O MELHOR DA SEMANA
Leonora em Eta Mundo Bom
Divertidíssima a ideia de levar a ex-BBB Leonora de Haja coração para ser figurante de uma cena de Eta Mundo Bom. Ela causou a maior confusão. Ellen Rocche está maravilhosa, sambando de salto alto na cara de todo mundo que dizia que ela era uma atriz só de "peito e bunda".
Programa do Porchat
O tão aguardado Programa do Porchat finalmente estreou e, como todos esperávamos, o programa não decepcionou nas risadas. O programa começou superbem com o texto divertidíssimo do Porchat ironizando tudo e todos. Ainda que fosse perceptível uma dose de preocupação, as piadas com a disputa pelo segundo lugar na audiência, a falta de liberdade da TV aberta e principalmente na Record saíram bem. Os pontos fortes ficaram com as pequenas esquetes que exploraram o elenco da casa e youtubers, mas alguma coisa não encaixou ainda.
Talvez pudesse ser a falta de expressividade da primeira entrevistada, Sasha Meneghel, que mesmo concedendo sua primeira entrevista na TV com 18 anos ainda não tem nada de relevante pra dizer; ou o Wesley Safadão que parecia mais incomodado em não estragar seu casamento recente com as perguntas ácidas do Porchat. Mas de fato ainda há muito tempo para que isso possa ser trabalhado nos próximos programas. Fábio, sozinho, é um show. Ele sabe fazer rir e tem sacadas muitos boas, como rir de si mesmo, fazer piada com pessoas e situações inimagináveis, além de interagir muito bem com o público de todas as idades. Apesar de não ter se saído bem como entrevistador, de maneira geral, agradou como entretenimento.
Volta de Santo
Finalmente, chegou ao fim toda aquela enrolação do sumiço de Santo (relembre AQUI). E proporcionou momentos grandiosos para todo o elenco de Velho Chico. Camila Pitanga e Domingos Montagner deram show nas sequências em que Tereza estava atrás de Santo. Foram cenas marcantes e emocionantes demais. A cena da volta do Santo também foi lindíssima, destacando Zezita Matos, Camila Pitanga, Domingos Montagner, Gabriel Leone, Irandhir Santos e, claro, Lucy Alves (que ainda roubou a cena novamente quando Luzia revela a Olívia que ela não é filha de Santo e no seu embate com o marido). Todos deram um show de emoção e entrega.
Primeiro episódio de Justiça
Se o objetivo era deixar o telespectador sem fôlego e prendê-lo com uma história incrível que só vai ter continuidade uma semana depois, missão realizada com sucesso! O primeiro episódio de Justiça (e que iremos acompanhar todas às segundas-feiras) mostrou a história de Elisa (Déborah Bloch), uma professora que não é capaz de perdoar e se conformar com a morte da filha, Isabela (Marina Ruy Barbosa), assassinada pelo noivo, Vicente (Jesuíta Barbosa), à queima roupa (em uma sequência bem dirigida e impactante) depois de flagrada em uma traição.
Todas as palmas para Débora Bloch, que, na minissérie, vive uma personagem bem diferente das que já viveu na TV. É muito bom ver uma atriz já consagrada do quilate dela fora da sua zona de conforto. A Elisa é uma personagem complexa que divide opiniões no público e que, mesmo em apenas um episódio, já passou por algumas fases. Explorou a sensualidade logo na cena que abre o episódio e ao se envolver com um rapaz mais novo, a sofisticação nas cenas que mostram seu cotidiano e convívio com a filha e todo o drama da mãe ao flagrar a morte da filha e a espera depois de sete anos pela liberdade do assassino desta, disposta à matá-lo. Um misto de tristeza, dor, rancor, ódio e desejo de vingança, transmitidos perfeitamente pela atriz.
Claro que não posso deixar de falar do Jesuíta Barbosa, o ator que é um dos grandes nomes da sua geração. Ele construiu um personagem crível, um playboy mimado que acha que o mundo, inclusive a namorada, precisam se cruzar à sua vontade, mostrando todo o ciúme possessivo e extremamente ciumento de Vicente desde a primeira cena através de pequenos detalhes. Ele e Marina Ruy Barbosa, inclusive, esbanjaram química em cena nos momentos mais calientes.
