O que foi legal: Estreia de Cúmplices De Um Resgate
Uma mistura de dramalhão com contos de fadas e muita música. Assim podemos definir Cúmplices De Um Resgate, a nova novela do SBT que estreou nessa segunda (03/08). Tal como as duas antecessoras, Carrossel e Chiquititas, essa também é uma adaptação de um grande sucesso mexicano. O público foi apresentado às gêmeas Isabela e Manuela (ambas interpretadas brilhantemente por Larissa Manoela). Elas foram separadas no nascimento. Quando completam 12 anos, se reencontram para uma disputa aguerrida. Uma é boa, pobre, simpática e canta divinamente, enquanto a outra é rica, mimada e desafinada. O velho maniqueísmo entre gêmeos iguais na aparência e distintos na personalidade! Entretanto, Cúmplices De Um Resgate tem a seu favor a realização. O excesso de cores, tanto na cidade cenográfica quanto nos figurinos, se faz presente em todas as cenas e ajuda a imprimir um clima lúdico à história. Aliás, a experiência adquirida pela produção com os outros dois remakes foi benéfica para esta nova empreitada. Há um maior cuidado nos cenários e nas locações externas, embora ainda esteja longe de ser algo primoroso. Por fim, é mais um projeto infantojuvenil bem-sucedido do SBT!
O que foi perfeito: Cracolândia em Verdades Secretas
Sou fã de Verdades Secretas e acho a trama ótima, cheia de ganchos incríveis e bastante agilidade. Particularmente, é a melhor novela no ar atualmente. Mas há de se elogiar também a direção da novela. E a sequencia com Larissa (Grazi Massafera) na cracolândia, exibida nesta última segunda (03/08), só evidenciou ainda mais a direção impecável de Mauro Mendonça Filho. Grazi está em seu melhor momento na carreira com uma personagem tão complexa e rica dramaturgicamente e está correspondendo à altura, calando a boca de muita gente que dizia que ela era só uma ex-BBB famosa sem talento. A degradação de sua personagem vem sendo mostrada desde o início, mas essa semana, completamente desorientada e viciada, após conhecer o crack, afundou ainda mais. A imagem da modelo enfiada em uma espécie de barraca, armada no meio da Cracolândia, observando aterrorizada todos aqueles seres humanos se comportando feito zumbis, foi tenebrosa. Mauro Mendonça Filho conseguiu mostrar uma sequência de quase quatro minutos sem uma fala sequer, apenas exibindo momentos degradantes de viciados vagando por uma espécie de cidade morta. Foi impressionante o grau de realismo da cena. A caracterização dos figurantes e a recriação da Cracolândia também chocaram e foram dignas de aplausos. Essa sequencia já entrou para a lista das melhores e mais marcantes desta produção, evidenciando justamente a primorosa direção da obra e o talento de Grazi Massafera.
O que foi péssimo: Regina Heroína em Babilônia
É incrível a facilidade com que os personagens de Babilônia cometem os piores crimes. Só nessa semana, Murilo (Bruno Gagliasso) dopou Vinícius (Thiago Fragoso) e tentou matá-lo, Beatriz dopou Murilo e tentou matá-lo e Cris (Tainá Muller) dopou Olívia (Michele Birkheuer) e tentou matá-la. É falta de criatividade ou é hábito as pessoas doparem os outros? Falando na Cris, a personagem aumentou a lista de homicidas frustrados da novela no capítulo de terça (04/08): embebedou uma modelo, distraiu o fotógrafo e invadiu a locação que servia à sessão de fotos, ateou fogo em tudo enquanto ela dormia e deixou o celular de Regina (Camila Pitanga) na cena do crime para incriminar a rival. Mas foi supercuidadosa: usou um casaco com capuz para não ser reconhecida. Ah, tá! E não foi que a nossa super-heroína Regina apareceu no local exatamente quando o incêndio estava começando e salvou a modelo? Fiquei chocado com essa tentativa de transformar a Regina em heroína nacional, de capa e tudo. Foi mesmo o Gilberto Braga quem escreveu essa cena? Não consigo acreditar que um autor tão experiente como ele e que já nos presenteou com Vale Tudo e Celebridade possa ter escrito uma cena tão trash e constrangedora como essa! Nunca foi tão fácil matar, mandar matar, conseguir armas, drogas e sair impune como nessa novela...
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