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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Novelão Mexicano: Teresa


É é com muita alegria que comunico que a partir de hoje (segunda, 05/10), às 16h45, o SBT irá exibir Teresa!!! Traz a champanhe e taca-lhe GIFs animados porque hoje é dia de festa, Brasil!

gif-maria-marta-sambando

Na história, Teresa (Angelique Boyer) acredita que a pobreza não é para ela e almeja ascender socialmente a qualquer custo. Por conta disso, vive um relacionamento turbulento com o taxista Mariano (Aaron Díaz), que sonha em se tornar médico, mas seus valores são bem opostos ao de Teresa. A história muda quando o professor Arturo (Sebastián Rulli) resolve dar uma oportunidade para Teresa em seu escritório de advocacia. E é aí onde ela começa a planejar minuciosamente a forma de conquistá-lo e ficar rica. Para isso, ela não hesitará em manipular os sentimentos de Arturo, em pisar no coração de Mariano e se aproveitar de todas as situações que apareçam em seu caminho.


As coincidências com a novela Rubi (também mexicana, exibida originalmente em 2004 e estrelada pela Bárbara Mori) não são poucas: ambas são pobres e ambiciosas, desprezam um cara pobre em favor de um homem rico, são dissimuladas com suas melhores amigas e amam sua família, mas sentem vergonha dela. Com essa série de situações milimetricamente iguais, desde a criação de ambas existe uma dúvida sobre quem criou primeiro esse protótipo de personagem. Rubi, criada por Yolanda Vargas Dulché para uma revista, nasceu na mesma época em que a autora Mimi Bechalaní criou Teresa, já numa adaptação para a TV. Assim, fica difícil saber se existe algum tipo de plágio.


Para a novela de 2010, a adaptação se encarregou de atualizar a novela, tirando o ar antiquado e propondo novidades. Um excesso de personagens da vizinhança em subtramas desinteressantes foi sendo suavizado, pois impediam a trama principal de avançar. Sanados esses problemas e enfatizando a novela no núcleo dos ricos, a novela entrou numa crescente de audiência, terminando com altos números. A frase “Entre ser e não ser, eu sou”, proferida a exaustão por Teresa, ficou bastante famosa. A bela Angelique Boyer ganhou sua primeira oportunidade como protagonista e se saiu muito bem. Com a idade ideal, a beleza ideal, a atriz deu a interpretação perfeita para a protagonista e conquistou o público com uma composição inspirada. Teresa, praticamente em todas as cenas da novela, está fingindo, mentindo, quase nunca é ela mesma. Sebastián Rulli teve aqui seu maior amadurecimento como ator vivendo o advogado traído. Muitas vezes enganado por Teresa, acabou conquistando a preferência do público, que terminou torcendo para que Teresa se arrependesse e se apaixonasse por ele de verdade. Sebastián provou que, além de beleza (e que beleza!), também tem talento. Curioso que ele também fez a Rubi onde seu personagem também era enganado pela protagonista, aumentando ainda mais as comparações entre as duas novelas.


Apesar de todos os pontos similares com Rubi, Teresa é uma novela diferente, com uma condução diferente, principalmente porque a personagem aqui, embora até mais ambígua, nunca pende pra vilania total, assim que essa história garantiu um novo sucesso, até mesmo no ingrato horário das 18h. O último capítulo respondeu as dúvidas sobre o destino de Teresa e foi recordista de audiência. Teresa foi uma das novelas mais populares e de maior sucesso da Televisa dos últimos tempos. Graças a sua impecável adaptação, passou da mera comparação e ganhou um sucesso só seu.



Tem algo que eu nunca entendi a respeito das novelas no Brasil: por que a mocinha precisa ser sempre sofredora? E tudo é muito estranho para mim, pois é só ver o sucesso que as vilãs gozam a cada novela. Uma Carminha (Adriana Esteves) é muito mais querida e lembrada pelo público que uma Nina (Débora Falabela), a Nazaré (Renata Sorrah) é muito mais carismática que uma Maria do Carmo (Suzana Vieira) e Beatriz e Inês (Glória Pires e Adriana Esteves) tinham cenas bem mais interessantes que uma Regina (Camila Pitanga). Sabendo disso, por que não podemos ter uma vilã como protagonista? Por nunca entender por que uma vilã não pode ser a mocinha da história que eu me impressionei e fiquei fã da novela Teresa. A abertura, embalada por uma música da Glória Trevi que fala sobre uma mulher cruel ("Esa hembra es mala"), mostra Teresa toda doce quando olha para a câmera, mas é só alguém fazer algo contra ela que a donzela solta um olhar fulminante de raiva.


A premissa de Teresa é mostrar uma protagonista que faz tudo para conseguir o que quer, um tipo de personagem que não vemos nas novelas brasileiras (tá, a Nina de Avenida Brasil chegou muito perto disso). Sem se preocupar se o público concorda com a sua atitude, Teresa se insinua sexualmente para homens, mente para a melhor amiga e trata mal sua família só porque sofre privações por conta de ser pobre. Mesmo com essas atitudes, ela não era odiada porque o autor soube colocar um contexto nas coisas. Os outros riquinhos, por exemplo, tem muito menos moral que a protagonista, então não é de se estranhar que o telespectador se afeiçoe a ela. Teresa tem cenas exageradas, humor involuntário, drama carregado e personagens carismáticos e é uma novela gostosa de se acompanhar porque não é nada previsível. Que voltem as mocinhas com nuances de maldade! Elas fazem muita falta.


Agradecimentos: Novela Mexicana


6 comentários:

  1. Obrigado, Isis. A novela é muito boa mesmo!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Vou assistir só pra ver o Sebastian Rulli, sou apaixonada por ele. Aliás, em Rubi, torci pra ela se apaixonar por ele, como EU faria. Só espero que dessa vez ele não morra. rsrs

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  4. Sou totalmente apaixonada por essa novela , mas me corta o coração por saber que a Tereza não vai terminar com o Mariano ... Aii aii

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  5. Sou totalmente apaixonada por essa novela , mas me corta o coração por saber que a Tereza não vai terminar com o Mariano ... Aii aii

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  6. Rubi rainha da porra toda

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Bora comentar, pessoal!

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