade dos personagens. Parte do elenco original saiu e novos personagens foram criados para dar mais "vida" à história. Reformulada por completo, apresentou uma ligeira melhora no Ibope, mas terminou como um fiasco.

Em 2002, ele foi chamado às pressas para assumir a péssima Esperança, que estava naufragando o horário nobre. Conseguiu melhorar os índices com as alterações no roteiro, mas não fez milagre.



Foi apenas em 2003 que Walcyr fez as pazes com o sucesso com um acerto e tanto. Novamente de volta ao horário das seis, o autor escreveu a deliciosa Chocolate com Pimenta. O folhetim esteve nas alturas e é o segundo maior Ibope do horário das 18 horas desse século. Vários fatores contribuíram para o sucesso: um par de atrizes jovens, bonitas e talentosas nos postos de heroína e vilã (Mariana Ximenes e Priscila Fantin, respectivamente), veteranos de renome em papéis cômicos, uma excelente reconstituição de época e a direção inspirada de um especialista em humor, Jorge Fernando, marcando o início da boa parceira com o Walcyr. Esta foi também a primeira trama do escritor que abusou das guerras de comida, virando uma de suas marcas principais em histórias mais leves.



Dois anos depois, Walcyr conseguiu superar a si mesmo. Isso porque, se mantendo na faixa das 18h, escreveu o maior fenômeno do horário do século: Alma Gêmea (2006). Sua audiência foi estrondosa, já que ultrapassava a audiência da catastrófica novela das sete, Bang Bang, e, vez ou outra, a novela das nove, Belíssima. Assim como Chocolate com Pimenta e O Cravo e a Rosa, era ambientada nos anos 20 e arrebatou o público com uma trama espírita folhetinesca ao extremo (uma mocinha muito sofredora, vilãs muito más e núcleos cômicos bem divertidos) e de grande apelo popular. Destaque para as vilãs vividas por Ana Lúcia Torre e Flávia Alessandra, Débora e Cristina, mãe e filha. Alma Gêmea consagrou de vez Walcyr como autor de novelas e lhe rendeu a fama de ser o Rei das Seis.



A princípio, parecia que Walcyr ficaria limitado ao horário. Mas logo foi transferido para a faixa das sete, como experimentação. Não deu certo inicialmente. Sete Pecados (2007), cujo enredo era voltado para os sete pecados capitais, foi uma novela problemática e ele ainda teve um bloqueio criativo, pedindo ajuda ao colega Silvio de Abreu. A trama não foi um fracasso, mas passou longe de ser um sucesso. Parecia que o escritor não tinha se adaptado bem ao novo desafio. Porém, sua versatilidade começou a ser exposta dois anos depois. De narrativa rápida e humor escrachado, Caras & Bocas (2009) foi um dos maiores sucessos da faixa das 19h e, na época, chegou a ter mais audiência que Viver a Vida, a novela das nove. O autor ousou ao colocar um macaco como protagonista (Xico) e conquistou o telespectador com uma gama de personagens atrativos e carismáticos.



Em 2011, o autor emplacou outro sucesso, após um início conturbado. Morde & Assopra tinha uma proposta ousada, mostrando que o escritor nunca teve medo de sair da mesmice. O pano de fundo era o avanço da ciência, através do personagem Ícaro (Mateus Solano), que construía vários robôs, incluindo um clone da sua esposa desaparecida, e a pesquisa de arqueólogos em busca de fósseis de dinossauros. A trama enfrentou problemas de audiência no começo, mas, após algumas pequenas mudanças, o folhetim caiu nas graças do público. Muito por causa do carisma da doce e ignorante Dulce (vivida magistralmente por Cássia Kiss), que virou, praticamente, a protagonista da história.