No final do episódio, quando pensei que a cena terminaria com aquele clássico das novelas (o personagem apontando o revólver para o outro) e nós teríamos que esperar até a próxima segunda-feira para ver o tiro, a minissérie mostra um grito de pai em cena e Vicente, saindo da cadeia, chama uma criança de filha e de Isabela e lhe abraça, fazendo com que Elisa hesite antes de atirar no rapaz. Mal posso esperar amanhã a noite para ver o que a cena vai causar na Elisa...
Segundo episódio de Justiça (o melhor, na minha opinião)
Focado num contexto mais pobre e mais dramático, a trama de Justiça que veremos todas às terças está centrada na saga de Fátima (Adriana Esteves) em reorganizar sua família que se dispersou nos sete anos de ausência em que passou presa injustamente por tráfico de drogas.
Pode parecer bobo que todo o enredo tenha sido desenrolado em torno da figura de um animal de estimação e uma desavença entre vizinhos, algo tão comum, mas a série tenta retratar de forma natural que justamente o cachorro era o ponto de discordância das duas casas. Aos defensores dos animais que ficaram chocados com a cena em que Fátima mata o cachorro do vizinho com um tiro, ela, como uma leoa, quis apenas proteger o filho temendo que o descontrolado cão do vizinho lhe fizesse mal e fez o que qualquer mãe faria ao ver sua cria em perigo. O desejo de proteção foi maior do que qualquer vislumbre das consequências.
E Douglas (Enrique Dias) se vingou colocando drogas na casa da personagem, já que ela tirou dele seu melhor amigo, de quatro patas. Retratado como policial, a série pareceu usar o personagem, seu modo de vida e até mesmo seu jeito de agir para realmente gerar asco no telespectador e faz refletir, afinal, até onde é válida a tal fé pública que os policiais têm? Sete anos depois, após cumprir pena por um crime que não cometeu, o que restou de Fátima não foi o desejo de vingança, mas sim de refazer sua vida e reencontrar seus filhos, mas tudo o que lhe resta agora é uma realidade do lado de fora da cadeia, num mundo que ela não reconhece mais, numa casa que ela não reconhece mais e lidar com a ausência de seus filhos. A única coisa que remonta à ela seu passado em liberdade é a presença daquele que ela menos deseja ver, Douglas, seu ainda vizinho que zomba dela pelos anos detida. O que foi aquela cena final do embate entre os dois, com a Fátima lhe ameaçando com um facão? Um show!
Sem dúvidas, foi o episódio com a maior carga dramática (e o que mais me envolveu).
Além de Adriana Esteves e Enrique Dias, se destacaram também Leandra Leal (que, apesar de ter aparecido pouco, enfim, ganhou uma personagem de TV diferente das mocinhas que vinha interpretando, além de esbanjar sensualidade em várias cenas) e a pequena Letícia Braga.
Terceiro episódio de Justiça
Se, até então, Justiça se mantinha no âmbito emocional dos relacionamentos e enredos, o episódio de quinta (25) resolveu colocar o dedo numa ferida social aberta que o país ainda tem e jogou na roda de uma só vez dois assuntos a serem discutidos: racismo e estupro.
Débora (Luisa Arraes) e Rose (Jéssica Ellen) são unidas desde pequenas por uma grande amizade. Rose é negra e filha da empregada doméstica que ajudou a patroa a criar a filha, Débora, que é branca e rica. Ainda que se fale menos do que se deveria à respeito, devemos nos lembrar que o Brasil ainda é um país racista, mas que o faz de forma velada. Existe um abismo na forma como um negro e um branco são enxergados em determinados ambientes e o roteiro da competente Manuela Dias explorou perfeitamente isso em uma das melhores abordagens sobre o assunto na nossa teledramaturgia, assim como o abismo existente entre Rose e Débora.
