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domingo, 31 de julho de 2016

Haja Coração é muito instável



Após um início promissor, Haja Coração entrou em um período instável, sofrendo com uma fraca distribuição de destaque dos núcleos e pela falta de acontecimentos relevantes.

Um deles é a trama principal, que envolve a protagonista Tancinha (Mariana Ximenes) e seus pretendentes Apolo (Malvino Salvador) e Beto (João Baldasserini). A feirante vinha protagonizando cenas divertidas ao lado do publicitário, que de início é um conquistador barato que apenas a deseja como um troféu, mas acaba alimentando um sentimento verdadeiro.

Porém, Tancinha perde força quando está ao lado do caminhoneiro, um grosseirão que volta e meia apela para a violência para resolver seus problemas. As constantes brigas entre os dois cansam e tornam o casal entediante, uma vez que ambos apresentam um excessivo ciúme um do outro. Outro problema é a diferença entre as atuações: Mariana Ximenes tira leite de pedra e esbanja talento e carisma (embora a Tancinha seja um tipo difícil de engolir); João Baldasserini mostra-se uma ótima surpresa em um papel cômico após alguns papeis densos, além de esbanjar química nas cenas com Mariana; já Malvino Salvador interpreta o mesmo tipo de papel e se mostra limitado em cenas que exigem mais. E o fato da trama praticamente se resumir às desventuras amorosas da protagonista mostra falta de fôlego para encabeçar uma novela, uma vez que este núcleo era apenas coadjuvante na novela que o baseou, Sassaricando (1987).


Um entrecho que poderia render bons conflitos para o mesmo seria a busca de Tancinha por seu pai, Guido (que será vivido por Werner Schunemann) e uma movimentação chegou a ocorrer com a entrada de Paulo Tiefenthaler como Rodrigo, um homem misterioso que tem informações valiosas sobre o patriarca dos Di Marino. Contudo, não há um maior desenvolvimento do tema, ficando solto na história. E, surpreendentemente, Apolo foi aprovado no grupo de discussão promovido junto aos telespectadores, algo até pouco crível, uma vez que ele é insuportável.

No núcleo dos Abdalas, o problema envolve a morte de Teodora (Grace Gianoukas). Teoricamente, esta morte é falsa e ela voltará para assombrar o marido. No entanto, até agora nada de relevante ocorreu, deixando grande parte dos personagens sem função. As situações envolvendo Fedora (Tatá Werneck) e Leozinho (Gabriel Godoy), que deveriam divertir (e até divertiam no começo), também cansaram. Enquanto isso, Aparício (Alexandre Borges) tem se encontrado cada vez mais com a amada Rebeca (Malu Mader) e vive tentando reconquistá-la, todavia, a postura do personagem (que deu um golpe do baú e se faz de vítima) é irritante. E Lucrécia (Claudia Jimenez) e Agilson (Marcelo Médici) parecem irrelevantes para a história.


O triângulo entre Giovanni (Jayme Matarazzo), Camila (Agatha Moreira) e Bruna (Fernanda Vasconcellos) alterna altos e baixos. Uma virada interessante resultou na retomada do relacionamento entre o irmão de Tancinha e a fotógrafa, quando ele conseguiu um emprego na agência da namorada para ficar mais perto dela. A história chegou até Bruna, que, inconformada por ter sido trocada pela patricinha, juntou-se a Enéas (Johnnas Oliva) em uma armação que revelou que Giovanni teria sido o autor da explosão do Grand Bazzar (crime pelo qual ele foi acusado injustamente pela própria Camila, antes que esta perdesse a memória). O núcleo rende bons entrechos e destaca as boas atuações de Agatha Moreira e Fernanda Vasconcellos, contudo, nem sempre rende o que poderia em função do pouco destaque em alguns capítulos. Em alguns deles, Bruna simplesmente não aparece, o que impede o papel de crescer mais.

