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sábado, 24 de junho de 2017

Desgraçômetro Power Couple Brasil: os casais que mais amei e odiei na segunda temporada do reality



E chegou ao fim, nesta quinta (22), a segunta temporada do Power Couple Brasil (que não foi tão boa quanto a primeira, mas divertiu). Segue o balanço sobre todos os casais participantes do reality.

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Nayara e Cairo: a vitória de Nayara é raríssima entre todas as edições de realities exibidas desde 2001 no Brasil. Em pouquíssimas oportunidades, uma mulher negra conquista a vitória pelo voto popular. Ok, ninguém apostaria em Nayara e Cairo até a metade do programa. Mas o casal conseguiu ir se achando e encaixando seu espaço, de forma discreta e coerente. Foi a vitória do bom senso em meio a tantos realities pesados que acompanhamos ultimamente. Não teve a insanidade de guerras de torcidas. Não teve baixarias. Não teve jogo sujo. Nayara e Cairo foram coerentes, educados e simples do início ao fim. Eles tinham cumplicidade como casal, sem precisar apelar pra esteriótipos manjados que vemos a cada reality. Cairo foi por todo confinamento um cara pacato sem ser banana. Nem quando confrontado por Diego Cristo, Cairo levantou o tom de voz ou puxou alguma briga. Ele apresentou sua posição e ponto, não deu brechas para um bate boca. Calmo e racional, Cairo matinha uma boa relação com todos os casais, sem cair no clichê de ser o amigão de toda casa. Mereceram a vitória diante dos outros casais finalistas.

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MC Marcelly e Frank: um dos casais protagonistas da edição. Marcelly demonstrou toda a sua doçura no reality. A menina é linda, leve, engraçada e parecia realmente estar sempre se divertindo nas provas e nas edições. Porém, expôs fragilidade demasiada com o seu marido. Frank personificou a figura de vilão-mor na competição. Extremamente machista, grosseiro e deselegante. Ficou muitos tons acima. Impunha as suas verdades para a companheira de forma radical. Chegava a humilhar. Quase uma tortura psicológica. Manchou a imagem de forma indelével. Se não fosse pelo marido brucutu, minha torcida seria da Marcelly.

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Mauricio e Suyane: oh, pai! O casal mais querido desta temporada... Até a metade! De fato, passaram o ar de casal entrosado. Eram os meus francos favoritos. Mas o tempo foi passando e o casal de ex-mutantes foram mostrando um lado sonso e ensaboados que me desagradou. Um pouco do que li sobre o casal na vida real, parece que eles andam numa situação financeira ruim. O que justifica a aflição do casal na hora da DR. Índia Tainá chorava desesperada e Mauricio parecia bem abatido. Não era só por competitividade de jogo. Eles pareciam precisar muito do prêmio. Porém, se revelaram muito insossos no vídeo.

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Fabio Villa Verde e Regiane: o ator confirmou a sua boa imagem que sempre o marcou no decorrer de sua carreira. Porém, Regiane decepcionou. Completamente neurótica na gana de vencer, ela demonstrou irritação absurda com o marido, sendo completamente grosseira. Além disso, dedurou Marcelly para Frank na história do doce na van meio que "sem querer querendo". Arrumou uma confusão completamente desnecessária. Manchou ainda mais sua imagem perante os telespectadores. Fábio tem um jeitão banana zen, mas gostei do temperamento dele, além de ter mostrado ser uma boa surpresa nas provas, vencendo a maioria, e apresentando um jeito descontraído e com bom humor nos seus depoimentos nos VTs. Tal como Marcelly, se disputasse sozinho, sem a esposa pé no saco, teria minha torcida para vencer.


Rafael Ilha e Aline: sem dúvidas nenhuma, Rafael foi o maior destaque desta edição. Para o bem ou para o mal. O problema é que ele confundiu Power Couple Brasil com A Fazenda. Não plantou flores, como pretendeu passar em sua defesa. Na realidade, colheu foi é furacão. Foi humilhado por Diego e Lorena na grande final. Os dois ex-fazendeiros falaram as suas verdades na cara do rapaz. Diego ficou desapontado e indignado com a postura de Rafael. Por isso mesmo, no "barraco" exibido ao vivo, a plateia berrou o nome de Diego ao invés de Ilha. Além disso, o ex-polegar (talvez, por estar envergonhado) abandonou o programa na grande final e foi embora. Triste. Rafael adotou um tom acima do ideal. Evidentemente, é uma pessoa que enfrentou sérios obstáculos na vida e isso contribui para o seu comportamento. Imaginem se Ilha e Mara Maravilha tivessem, de fato, encarado juntos a sétima edição de A Fazenda? Sai de baixo...