Todo mundo já ouviu alguém dizer "Fulano é praticamente da família". Essa é como Rose, que, ao comemorar seu aniversário de 18 anos num luau na praia e comprar drogas para todos os amigos, é detida pelo policial Douglas como traficante. Notem que a ação da polícia em cena é bem clara ao separar negros e revistar apenas estes, como se sua cor já denunciasse seu caráter. Eis aqui, o primeiro dedo na ferida, que a gente finge não enxergar, mas faz parte do nosso cotidiano. O texto foi explícito sobre as diferenças raciais até nas falas da mãe de Rose, ao se fazer valer do passado histórico de sua avó como escrava. E o melhor de tudo: sem cair no didatismo. Débora, que, até então, defendia a amiga com unhas e dentes, fez da sua justiça o silêncio, numa mistura de apatia e autoproteção. O verdadeiro traficante, Celso (Vladimir Brichta), que era namorado de Rose, também se manteve imóvel. E este silêncio custou à garota, mais que sua liberdade, mas a não concretização de seu grande sonho: se tornar jornalista.
Sete anos se passam e o que restou de Rose foram cacos despedaçados do sonho não realizado. Agora, além de negra, ela é uma ex-presidiária, o que por si só já serve para arrastar consigo diversos preconceitos e estereótipos e isso ficou claramente apontado por Marcelo (Igor Angelkorte). Suas chances não são mais as mesmas, nem sua vida. E ela procura Débora e, numa conversa franca, diz o que em minha opinião foi a síntese do episódio: "Eu só fui entender que eu era preta e pobre na cadeia". Até então, ela nunca havia sido apontada, humilhada ou colocada numa situação de interioridade perante os outros. Mas a vida também se mostrou cruel a Débora, que foi vítima de um estupro. Há quem enxergue nisso um pouco de justiça pelo silêncio de outrora, mas não creio que aqui existiu algo de punição a Débora. São situações horríveis e distantes e aqui eis a segunda ferida para se apontar. Uma cena de violência contra a mulher por si só é difícil, sofrida, complicada de se assistir. Os movimentos de câmera, o sangue, o pavor nos olhos de Luisa Arraes fora suficientes para mostrar todo o horror da situação. Rose não se sentiu prejudicada por Débora anos atrás e prometeu ajudá-la a encontrar o homem que a violentou. Resta saber se os sete anos endureceram a garota a ponto de que ela se torne realmente uma criminosa e, principalmente, se amizade entre as duas vai resistir.
Outro grande diferencial do episódio são suas protagonistas. O único dos quatro sem grandes nomes no seu elenco, porém, nem por isso menos estrelar. Jéssica Ellen ganhou essa grande oportunidade nas mãos e a tomar por esse primeiro episódio a atriz tem talento suficiente para segurar a personagem. A Luisa Arraes (que já havia batido um bolão em Louco por Elas e se destacado em Babilônia) continua dando um show em cena. A química entre elas foi o ponto forte do episódio, numa nítida entrega total de duas atrizes que querem fazer dar certo.
O PIOR DA SEMANA
Quarto episódio de Justiça (o mais fraco de todos)
Confesso que o episódio de Justiça que mais fiquei ansioso para assistir é o que será apresentado todas às sextas-feiras. Além de ter um tema complicadíssimo e quase nunca abordado na nossa teledramaturgia (a eutanásia), ainda parecia trazer o Cauã Reymond, finalmente, fora da sua zona de conforto vivendo um personagem diferente. Infelizmente, depois de assisti-lo, fiquei decepcionado e achei o mais fraco dos quatro episódios já apresentados.
Claro que não vou tirar o destaque sensual que Cauã e Marjorie Estiano deram as cenas do casal. A química entre os dois foi incrível e mostrou em pequenos detalhes um casal verdadeiramente apaixonado ou mesmo nas cenas de sexo entre os dois, onde o texto fez questão de demonstrar que ele a ama independente de seus defeitos. Mas, contrariando a expectativa de ver Cauã sair de sua zona de conforto, o que foi apresentado foi mais um personagem do ator revoltado e envolvido com condenação e em busca de vingança (ou justiça, no caso). Mais um Jorginho (Avenida Brasil), André (O Caçador) ou Juliano (A Regra do Jogo) para o currículo do ator. E ainda ficou devendo em vários momentos mais densos e dramáticos.