O trio de amigas Rebeca (Malu Mader), Penélope (Carolina Ferraz) e Leonora (Ellen Rocche) é outra história que anda a passos lentos, embora ainda divirta em função do talento das três atrizes (em especial, Ellen Rocche, conhecida por interpretar mulheres sensuais, que está hilária como a ex-BBB fracassada e desta vez o papel não faz muitas referências à forma física da atriz). Quem também contribui para o bom resultado é Renata Augusto, que vive a divertida empregada Dinalda. Outro ponto positivo do núcleo é o romance entre Penélope e Henrique (Nando Rodrigues), um ótimo casal, que tem como maior conflito o fato de ela ser mãe de Beto, melhor amigo dele. Os dois atores esbanjam química em cada cena. Em breve, o núcleo contará com participações de três ex-BBBs da última edição: Daniel, Munik e Ana Paula (Olha ela!!!).

No núcleo de Apolo, a situação é ainda pior. A talentosa Ana Carbatti, que vive Nair, mãe do caminhoneiro, está interpretando um personagem muito semelhante ao que viveu em Alto Astral, do mesmo autor (Daniel Ortiz): a mãe batalhadora que é humilhada constantemente pelo(a) filho(a) mau-caráter ( um clichê já conhecido e explorado em obras como Dona Xepa, Morde e Assopra e Fina Estampa). Naquela novela, Ana interpretava Aurélia e sua filha era a ambiciosa Sueli (Débora Nascimento). Agora, quem interpreta o filho ingrato, ironicamente, é José Loreto, marido de Débora. O personagem de Loreto, Adônis, é irmão de Apolo e gasta com baladas e mulheres o dinheiro que a mãe dá para financiar os estudos, além de ser altamente arrogante. A fraca atuação de Loreto torna o personagem ainda mais insuportável do que já se mostra. Por sua vez, a irmã mais nova de Apolo e Adônis, Larissa (Marcela Valente), até agora não disse a que veio. Sabe-se apenas que é namorada de Renan (Conrado Caputto), um atleta de esportes radicais extremos. E este personagem também não tem qualquer função na trama, o que é uma pena, uma vez que Conrado se destacou em Alto Astral ao lado de Cláudia Raia, com a dupla cômica Samantha Paranormal (Raia) e Pepito (Caputto), que viraram os donos da novela.

A história de Tamara (Cleo Pires), uma mulher que vive perigosamente e apresenta sintomas de transtorno de personalidade, é outra subtrama promissora que não é explorada a contento. Filha de Penélope e irmã de Beto, Tamara é piloto de Fórmula Picape e, em decorrência do transtorno, causou um grave acidente com um colega de sua equipe. Recentemente, ela se desentendeu com a amiga Adriana (Bel Wilker), chefe da equipe, devido ao investimento em Apolo como o novo piloto. Estas situações renderiam conflitos interessantes, mas o pouco espaço dedicado às mesmas faz com que este núcleo também fique solto na história, tanto que a personagem já ficou sem aparecer por vários capítulos. E até agora nada dela se envolver com Apolo, já que Tamara (que, ironicamente, é irmã de Beto) disputará com Tancinha o amor do caminhoneiro


Mas nem tudo está perdido. Uma trama promissora que vem ganhando um merecido espaço é a história envolvendo Shirlei (Sabrina Petraglia), irmã caçula de Tancinha, e Felipe (Marcos Pitombo). O estopim do romance entre os dois é uma bota ortopédica perdida após ela ser quase atropelada pelo mesmo, pois a mocinha sofre de um problema na perna que a faz mancar. Algum tempo depois, Shirlei vai trabalhar na casa dele como faxineira e ambos se encantam ainda mais um pelo outro, provocando a ira de Jéssica (Karen Junqueira), namorada patricinha do rapaz, que aproveita para humilhar a rival da pior forma possível através do emprego. Não bastasse isso, Shirlei ainda é vítima da inveja da irmã Carmela (Chandelly Braz), que sempre acusa a mãe, Francesca (Marisa Orth), de dar menos atenção para ela e mais para a irmã, devido à lesão. O estilo conto de fadas desta trama também é um clichê conhecido, mas está sendo bem retratado pelo autor e os bons desempenhos de Sabrina Petraglia, Marcos Pitombo, Karen Junqueira e Chandelly Braz também ajudam. A química entre Sabrina e Pitombo é outro destaque, fazendo com que o casal se torne um dos preferidos da trama nas redes sociais.

