O MELHOR DA SEMANA
Lenittorio
O tempo passa, mas a química é a mesma. Letícia Spiller e Marcelo Novaes estão confirmando em Sol Nascente que a imensa química de Babalu e Raí em Quatro por Quatro segue firme até hoje. O ex-casal é um dos poucos atrativos da fraquíssima e sonolenta novela das seis. A trama de Lenita e Vittório é bem mais interessante e shippável que do (insosso) casal protagonista.
Drama em Haja Coração
A cena em que Carmela confessa que foi responsável pela deficiência da irmã primou pela total entrega das três atrizes. As irmãs tiveram uma briga feia e tudo acabou vindo à tona, para o desespero de Francesca. Carmela amava imensamente a irmã e nunca se perdoou por te-la deixado manca. A sua saída foi transformar o amor em ódio e ficou invejosa. Foi uma sequência grandiosa, onde o talento da Sabrina Petraglia (a mocinha oficial da novela) pôde ser observado mais uma vez, assim como o de Chandelly Braz (que vive o perfil mais complexo da trama na pele de Carmela) e Marisa Orth. Esta última, inclusive, pela primeira vez, ganhou uma personagem não puramente dosada no humor e sem os resquícios da Magda do Sai de Baixo, como a maioria das personagens que ela viveu depois do término do humorístico.
Outra atriz voltada para a comédia que saiu de sua zona de conforto e deu um show no drama essa semana em Haja Coração foi Tatá Werneck. Sim, ela mesmo! Eu sempre achei todo o contexto do casal Fedora e Leozinho tosco e infantil demais. Mas devo confessar que foi muito bonitinho e emocionante a cena em que Fedora confronta Leozinho na cadeia e ele lhe revela toda a verdade. Ela, chorando de decepção; ele, arrependido e apaixonado de verdade.
Cassia Kis
É impressionante a capacidade única da Cassia Kis em pegar um papel pequeno e o agigantar diante das câmeras sem precisar de peripécias de interpretação, nem caracterização especial. Quase de cara limpa, com rugas assumidas, Cassia ressalta o significado de arte dramática. E isso pode ser comprovado em Nada Será como Antes. Na série, ela interpreta a sofrida empregada doméstica Odete, mãe da jovem estrela da TV Beatriz (Bruna Marquezine). Cassia não precisou de muitas palavras para exprimir a intensidade da emoção de sua personagem ao reencontrar a filha e vê-la brilhando na tela preto e branco dos primórdios da TV no Brasil. Foram cenas bem singelas, mas que certamente comoveram a muitos telespectadores também.
O PIOR DA SEMANA
Duelo de Mães
No sábado da semana passada (22), o SBT estreou o Duelo de Mães. Ticiana Villas Boas comanda a nova atração que aposta em disputas gastronômicas entre mães de "famosos" como das cantoras Tays Reis (aquela do "Pega a metralhadora e trá trá trá trá trá") e Vanessa Jackson e da youtuber Maju Trindade (???). Vai vendo o nível. Portanto, nenhuma grande famosa. Ticiana poderia ter convocado mães de contratados do SBT. Teria sido muito mais interessante.
A nova aposta da emissora de Silvio Santos entrou na faixa das 19h15, anteriormente ocupada pelo Corre e Costura. O programa se divide em duas partes. Na primeira, as mães apresentam a sua própria receita. Já na parte final, elas recebem uma receita do chef Rodolfo de Santis. O problema é que o programa não passa simpatia no vídeo, totalmente "sem sal e sem tompero" (como diria o mestre Jacquin, do MasterChef). As mães, não acostumadas a como agir num programa de TV, parecem desconfortáveis na tela. O programa, em si, não rende e poderia ser somente um quadro dentro de algum outro programa maior como Eliana ou Domingo Legal.
Na realidade, a TV (em especial, Band e SBT) se empanturra com competições gastronômicas. É a moda do momento. Então, as emissoras apostam no mesmo segmento para faturar e conquistar audiência. Vai chegar uma hora que o modelo estará exaurido. Se já não está, né?
Posto de Salete
Já tenho um núcleo para odiar com todas as minhas forças em A Lei do Amor: o posto de gasolina de Salete (Claudia Raia). A personagem, em si, até que é bem interessante (principalmente essa sua relação conturbada com a filha). Já as dancinhas dos frentistas do posto dela são ridículas. Aquilo não é dança. É um festival de cenas explorando apenas o corpo dos atores, que tentam ser sensuais se remexendo como lagartixas. Nesta segunda (24), o núcleo bateu todos os índices da vergonha alheia. Na cena, Salete mostra um novo empregado que começa a trabalhar no local. É um tipo franzino e freio, bem diferente dos outros modelos que trabalham por lá. Daí, os fortões resolvem zoar o rapaz, dando um banho no lava-rápido do posto. A ideia era que o telespectador risse e tivesse um pouco de humor, mas foi apenas constrangedor mesmo. Tá ficando difícil defender a novela das nove (falarei mais em breve).
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