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Ana Paula e Sylvinho: casal que mais me causou vergonha alheia na edição. Ana Paula apresentou um comportamento grosseiro e nada amigável com o seu companheiro. Nesse ponto, seu inimigo no jogo, Rafael, tinha razão: Ana era mesmo uma "jararaca". Bem falsiane, dissimulou, praticamente, o reality inteiro com a maioria dos casais. Além disso, Sylvinho resolveu bancar o “esperto” ao tentar infringir as regras do jogo. Ficou feio. Isso, agora, marcará a sua imagem. Sylvinho não merecia isso, após décadas de trabalho.

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Diego Cristo e Lorena Bueri: o público dos realities da Record já acompanhava o casal desde os tempos de A Fazenda. Tinham tal vantagem. Inicialmente, Diego e Lorena foram naturais. Não exploraram polêmica. Entenderam que o Power Couple Brasil tinha outro perfil em comparação ao confinamento rural. Apesar disso, Rafael Ilha resolveu cutucá-los com vara curta. A partir daí a instabilidade emocional, que já tinha aparecido em A Fazenda, voltou à tona. Tentaram adotar a mesma estratégia dos vencedores Laura e Jorge e se deram mal. Diego, principalmente, perdeu-se com a fragilidade emocional. Ouvindo histórias que não existiam. E isso respingou no desempenho das provas. Uma pena, pois até que curtia os dois.

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Marcelo Ié Ié e Julia: o humorista saiu do reality após problemas de saúde. Passou frieza ao tirar a amiga (ou ex-colega de trabalho) Narizinho do jogo. Julia forçava uma situação bem "melosa" de amor. Apesar disso, não saíram com imagem arranhada. Até poderiam ter vencido a competição.

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Andressa e Nasser: Alcançaram um bom desempenho na atração. Passaram naturalidade, entrosamento e não forçaram situações. Surgiram como um casal de verdade. Superaram as expectativas.

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Thaide e Ana P: Ana P demonstrou ser uma mulher de personalidade forte. Acertou ao desconstruir o discurso de Regiane. Porém, errou ao não transmitir compreensão com Thaíde, sempre tão rude com ele.

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Carol Narizinho e Mateus: não deixaram impressão, já que foram os primeiros eliminados.



segunda-feira, 5 de junho de 2017

Bem construída e cheia de boas cartas na manga, Rock Story sai de cena vitoriosa



E Rock Story chegou ao fim nesta segunda (05). Foi um capítulo final sem grandes surpresas, pois grande parte das histórias da trama já estava praticamente resolvida. E isso não foi um problema, muito pelo contrário. É apenas um sinal que Rock Story teve uma trama redonda do início ao fim, bem construída, sem excessos e que correu sem sustos, trazendo sempre novidades que mantiveram a novela quente por todo o seu período de exibição. Maria Helena Nascimento, novelista estreante, está longe de ser uma amadora. Em sua primeira novela como titular, mostrou uma rara maturidade na condução de seu enredo.

Rock Story foi vitoriosa em todos os sentidos. Primeiro, por trazer personagens muito humanos, reconhecíveis, fáceis de identificar e torcer por eles. Gui Santiago (Vladimir Brichta) foi um herói meio anti-herói, bastante impulsivo, que costumava resolver seus assuntos na base do grito e da violência. Mas, ao mesmo tempo, era um pai amoroso e um amigo dedicado. Ao seu apaixonar por Júlia (Nathalia Dill), se envolver com o filho Zac (Nicolas Prattes) e, ainda, partir para a terapia, Gui se transformou e se tornou um homem melhor. Sem forçação de barra, nem pirotecnias. A construção de Gui foi muito vitoriosa. Além do texto, sempre muito bem escrito, e da direção acertada, o personagem ainda ganhou mais camadas graças ao seu intérprete, Vladimir Brichta. Grande ator, um galã maduro e com talento dramático, Vladimir fazia falta às novelas, e retornou em grande momento. Fez um dos melhores protagonistas de novela dos últimos anos. Vladimir não tem somente estampa: é um ator da melhor qualidade.

E teve ao seu lado uma ótima parceira. A trama envolvendo Júlia foi muito bem desenvolvida, sempre com muitas reviravoltas e emoções. A mocinha era cheia de problemas, passou boa parte da novela fugindo da polícia, mas era otimista, carismática e com muitas qualidades. Esteve longe de ser uma mocinha chata. E Nathália Dill se mostra uma atriz cada vez mais madura, fazendo uma mocinha solar e bastante interessante. Além disso, mostrou talento ao viver a irmã gêmea de Júlia, Lorena. A atriz conseguiu marcar bem as diferenças entre as duas personagens, fazendo o espectador acreditar que se tratava, realmente, de uma outra pessoa.

