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sábado, 31 de outubro de 2015

Novelão Calypso


Além do Tempo? Os Dez Mandamentos? A Regra do Jogo? Nada disso, meus caros. A trama que mais vem prendendo o telespectador nesses últimos meses não está na TV. Quer dizer, até está, já que ultrapassou todas as fronteiras do privado. Joelma e Chimbinha são os protagonistas da novela de maior audiência e repercussão da atualidade. Novela essa que deixa qualquer dramalhão mexicano no chinelo! São tantas reviravoltas, indiretas e barracos nessa história que o público pode até se perder. Mas, calma. Em dez capítulos esclarecedores, aqui está tudo o que você precisa saber sobre a separação do casal 20 do brega pop. Está no ar o NOVELÃO CAPYPSO!





CAPÍTULO 01: A SEPARAÇÃO


No dia 19 de agosto, caiu como uma bomba o anúncio tão temido pelos fãs do Calypso: de acordo com a assessoria de imprensa da banda, a vocalista e o guitarrista se separaram! Apesar de terem rompido a união de 18 anos, os dois decidiram seguir com os compromissos profissionais do grupo. Mas a verdade é que o clima entre Joelma e Chimbinha estava cada vez mais insustentável. Segundo uma pessoa ligada à família, a cantora tinha deixado a casa em que moravam e estava ficando em um hotel. O casal já não falava mais a mesma língua fazia tempo. E Joelma não suportava mais nem olhar para a cara do (ex) marido. Tanto que já estava sendo visível até para os fãs que os dois não tinham mais a mesma sintonia de antes no palco. Eles não dividiam mais nem o mesmo camarim. E eis que, cinco dias depois de Joelma anunciar a separação no 'Programa da Sabrina', Chimbinha escreveu uma carta pública pedindo perdão a (ex) esposa e elogiando-a bastante. Ela, porém, não aceitou a reconciliação e respondeu que estava muito bem solteira.


CAPÍTULO 02: O SUBSTITUTO


Segundo (mais um!) comunicado, Chimbinha teve que sair de cena estrategicamente para uma "cirurgia rápida" e eis que surgiu um novo personagem na trama: Ian Marinho, o guitarrista substituto. Ele agradou aos fãs da banda, principalmente os mais revoltados com Chimbinha. E a situação de Chimbinha só foi ficando cada vez mais complicada. Joelma estava decidida a sair do Calyspo e seguir carreira solo. Mas, antes disso, vai cumprir a agenda de shows da banda até dezembro desse ano. O público da banda, que é enoooooorme, estava toda contra Chimbinha e do lado de Joelma, que é muuuuuuito mais querida e a verdadeira estrela do grupo. O filme do músico estava queimadíssimo! Pra piorar, irritado, ele ainda teve chilique com fãs enquanto a cantora os atendia no carro (seria por esse motivo que ela tem pedido para ir a shows e programas de TV em veículos separados?). Veja o momento no vídeo abaixo:



CAPÍTULO 03: A LUA ME TRAIU?


Entre os fãs da banda, a pergunta era uma só: quem traiu quem? A resposta mais óbvia parecia ser Chimbinha traiu Joelma. Mas a internet desabou em dúvidas quando um site publicou a manchete de que a cantora estava tendo um caso com o empresário Cláudio Melo desde o início do ano. Será!? E agora? Em questão de minutos, a assessoria de imprensa da banda divulgou uma nota para explicar que a traição não havia ocorrido. Daí em diante, foi Joelma quem passou a insinuar que o ex-marido havia pulado a cerca. E fez isso com referências musicais, dando "patada" numa fã e com o inesquecível "Ser humano é quem trai, a lua não trai não". Sobrou até pra Scheila Carvalho:




E, neste outro vídeo, a expressão facial de Joelma explica 100% da história:



CAPÍTULO 04: FIM DO MISTÉRIO


Nesses três primeiros capítulos, o grande mistério do NOVELÃO CAPYPSO era descobrir quem traiu quem. Algo bem semelhante à trama inicial de A Favorita, cujos primeiros 55 capítulos giravam em torno sobre quem era a assassina da história: Donatela (Claudia Raia) ou Flora (Patrícia Pillar)? E, numa reviravolta ainda mais vibrante que a de A Favorita, chegou à imprensa uma gravação em que Chimbinha admite, sim, que foi ele quem traiu Joelma. Fim do mistério, Brasil! Detalhe: ele traiu a cantora com uma menina evangélica e ainda chamou os fãs do Calypso de perigosos. Confira:



CAPÍTULO 05: CASO DE POLÍCIA


Joelma chegando à delegacia em Belém
Dos sites de fofoca para as páginas policiais, o NOVELÃO CALYPSO ganhou novo público e fôlego após a grande reviravolta do capítulo anterior. Joelma foi a uma delegacia de Belém, no Pará, e fez um boletim de ocorrência contra Chimbinha. A cantora afirmou que estava sendo ameaçada pelo ex-marido e mostrou-se amedrontada com a situação. A vocalista do Calypso disse ainda à polícia que resolveu se separar do músico ao descobrir uma traição e, depois disso, ele não a deixou mais em paz. Falou também do histórico de violência de Chimbinha, que já agrediu fisicamente um bailarino. A assessoria do guitarrista passou uma história completamente diferente para a imprensa, mas o boletim de ocorrência feito por Joelma é esse aqui embaixo:


E a verdade começou a vir à tona. Leicy Sposito, o tal ex-dançarino do Calypso citado por Joelma no boletim de ocorrência, resolveu contar como foi a confusão que teve com Chimbinha que resultou na sua saída do grupo e em um processo judicial contra a banda. Veja, ao lado, um print do desabafo dele no Facebook. Segue abaixo também uma entrevista que Leicy deu a um famoso blog contando o que lhe aconteceu: "Dancei por muito anos com o Calyspo. Entre idas e vindas foram quase seis anos. Tive muitos problemas com o Chimbinha. Ele me agrediu em uma viagem que a gente fez para a África, logo depois da gravação de um DVD que foi feita em Ceilândia. Aconteceu uma discussão na cozinha e por causa do tempero de uma comida que ele não era a favor e que eu coloquei no arroz. Por causa dessa simples besteira ele me agrediu. Me deu um soco no peito de mão fechada. Acabei processando a banda, mas nunca levei isso para a mídia por causa da Joelma, para não prejudicá-la. Ela nunca teve nada a ver, sempre foi uma pessoa maravilhosa comigo, foi amiga, esteve do meu lado. O Chimbinha é uma pessoa muito preconceituosa, ele já falou coisas absurdas na minha cara pela minha opção sexual, me chamando de viado, de bicha... Ele me agrediu, eu retirei a queixa, perdoei, voltei para o Calypso. Aí logo depois ele tentou me agredir de novo em um trio elétrico, em um show de Carnaval, no Recife. Aí depois disso eu desci do trio, saí da banda e continuei com o processo. Não tenho nada contra Joelma. Agora que ele está longe quem sabe eu volto a trabalhar com ela". Mas será que Leicy estava mesmo falando a verdade ou foi uma testemunha comprada por Joelma para condenar Chimbinha?


CAPÍTULO 06: MUITO MAIS PERIGOSA QUE BALA PERDIDA, É MULHER TRAÍDA!




A vida de Chimbinha não está sendo nada fácil. Pra começar, o músico tem sido massacrado pelo público. Veja, por exemplo, no vídeo acima o que os fãs do Calypso fizeram com ele em um show. E, depois que Joelma o denunciou dizendo que estava sendo ameaçada por ele, a Justiça do Pará determinou que o guitarrista ficasse a pelo menos cem metros de distância dela e afastado da banda. O seu inferno astral só estava piorando. Isso porque a cantora descobriu que não era verdade que o ex-marido tinha terminado tudo com a amante. Um trecho de uma suposta conversa entre ele e Karen (nome da amante) chegou nas mãos de Joelma (uma pessoa da família teria pegado e mandado para ela) mostrando que o romance ainda estaria de pé. Veja abaixo a foto da pivô da separação do casal 20 do pop brega e o pedaço da tal conversa que Joelma recebeu:


Foi aí que a fúria e o ódio de Joelma aumentou mais ainda. Sentindo-se humilhada, a mocinha vira vilã em seu desejo enlouquecedor de vingança contra Chimbinha. Para isso, a cantora resolve pegar o Calypso para ela. Veja abaixo dois vídeos em que Joelma deixa bem claro que o grupo vai ficar com ela quando começar sua carreira solo (ela deixa bem claro o nome "Joelma Calypso"):




CAPÍTULO 07: JUÍZO FINAL


Lembram que Joelma tinha conseguido na Justiça que Chimbinha não se aproximasse dela e ficasse a pelo menos cem metros de distância? O advogado do guitarrista recorreu da decisão e conseguiu uma liminar parcial para o músico voltar a subir aos palcos com a banda Calypso. O ex-marido da Joelma entrou até com um habeas corpus para derrubar todas as outras medidas e garantiu que não ameaçou a cantora e nenhuma de suas funcionárias. O problema é que o músico estava sendo ameaçado pelos fãs enfurecidos da banda que diziam que iam xingá-lo e jogar coisas nele no palco. Além de defenderem Joelma pelo fato de ela ter sido traída pelo marido, estavam revoltados, pois Chimbinha disse em um áudio, no qual também confesso traição, que eles são perigosos. Mas ele ignorou todas as ameaças e voltou mesmo assim para a banda. Corajoso, né? E foi durante um show em Teresina, no Piauí, que deu-se o dia do juízo final para a banda:



Chimbinha entrou no palco sozinho e lá ficou por 20 minutos, pois Joelma se recusava a dividir o espaço com ele. A cantora ficou escondida no camarim fazendo pirracinha e cantando de lá. E assim ficou durante as primeiras cinco músicas. O guitarrista, em respeito ao público, resolveu sair para ela entrar e o show continuar. "Quando percebi que se continuasse no palco a Joelma não acabaria o show devido estar emocionalmente impactada, decidi sair. Afinal, o meu compromisso com o público e com os fãs é maior do que tudo. O show deveria continuar, pois como sempre digo a Calypso é maior do que eu e a Joelma. Cumpri meu dever profissional", disse Chimbinha por meio de seu assessor Mauro Neto. Visivelmente abalada, Joelma chorou várias vezes durante o show mesmo sem o ex-marido no palco. A plateia recebeu Chimbinha muito mal. Alguns foram mais arredios, vaiaram e jogaram objetos em sua direção (uma lata chegou a encostar no seu olho). Foi a gota d'água para o guitarrista, que, na manhã seguinte, anunciou que não iria mais aos shows do Calypso por temer atos de violência e disse que seguiria um novo caminho. Seria o mocinho sofredor dessa história ou o verdadeiro vilão pagando por tudo de ruim que fez ao longo da trama?

CAPÍTULO 08: O BOM FILHO À CASA TORNA





Falando devagar, com ar sereno e cara de quem aprontou, mas se arrependeu, Chimbinha deu uma entrevista ao Fantástico, onde afirmou que estava magoado por Joelma te-lo proibido de ver o próprio filho. O guitarrista ainda fez a Madalena arrependida e pediu desculpas publicamente a cantora por tê-la traído. Joelma, no entanto, desmentiu o ex-marido e disse por meio de sua assessora: "Chimbinha falou no Fantástico que eu afastei as crianças dele, porém ele mesmo deu uma nota por meio de seu assessor falando que não foi pra um show, pois estava com a Yasmin. Muito contraditório". Mas o que deixou a reputação de Chimbinha ainda mais queimada foi quando Yago, filho do casal, gravou um vídeo para dizer que não estava proibido coisa nenhuma de ver o guitarrista, como foi dito pelo músico em entrevista na TV. Visivelmente abatido e abalado com esse barraco todo, o menino, que mora em Miami, fez seu desabafo nesse vídeo abaixo:



"O que ele falou na TV realmente foi uma mentira e infelizmente eu não posso concordar com isso", disse Yago. Por que um filho ficaria contra o pai e a favor da mãe? Tem caroço nesse angu...