Depois de ter emplacado sucessos da faixa das seis e das sete, o autor foi escolhido para escrever o remake de Gabriela (2012), a segunda novela da, até então, nova faixa das onze. Missão novamente cumprida com sucesso. A produção foi um grande acerto e teve boa repercussão. Walcyr imprimiu à esta adaptação suas marcas registradas: diálogos ferinos e espirituosos, frases no imperativo, personagens caricatos em situações engraçadinhas, camas quebradas, tortas na cara, etc. Até um bichinho de estimação arrumou para Gabriela (Juliana Paes). Ao mesmo tempo, Gabriela teve cenas densas, seja pela violência ou pela emoção. O elenco de primeira e a direção primorosa de Mauro Mendonça Filho ajudaram bastante. Uma bela novela, bela de se ver, numa produção requintada.


E eis que, em 2013, Walcyr Carrasco, finalmente, recebeu o premio de escrever uma novela das nove: Amor À Vida, que apresentou o primeiro beijo gay entre homens na história da teledramaturgia. Um sucesso que divide opiniões. Os meses iniciais de Amor À Vida foram movimentados. A atração causou espanto pela direção que imprimiu agilidade na narrativa e pelas tomadas de tirar o fôlego. Mas logo a novela entrou no ritmo normal de um tradicional folhetim do autor, com todas as qualidades, vícios e problemas característicos do novelista. Só não teve torta na cara! Aliás, falando em problemas, é bom lembrar que Walcyr Carrasco possui um grande defeito que incomoda até mesmo em seus maiores sucessos: o texto didático, cujos diálogos são artificiais demais e lembram muito jograis, com muita recitação teatral. E ai de quem não declamar o texto exatamente como está escrito no roteiro! O autor tem a fama de ser vingativo com os atores que colocam "cacos" no seu texto e é totalmente avesso ao improviso. Não é a toa que o seu sobrenome é carrasco, né?


De volta ao horário das onze, Walcyr escreveu a polêmica Verdades Secretas, novela de maior repercussão e audiência do horário, chegando a alcançar 30 pontos em plena madrugada, sucesso absoluto nas redes sociais. Sem dúvidas nenhuma, foi o maior sucesso de 2015, fazendo o público ir dormir mais tarde para acompanhar os nudes e as verdades secretas de personagens amorais em uma ousada história de um homem que se casa com uma mulher apenas para ser amante da filha dela. O submundo da moda serviu como pano de fundo para discutir temas como prostituição de luxo (o chamado book rosa), drogas, bissexualidade e alcoolismo de forma primorosa e chocante.



Depois de dois sucessos seguidos no horário nobre, muitos autores se sentiriam rebaixados se fossem escalados para um horário menos nobre como o das 19h e 18h. O que é uma grande besteira. Autor bom de verdade escreve novela boa em qualquer horário. E Walcyr não se incomoda com isso. Tanto é que, em menos de quatro meses desde o fim de Verdades Secretas, já voltou para o ar com mais uma comédia leve e romântica dos anos 20 aos moldes de O Cravo e a Rosa, Chocolate com Pimenta e Alma GêmeaEta Mundo Bom! já é a maior audiência das seis desde 2010 e, apesar de ainda ter um longo caminho pela frente, ao que indica, será mais um sucesso para a carreira do autor.

A imensa versatilidade de Walcyr Carrasco é incontestável. O autor é o único que transita com maestria por diferentes universos e estilos, seja rurais ou urbanos, comédias ou dramas, de época ou contemporâneas, pesadas ou leves, das 23h ou das 18h, da Globo ou não. Com uma coleção diversificada de sucessos e personagens que caíram na boca do povo, o autor é o verdadeiro coringa da Globo, principalmente em tempos de dificuldades de audiência. Sua capacidade para criar novas histórias, em um curto intervalo de tempo, impressiona muito. Que bom seria se todos os autores fossem assim. Adoraria, por exemplo, ver um João Emanuel Carneiro da vida escrevendo de novo uma novela das sete, um Manoel Carlos novamente no horário das seis, ou um Aguinaldo Silva e uma Glória Perez se aventurando numa novela das onze... Nem sempre a novela das nove é a melhor.

Vida longa ao Walcyr Carrasco!


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