O ponto mais sofrível, porém, do episódio foi a desconstrução do tempo cronológico da série, ainda no enredo de 2009, pois vimos a decisão de Beatriz em morrer e Maurício sendo preso após atender ao pedido da amada logo no início para só depois ("três dias antes") vermos o acidente acontecer, a relação do casal e a cena onde Maurício consegue os remédios com Celso (Vladimir Brichta). Isso acabou estragando o grande clímax do episódio e jogou foi um balde de água fria na cabeça do telespectador. Também houve um erro de cronologia na delegacia. O Maurício não poderia estar junto dos outros três presos dos outros episódios (Fátima, Rose e Vicente) porque o caso dele é bem mais complexo e demorado. A cirurgia da Beatriz depois do acidente de carro duraria, no mínimo, umas seis horas. Até acordar, diagnosticar a tetraplegia, ela pedir pra morrer, ele conseguir comprar os remédios para matá-la e ser preso, daria uns três dias. Agora tudo isso acontecer na mesma noite, ficou estranho e corrido demais.
Apesar dos pesares, a cena do atropelamento foi impactante e muito bem feito e as seguintes, com Beatriz já no hospital, bem tocantes e emocionantes. Marjorie Estiano, como já esperava, levou as emoções da sua personagem à flor da pele e foi o grande destaque do episódio. Também gostei muito do Vladimir Brichta, que, mesmo já tendo aparecido nos outros três episódios e ser oficialmente do elenco dos episódios das quintas-feiras, teve a maior participação nesta sexta, com uma caracterização perfeita de um surfista aposentado na primeira fase e um empresário do ramo da clandestinidade sete anos depois.
Travessia do Rio Jordão
Olhe só essas imagens abaixo:
Agora me diga: parece ou não parece mais um quadro pintado com tinta guash azul? Mas é só a abertura do Mar Vermel... Digo, do Rio Jordão em A Terra Prometida. Acho que cortaram a verba de criação visual das TVs, porque tá triste de uns tempos pra cá. Teve aquele chroma key vagabundo de Paris no final de Totalmente Demais, a abertura mequetrefe da terra e o envelhecimento tosco dos atores em Os Dez Mandamentos - Nova Temporada e agora isso!
Estreia do Adnight
Volta para o Tá no Ar, Adnet! Essa foi a única coisa que consegui pensar depois de assistir ao Adnight. Enquanto Porchat se manteve dentro das nossas expectativas, Marcelo Adnet desceu ladeira abaixo em um programa que não conseguiu, sequer, mostrar a que veio.
Acho que o primeiro grande problema foi a ousada escolha do convidado principal, Galvão Bueno, que não tem lá um perfil muito agradável junto ao público. De fato, ele é uma figura mitológica da TV brasileira, então ou Adnet conseguiria quebrar este gelo e apresentar uma nova face de Galvão ou o fracasso do episódio já estaria anunciado. Infelizmente, o que vimos foi um diálogo meticulosamente ensaiado que dava pouca chance para o novato entrevistador.
Talvez, na ansiedade de tentar apresentar algo diferente para evitar a comparação com Jô Soares e até mesmo com Danilo Gentili e seu The Noite, Adnet decidiu deixar o lado "talk-show" de seu programa em segundo plano e apostar numa mistureba televisiva que acabou por ser revelar heterogênea. Quando Adnet decidiu chamar Arnaldo Cezar Coelho, Reginaldo Leme e Daniela Mercury, eu me senti assistindo o extinto Video Game do Video Show. E quando tentou, finalmente, trazer alguma informação nova, o máximo que conseguimos saber sobre Galvão foi que ele perdeu a virgindade com 15 anos e gosta de carne mal passada. Muito interessante...
Não entendi se o programa é um talk-show, um show de humor, um quadro do Fantástico, enfim, foi um emaranhado de informações desconexas que me confundiu. É óbvio que ainda há muito o que ver sobre o que a Globo e o Adnet prepararam para o Adnight, mas não há dúvidas de que esses próximos episódios que virão precisam ser bem diferentes do que vimos na estreia.