CAPÍTULO 09: THÁBATA


Naquela tal entrevista para o Fantástico, Chimbinha também havia dito que o Calypso iria ficar com ele e que no dia 31 de dezembro desse ano uma nova vocalista vai entrar no grupo no lugar de sua ex-mulher. A escolhida foi a cantora Thábata Mendes (foto ao lado), de Mossoró (RN), que já foi até apresentada como nova vocalista oficial em coletiva de imprensa. Segundo Chimbinha, nome e repertório antigo da Calypso serão mantidos. Entretanto, Joelma acabou com a festa do guitarrista e divulgou em seu Facebook um documento em que mostrava que ela é sócia majoritária da banda: "Em resposta a declaração de Chimbinha sobre o futuro da Banda Calypso em 2016, Joelma informa que o contrato social da empresa J.C Shows LTDA., detentora do nome ‘Banda Calypso’, é divido em quotas no qual 60% pertencem a Joelma da Silva Mendes e 40% a Cledivan Almeida Farias. O fato da artista decidir construir uma carreira solo em 2016 não implica no fato dela abrir mão da Banda Calypso. Sendo assim, nenhuma definição e divulgação do futuro da banda podem ser feitas antes de qualquer decisão judicial".


CAPÍTULO 10: A FILHA DA JOELMA


Depois que Joelma anunciou a separação, muitas histórias têm vindo à tona. E nem mesmo no último capítulo do nosso NOVELÃO CALYPSO, elas são resolvidas. Natalia Sarraff, a filha que Joelma sempre rejeitou e nunca quis apoiá-la na carreira musical, passou a se aproximar mais da mãe. A relação das duas sempre foi muito tensa. Mas por que será que as duas começaram a se reaproximar logo depois da separação? Será que era Chimbinha que implicava com Natalia? Veja o que a moça revelou a um famoso blog de fofocas: "O motivo de a minha mãe e eu não nos darmos bem sempre foi ele"Por que será que Natalia tem problemas com Chimbinha? Que mistério deve haver entre os dois. Bom, segundo a filha de Joelma, ela está dizendo que foi assediada por Chimbinha na infância e que o padrasto a apalpou enquanto ela dormia. A moça falou também que o guitarrista já correu peladão atrás de uma empregada e que deu em cima de sua tia, irmã de Joelma. Joselma, a tal irmã da cantora, deu entrevista dizendo que uma vez o ex-cunhado mostrou "os órgãos" para ela dentro do carro! O assessor de Chimbinha ficou indignado e disse que vai entrar com medidas judiciais cabíveis, pois tudo que elas disseram é mentira. Será? Pelo visto, essa história vai ficar sem um final. Quem sabe numa segunda temporada...




segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Uma novela perfeita precisa mesmo de um núcleo cômico?


Há três anos atrás, a crítica rasgava-se em elogios com relação à Avenida Brasil. Elogios merecidos, afinal, trata-se da novela mais interessante dos últimos tempos. O mesmo acontece atualmente com A Regra do Jogo, que, apesar de estar passando por problemas de audiência, vem colhendo muitos elogios (merecidos também, diga-se de passagem) da maior parte dos críticos. No entanto, esses mesmos críticos tratam as partes cômicas do enredo como o ponto fraco de ambas as tramas. Mas quem tem boa memória deve se lembrar que a crítica também rasgou seda para A Favorita, do mesmo autor, mas apontou que um núcleo cômico fez falta para quebrar o clima denso da trama principal. Com isso, fica a pergunta: uma "novela perfeita" precisa mesmo de um núcleo cômico?


Um segmento voltado à comédia dentro de um drama é um recurso dentro de um folhetim no intuito de oferecer um certo "alívio" diante da tensão da trama principal. Serve aos telespectadores como um momento de descanso que preparará seu espírito para o que virá a seguir. Em suma, arrancar algumas risadas e fazer do hábito de acompanhar uma novela um momento de diversão. Mas por que imaginar que um drama folhetinesco não pode surgir calcado unicamente em histórias mais sérias?

No caso de Avenida Brasil, as críticas negativas eram em relação ao núcleo Cadinho (Alexandre Borges), cujo tom farsesco das cenas do malandro destoavam do restante do enredo. Enquanto a trama como um todo buscava o naturalismo, Cadinho e suas três mulheres surgiam com um proposital exagero que usava e abusava de situações pra lá de surreais e absurdas. Além disso, a história corria totalmente alheia à trama principal, como se fosse uma novela dentro da novela. O que não é nenhuma novidade nas obras de João Emanuel Carneiro, né? Em Da Cor do Pecado, o núcleo de Pai Helinho (Matheus Nachtergaele) corria sem qualquer relação com o restante do enredo. Enquanto a ação principal se passava no Rio de Janeiro, o falso pai de santo aprontava todas no Maranhão. Apenas no início, quando a protagonista, Penha (Taís Araújo), amiga de Pai Helinho, morava lá no Maranhão, e no final, quando ele se mudou para o Rio, que o núcleo conversou com as outras histórias da novela. Já em Cobras e Lagartos, a família de Eva (Eliane Giardini) também viveu situações que pouco tinham a ver com a saga principal. E até mesmo A Favorita, acusada de não ter núcleo cômico, ofereceu doses de surrealidade quando a ex-retirante Maria do Céu (Deborah Secco) se casa com o gay enrustido Orlandinho (Iran Malfitano), que depois vira ex-gay, e o cotidiano desse inusitado casal, totalmente dentro de um apartamento, passou a ser uma novela à parte.


No caso de Avenida Brasil, caso Cadinho e suas três mulheres não existissem, a novela pouco mudaria. Até porque a história ofereceu alívios cômicos (ou tragicômicos) em personagens que orbitavam ao redor do núcleo principal e estavam bem mais integrados ao enredo, tais como, Leleco (Marcos Caruso), Muricy (Eliane Giardini), Ivana (Letícia Isnard), Adauto (Juliano Cazarré) e Zezé (Cacau Protásio), e até mesmo na grande vilã Carminha (Adriana Esteves). A Regra do Jogo apresenta a mesma situação. Romero (Alexandre Nero), Ascânio (Tonico Pereira) e Atena (Giovanna Antonelli), por exemplo, são personagens bem ricos dramaturgicamente e vivem numa atmosfera pesada e sombria, mas possuem uma dose de humor negro e irônico que quebra toda a densidade nas cenas. E não é que o trio é bem mais engraçado que os ditos núcleos cômicos da trama?


