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domingo, 24 de abril de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (17 à 23/04)




 O MELHOR DA SEMANA 



Susana Vieira na bancada do Vídeo Show



Escrevi aqui que a Globo e Mônica Iozzi estavam cometendo um erro histórico com a saída da apresentadora do programa (leia aqui). E aquela minha profecia está se concretizando. No lugar de Mônica entrou Maíra Charken, que não tem a mesma química que sua antecessora tinha com Otaviano Costa e tenta imitá-la forçadamente a todo momento (já falei sobre isso aqui). Aliás, hoje a gente vê que Mônica é quem carregava mesmo o programa nas costas e quem dava graça àquilo tudo. Otaviano é aquele cara engraçado, mas que dá uma despencada para o bobo em certos momentos.

E parece que a Globo pretende promover um rodízio de apresentadores no Vídeo Show. Não sei se a ideia dará certo. Mas nesse feriadão de Tiradentes (21/04), fomos surpreendidos com uma mudança inesperada (e maravilhosa) de apresentadora. Maíra não esteve presente e, em vez da Globo escalar Joaquim Lopes, Boninho teve a ideia de chamar a Diva Soberana Susana Vieira para apresentar o programa ao lado de Otaviano. O resultado foi isso mesmo que todos esperávamos: impressionante.

Susana mostrou que não tem paciência para quem tá começando e apresentou o programa melhor do que a Maíra. Ela conseguiu seguir o roteiro do programa e não chamou mais atenção que as matérias. Claro, ela falava umas curiosidades e fazia uns comentários desprendidos, mas foi uma apresentadora maravilhosa, cheia de boas tiradas. Essa é a terceira vez que Susana Vieira chama a atenção no programa vespertino da Globo. A primeira vez foi quando roubou o microfone ao vivo da mão de Geovana Tominaga; e depois roubando o show como convidada na estreia do falidíssimo Video Show do Zeca Camargo. Pena que foi só participação, porque só Susaninha pra levantar esse programa.

Irandhir Santos e Dira Paes



O que dizer do casal Bentriz que mal se beijou e eu já estou shippando pakas? Em Velho Chico, Irandhir Santos é um vereador com ideias românticas, mas assombrado pelo tiro que deu em Afrânio (Rodrigo Santoro) no passado. Já Dira Paes é Beatriz, a professorinha destemida que bradou contra o prefeito em plena praça de Grotas do São Francisco pedindo melhorias e alertando o povo sobre a importância do voto. Um discurso inflamado e pertinente diante da atual situação política do nosso país, porém, sem cair no didatismo (ainda mais dito na boca de uma atriz competente como Dira). Quando testemunhou os seguranças do prefeito expulsando Beatriz da praça, Bento saiu em defesa dela. Se apresentou como vereador, mas garantiu ser diferente dos demais políticos. Morreu de raiva da violência que a professora sofreu. A sequência foi o destaque absoluto da semana na novela.



Irandhir já havia ganhado o meu coração com o Zelão de Meu Pedacinho do Chão. Desta vez, como Bento, um sujeito das sombras, que fala pouco, mas trama muito, o ator vem se destacando mais uma vez. Estou amando tanto a atuação (sempre brilhante) de Irandhir na novela quanto o casal que ele vem formando lentamente com a professorinha Beatriz. O encontro entre os dois foi bem conduzido desde a primeira vez que se encontraram, durante o comício do Coronel Saruê (Antônio Fagundes) e conforme vão passando os capítulos só aumenta a vontade que a gente tem de ver o romance do casal se concretizar. Por enquanto, o desenrolar dessa trama vai mais satisfatório e mais rápido do que o prometido lengalenga amor entre Santo (Domingos Montagner) e Maria Tereza (Camila Pitanga).


 O PIOR DA SEMANA 



Daniela Mercury como jurada no Superstar


O Superstar já teve uns jurados chatos como Dinho Ouro Preto (que não falava nada com nada), Fábio Jr. (que não sabia o que estava fazendo lá) e até mesmo a pata choca da Sandy, que sabe-se lá porque motivo a produção do programa decidiu mantê-la nessa terceira temporada. E ela acabou de ganhar uma concorrente a altura para disputar o troféu de pior jurada do Superstar: Daniela Mercury.

daniela mercury_2

Primeiro que ela sempre se complica na hora de votar. Parece que não entende muito bem os botões que tem de apertar, se enrola, erra, vota "não" quando quer votar "sim" e por aí vai. Parece aquela tiazinha que se enrola com o celular, que não consegue mandar foto ou uma mensagem no whattsapp.

Fora isso, a cantora peca pelo exagero, sempre querendo chamar a atenção a qualquer custo: quer saber se tal integrante da banda tem namorada, sobe no palco, quer ser a supersimpática, deita na cadeira, levanta para agitar o público. Enfim, parece aquela criança que não sabe se comportar do jeito que deve e toda hora a mãe tem de ficar chamando atenção para ficar quieta. Realmente não dá.