É preciso que haja um melhor desenho da trama e uma melhor distribuição dos núcleos mais promissores, como as histórias de Tancinha e Beto, o retorno de Teodora, a doença de Tamara, as armações de Bruna e os lapsos de memória de Camila, os romances entre Shirlei e Felipe e Penélope e Henrique e o triângulo de amigas, em vez de perder tempo com situações que não agregam. A novela começou promissora, porém, a instabilidade que apresenta impede que se torne ainda melhor (e fica a torcida para que o autor corrija estas falhas a tempo).


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O Melhor e o Pior da Semana (24 à 30/7)




   O MELHOR DA SEMANA   



Penúltima semana de Liberdade Liberdade


Rubião descobre verdadeira identidade de Joaquina (Foto: Felipe Monteiro/Gshow)

A personagem de Liberdade Liberdade que fez o público rir morreu provando, literalmente, do seu próprio veneno. E até na morte trágica, Branca foi engraçada, saindo de cena em grande estilo. Nathália Dill conseguiu o feito de transformar uma personagem amoral com todos os defeitos possíveis e que deveria gerar raiva em um tipo simpático que caiu nas graças do público. O tom propositalmente exagerado adotado pela atriz caiu como uma luva para a vilã.

Só perdoo o Mário Teixeira por ter eliminado a melhor personagem da trama faltando duas semanas para o seu término porque a reta final de Liberdade Liberdade está imperdível. Andreia Horta e Mateus Solano foram os donos da novela na semana. O cerco se fecha cada vez mais sobre os personagens de Vila Rica. Rosa descobriu que Rubião matou Raposo (Dalton Vigh) e ele descobriu que Rosa é, na verdade, Joaquina, a filha de Tiradentes. Os dois atores deram um banho de atuação com o choque do vilão e o ódio da mocinha, protagonizando sequências fortes e aterrorizantes, como Rubião (que, finalmente, tirou sua máscara de bom moço para a heroína) "brincando" de roleta-russa com Joaquina e depois estuprando a própria esposa.

Lucy Alves


Luzia parte para cima Tereza (Foto: Inácio Moraes/Gshow)

Lucy Alves está cada dia melhor em Velho Chico. Eu já elogiei ela várias vezes. Merece ganhar todos os prêmios de melhor atriz revelação nas premiações de final do ano com certeza. As cenas em que a peste da Luzia se altera e surta exigem muito talento e maturidade da atriz, que nem parece estar estreando nessa novela. Chega a ser tragicômico! Lucy se entregou pra valer na sequência em que sai no tapa com a "cutruvia" da Tereza (Camila Pitanga ótima também).

Míriam Freeland



Míriam Freeland está roubando a cena em A Terra Prometida como a prostituta Raabe. Mesmo na pele de uma personagem que poderia criar uma polêmica para o público conservador ao qual a novela é direcionada, o povo comprou essa prostituta sofredora e heroína, ao mesmo tempo, que vem tendo ótimos momentos na trama bíblica. Já virou a protagonista da história!


      O PIOR DA SEMANA      



Apolo e Tancinha


Apolo dá soco em Beto na Peripécia (Foto: Isabella Pinheiro/Gshow)

Há uma semana que Haja Coração está num lenga-lenga envolvendo o término do noivado de Tancinha (Mariana Ximenes) e Apolo (Malvino Salvador). Ela, uma insuportável que só sabe berrar. Ele, um grosseirão que só sabe apelar para a violencia para resolver seus problemas. Essas constantes brigas entre os dois cansam e tornam o casal protagonista entediante, uma vez que ambos apresentam um excessivo ciúme um do outro. Nada de novo acontece e as cenas vivem se repetindo. Daniel Ortiz, vamos focar em Shirlipei que é bem melhor, não acham?

Novos logotipos dos programas da Globo



De uns tempos para cá, tentando pagar de "modernona", a Globo anda cagando e andando com os logotipos e vinhetas dos seus programas. Olha só a "repaginada" que deram nas marcas das sessões de filme e do Mais Você. Tosco! Horrível! Medonho! Que falta Hans Donner faz, viu...