Outra personagem cheia de surpresas e camadas era a vilã Diana (Alinne Moraes). Era uma vilã, mas com bastante humanidade. Diana, muitas vezes, era dura com a filha, além de armar, provocar e prejudicar Gui Santiago. No entanto, mostrava-se uma mulher de carne e osso, atenta às suas qualidades e seus defeitos. Ela meteu os pés pelas mãos várias vezes, se arrependeu de muitas bobagens, pedia desculpas e assumia seus erros. Alinne Moraes não precisa provar mais nada: é uma atriz da melhor qualidade e emplacou mais uma grande personagem à sua galeria.


Além da trinca, Rock Story apresentou uma gama de personagens e atores que merecem todos os aplausos. Rafael Vitti, revelação de Malhação Sonhos, foi uma grata surpresa como Léo Regis, fenômeno da música adolescente. O ator abusou do carisma e de seu jeito meio gaiato para fazer um tipo meio deslumbrado, quase uma caricatura de um astro da música. Ao mesmo tempo, teve sensibilidade para conduzir a derrocada de Léo, que teve um rumo surpreendente. Ana Beatriz Nogueira, sua mãe Neia, já é uma ladra de cenas profissional. Fez de uma personagem, a princípio sem muito destaque, um grande acontecimento. Também merece menção Viviane Araújo que, como Edith, mostra que se tornou, de fato, uma atriz das boas. Herson Capri, o Gordo, Laila Garin, a Laila, Alexandra Richter, a Eva, também fizeram trabalhos grandiosos. E a dupla de bandidos Romildo (PauloVerlings) e William (Leandro Daniel) foi outra grata surpresa.

Rock Story foi muito feliz na abordagem do mundo da música. Criou uma dicotomia interessante entre a música de qualidade e a puramente comercial, brindando o público com uma trilha sonora das melhores. Além disso, a novela não economizou trama e conseguiu manter a atenção do público graças às "cartas na manga" que a autora guardava, fazendo uso delas sempre com cuidado.

Quando a novela começou, Júlia foi vítima de um golpe, quando o namorado metido com tráfico de drogas a usou como "mula", tentando transportar uma encomenda para os Estados Unidos. Assim, a mocinha foi obrigada a fugir da polícia e se passar por sua irmã gêmea, Lorena. Então, acompanhamos as diversas fugas de Júlia, enquanto ela procurava o vilão Alex (Caio Paduan) e tentava provar sua inocência. Esta "caçada" teve seus desdobramentos, até que Alex fingiu sua morte e saiu de cena, dando espaço para que Lorena, até então vista apenas na tela de um tablet, chegasse de vez à trama. A "gêmea má" chegou trazendo novos conflitos, agitando ainda mais a vida de Júlia. No fim, acabou morrendo e inocentando a irmã, enquanto Alex foi preso. Que novela com gêmea má e gêmea boa você já viu onde uma delas morre antes do final?! Parecia o início de uma fase calma na vida da protagonista de Rock Story, que finalmente iria viver seu amor com Gui Santiago sossegada.

Aí a autora sacou outro trunfo: Mariane (Ana Cecília Costa), a mãe de Zac, que chegou para colocar mais lenha na fogueira da vida de Gui e Júlia. Quando a moça sai de cena, chega a vez de Alex sair da cadeia e propor o conflito final. Outra personagem que entrou e saiu em momentos oportunos foi Laila. Ela entrou para virar a vida de Gordo. Depois o enganou e saiu da cidade, deixando o caminho livre para que Eva crescesse na trama e engatasse um romance com o dono da gravadora Som Discos. Surgiu aí uma enteada para ela, gerando novos conflitos. Na reta final, Laila retornou, trazendo ainda mais acontecimentos. Ou seja, com estes entrechos sendo propostos a todo o momento, Maria Helena Nascimento deixou sua história movimentada o tempo todo, evitando ao máximo as indesejáveis "barrigas".


Como se não bastassem tantas qualidades, Rock Story ainda foi feliz ao trazer ao horário das sete uma trama com uma cara mais adulta, diferente das comédias quase infantis que fizeram o horário nos últimos três anos. Além disso, diminuiu o tom de comédia romântica do horário, com uma história de contornos mais dramáticos. Por estas e outras, Rock Story sai de cena como uma das melhores novelas das sete dos últimos anos. Vai deixar saudades.


ACABEI DE ATUALIZAR O MEU DESGRAÇÔMETRO DAS NOVELAS DAS 7 DA DÉCADA ATUAL (DE 2010 PARA CÁ). CONFIRA CLICANDO AQUI OU NA FOTO ACIMA.


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