10º lugar: Erro de computação gráfica
09º lugar: Esqueceram de mim
Logo nos primeiros capítulos de Babilônia, um erro chamou a atenção dos espectadores. Enquanto a vilã Inês (Adriana Esteves) e sua filha, Alice (Sophie Charlotte), conversavam no apartamento para o qual se mudariam no Leme, um operador de câmera que gravava a novela aparecia no canto direito da tela. Esse é o padrão Globo de qualidade?
08º lugar: A polícia nunca é chamada para resolver os crimes
Os personagens de Amor À Vida parecem não gostar muito de chamar a polícia para resolver os problemas. Niko (Thiago Fragoso) e Félix (Mateus Solano) saíram em busca de Amarilys (Danielle Winits), que havia sequestrado o bebê Fabrício, e não a denunciaram às autoridades, mesmo após saber que ela iria fugir do país. A tentativa de assassinato de Ciça (Neusa Maria Faro), que foi jogada por Alejandra (Maria Maya) de um penhasco, também ficou impune e a criminosa não enfrentou a Justiça antes de morrer. Mas o pior caso foi quando Ninho (Juliano Cazarré), para chamar a atenção (?) de Paloma (Paola Oliveira), resolveu sequestrar Paulinha (Klara Castanho) com a ajuda de Alejandra. Os dois fugiram com a menina para o Peru e Paloma e Bruno (Malvino Salvador) foram atrás deles para resgatar a adolescente. Paulinha foi salva e o sequestro não teve grandes consequências para os envolvidos no crime, já que nenhum deles teve de prestar conta por seus atos. E Ninho ainda conseguiu convencer Paloma a deixá-lo visitar a filha biológica depois, hein! Sem falar nos barracos memoráveis à mesa de jantar da Família Khoury, onde todos os crimes eram revelados e ficavam por ali mesmo. Félix (Mateus Solanno) nunca prestou contas com a justiça por ter jogado Paulinha numa caçamba de lixo lá no primeiro capítulo da novela. É que os Khourys não gostavam de escândalos. E a justiça brasileira agradece!
Glória Perez deve achar que a atmosfera de um país pode alterar o penteado de uma pessoa. Morena (Nanda Costa) que o diga. Enquanto nas cenas externas da Turquia a protagonista exibia madeixas onduladas, nas cenas gravadas na cidade cenográfica (Projac) no Rio de Janeiro ou em locais fechados do que seria a Turquia, os cabelos se tornavam, misteriosamente, lisos. Fica claro que as cenas externas de Salve Jorge no estrangeiro foram gravadas antes, o que é normal em uma novela, mas não precisavam ter mudado tanto o cabelo da mocinha se voltariam a usar essas imagens depois. Ficou ridículo.
Outra falha de Salve Jorge diz respeito à linguagem universal utilizada pelos personagens da novela. Ao longo de quase todo o folhetim, Glória Perez fez com que todos os personagens falassem português, fosse em Istambul, fosse no Brasil, e todos se entenderam sem precisar de mímica. Mas nem sempre foi assim. Quando Morena escapou do tráfico e saiu às ruas de Istambul para pedir socorro, para a infelicidade dela, ninguém entende o que ela diz, logo, ninguém a ajuda. Ainda não tinham inventado a tecla SAP. Que azar.
Atores com idades não condizentes com seus personagens é algo até comum, mas Em Família exagerou: Ana Beatriz Nogueira, quase da mesma idade de Gabriel Braga Nunes, vivendo a mãe do personagem dele. Natália do Valle, dez anos mais velha que Júlia Lemmertz, vivendo a mãe dela. O pior caso foi a personagem Juliana, tia de Helena, interpretada pela atriz Gabriela Carneiro da Cunha nas duas primeiras fases, e Vanessa Gerbelli na terceira. Nas primeiras fases, a atriz parecia ser mais velha que Bruna Marquezine (a Helena). Mas, na terceira fase, Vanessa pareceu mais jovem que a Helena de Júlia Lemmertz.