Erro na passagem de tempo dos bebês em Eta Mundo Bom



O tempo passa, o tempo voa e a filha da Maria (Bianca Bin) continua um bebê. Quando a Filomena (Débora Nascimento) descobriu-se grávida, a filha da Maria já havia nascido, mas o filho da mocinha com Candinho (Sérgio Guizé) aparenta ser bem mais velho que e o da Maria, que parece ser um bebê de uns cinco meses. O mesmo acontece com o filho da Dita (Jennifer Nascimento), que parece mais velho que o de Maria e nasceu bem depois do dela. Mistério...

Morte de Filipe


Filipe é perseguido por Samurai, tem sua moto empurrada e cai desacordado (Foto: TV Globo)

Para fechar essa temporada pavorosa (que felizmente está terminando) e honrar a trama pessimamente desenvolvida desde o início, o autor resolveu matar o Filipe (Francisco Vitti), que, do pouco que eu vi, formava com Nanda (Amanda De Godoi, que, justiça seja feita, deu um show nos momentos de dor e de luto e salvou essa morte gratuita de um equívoco completo) um dos únicos casais que tinham química e deram certo nessa Malhação. Desnecessário, viu...

Para piorar, a sua despedida da novelinha foi vergonhosa e cheia de inverossimilhança. Filipe descobriu que Ciça (Júlia Konrad) estava sendo mantida em cativeiro por Samurai e resolveu soltá-la. Caso não lembrem, Ciça era aquela que começou má, depois virou boa, aí voltou a ser má, virou boa de novo, sumiu da trama e agora voltou, tá! Acontece que o vilão Samurai (Felipe Titto) pega Filipe no flagra e aí começa aquela perseguição típica de últimos capítulos de temporadas recentes de Malhação. O cara tava fugindo de um marginal de moto. E adivinha só o que ele faz? Sai correndo em disparada? Não. Para e ainda espera ele chegar mais perto. Ai, ai, estão achando que adolescente é burro, só pode... Ninguém morre caindo de moto em um mato "macio", ainda mais usando capacete. No máximo, a pessoa ficaria machucada. Bem forçado!


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domingo, 24 de julho de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (17 à 23/7)




  O MELHOR DA SEMANA  



Liberdade Liberdade (pelo conjunto da obra)



Faltando duas semanas para o seu término, Liberdade Liberdade está chegou naquela fase em que não dá para perder nenhum capítulo. A trama está cada dia mais envolvente e imperdível com muita ação, reviravoltas e vários ganchos de tirar o fôlego. A história de Mário Teixeira está ótima, a direção é muito competente, a produção idem e o elenco, no geral, está brilhando. Os destaques da semana no quesito atuação vão para Nathália Dill nas cenas em que sua deliciosamente cínica e hipócrita Branca é desmascarada e, principalmente, para Lília Cabral, que tem o dom inexplicável de alcançar como ninguém a emoção do telespectador. Foi de abalar o psicológico de qualquer um a cena em que Virgínia entra em choque ao saber que seu próprio filho Rubião (Mateus Solano) mandou matá-la e até tenta se matar. Que atriz extraordinária!

Primeira cena Shirlipe



Sabe aquele casal que ainda nem foi formado ainda, nem se beijaram, nem nada, mas já funciona e possui química? Esse é o caso do casal Shirlipe em Haja Coração. E isso ficou evidente na primeira cena de Marcos Pitombo e Sabrina Petraglia juntos, onde o Príncipe Encantado encontra sua Cinderela e coloca o sapatinho de cristal, quer dizer, a bota ortopédica nela. Tão clichê... Mas tão lindinho! Módulo shippagem: ATIVADO COM MÁXIMA POTÊNCIA!!! Tancinha e Apolo que se cuidem. Shirlipe tem tudo para se tornar o casal protagonista da novela. Se é que já não virou, né? Se bem que com duas malas como a Tancinha e o Apolo, não é muito difícil.


     O PIOR DA SEMANA     



Perfis



No clima dos jogos olímpicos, a Globo exibe desde o dia 11 de julho uma série de reportagens dedicadas ao evento no Jornal Nacional. No comando de Pedro Bassan, a série Perfis acompanha a rotina de atletas com grandes chances de medalha nas Olimpíadas, em busca de histórias e curiosidades. Mas quem tem paciência pra assistir isso?! Série extremamente melosa, puxa-saco e "fofinha" demais que em nada combina com o Jornal Nacional. Um porre!