A família do Feliciano (Marcos Caruso) não chega a ser ruim, mas também não empolga. A história não parece ter andado muito: começamos com Vavá (Marcello Novaes) casado com Janete (Suzana Pires) e a traindo com Mel (Fernanda Souza); agora temos Vavá "casado" com Mel e a traindo com Janete. Isso é tão sem graça e tão clichê que dá até vontade de mudar de canal quando eles entram em cena. Ainda não entendi direito porque Janete continuou morando na cobertura, de baixo do mesmo teto que a amante do ex-marido. Muita falta de amor próprio, não? No Morro da Macaca, o único núcleo que funciona, embora ainda esteja longe de ser considerado algo excelente, é o de Merlô (Juliano Cazarré) com a mãe, Adisabeba (Suzana Vieira), e suas Merlozetes (Roberta Rodrigues e Letícia Lima). Mas é quando chega nos casais Oziel (Fábio Lago) e Indira (Cris Vianna) e Rui (Bruno Mazzeo) e Tina (Monique Alfradique) que a coisa desanda de vez. Alguém aí se importa com a história da patricinha que se muda pro morro e tem que se adaptar a nova realidade? E com o fato de Tina ter virado "favelada" e caído nos braços de Oziel, melhor amigo do marido, Rui? Eu não! A impressão que eu tenho é que eles só existem para poder cumprir os sete meses de duração da novela.

Em contrapartida, enquanto A Regra do Jogo apresenta uma trama principal excelente, mas com tramas paralelas fraquíssimas, é a novela das seis quem apresenta um conjunto bem mais harmônico entre drama e comédia. O núcleo da família Pasqualino começou sem empolgar muito. Não por conta dos atores, mas pela trama batida da mãe que queria emplacar a filha no círculo social dos ricos. Mas não é que ele cresceu na trama e realmente conseguiu divertir? Me arrisco a dizer que o paizão Massimo (Luís Mello), a deslumbrada Salomé (Inês Peixoto), a desengonçada Bianca (Flora Diegues) e a espevitada Felícia (Mel Maia) é o melhor núcleo cômico das novelas nos últimos tempos! Estou curioso para saber como ficará a família Pasqualino na segunda fase de Além do Tempo...


Mas falando de novela de uma maneira geral, a necessidade de um núcleo cômico é questionável. Um dos motivos apontados pelo fracasso de tramas como Em Família e Máscaras foi justamente a falta de humor. Em contrapartida, sucessos como A Vida da Gente, Sete Vidas e Poder Paralelo foram muito bem construídas sem a necessidade de um quadro a la Zorra Total entre uma cena e outra. Núcleo cômico não deveria ser uma obrigação, e sim uma necessidade dramática. Um bom exemplo disso é Escrito nas Estrelas, que trazia uma trama espiritualista séria e interessante em seu centro, mas partia para cenas constrangedoras com os personagens ditos cômicos, aborrecendo, assim, o público. Caso o enredo não peça ou se não for para verdadeiramente divertir, melhor não ter!



domingo, 25 de outubro de 2015

O Melhor e o Pior da Semana (19 à 25/10)




   Sensacional: o salto centenário de Além do Tempo   


A tão esperada e aguardada virada da novela das seis, exibida nesta quarta-feira (21/10), já pode ser considerada um grande marco na teledramaturgia brasileira. A ideia, inovadora e arriscada, era criar um último capítulo no meio da novela. Em seguida, começava uma nova história, com gostinho de novela nova, mas com os mesmos rostos e nomes. O clima de "final feliz" durou pouco para Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso). Em cenas de tirar o fôlego, o casal protagonista foi alvo do ódio dos vilões Melissa (Paolla Oliveira) e Pedro (Emílio Dantas). Dos quatro, três morreram de forma trágica. Um tiro no coração dos telespectadores! Eu diria que nos afogamos junto com o casalzinho Livipe, sentimos a dor da estocada desferida por Pedro em Melissa, enfim, foi muita emoção para um só capítulo. Mal respiramos e a água que levou Felipe e Lívia deu lugar aos tempos modernos, em pleno metrô do Rio de Janeiro. Lá estavam eles, lindos como sempre, em novas vidas. Mas bastou um olhar através da porta do vagão para o sentimento falar mais alto. Eles se reconheceram. Eles se amam. Eles vão ficar juntos de novo? Dessa vez, eles terão um final feliz? É o recomeço de histórias interrompidas em outras vidas, novas chances de mudar o que deu errado no passado. Ao impedir a felicidade de seus mocinhos, a autora Elizabeth Jhin fez despertar a curiosidade sobre como será este reencontro nos dias atuais. Além disso, propõe uma brincadeira ao público, de perceber o que mudou neste novo reencontro e onde estão posicionados os personagens em suas novas vidas. Nestes três primeiros capítulos contemporâneos de Além do Tempo, tudo funcionou como uma nova descoberta, uma espécie de reinício, mas que não é total, já que já existe alguma familiaridade com aquelas pessoas. Eles estão em novas posições, vivendo novas situações, mas ainda sim são aquelas pessoas que tanto amamos (ou odiamos) no século XIX. Reencontrá-las e torcer por elas novamente, criando a expectativa de um desdobramento diferente nesta nova fase, é o que faz o público de Além do Tempo continuar ligado na novela. Que bom seria se todas as novelas pudessem ter viradas como essa, né?