De todas as gafes, esta foi a de maior repercussão, afinal, estamos falando de Avenida Brasil, a novela de maior sucesso dos últimos tempos que, infelizmente, pecou do ponto de vista tecnológico em um dos momentos mais decisivos da trama. Mostrando pouca (ou nenhuma) familiaridade com tecnologia, Nina (Débora Falabella) perde todas as cópias impressas das preciosas fotos íntimas de Carminha (Adriana Esteves) com o amante, Max (Marcello Novaes), e não tem como recuperar os arquivos, afinal, não os salvou em um pendrive, no cartão de memória da câmera digital, numa cópia de segurança no e-mail, nada. Em plena era digital, foi um furo imperdoável! Até porque Nina sempre se mostrou antenada a tecnologia. Tanto que foi através da internet que ela se aproximou e ficou amiga de Ivana (Letícia Isnard) para conseguir um emprego de cozinheira na mansão Tufão e, assim, iniciar seu plano de vingança contra Carminha.
A personagem interpretada por Nanda Costa em Salve Jorge marcou presença em outra gafe na novela. Ao dar à luz seu filho em uma caverna na Capadócia, Morena teve a proeza de parir sem tirar o short. Incrível como um recém-nascido conseguiu atravessar um tecido em seus primeiros momentos de vida.
Interpretada pela Drica Moraes (45 anos), a vilã Cora surgiu, do nada, na pele de Marjorie Estiano (32 anos), que havia vivido a personagem jovem na primeira fase de Império. A mudança de atrizes foi feita às pressas pelo autor Aguinaldo Silva devido a um afastamento de Drica, em tratamento contra uma faringite, em um momento chave na trama da personagem. Concordo que o autor estava em uma "sinuca de bico", mas ele deveria ter, ao mínimo, uma explicação plausível para tal troca. O que nunca aconteceu. Até hoje ninguém sabe como Cora rejuvenesceu. Véu rejuvenescedor? Xixi de jacaré? SPA milagroso? Mistério! Sem falar que todos os personagens agiam como se nada tivesse acontecido, sendo que Cristina (Leandra Leal), sobrinha de Cora, chegou a parecer ser irmã mais velha da própria tia!
01º lugar: Sinal de celular no elevador
Campeã absoluta de gafes, furos e incoerências entre as novelas dos últimos anos, é com muito prazer que dou o primeiríssimo lugar dessa lista para Salve Jorge!!! O assassinato de Rachel (Ana Beatriz Nogueira) é uma das mortes mais patéticas de toda a teledramaturgia! Primeiro, que a moça descobre que Lívia (Cláudia Raia) e Wanda (Totia Meirelles) são traficantes de pessoas. E o que ela faz? Em vez de guardar o segredo e contar para a polícia, resolve encarar as mulheres que já haviam se mostrado perigosas. E ainda diz: "vou contar tudo para a polícia". Mas o lado pateta não para aí. Ela resolve entrar em um elevador para melhorar o sinal do celular (oi?) e, no momento em que consegue falar com a delegada Helô (Giovanna Antonelli), em vez de contar logo quem é a chefe do tráfico de mulheres, ela diz: "você não vai acreditar quem é a chefa" e não diz. Isso é um dos suspenses mais toscos que se pode ter numa novela ou num filme. Coisa de quem parece estar começando a escrever roteiro, o que não é o caso de Glória Perez, autora de novelas maravilhosas como O Clone e Barriga de Aluguel. A cena da morte é outra coisa indescritível de ruim. Lívia usa novamente a injeção fatal e dá cabo de sua nova vítima... Dentro de um elevador de hotel! Certamente, num hotel chique como este, deveria ter uma câmera dentro do elevador, né? Até hoje eu não sei. Glória Perez diz que se tudo acontecesse como na vida real, a novela não iria acontecer. Ok, novela é ficção, mas tem de haver um pouco de coerência.
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