E (finalmente!) chegou ao fim as nossas listas de Retrospectiva 2015. E, para fechar com chave de ouro, confira os 12 maiores pontos positivos dos programas de TV no ano passado.
Besteirol espirituoso de primeira linha, o programa se assumiu como entretenimento puro e faz muito bem o que se propõe, com convidados legais, brincadeiras bobas e situações inusitadas no palco. Ao contrário da grande maioria dos programas da Record, o Legandários consegue audiência sem apelação, sensacionalismo ou subestimando o público. Com muita sacanagem e molecagem, Marcos Mion se consolidou em 2015 como um apresentador talentoso, versátil e de grandes recursos, apoiado por uma equipe afiada. Diversão garantida!
Feliz da vida em seu novo emprego, Mariana Godoy assumiu um programa de variedades que entrevista políticos, personalidades, artistas e ainda faz matérias especiais interessantíssimas no Brasil e no mundo. Golaço da RedeTV! em 2015, que tenta se desvencilhar da imagem de ser a emissora que exibe tranqueiras horríveis como o Você na TV.
O SBT preparou uma mega superprodução no Programa Silvio Santos para "a primeira pegadinha de terror realizada em um vagão de metrô no mundo". Com 70 figurantes fantasiados como zumbis, gravada no metrô de Fortaleza, a ação teve o mérito de se assumir como entretenimento puro, sem qualquer preocupação de parecer real – um filme de terror, praticamente. Sensacional!
A Globo acertou em cheio ao aposentar o péssimo Zorra Total e o substituir pelo ótimo Zorra (sem o "Total"), totalmente reformulado. Saíram os personagens fixos e os bordões chatos e entraram rápidas cenas do cotidiano, com muitas sátiras à vida moderna e às diversas situações que criam imediata identificação com o telespectador. Um texto esperto e bons atores divertem na atração, claramente inspirada no melhor do humor na internet.
Um dos grandes sucessos da televisão brasileira completou 25 anos e, para comemorar, o canal Viva e a Rede Globo (dona do canal por assinatura especializado em clássicos) produziu novos episódios, que traz novos atores vivendo alguns dos mais saudosos alunos. Sem nenhuma intenção de imitar ou superar o original, o programa nada mais é do que uma homenagem e acabou se revelando como um ótimo acerto. A escolha do elenco, num modo geral, foi perfeita, incrivelmente próximos ao original, tanto na interpretação, quanto na caracterização. Há momentos em que você pensa estar vendo os originais na tela, sendo que os atores captaram os trejeitos, modos de falar e expressões dos personagens. Está divertidíssimo! Já quero novos episódios da Nova Escolinha.
O programa comandado por Marcelo Adnet e Marcius Melhem é como assistir a antiga MTV Brasil. Só que com o Padrão Globo de Qualidade! Engraçado, inteligente e com um radar sensível para cada momento do Brasil. As sátiras e esquetes da atração desafiam qualquer tipo de barreira cômica que poderia se imaginar, inclusive debochando da própria Globo. Ousado demais… E bom demais!
Como todo programa novo, o Encontro começou meio capenga e já ganhando a nossa antipatia por ter tirado a TV Globinho do horário. Mas depois que veio os ajustes e as reformulações, com o tempo, ele ficou muito bom, com um clima descontraído, cheio de gracinhas, com convidados bacanas e mais música e liberdade editorial. Grande parte desse sucesso se deve, exclusivamente, à Fátima Bernardes, com seu carisma, competência e cada vez mais a vontade no palco. Sério, não consigo mais imaginá-la sentadinha na bancada do JN, de terninho, toda séria, falando sobre notícias de gente grande. O negócio dessa mulher é ali o tête-à-tête com outras pessoas, sejam elas celebridades, sub-celebridades ou longe-de-ser-celebridades. Se antes havia alguma dúvida, depois de Fatinha dançar Bang ao vivo com a Anitta, não há mais nenhuma: Fátima Bernardes se consagrou como uma das melhores apresentadoras da TV brasileira.