Reprise de reprises no Vídeo Show



Definitivamente, o Vídeo Show se perdeu de vez. O programa agora passa a maior parte do tempo falando sobre a vida dos famosos ou reprisando quadros, participações e musicais antigos na íntegra. Na boa, qual o motivo de fazer mais um resumão no Novelão de determinada novela que já foi exibida no quadro pela segunda vez (como de A Sucessora)? Desnecessário. A Globo possui centenas de novelas, séries e minisséries em seu acervo para serem contadas. A atração perdeu sua identidade de mostrar os bastidores da TV.  E agora ainda estão reprisando duas novelas no quadro. Isso só reforça a quantidade pequena de conteúdo da atração, com menos reportagens sobre programas e novelas da Globo. Virou um Vídeo Show Retrô!



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quinta-feira, 21 de julho de 2016

DUELO | Qual novela foi mais explorada: Carrossel ou Os Dez Mandamentos?



Carrossel está para o SBT tal como Os Dez Mandamentos está para a Record. As duas foram os maiores sucessos de audiência e repercussão dos últimos tempos de ambas as emissoras. Silvio Santos e Edir Macedo, que não são bobos nem nada, viram nelas uma oportunidade perfeita de arrecadar mais e mais dinheiro. Mas é aquele ditado: quem nunca comeu melado, quando come se lambuza... Carrossel e Os Dez Mandamentos foram tão exploradas que se fossem laranjas diria que só sobrou o bagaço. E até o bagaço eles ainda estão comendo!

Embarque nesse carrossel... E não saia nunca mais!


A novelinha infantil do SBT estreou em maio de 2012 e só chegou ao fim em julho de 2013, totalizando 310 capítulos. Já estamos em 2016 e Carrossel continua mais viva do que nunca:

Teve CDs (Volume 1, 2, 3 e sei lá mais quantas) e DVDs com as músicas da novelinha;


Gerou TODO tipo de licenciamento: cadernos, mochilas, bonecos, brinquedos, figurinhas, uniformes iguais ao da Escola Mundial, pra decoração de festa, lápis, canetas, canecas, sapatos e VÁRIOS outros produtos que certamente as suas crianças imploraram pra você comprar;


Teve shows com os atores mirins por todo o país;


Todo o elenco fez uma verdadeira via-sacra por todos os programas do SBT (ATÉ EM JORNALÍSTICO ELES MARCARAM PRESENÇA!!!), onde os personagens ganharam vida própria: os atores, ao invés de serem chamados pelo nome próprio, eram chamados pelo nome dos seus papéis, além de terem que ir vestidos e agirem como seus personagens. QUE MICÃO!


Rendeu um sping-off: Patrulha Salvadora, onde as crianças da Escola Mundial ganharam super-poderes e formaram um grupo destinado a solucionar mistérios e salvar outras crianças, com (muita) inspiração no Scooby-Doo e efeitos especiais de gosto duvidosíssimo. Parte do elenco da novela integrou o seriado, que teve quatro temporadas e foi cancelado por baixa audiência;


Teve o Clube do Carrossel, que era a mesma coisa que o Bom Dia & Cia, só que dentro da sala de aula da Professora Helena e com o Kokimoto e a Marcelina (sim, os personagens continuaram ganhando viva própria) no comando da atração. Não durou nem um mês no ar;


Foi reprisada DEZ DIAS APÓS SEU TÉRMINO e, devido à baixa audiência, deixou de ser exibida, sendo substituída pela Neila Medeiros, "a única jornalista capaz de apresentar sozinha o programa Aqui Agora, enfrentando Datena e Marcelo Rezende" (não conseguiu e o programa também saiu do ar sem mais nem menos em pouquíssimo tempo por causa do fracasso);


Teve desenho animado;


Está sendo reprisada atualmente e, por incrível que pareça, está sendo um sucesso. Tanto é que a audiência dessa reprise está melhor do que a da inédita Cúmplices de um Resgate e melhor até do que da própria novela em sua primeira exibição. As crianças já nem mais crianças são, tá!