   Muito bom: Oitava semana de A Regra do Jogo   


Ainda manipulando o telespectador a qualquer custo e causando confusão na cabeça de todos, A Regra do Jogo fez uma ótima oitava semana, mostrando que o teor de série policial da novela é muito bem construído, mesmo que isso acabe muitas vezes ofuscando os outros núcleos no entorno. A morte de Djanira (Cássia Kiss) esquentou a novela. Além de proporcionar cenas emocionantes para todos os personagens que a cercavam, foi a partir daí que Tóia (Vanessa Giácommo) se separou de Juliano (Cauã Reymond), aproximou-se de Romero (Alexandre Nero) e fez a história andar. Uma coisa que não para de melhorar é a Atena, cada vez mais engraçada e com uma Giovanna Antonelli que vive um grande momento, apesar de sempre ser menos celebrada e lembrada do que os seus colegas de trabalho, que recebem capítulo após capítulo diversas cenas com muito drama. É impressionante a capacidade que ela tem em quebrar a densidade de cenas mais pesadas com seu humor irônico. O que foi o "beijo de despedida" de Atena e Romero? O  que foi ela escapando da morte e sendo aceita na facção ("Vitória na guerra, irmã")? E o que dizer de Ascânio (Tonico Pereira em sua melhor fase) matando Sueli (Paula Burlamaqui) para sobreviver, a mando da facção? Só uma palavra define: ÉPICO! Já na mansão dos Stewarts, a única trama paralela interessante nessa novela, a revolta que antes o telespectador sentia ao ver Belisa (Bruna Linzmeyer) boicotando a mãe a qualquer custo (e que já estava sendo de um exagero sem fim) se converteu a compaixão ao ver que ela estava certa o tempo todo. Especialmente considerando que ela acabou indo parar num hospício, julgada como louca por Orlando (Eduardo Moscóvis) e toda a família. E agora que Belisa conseguiu escapar da clínica com a ajuda da mãe e vai se aliar a Juliano para desmascarar Orlando e toda a facção, essa história vai pegar ainda mais fogo! Aliás, o Juliano promoveu uma reviravolta na novela e deixou o ar Jorginho de Avenida Brasil de lado. O personagem saiu da posição de "mocinha", está movimentando a história e tem tudo para ganhar excelentes cenas e diálogos. Pena que o mesmo não posso dizer de Dante (Marco Pigossi), que é um verdadeiro palerma. Todo mundo consegue encontrar Zé Maria (Tony Ramos), menos o policial. Sem falar que o fato dele contar todos os detalhes de sua operação para os parentes é ridículo demais. Mas nada que comprometa a novela como um todo. Não sei se A Regra do Jogo ainda tem chance de pegar, de ser um baita sucesso, daqueles super comentados nas ruas com altíssimos índices de audiência. Ainda assim, com menos ou mais pessoas assistindo, uma coisa é certa: a novela está um máximo.



   O pior da semana: por enquanto, nada!   


Fiquem só com esse gif da Rainha Carminha (Adriana Esteves)!




sábado, 24 de outubro de 2015

ENEM Eu Critico Tu Criticas 2015


Sei que o Eu Critico Tu Criticas é um espaço de puro entretenimento e diversão, então você deve estar se perguntando que raios uma matéria sobre o Enem está fazendo aqui. Bem, estamos buscando apenas seguir o interesse do país inteiro, que anda focado em estudos e em manter um estoque de bolachas cream-cracker para os dois cansativos dias de prova. Mas e se as perguntas do Enem fossem baseados em novelas? Decidimos bancar o examinador e propor alguns temas que ajudariam e muito o candidato que não deixou de ver as novelas de 2015 para se afundar nos livros de álgebra e biologia. Clique na imagem abaixo para testar seus conhecimentos novelísticos. E boa sorte!



sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Deu ruim na passagem de tempo!


Chegou o momento mais esperado na novela das seis. Além do Tempo passou do século XIX para os dias de hoje no capítulo desta quarta-feira (21/10) e parece que a autora Elizabeth Jhin se enrolou toda com esse salto centenário. O Eu Critico Tu Criticas foi atrás e descobriu em primeira mão em quais vidas alguns personagens da primeira fase deveriam realmente terem reencarnados. Confira:



Melissa (Paolla Oliveira), após ser abandonada no altar pelo Conde Felipe (Rafael Cardoso), alimentou dentro de si um imenso sentimento de vingança que culminou com a morte de Felipe e Lívia (Alinne Moraes). Planejou junto a Pedro (Emílio Dantas) um plano para separar o casal, mas seu ódio a cegou de tal maneira que, num rompante de fúria e inveja, jogou Lívia dentro do rio e, consequentemente, para a morte. Pedro, quando viu o que Melissa havia feito com sua amada, perdeu o controle de seus atos e lhe deu um golpe fatal de espada que acabou com a vida da vilã. 150 anos depois, Melissa deixa de lado os sentimentos ruins e mostra só o que tem de melhor,...


...despertando a inveja nas mulheres...


...e nos homens também!


Ela vira uma prostituta famosa em Brasília, prestando favores sexuais para a bancada do PSDB.


Dorotéia (Julia Lemmertz), a mãe de Melissa, pagou caro pela sua ambição desmedida nessa vida: viveu a pior das Helenas na pior novela do Manoel Carlos de toda a história do autor. E ainda foi ofuscada e perdeu o posto de protagonista para a Bruna Marquezine. Coitada dela, né?


Outro que também não se deu bem nessa vida foi o Raul (Val Perré). Se na primeira fase ele era um homem bom, romântico e apaixonado por Gema (Louise Cardoso), no século XXI virou um motorista mulherengo e amante de uma vilã ninfomaníaca de uma novela flopada...


...e acabou assassinado pela mesma. Trágico!


Severa (Dani Barros) deixa de ser uma mulher seca e autoritária e vira alívio cômico.


Aliás, ela reencontra o Mestre dos Magos (Othon Bastos), que vira um pinguim muito malvado.

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Rosa (Carolina Kasting) deixou de esquentar a barriga no fogão do casarão da Condessa Vitória (Irene Ravache) para esquentar a barriga no fogão do bar de Denizard (Fúlvio Stefanini). Parece que esse carma ela vai levar para todas as vidas!


