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sábado, 18 de abril de 2015

Novelas que penaram no início para conquistar o público e terminaram como sucessos de audiência




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - Caminhos do Coração, que era uma merda, mas por incrível que pareça fazia o maior sucesso na época. E a Record botou o último capítulo da primeira temporada da novela no mesmo horário que o primeiro capítulo de A Favorita, fazendo com que a trama global amargasse o título de pior audiência de uma estreia do horário das nove de todos os tempos (título este que já foi superado por Babilônia); 2 - A trama inovou em não revelar logo de cara quem era mocinha e quem era vilã. Mas o que era pra causar aquele suspense, confundiu a maioria dos telespectadores; 3 - Faltava humor. A trama era séria demais, muito "preta e branca".

Como conseguiu se recuperar: O autor planejava levar esse mistério sobre quem era mocinha e quem era vilã até o final, mas, devido a baixa audiência, antecipou para o capítulo 56 a grande revelação: Flora (Patrícia Pillar) é que era a grande vilã e assassina da história. A partir daí, com novos mistérios e reviravoltas, a novela finalmente cativou o público (enquanto Os Mutantes derrocava na audiência) e engrenou de vez, se tornando um grande fenômeno. Claro, o carisma da Patrícia Pillar (que fez de Flora uma das maiores vilãs de todos os tempos), aliado a um ótimo texto, também contribui e muito para isso.




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - O protagonista, Valdomiro (José Wilker), era arrogante e soberdo demais e o público passou a torcer o nariz para ele; 2 - Grupos gays não gostaram do tratamento recebido pelo personagem Edilberto (Luís Carlos Tourinho), verdadeiro saco de pancada dos outros personagens; 3 - A criticada atuação de Letícia Spiller como a vilã Maria Regina, cujas maldades e atitudes, de tão caricata que era, chegavam a serem risíveis.

Como conseguiu se recuperar: Suave Veneno só não naufragou tanto porque a Globo resolveu adiantar as pesquisas de opinião e pode consultar o telespectador a tempo. Com isso, várias mudanças na sinopse original foram feitas, como o misterioso assassinato da advogada Clarisse (Patrícia França), que deveria ir até o fim quando seria revelado que Valdomiro era seu pai. Edilberto tornou-se um personagem extremamente desajeitado, que vivia caindo e esbarrando nas coisas, virando um "alívio cômico" na trama. A mocinha Lavínia (Glória Pires) teve de passar por mais dificuldades e virou camelô. Valdomiro perdeu tudo e abriu um negócio no subúrbio para começar do zero, valente, batalhador, do jeito que o povo gosta. A novela se reergueu rapidamente, apresentando uma das maiores recuperações de audiência.




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - O casal protagonista, Marina (Paola Oliveira) e Pedro (Eriberto Leão), que não demonstravam química alguma em sua ridícula história de amor e acabou entrando para o rol dos casais mais chatos de toda a teledramaturgia; 2 - Os autores apostaram em uma estrutura narrativa desconexa marcada por temas fortes e realistas, ou seja, não havia uma história central bem definida e sim várias. Esse monte de tramas paralelas nascendo, evoluindo e morrendo ao longo da trama, marcando a saída e a entrada de vários personagens, foi um grande mal para Insensato Coração, pois negava ao telespectador se identificar com os personagens e acompanhar sua evolução. 3 - Lázaro Ramos, que não engrenou como o galã pegador André e foi o mais rejeitado na primeira pesquisa de opinião da novela.

Como conseguiu se recuperar: Norma (Glória Pires) foi a única personagem que tinha uma história cujo fio se podia seguir inteiro na novela e despertou o interesse do público. Por causa disso, o casal protagonista foi deixado um pouco de lado e Norma passou a ganhar ares de protagonista-vilã. Foi a partir do centésimo capítulo, quando Norma saiu da cadeia e iniciou seu plano de vingança contra Léo (Gabriel Braga Nunes), que a novela engrenou de vez. Não chegou a ser um sucessão de audiência, mas conquistou o público.