Final de Eta Mundo Bom
A reta final da novela das seis ficou marcada pela adoção de um típico clichê das novelas: o sequestro da mocinha (Filomena) com seu filho pelos vilões da trama (Ernesto e Sandra). As cenas do sequestro ficaram marcadas pela inexpressividade de Débora Nascimento e Eriberto Leão, enquanto Flávia Alessandra se destacava. O ponto mais alto foi a perseguição policial contra os vilões, que culminou em um acidente de carro que matou Ernesto. Mas aqui vale dois parênteses: 1 - a batida em si deixou a desejar, com um resultado pra lá de falso; 2 - a forma como o sequestro do filho de Candinho foi desmontado (Celso lembrou do nada que Ernesto tinha família do interior de São Paulo e, só com essa informação, conseguiu capturá-lo). O recurso do personagem esperto é sempre usado, mas na novela às vezes é tanto que eles parecem até telepáticos (vide a detetive Maria e sua extrema esperteza e inteligência).
O penúltimo capítulo se encerrou com o casamento de Mafalda e Romeu, deixando a dúvida se ela iria se casar com o ex-vigarista ou com Zé dos Porcos (uma escolha errada, uma vez que o acidente de Ernesto ou a perseguição policial, apesar de clichê, traria bem mais impacto). Como se já não tivesse ficado mais do que óbvio há meses que o Walcyr Carrasco estava forçando a barra ao máximo para a Mafalda escolher o cegonho do Zé dos Porcos, não é mesmo?
E assim aconteceu, selando o quão mal-desenvolvida foi esse triângulo amoroso, uma vez que todo o sentimento de Romeu não serviu para nada. Mafalda nunca sentiu nada pelo Zé. A história era dela e do Romeu, da transformação dele pela caipira através do amor. Mas, do nada, Mafalda passou a amar o Zé e Romeu voltou a ser o vigarista de sempre (houve até uma traição bem forçada com Sarita). Não convenceu. Em compensação, Camila Queiroz e Anderson de Rizzi fizeram uma linda cena na qual Mafalda, enfim, conheceu o tão falado cegonho.
O desfecho da história de Gerusa e Osório pisou tão fundo no melodrama açucarado que chegou a atacar a minha glicose. Ela morreu de uma doença grave enquanto dançava valsa com o amado e Osório deu à ela uma aliança no caixão e acabou morrendo "de amor" em cima do corpo dela. Bonito, pode acontecer, mas também um tico exagerado, né? Até porque a cena seguinte dos dois dançando uma valsa em outro plano espiritual foi totalmente constrangedora. O autor mirou no momento romântico de Serena e Rafael no final de Alma Gêmea, mas acabou acertando mesmo na igualmente bizarra cena da morte de Nicole em Amor à Vida. Em nada combinou com a proposta da novela (que em momento nenhum apresentou algo espírita).
Em compensação, o momento em que Sandra finalmente vai para a prisão mostrou-se, com larga vantagem, a melhor cena do capítulo. Fichada, a vilã divide uma cela com outras presidiárias e arruma uma briga com elas, sendo levada para a solitária e obrigada a comer uma comida de péssima qualidade. Flávia Alessandra brilhou com o desespero da megera ao se ver sozinha e proporcionou o melhor momento do capítulo final, muito embora a prisão de Sandra lembrasse o final da vilã Judith de Caras e Bocas, que também teve o mesmo fim e acabou na solitária.
As únicas parte que gostei mesmo no final foi o discurso otimista e emocionante de Candinho no casamento e o "FIM" na bunda da Débora Nascimento (exatamente igual à cena final do filme do Candinho, interpretado pelo Mazzaropi e que inspirou a novela). De qualquer forma, como um todo, Eta Mundo Bom sai de cena com um saldo final pra lá de positivo e certamente deixará muitas saudades (até porque as chamadas desanimadoras de Sol Nascente indicam que vem aí um belo de um sonífero). Como disse em minha crítica final sobre a novela (leia AQUI), foi um "arroz com feijão" requentado que deliciamos como um manjar dos deuses. Eta novela boa!