E Felícia (Mel Maia) vai parar no lixão desejando vingança contra a madrasta.



quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O adeus ao século XIX: uma análise da primeira fase de Além do Tempo


Além do Tempo tinha, de saída, um grande desafio: suceder a maravilhosa Sete Vidas, xodó de público e crítica. E, felizmente, esse fantasma já não existe mais. A história escrita por Elizabeth Jhin e dirigida por Rogério Gomes agradou em cheio e com todos os motivos. Com uma trama cheia de ganchos poderosos e muito bem realizada, se tornou um ótimo programa para os fins de tarde.


A aposta da autora é ambiciosa: para falar sobre reencarnação, trabalha com duas fases distintas, separadas por um salto de mais de 100 anos no tempo. Em outras palavras, serão, praticamente, duas novelas em uma. A história, que se passou no século XIX nesses 87 capítulos iniciais, passou a ser ambientada nos dias atuais do final do capítulo dessa quarta-feira (21/10) em diante. Entretanto, apesar da ousadia, a primeira fase de Além do Tempo foi um verdadeiro "arroz com feijão". Elizabeth retomou o melodrama clássico, com mocinhos (sofredores) e vilões (cruéis) bem definidos, amores impossíveis, desencontros amorosos, ódio entre famílias, vinganças... A novela usou e abusou de clichês sem o menor pudor. Estou criticando isso? Claro que não! As vezes, um bom arroz com feijão é bem melhor do que muitos pratos gastronômicos por aí. E esse é o caso de Além do Tempo.

Entre seus trunfos está a assinatura da autora. De novo, ela recorreu ao misticismo para narrar uma fábula clássica. Elizabeth trafegou muito bem entre o realismo e o sobrenatural e nunca perdeu de vista o que mais importava: a credibilidade da história. Todo esse ambiente de mistério foi plenamente compreendido e traduzido pela direção competente de Rogério Gomes. Foi uma sintonia fácil de notar na luz e nas opções estéticas (figurino, cenografia, locações escolhidas e produção de arte muito inspirados). E no ritmo das cenas, todas elas atravessadas por um certo caráter soturno.


O elenco é outro ponto alto. Ana Beatriz Nogueira (Emília) foi levada a demonstração extrema de emoção — o que não foi pouco. Alinne Moraes (Lívia), além de esbanjar química com Rafael Cardoso (Conde Felipe), soube aproveitar todos os dilemas emocionais da sua mocinha para mostrar todo o seu talento. A divertida família composta por Luis Melo (Massimo), Inês Peixoto (Salomé), Mel Maia (Felícia) e Flora Diegues (Bianca) é um dos melhores núcleos cômicos das novelas nos últimos tempos. Nívea Maria (Zilda) brilhou sempre que aparecia em cena. Paolla Oliveira (Melissa), Emílio Dantas (Pedro), Julia Lemmertz (Dorotéia), Louise Cardoso (Gema), Luiz Carlos Vasconcelos (Bento), Felipe Camargo (Bernardo) e Dani Barros (Severa) foram outros que se destacaram. Mas, sem dúvida, Irene Ravache foi o grande nome de Além do Tempo, sendo um deleite diário vê-la na pele da Condessa Vitória, que fez o mundo girar ao seu redor. De uma vilã dada a grandes crimes sem se furtar a pequenas maldades no dia a dia, como espezinhar a governanta Zilda, a atriz se mostrou mais humana e frágil nos últimos capítulos da primeira fase e cresceu ainda mais como personagem.


Da mansão mais suntuosa à humilde tapera em meio às árvores, os personagens cavalgam ou vão de carruagem pelas belas paisagens do interior gaúcho, com direito a vinhedos e cânions. Um belo refresco visual para a correria cotidiana que fará muita falta. E esse será o maior desafio de Além do Tempo daqui pra frente: nos fazer esquecer o século XIX e se apegar ao século atual. É fato que as tramas de época possuem uma magia especial, pois nos fazem sonhar e atuam como um contraponto ao mundo tecnológico e sem muitas ilusões em que vivemos hoje.  Para isso, será preciso atravessar sem percalços a passagem de um século para outro. Só assim provará que, dependendo da boa condução, é possível produzir uma trama em vários tempos sem escorregar em degraus abruptos. Só nos resta torcer para que a segunda fase de Além do Tempo seja tão boa quanto a primeira. Mas algo me diz que quem não acredita em "outras vidas" vai ficar meio deslocado nesta nova fase...


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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Um novo tempo em 'Além do Tempo'


Saem os trajes de época e as carruagens e entram a calça jeans, as redes sociais e o whatsapp. Os personagens de Além do Tempo vão dar um salto de mais de cem anos no tempo entre os capítulos dessa quarta (21/10) e quinta-feira (22/10). Depois de 85 capítulos, a trama de Elizabeth Jhin recomeça em pleno século XXI, nos dias atuais. Os personagens reencarnam e voltam com os mesmos nomes e sendo interpretados pelos mesmos atores, mas com trajetórias e estilos de vida diferentes.

Mudanças de fase não são novidade em novelas, mas, da forma como será mostrada em Além do Tempo, é inédito. É como se tivéssemos duas novelas diferentes em uma só, pois a trajetória dos personagens será encerrada no século XIX, com algumas tragédias, mas pontas soltas de vidas passadas serão retomadas na nova etapa. Para os atores, é um desafio e tanto deixar de lado o vocabulário, figurino e cenário de época. Em poucos dias, eles se despiram do clima antigo e vestiram os personagens modernos. Alguns parentescos são revividos, mas as histórias são outras. Todos terão a chance de consertar, amar, perdoar ou, simplesmente, fazer de outra forma o que ficou mal-acabado.


Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso) terão uma nova chance de viver o amor do passado, mas os obstáculos serão os mesmos. Pedro (Emílio Dantas) e Melissa (Paolla Oliveira) mostrarão que não aprenderam nada na vida anterior. Uma nova oportunidade será dada também para a sogra Vitória (Irene Ravache) e a nora Emília (Ana Beatriz), desta vez, como mãe e filha, para acertarem as contas que ficaram pendentes no século XIX. Entenda como será a segunda fase de Além do Tempo:

- A fictícia cidade de Campobello dará lugar a Belarrosa, também localizada no sul do país. Os personagens que viveram conflitos voltarão a enfrentar problemas e novos personagens surgirão. Felipe deixa a origem nobre no passado e volta como um rapaz humilde e batalhador. Casado com Melissa e pai de Alex (Kadu Schons), ele mantém a paixão pelo cultivo de uvas e fabricação de vinhos. Mas Melissa manterá uma péssima relação com o filho, que a despreza.


