A Regra do Jogo estreou cercada de expectativas. Ainda mais pelo sucesso que o autor João Emanuel Carneiro alcançou com o fenômeno Avenida Brasil. Mas, quase três meses depois, nem mesmo o peso de ser escrita pelo mesmo autor do último grande novelão das nove e um elenco estelar com excelentes atuações fizeram a obra decolar. É um equívoco considerá-la um fracasso, como Babilônia, sua antecessora. Mas a história ainda não pegou e a audiência continua bem modesta mesmo sem a concorrência de Os Dez Mandamentos. E agora? De quem é a culpa?
Eu acredito que o grande problema seja o fato das tramas andarem em círculos. Primeiro, Djanira (Cássia Kis) descobriu que Zé Maria (Tony Ramos) e Romero (Alexandre Nero) eram bandidos. Houve todo aquele período de negação, o blablablá dos dois negando o óbvio, a dúvida dela novamente e aí a professora foi assassinada. Depois, foi a vez de Juliano (Cauã Reymond) passar pelas mesmas situações. E ainda faltam Tóia (Vanessa Giácomo) e Dante (Marco Pigossi). Já prevejo eles repetindo os mesmos diálogos de Djanira e do lutador... Aliás, desde que se dispôs a colocar seu pai na cadeia e decretar o fim da facção, Juliano se tornou um personagem extremamente insuportável. Toda a sua luta contra seu pai e os artifícios adotados têm soado forçados e insistentes. Infelizmente, o pior aconteceu: A Regra do Jogo criou "barriga".
Para quem não sabe, "barriga" é um termo usado quando o roteiro estica demais uma parte do enredo, como se não tivesse assunto para contar. Dentro das obras do Carneiro, devido aos ganchos sempre fortes e o ritmo alucinante, elas acabam sendo suavizadas. No caso da atual trama das nove, a história começou a dar voltas, a patinar, a enrolar o público. Antes disso, porém, o telespectador voltou à estaca zero com a morte de Faustini (Ricardo Pereira). Quando o público achava que aconteceria alguma coisa nova, o delegado gostoso morreu e levou com ele todas as descobertas sobre Romero, Orlando (Eduardo Moscovis) e cia. Essa não é uma característica nova do Carneiro. Quem não se lembra da enrolação envolvendo Nina (Débora Falabella) com as fotos comprometedoras de Carminha (Adriana Esteves) que ela nunca usava para desmascarar a vilã? Lembro também que, em A Favorita, eu ficava todo agoniado com o DVD que incriminava Flora (Patricia Pillar) passando de mão e mão, sem chegar na polícia.
E essa não é a única situação repetitiva em A Regra do Jogo. A relação envolvendo Romero, Tóia e a vilã apaixonada Atena (Giovanna Antonelli) começou a apresentar nítidos sinais de desgaste. É sempre a mesma coisa: Romero se declara para Tóia, a moça fica balançada e, quando vai dar uma resposta positiva, volta atrás ao flagrá-lo com Atena, que consegue seduzir Romero, que tem uma recaída e promete ficar com ela, mas aí desiste e recomeça tudo de novo. Reparem que essa situação anda se repetindo a cada semana. Aliás, Tóia e Atena deixam muito a desejar, respectivamente, como mocinha e vilã. A primeira perdeu a força desde a estréia. Ela começou a trama muito bem, mostrando que não era tão certinha ao roubar o dinheiro da boate de Adisabeba (Susana Vieira), mas depois ficou chata e irritante, indo da esperteza para a burrice em poucos capítulos. Talvez seja o momento de uma virada na vida da mocinha, alguma atitude que faça com que o público volte a torcer por ela. Seria interessante, por exemplo, vê-la se voltar contra Romero e se unir a Juliano na guerra contra a facção. Já Atena, apesar de ser queridinha nas redes sociais, é a vilã que foi sem nunca ter sido. Além de ter enveredado para um lado cômico que pode ser tão fatal quanto o que aconteceu com a Cora (Drica Moraes) de Império, agora ela virou uma bobona apaixonada que vive correndo atrás do Romero. Assim não tem como te defender, Carneiro!
A Regra do Jogo tem uma trama central das mais interessantes, mas parece economizar história. Verdade seja dita, a trama anda morna e necessita urgentemente de uma grande virada. Se há alguma virada já prevista para a novela, ela deve ocorrer por volta do centésimo capítulo (que deve ir ao ar em plena época de natal) com o retorno de Kiki (Deborah Evelyn), ex-mulher de Romero que foi dada como morta. E, claro, a revelação de quem é o 'Pai' da facção. Vamos aguardar...
Melhor crítica que eu li.Parece q as cenas se repetem todos os dias.Certo ponto pensei quantas coronhadas o Juliano vai receber? E a Belisa cm o Orlando ?a Atena se humilhando podendo ferrar o Romero de vez pra Toia?Muito cansativa e sem falar na troca de casais ,aquela família ridicila Stuart e por ai vai.
ResponderExcluirQuando o site vai aderir ao sistema de cometários do disqus????é mto mais prático e certamente o povo vai poder comentar pelo site
ResponderExcluirfalou tudo, e olha mais toda hora o Juliano e preso, todo tempo aquela menina volta para a clinica psiquiátrica, e o mais boco de todos, o policial dante, todo dia mesma coisa ta enchendo o saco, ja parei de ver tem 2 semanas, so enrolação , esta andando em circulos
ResponderExcluirfalou tudo, e olha mais toda hora o Juliano e preso, todo tempo aquela menina volta para a clinica psiquiátrica, e o mais boco de todos, o policial dante, todo dia mesma coisa ta enchendo o saco, ja parei de ver tem 2 semanas, so enrolação , esta andando em circulos
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