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - Sol (Débora Secco), uma das mocinhas mais insuportáveis de todos os tempos; 2 - Falta de química entre o casal protagonista, Sol e Tião (Murilo Benício); 3 - Cleptomania, rodeios, deficiência visual, homossexualidade, imigração, o perigo da pedofilia na internet, entre outros temas polêmicos, assustou e confundiu o público; 4 - Boicote dos defensores dos animais contra a autora, Glória Perez, por abordar o universo dos rodeios de forma "glamourosa" e mentirosa; 5 - Boicote das autoridades dos Estados Unidos, que acusaram a novela de incentivar a entrada ilegal de brasileiros no país graças a história da mocinha; 6 - Desentendimentos e incompatibilidade de ideias entre a autora e o diretor de núcleo, Jayme Monjardim; 7 - Havia uma rejeição maior quando os dramas dos personagens se passavam nos Estados Unidos aos invés no solo brasileiro.

Como conseguiu se recuperar: Jayme saiu e em seu lugar entrou Marcos Schechtman, que deu mais dinamismo à trama. Também trocaram a abertura: sai a sofrida música Órfãos do Paraíso, de Milton Nascimento, e entra Soy Loco Por Ti América, da diva Ivete Sangalo. O diretor musical, Marcus Vianna, também foi afastado e as bucólicas trilhas incidentais foram trocadas por músicas mais alegres. Com algumas alterações na sinopse original e com a maior parte da trama se passando definitivamente no Brasil, América caiu de vez no gosto popular e se tornou a SEGUNDA MAIOR AUDIÊNCIA DA DÉCADA 2000, só perdendo para Senhora do Destino. Que superação, hein!!!




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - O ritmo super ágil da trama acabou confundindo o público, que veio com frases do tipo "Não estou entendendo nada" ou "essa novela é rápida demais". Perder uma cena da novela era como se tivesse perdido o capítulo inteiro; 2 - As falas com sotaque e sem tradução dos personagens italianos também confundiu e irritou bastante; 3 - Diana (Carolina Dieckmann), cujo índice nas pesquisas de opinião alcançavam mais de 90%... De rejeição!!! A mocinha era apática, songamonga ao extremo, chata pra cacete e não tinha química alguma com nenhum dos seus dois interesses amorosos, Gerson (Marcello Antony) e Mauro (Rodrigo Lombardi).  

Como conseguiu se recuperar: Diana era tão rejeitada pelo público que imploraram pela morte dela. E conseguiram - a personagem morreu após dar a luz. Para solucionar o problema do ritmo super ágil, Passione ganhou cenas repetitivas e flashbacks. Os capítulos também passaram a exibir um resumo corrido do que se desenrolou no dia anterior. Mas foi a partir do capítulo 100 que a novela engrenou de vez e ganhou contornos policiais. A morte do vilão Saulo (Werner Schünemann) levantou a audiência da novela. Desde então, a rede de intrigas que envolveu treze suspeitos de terem cometido o crime monopolizou a trama. Todos teriam motivo para matar Saulo, nenhum tinha um álibi consistente, todos desconfiavam de todos, todos mentiam.





Motivos para a baixa audiência no início: 1 - A novela falava um pouco sobre o submundo cruel e obscuro da prostituição e muitas donas de casa não gostaram da forma pesada como o tema era abordado; 2 - Assim como estão fazendo atualmente com Babilônia, reclamava-se muito do excesso de maldades na novela. A grande maioria dos personagens eram maus, corruptos e desonestos, enquanto os poucos personagens de bom caráter na trama eram bonzinhos e corretos demais, ou seja, chatos pra cacete.

Como conseguiu se recuperar: O tema da prostituição foi suavizado e muitos personagens maus sofreram pequenas alterações. As cenas de sexo da prostituta Bebel (Camila Pitanga), por exemplo, foram cortadas e apostaram mais no humor da personagem. O resultado deu super certo. Com seu bordão "catiguria", Bebel virou sucesso e, ao lado do vilão Olavo (Wagner Moura), conquistou o público e ganhou fãs - apesar de todas as trapaças e atitudes nadas corretas que os dois faziam. Paraíso Tropical não foi um grande sucesso, mas não deixou nada a desejar e até foi indicada ao Emmy Internacional de Melhor Telenovela.