- Felipe será filho de Zilda (Nivea Maria) e terá dois irmãos: Severa (Dani Barros) e Afonso (Caio Paduan). A família terá uma ótima relação e será muito unida. Entretanto, Severa será uma pedra no sapato no casamento do irmão, já que não conseguirá se dar bem com Melissa.


- Além do filho e da cunhada, Melissa também viverá às turras com a mãe, Dorotéia (Júlia Lemmertz), que não aceita a origem simples do genro. Melissa, a princípio, se mostrará uma esposa e mãe dedicada. Porém, tudo muda com a chegada de Lívia, uma ameaça a seu casamento.


- Lívia será uma jovem rica e culta, noiva do possessivo Pedro. Assim como no século XIX, a vida da moça muda na primeira troca de olhares com Felipe. Apesar de muita coisa ter mudado em mais de 100 anos, os obstáculos no caminho do casal serão praticamente os mesmos. Anita (Letícia Persiles) será a confidente de Lívia. A amizade das duas seguirá firme e forte nessa vida também.


- Mãe de Lívia, Emília será uma mulher rancorosa, amargurada e cheia de ódio no coração por ter sido abandonada ainda criança pela mãe, Vitória. Falida e sem ter onde morar, Vitória pedirá abrigo à cunhada, Zilda, mas as duas terão uma relação cheia de conflitos. Se no passado era Vitória quem viva humilhando Zilda e Dorotéia, agora será ela quem sofrerá nas mãos das duas.


- Outro problemão de Vitória será o enteado, Bento (Luiz Carlos Vasconcellos). Violento e alcoólatra, ele fará de tudo para infernizar a vida da ex-mulher, Rosa (Carolina Kasting), e, para isso, usará o amor da filha, Alice (Klara Castanho), que culpa a mãe pela separação dos pais.


- Bernardo (Felipe Camargo) será um escritor famoso, companheiro inseparável do fotógrafo Raul (Val Perré). Os dois se reencontrarão com as mulheres de suas vidas passadas: Emília e Gema (Louise Cardoso). Falando em Gema, a simpática personagem continua generosa como antes, mas vive um casamento infeliz com Queiroz (Zé Carlos Machado). Ela adotará Chico (João Gabriel D'Aleluia), filho da falecida empregada, e terá que enfrentar o preconceito das pessoas.


- A sorte da vida de Gema será o filho, Mateus (Cadu Libonati), um menino que apoiará a mãe em tudo e ainda cuidará de Chico como se fosse seu irmão de sangue. Rita (Daniela Fontan) será o braço direito de Gema na empresa e, nas horas vagas, personal trainer e massagista. Outra funcionária da empresa será Michele (Maria Joana). Bonita, mas muito interesseira, ela será a protegida de Queiroz, com quem terá um caso, e, mais tarde, se envolverá com Mateus também.

Maria com Cadu Libonati (Foto: Fábio Rocha/Gshow)

- Roberto (Rômulo Estrela) será o médico da cidade de Belarrosa. Excelente profissional, todos terão confiança nele. Mas, quando o assunto é mulher, ele é especialista. Mulherengo que só, Roberto se encantará quando conhecer Anita, que viverá um triangulo amoroso entre ele e Afonso.

Alinne Moraes surge com cabelos curtos e lisos (Foto: Fábio Rocha/Gshow)

- Massimo (Luis Melo) passou tanto trabalho na vida anterior que, desta vez, resolve ser um solteirão convicto, com verdadeiro pavor de casamento. O que ele não imaginava é que teria que cuidar das sobrinhas órfãs, Bianca (Flora Diegues) e Felícia (Mel Maia). Bianca será uma nerd, que sonha em trabalhar como médica em missões humanitárias. Já Felícia, uma menina supervaidosa, vai aprontar muito para conseguir uma boa esposa para o tio. E a dona Salomé (Inês Peixoto)? Cá está ela novamente. Faxineira das casas da cidade, ela se apaixonará por Massimo e, quando conhecer Felícia, se juntará com a menina para conquistar o coração do amado.


O prefeito da cidade de Bellarosa será o doutor Luis (Carlos Vereza), famoso político que não rouba, mas também não faz nada. Casado com Matilde, ele terá um passado obscuro com Vitória. Pérsio (Wagner Santisteban) será funcionário de Massimo na tanoaria e logo se apaixonará por Bianca, mas se revelará totalmente sem jeito quando assunto é mulher. Botelho (Marcelo Torreão) será o gerente do hotel da cidade. Um homem generoso, que sonha em encontrar um grande amor. Muito paparicado por sua irmã Neném (Nica Bonfim), ela o tratará como um verdadeiro bebê. Por fim, Mestre (Othon Bastos) continuará querendo ajudar Ariel (Michel Melamed) e terá fé nos propósitos divinos. Já o anjo não acreditará mais no amor. Cícero (Saulo Arcoverde) será um anjo aprendiz, que procurará estar perto das pessoas, mas sem interferir no livre arbítrio delas.

Michel Melamed adotou visual mais moderno (Foto: Fábio Rocha/Gshow/Arquivo Pessoal)

Como podem ver, todos têm contas a acertar com suas vidas passadas... Para o bem ou para o mal!