O começo das tardes na Globo estão mais leves e descontraídas. Tudo por conta do novo formato do consagrado Vídeo Show. O programa ganhou ares que ninguém jamais achou que fosse acontecer. Sem deixar de contar tudo sobre os bastidores da emissora, o programa vem se destacando por seu humor fora de roteiro com o talento e simpatia de Otaviano Costa e Môniza Iozzi, que formam uma dupla afinadíssima. Virou uma bagunça gostosa, onde os apresentadores podem dizer tudo (ou quase tudo) que pensam à respeito da própria Globo. Óbvio, tudo em tom de brincadeira. Esse humor, essa bagunça sem roteiro e essa linguagem informal estão demais!
O reality show de culinária da Band conseguiu emplacar uma segunda temporada ainda melhor e mais vibrante do que a primeira. Sucesso comercial, de crítica e de audiência, o MasterChef foi o maior triunfo na grade da Band em 2015, com repercussão inacreditável nas redes sociais, quebrando recordes mundiais no Twitter. O carisma e a espontaneidade dos jurados Erick Jacquin, Paola Carossella e Henrique Fogaça é excepcional, formando um trio em perfeita química. Com bons participantes e provas emocionantes, mesmo que a edição tenha sido arrastada e fazia a atração atravessar a madrugada, era impossível tirar os olhos da telinha.
Em meio a um bando de subcelebridades sem carisma, Mara Maravilha chamou para si todas as câmeras na oitava edição da Fazenda. Além de ter sido a mais conhecida, foi a única que entregou um material realmente interessante para a edição. A cantora engrenou todas as discussões e todos os acontecimentos ocorridos dentro da temporada, movimentando não só os participantes, como também, a audiência. Em um momento raro, talvez inédito em um reality show, um grupo de peões da Fazenda se reuniu para pedir a saída da participante gritando aos berros: "Fora, Mara!" A cena, surpreendente, dá uma boa ideia do impacto que a presença de Mara causou no programa. A cantora, com seu comportamento extravagante, se tornou inimiga de boa parte dos participantes. Inteligente, Mara provocou, fez intriga, disse verdades na cara, irritava, chamava a atenção de todos para si. Em alguns momentos, se fez de doida e causou punições para todo o grupo de forma voluntária. Como fazendeira, foi ainda mais abusada, se colocando na posição de rainha. Não pode haver personagem melhor em um reality show como esse! Mara era do tipo que ou você amava ou você odiava. Não havia meio termo. Eu preferi amar! A sua eliminação significou a aniquilação da atual temporada. Sem a grande protagonista, coube a um bando de coadjuvantes tentar levar o reality a diante. Sem sucesso, é claro! Mara ainda conseguiu se manter com mais evidência que os próprios finalistas até mesmo depois de eliminada. Para o bem ou para o mal, Mara foi a responsável por salvar a Fazenda 8 do fracasso total e conseguiu ser ainda maior do que o próprio reality em que participou.
Não teve pra ninguém. Se 2015 tivesse nome e sobrenome, ele se chamaria Monica Iozzi, o grande destaque desse ano que passou. A apresentadora e atriz já havia começado bem o ano com sua Scarlet/Cidinha, personagem que rendia ótimos momentos cômicos na novela Alto Astral. Mas foi como apresentadora do Vídeo Show que Monica cresceu e apareceu. Desbocada, irônica e debochada, ela faz graça de tudo, ri da própria Globo e dela mesmo e suas tiradas se tornaram a grande vitrine do tradicional programa vespertino da emissora. Foi tão bem em 2015 que até conseguiu fazer a gente rir do Tomara que Caia, um dos piores humorísticos de todos os tempos, dando uma verdadeira aula de humor e improviso. Monica Iozzi tornou-se uma estrela! Uma pena que, no fim do ano, a Mônica deixará a bancada do Vídeo Show. À altura dela, só Dani Calabresa e Tatá Werneck. Só! Ninguém mais do elenco global tem o talento de improvisar ao vivo e inventar coisas espontâneas e sinceras como ela. A Mônica passa isso no vídeo. Sinceridade e não aquela "coisa fake" de c.e.r.t.a.s apresentadoras casadas com marido diretor poderoso em frente às câmeras.
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