Ontem (9) rolou o Troféu Imprensa e a credibilidade passou longe da premiação de novo. O esquema de votação seguiu da mesma forma equivocada (selecionando apenas cinco jurados por categoria) e a escolha dos finalistas se mostra a cada ano mais absurda por conta do método utilizado (votos pela internet).
Ano após ano, fica claro o quanto que a premiação perdeu a sua relevância ao longo do tempo, não conseguindo evoluir e ficando estagnada. Até porque uma das poucas mudanças feitas durante os últimos dez anos, por exemplo, foi justamente a seleção dos finalistas por escolha popular, conseguindo deixar o conjunto ainda pior e mais injusto. Afinal, é natural que o produto ou o artista que tenha o maior fã-clube ou fãs mais dedicados que virem noites votando no seu ídolo seja beneficiado com larga vantagem. E é exatamente isso que acontece com as Anittas, Safadões, Luans Santanas e atores teens da vida.
Embora costume ser considerado mais justo por abranger todas as emissoras, o Troféu Imprensa insiste em manter falhas nas votações que já deveriam ter sido corrigidas há tempos. Outro fato que comprova a obsolescência da premiação é a categoria Melhor Programa Infantil. Todas as emissoras abertas já extinguiram seus eventos infantis e a única que ainda mantém é justamente o SBT. Não por acaso, o Bom Dia e Cia sempre ganha. Qual a necessidade de se manter uma categoria como essa nos dias de hoje?
A questão não é nem se os indicados são merecedores ou não de estarem ali, mas sim que existem outros melhores na frente que nem sequer foram indicados. Larissa Manoela, por exemplo, se saiu muito bem como a gêmeas de Cúmplices de um Resgate, mas na frente dela tiveram outras atrizes disparadamente superiores no ano passado que mereciam indicação: Adriana Esteves, Débora Bloch, Selma Egrei, Camila Pitanga, Andreia Horta, Nathália Dill, Thaís Fersoza... Só para enumerar alguns outros absurdos: uma garota de cinco anos (Lorena Queiroz) disputando com uma cantora (Marília Mendonça) e uma dupla sertaneja (Maiara e Maraísa) como Revelação do Ano, Malvino Salvador e Bruno Gagliasso serem indicados por suas atuações pífias como os mocinhos de, respectivamente, Haja Coração e Sol Nascente em detrimento a Marcos Nanini, Domingos Montagner, Irandhir Santos, Rodrigo Santoro, Marco Ricca, Lee Taylor ou Matheus Solanno, o Panico concorrer como Melhor Programa Humorístico e o Tá no Ar não, Eta Mundo Bom, maior sucesso do ano passado, esquecida como Melhor Novela, entre muitos outros.
Parece tão óbvio e simples afirmar isso, mas deveria ser assim: Troféu Imprensa, quem decide SÃO OS JURADOS "especializados" em TV. Troféu Internet, quem decide É A INTERNET. Não pode deixar nas mãos do público a escolha dos finalistas. Será que é tão difícil assim reformular a premiação?!
Jurados só bajuladores do idoso, tudo o Ó
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