"Quando escrevi Além do Tempo, que é uma história de amor que ultrapassa diversas gerações, tive a ideia de fazer uma novela diferente do formato a que estamos acostumados, com dois momentos distintos, quase um novo folhetim. Os personagens não vão se reconhecer ou recordar com tanta clareza o que aconteceu no passado, mas algumas lembranças poderão vir à tona, como se cada um carregasse algo em si. Para facilitar a identificação do público, todos voltam com os mesmos nomes, e haverá algumas cenas de flashback". - explicou a autora em entrevista recente ao Gshow


Elizabeth Jhin tem um desafio e tanto pela frente ao criar "duas novelas em uma". A inovação é bem-vinda, mas os riscos são grandes. A história é entregue ao público mastigadinha e, como toda boa novela, dosa vários ingredientes folhetinescos que geram identificação no púbico (preconceito e conflitos entre classes, por exemplo) e aguçam sua curiosidade (mistérios, segredos que vêm à tona, intrigas). Além do Tempo usa todos os clichês possíveis (vilões cruéis e mocinhos bondosos, uma história de amor proibido, casal romântico central que se apaixona a primeira vista e enfrenta vários percalços até viverem felizes para sempre, ódio entre famílias, segredos do passado descobertos através de um diário, entre muitos outros) e não se envergonha disso, porque os utiliza com competência. Mas será que quem está gostando desse clima de época vai mesmo gostar da novela quando ela se passar nos dias atuais? Será que uma novela com uma temática tão clichê e folhetinesca se passando em 2015 não corre o risco de se tornar enfadonha? Falta pouco para descobrir!


domingo, 18 de outubro de 2015

O Melhor e o Pior da Semana (12 à 18/10)




   Emocionante: Melissa desmascarada em Além do Tempo   



A fase de época em Além do Tempo está chegando ao fim e, no capítulo desta última sexta-feira (16/10), a novela nos brindou com um dos melhores capítulos que já vimos este ano. Rafael Cardoso arrasou nas sequências em que seu personagem descobre todas as maldades de Melissa (Paolla Oliveira). Suas lágrimas jorrando sobre o diário de Berenice (Elisa Brites) fizeram a telinha parecer uma pintura. Mas o melhor veio a seguir. Transtornado, o Conde Felipe desmascara a noiva em tomadas de forte impacto emocional e, descontrolada, ela arma um barraco daqueles naquela que deveria ser sua cerimônia de casamento. Fofoca das boas para mais de 150 anos! Paolla também deu seu show de interpretação e o capítulo se encerrou com uma das cenas mais românticas de todos os tempos. Para o desespero de Melissa e o escândalo de todos os presentes na festa, Felipe, em seu cavalo (pena que não era branco), estica o braço para Lívia (Alinne Moraes), que não resiste e foge com seu amado a galope. Foi cena de conto de fadas mesmo! Lindo demais!


   Ridículo: Cenas surreais em I Love Paraisópolis   





Depois da ressurreição de Expedito (José Dumont)daquele show privê da cantora Ludmilla na casa da Soraya (Letícia Spiller), pensei que não me surpreenderia com mais nada em I Love Paraisópolis. Estava enganado, pois as cenas dessa semana ultrapassaram todas as fronteiras do ridículo! O que foi o "Salve Geral" em Paraisópolis? Um bando de mafiosos vestidos de preto invadindo o morro e lutando com os bandidos de Grego (Caio Castro) com socos e chutes tão forçadamente coreografados quanto de um Power RangersEsta guerra nonsense chegou ao cúmulo com a morte lúdica de Omara (Priscila Marinho), que foi jogada num rio como se fosse uma sereia e beijou até o Nemo (aquele peixe do filme). Isso sem falar na Mari (Bruna Marquezine), que conseguiu derrubar dois bandidos enormes apenas com um chutezinho. Sei que, por conta do horário, a novela das sete não pode mostrar certas coisas (armas, tiroteio, sangue...) embora certo programa jornalístico mostra tudo isso e muito mais em plena tarde e ninguém fala nada, e, por isso, os autores apostam em cenas surreais mesmo, mas esse exagero para a novela ficar leve está deixando-a constrangedora. 



   Vai deixar saudades: Cássia Kiss em A Regra do Jogo   


Depois que Tóia (Vanessa Giácommo) descobriu a verdade sobre Zé Maria (Tony Ramos), A Regra do Jogo estrou em um ritmo frenético. A descoberta funcionou como uma fileira de dominó em declínio: logo após Tóia descobrir tudo, fez com que Djanira (Cássia Kiss) também descobrisse, assim como Adisabeba (Suzana Vieira) e Juliano (Cauã Reymond), mas estes dois continuaram acreditando na inocência de Zé Maria. Seu relacionamento com Juliano foi abalado e os dois acabaram se separando. Com as peças no chão, foi inevitável não conhecermos Zé Maria no seu real papel de vilão. O bom moço inocente foi deixado de lado e deu lugar ao sádico e frio Zé Maria. A queda dessa fileira resultou na morte de Djanira durante a festa do casamento de Tóia e Juliano. Cerimônia, aliás, que não se realizou. Ninguém sabe, por enquanto, de onde saiu o tiro que matou a personagem. Mas a lista de suspeitos é bem longa. A partir dessa semana, A Regra do Jogo entrará em uma nova fase. Antes de perder a mãe, Tóia descobriu que era uma sobrevivente da chacina de Seropédica e que a história de sua vida foi fruto de uma grande mentira. Ela ainda acha que Juliano faz parte da facção criminosa (como Zé) e o acusa de aliciar menores para o tráfico, se tornando, assim, a mais nova aliada de Romero Rômulo (Alexandre Nero). Cássia Kis deixa A Regra do Jogo merecendo todos os aplausos. Foi Cássia, aliás, quem protagonizou as cenas mais emocionantes de “A regra do jogo” até aqui. Sua Djanira deu show em excelentes sequências com Romero, Tóia, Zé Maria, Juliano e Adisabeba. A cada aparição da professora, os elogios nas redes sociais se multiplicaram e fizeram de Djanira quase uma unanimidade, mesmo entre os telespectadores que não foram totalmente seduzidos pela novela de João Emanuel Carneiro. Sua Djanira já figura entre os melhores trabalhos da atriz na TV. O autor da novela a construiu de tal forma que o público desenvolvesse uma grande empatia com o seu drama, de mulher sofrida, de intensa relação com os filhos, traída pelo homem que amava. Só que, assim como os demais personagens da novela, Djanira tinha muito a esconder e a sua morte deixa dúvidas, lacunas e novos entrechos. Vai deixar saudades!

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