Teve um filme ano passado;


Acabaram de lançar o segundo recentemente (e ainda vai ter outro ano que vem, já avisaram);


E ainda há boatos de que haverá uma "segunda temporada" de Carrossel, com o mesmo elenco da novelinha, só que com uma pegada mais teen, já que as crianças de outrora são adolescentes. Do jeito que as coisas estão, daqui a pouco vão lançar um Carrossel - Faculdade, só pode...

Os 10... 20... 30... 1000 Mandamentos!!!


Enquanto isso, as coisas na Record com sua novela bíblica também segue no mesmo nível de exploração (ou até pior), ganhando cada vez mais novas versões e produtos exclusivos, certamente aprovados por Deus, Jesus Cristo e o Espirito Santo. Vamos conferir:

 Embora já exista um livro escrito a milhões e milhões de anos que vem com a história completinha chamado Bíblia, lançaram uma versão de Os Dez Lançamentos em livro;


Aliás, também teve lançamento de Bíblia com capa especial da novela;


Teve Os Dez Mandamentos - O Musical, com novos atores no lugar dos da novela;


Não sei se na época em que passava a novela tinha esmalte de unha, mas pouco importa, você pode sair de casa com Os Dez Mandamentos nas suas unhas, graças a linha de esmalte da novela. Ter cor para você, irmã, usar no culto, na pregação, no descarrego e até na evangelização;


Afinal, vai combinar o esmalte com o que? Capa da bíblia? Não, tem bijuteria pra isso também.


E pra você lembrar de todos os dez mandamentos de Deus na hora que olhar para o seu irmão casado da igreja e sentir um fogo na bacurinha, tem pulseira também. Não vá pecar, hein!


Rendeu também camisetas e muitos outros tipos de produtos licenciados;


Ganhou uma versão para os cinemas: Os Dez Mandamentos - O Filme, que foi a mesma coisa que exibida na novela (falamos sobre ele AQUI), só com algumas cenas exclusivas que não mostraram na novela. Com 11,2 milhões de ingressos vendidos, é o filme de maior bilheteria da história do cinema nacional. Pena que os pastores não avisaram aos fiéis que eles tinham que ir ao cinema na hora marcada no tíquete (relembre AQUI). Será que as cadeiras vazias nas sessões esgotadas estavam com problema de encosto? Ou seria enganação de satanás? Mistéééério...


Para "comemorar" a páscoa, ganhou uma "nova versão exclusiva e especial" do filme, só que com quatro minutos a mais de cenas que não apareceram no cinema, nem na novela.


Teve um final deprimente (relembre AQUI) só para a Record pudesse fazer uma "segunda temporada" de Os Dez Mandamentos (e que foi uma grande porcaria, confira AQUI).


Peppa (um porco que parece um pinto), Galinha Pintadinha (uma clara alusão à macumba)... Isso parece bom para o seu filho? Não! Por isso, Edir Macedo já está providenciando uma versão em desenho de Os Dez Mandamentos para toda a família assistir unida na paz do Senhor.

Ah, e também vai ter Os Dez Mandamentos: Nova Temporada - O Filme (com previsão para o final do ano), que vai levar para o cinema tudo que aconteceu na segunda temporada da novela.

Esperando ansiosamente pelo DVD explicativo de como abrir o mar!


Ainda bem que Avenida Brasil não foi da Record, nem do SBT, ufa! Já pensou?

domingo, 17 de julho de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (10 à 16/7)




   O MELHOR DA SEMANA   



Primeira cena de sexo gay na teledramaturgia brasileira



De grão em grão, a TV brasileira vai quebrando um tabu. Nesta terça (12/07), finalmente foi ao ar a primeira cena de sexo gay explícita da nossa teledramaturgia, entre Tolentino (Ricardo Pereira) e André (Caio Blat), em‪ Liberdade Liberdade‬, mas ao contrário do que muitos pensavam, a cena não teve nada de "polêmica", nem escandalizou a família brasileira. Pelo contrário. Ela muito mais insinuou do que mostrou, explorando os sentimentos dos dois homens de forma intensa e delicada, muito bem dirigida. Ricardo Pereira e Caio Blat merecem todos os elogios e se entregaram pra valer. Em uma época onde a homossexualidade era crime de lesa-majestade e a saliva substituía o lubrificante, André foi um guerreiro e fez história com Tolentino.