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - Torre de Babel foi lançada como uma novela "forte, verdadeira, emocionante". Tão forte que afugentou os telespectadores, não acostumados a ver no tão tradicional horário das oito tanta violência e temas fortes, tais como drogas, assassinatos frios, violência dentro do lar, homossexualismo, entre outros; 2 - O casal lésbico Rafaela e Leila sofreram com o preconceito da sociedade na época dentro e fora da novela, com índices grandiosos de rejeição nas pesquisas de opinião. 

Como conseguiu se recuperar: O autor Silvio de Abreu foi obrigado a mudar toda a estrutura da história para reconquistar o público perdido, tornando a trama mais "leve". E conseguiu. A novela, que despencou na audiência em sua primeira fase, conseguiu ótimos índices na fase final. Até o tema de abertura foi mudado. Saiu a retumbante música instrumental e entrou a suave "Pra Você", interpretada por Gal Costa. Mas foi com a explosão do shopping center que a trama decolou de vez, iniciando um grande mistério que aguçou a curiosidade do público: quem explodiu o shopping center? Essa explosão serviu também para eliminar alguns personagens que o público rejeitava, como o drogado Guilherme (Marcello Antony) e as sapatonas Rafaela e Leila.




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - Assim como em Torre de Babel, a novela apresentava temas fortes, violentos e polêmicos demais para o horário e romance e personagens bons e honestos de menos, afugentando, assim, os telespectadores; 2 - Carrossel, que foi um grande fenômeno aqui no Brasil. A trama mexicana exibida no SBT apresentava ao público o oposto de O Dono do Mundo: uma trama leve, infantil, engraçada e emocionante. As duas não chegavam a serem concorrentes no horário, mas se enfrentavam durante o último bloco da novelinha mexicana.O desinteresse do público pela trama das nove da Globo em face ao sucesso de Carrossel chegou a ser capa da Revista Veja; 3 - Pesquisas de opinião na época apontavam que ninguém suportava as vitórias do protagonista-vilão Felipe Barreto (Antonio Fagundes) e do excessivo número de personagens maus e desonestos; 4 - Mesmo em plenos anos 90, a virgindade feminina ainda era um grande tabu. E como Márcia ofereceu sua virgindade tão facilmente para Felipe, o público torceu o nariz para a mocinha. Não só por isso, mas também pela falta de lealdade dela com o noivo. É que depois de criar dezenas de situações e intrigas para afastar o noivo de Márcia e transar com ela, Felipe não conseguiu o que desejava e chegou inclusive a desistir do plano. Foi nesse momento que Márcia bateu à porta do quarto do hotel de Felipe se oferecendo para ele. Foi Márcia quem escolheu Felipe para tirar sua virgindade e traiu o próprio noivo em plena lua de mel!!!

Como conseguiu se recuperar: Essa novela foi a que mais deu dor de cabeça para a Globo. Por mais que o autor, Gilberto Braga, fizesse milhares e milhares de modificações para tentar reconquistar o público, a audiência continuava lá embaixo. Em determinado momento da trama, num momento de fúria, Márcia agride Felipe com um bisturi e vai parar na cadeia. Foi uma das primeiras alterações inseridas pelo autor para que o público ficasse do lado de Márcia. É que o charme de Antônio Fagundes e a degradação dos princípios morais faziam com que os telespectadores não se indignassem com as suas armações, o que comprometia a espinha da trama - a vingança de Márcia. Convidado a colaborar na reformulação da história, Silvio de Abreu deu maior agilidade à ação, além de introduzir mudanças substanciais no perfil de alguns personagens. Aos poucos, a novela foi recuperando público, mas penou, viu...





Ou não, né? Porque Em Família foi MISSION FAILED!!!

Morra de tédio ao som da minha flauta


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