Abusiva repetição dos clichês nas novelas



Nesta semana, para roubar o cofre, Sofia (Priscila Steinman) batizou a comida da família inteira. Em menos de cinco capítulos depois da dopagem coletiva da vilã, Carolina (Juliana Paes) batizou a bebida de Eliza (Marina Ruy Barbosa) num restaurante para forjar um envolvimento da modelo com Rafael (Daniel Rocha). Há alguns meses atrás, Cassandra (Juliana Paes) tentou sabotar Elizar numa prova do concurso Garota Totalmente Demais, mas quem tomou a bebida batizada foi Jonatas (Felipe Simas), que acabou criando um enorme vexame; antes, porém, Cassandra havia experimentado a droga com o próprio pai e acabou deixando Hugo (Orã Figueiredo) doidão. Ou seja, das duas uma: ou os autores de Totalmente Demais estão sem criatividade ou virou moda dar "Boa noite, Cinderela" nas pessoas.


E não é só a novela das sete que anda repetindo os mesmos truques meio que no automático. Nesta semana, Eta Mundo Bom apresentou o terceiro casamento da novela. E, como nas duas situações anteriores, o enlace não se concretizou. Momentos antes do "sim" de Eponina (Rosi Campos), uma mulher entrou na igreja e informou a todos que Inácio (Mauro Mendonça) é casado com ela. Depois, na fazenda, diante de toda a comida que havia sido preparada para a festa, uma confusão boba deu início a uma guerra de comida. A sequência toda foi idêntica a uma ocorrida uma semana antes. O casamento de Sandra (Flavia Alessandra) com Ernesto (Eriberto Leão) foi cancelado no altar, quando Pancrácio (Marco Nanini) denunciou que o noivo estava enganando a todos se fazendo passar por Candinho. Na continuação, houve a tradicional guerra de bolo entre Sandra e Celso (Rainer Cadete). Isso porque, no mês passado, houve o casamento frustrado de Mafalda (Camila Queiroz) e Romeu (Klebber Toledo), que não se concretizou porque o vestido dela se desfez na hora. Só não houve guerra de comida naquela ocasião. Quem acompanha as tramas do Walcyr Carrasco, sabe que ele tem uma obsessão por casamentos desfeitos no altar. Mas tamanha repetição numa novela só já é exagero.

Descaso do SBT com o próprio jornalismo


No domingo passado (17/04), as emissoras de TV do Brasil, principalmente as emissoras com sinais abertos, prepararam uma mega cobertura para a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados. Entretanto, o SBT, de última hora (por ordens do Silvio Santos, que detesta usar a grade de programação da sua emissora para cobrir o que quer que seja e prefere que a programação continue fixa e sem mudanças), cancelou a mega cobertura que preparava.



Mudança na grade, custo da cobertura ou uma opção televisiva alternativa para o público, qualquer que seja o argumento não é o suficiente para nos fazer desacreditar na tamanha falta de senso da emissora. O SBT precisa entender que o entretenimento e a informação caminham juntos. A transmissão da votação pelo impeachment da presidente é muito mais importante e mais histórico do que a busca pela audiência. E não parar a sua grade de programação por um ou dois pontos a mais na média de seus tradicionais programas é como se o SBT estivesse "matando cachorro a grito". A situação aos domingos, no quesito audiência, está difícil para o canal, mas também não é para tanto.

Foi só quando o número de votos atingiu o exigido para a aprovação do processo que pode culminar na saída de Dilma do poder que o canal entrou com um plantão tão rápido que não deve ter durado um minuto. A emissora somente tratou sobre o assunto depois de meia-noite, com o Conexão Repórter. As consequências disso? O SBT ganhou a vice-liderança absoluta no Ibope (que não via há muito tempo aos domingos), mas perdeu credibilidade e fez com que os telespectadores não sejam fiéis aos seus jornais. Quando o público quer informação, usa o controle remoto. Basta olhar o tanto de noticiosos lançados nos últimos tempos, com prazo de validade curtíssimo. Não emplacam, mesmo que apostem em assuntos policiais, como foram os casos do Boletim de Ocorrências e SBT Noticias.



O canal insiste em jornalísticos, não tem paciência, não investe e simplesmente os colocam no ar e cancelam depois. Lançado às pressas, o Primeiro Impacto já foi cortado e perdeu 1 hora. E olha que coisa: na segunda-feira, o Carrossel Animado estará de volta à programação. De novo. Perdi as contas do tanto de vezes que o infantil deixou ou voltou à grade nos últimos tempos. Agora resta a dúvida: já nos aparelhos, o Primeiro Impacto respira por mais quanto tempo? O problema, insisto, é o mesmo de sempre: vão cancelar e, no ano que vem, Silvio inventa de lançar outro informativo às pressas.

Aí vem a questão: se o Silvio acredita que o negócio é apostar em entretenimento, então é melhor desistir do jornalismo de vez, né? Para os jornalistas da casa, então, a sensação deve ser de desânimo total. Trabalhar e não ver o seu esforço na tela é uma frustração enorme. Quanto amadorismo!

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