Tamanho Família



Finalmente, o Márcio Garcia ganhou o seu tão prometido e sonhado programa na Globo. O Tamanho Família é um game show onde dois famosos se enfrentam com suas respectivas famílias (a estreia foi entre as atrizes Juliana Paes e Bruna Marquezine). Entretanto, bem mais do que um game show, o programa mostra curiosidades sobre a intimidade dos famosos e consegue emocionar e fazer chorar (mas sem a apelação barata e sensacionalista do Domingo Show e do Domingo Legal, concorrentes no horário). O programa parece mais uma mistura do Vídeo Game (que a Angélica apresentava dentro do Vídeo Show) com o Arquivo Confidencial do Faustão, essa é a verdade, mas foi uma estreia bem descontraída. Márcio Garcia tem carisma e desenvoltura no palco, funciona muito mais como apresentador do que como ator. Os quadros foram bem elaborados, o papo seguiu entrosado, divertido, foi gostoso de assistir. E levantou a audiência do horário na Globo. Ótima opção para assistir em família aos domingos na TV.

Candinho na rádio-novela dentro de Eta Mundo Bom


Candinho arruma problema em primeiro dia de trabalho na rádio (Foto: TV Globo)

Walcyr Carrasco é uma verdadeira máquina de criar várias histórias. Eta Mundo Bom é um grande exemplo disso. Toda vez que eu acho que não tem mais da onde vir uma coisa nova, chega uma. A última da vez foi colocar Candinho para entrar na rádio-novela Herança de Ódio, onde aprontou muita confusão. Hilário! Aliás, após uma impressão inicial incômoda com uma caricatura desnecessária, Sérgio Guizé encontrou o tom perfeito e compôs um Candinho tão querido, carismático e doce que é impossível não se afeiçoar e torcer por ele. O caipira ingênuo coube perfeitamente na figura do ator, que conseguiu incorporá-lo de forma impressionante.
 

Braz, Severo e Diana


Diana e Braz revela romance a Severo (Foto: TV Globo)

Finalmente, a história envolvendo a vingança de Braz (Rômulo Neto) contra Severo (Tarcísio Filho) e Diana (Priscila Fantin) deixou de andar em círculos e ganhou uma boa movimentada nos últimos capítulos. Os três personagens são bem complexos e cheios de possibilidades.

Tancinha vs Fedora


Tancinha e Fedora se atracam no alto da escada e acabam despencando (Foto: Isabella Pinheiro/Gshow)

Nota 10 para o capítulo de quinta (17) de Haja Coração, focado nas divertidas cenas da confusão entre Fedora e Tancinha. Tatá Werneck e (quem diria!) Mariana Ximenes estiveram ótimas. Foi uma sequência de briga generalizada totalmente pastelão, porém, divertidíssima. E não é isso que importa numa comédia romântica, fazer rir?! Aliás, não é só com o Beto (João Baldasserini) que a Tancinha fica mais atrativa e digerível do que o entediante "tapas e beijos" com o chatíssimo Apolo (Malvino Salvador). Sua dobradinha com Fedora também rende.

Miguel e Olívia



Desde que Miguel e Olívia se conheceram, gostei da química entre os dois atores e me juntei a turma de telespectadores (que vem crescendo a cada dia) que torcem para que eles não sejam irmãos e fiquem juntos. Vale destacar que o bom desenvolvimento da atriz Giullia Buscácio na pele da Olívia ajudou muito para a maior parte do público se apaixonar pelo casal. Os dois juntos deixa o Miguel menos chato, fugindo do perfil que o personagem vinha seguindo até então (embora Gabriel Leone tenha tido ótimos momentos em Velho Chico). Já estou shippando!


   O PIOR DA SEMANA   



Atuação de Yara Charry



Yara Charry é linda, mas ainda está bem travada na pele da Sophie. Em meio a um elenco tão fabuloso como o da novela das nove, chega a ser destoante. Fica difícil torcer para ela ganhar o coração de Miguel diante do carisma de Giullia Buscacio (como disse anteriormente).

Caso Verdade



Essa é mais uma prova de que o Vídeo Show está completamente perdido. Na edição desta quinta (14), estreou um quadro que se chama Caso Verdade, cuja proposta é pegar uma história contada numa novela e fazer um paralelo com uma história parecida que tenha acontecido na vida real. O programa usou a trama de Senhora do Destino, que mostrou o rapto de uma criança. Ao mesmo tempo, a produção encontrou um caso real de uma mãe que passou pelo mesmo problema exibido na novela. De fato, é um drama, algo horrível que nunca deveria acontecer com família alguma. A questão aqui é que o quadro em si é uma tragédia. Ele foi ao ar num tom todo errado, com um dramalhão e muito choro que não teve absolutamente nada a ver com o que é o Vídeo Show. Mais do que isso, foi a vergonha alheia de ver Otaviano Costa se debulhando em lágrimas. Em nenhum momento deu para acreditar que aquela comoção toda dele era real. Pareceu super forçada. Até porque ele é um ator, né? Esse Caso Verdade foi uma clara demonstração de que o Vídeo Show está mesmo desesperado por audiência, apelando para aquilo que uma certa emissora bíblica sabe fazer muito bem: sensacionalismo barato. Pena! 

Datena e sua "finesse" 



Não só pela forma agressiva de responder ao autor Aguinaldo Silva no ar ao vivo (os dois estão em pé de guerra, confira AQUI), mas pelo preguiçoso discurso de que "novela é o mal do país", "meu programa só mostra o que é real". O programa dele é só um entre tantos outros que explora a tragédia e a desgraça alheia de forma sensacionalista por audiência.

A Garota da Moto



Só o fato da emissora de Silvio Santos sair do comodismo e da linha infantil e investir em produtos próprios na dramaturgia, já é um fato e tanto para ser comemorado. Mas não é por isso que A Garota da Moto (série em 26 capítulos produzida pelo SBT em parceria com a Fox Life e a produtora Mixer) escapará ilesa das críticas, pois é constrangedora, da pior qualidade.

Em seu episódio inicial, a série tratou logo de deixar claro para o público do que se trata a sua história e o que está por vir nos próximos meses. A protagonista Joana (Chris Ubach) foi apresentada como uma super heroína da vida real, enquanto sua antagonista, Bernarda (Daniela Escobar), como uma vilã digna de um dramalhão mexicano. Talvez, por isso, Daniela esteve muitos tons acima. Joana fugiu do Rio de Janeiro levando o filho Nico (Enzo Barone) após sofrer um atentado a mando de Bernarda, viúva do milionário Duda, assassinado pela própria, com quem Joana teve um relacionamento e um filho. A vilã quer acabar com a vida da mocinha e do herdeiro que pode levar parte de sua fortuna. Após a fuga, já na cidade de São Paulo, Joana vive na casa do pai e trabalha como motogirl, enfrentando os perigos das ruas e avenidas da metrópole, enquanto tenta proteger o filho das garras de Bernarda e não ser morta.

A Garota da Moto tem até uma história bacana e interessante, porém, muito mal desenvolvida. Para uma série de ação e suspense, deixa muito a desejar por ser óbvia demais. A série vem exibindo suas tramas e personagens de forma extremamente didática, com os personagens entrando em meio aos acontecimentos e dando depoimentos olhando para a câmera explicando detalhadamente a história, suas ações, o que está pensando. O público não é burro. Não precisava disso. Constrangedor. Com sonoplastia e edição problemáticas, a série perde mais força ainda com sequências de lutas mal dirigidas, curtas e sem impacto e sequências de paisagens de São Paulo sem sentido, que servem apenas para "passar o tempo". E o que dizer do núcleo cômico daquela Motópolis?! A ideia é divertir usando situações do dia a dia, no entanto, os personagens são cansativos e nenhum pouco importantes para a trama.

Valeu pela intenção do SBT de sair da sua zona de conforto, mas a série é sofrível demais.


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