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quinta-feira, 2 de março de 2017

BBB17 | Afinal de contas, devemos julgar por nível de entretenimento ou moral?



Foi com esse discurso que vocês podem conferir no vídeo acima que Tiago Leifert anunciou a eliminação de Elis do BBB17. Para um bom entendedor, meias palavras bastavam. Leifert praticamente implorou aos candidatos que se permitissem jogar e agitassem a casa. Ou seja, que fizessem tudo aquilo que Elis fazia.

Elis não é nenhum exemplo a ser seguido. Ela não teve um pingo de vergonha na cara ao destilar seu veneno e suas artimanhas e picuinhas como se milhões de pessoas não estivessem assistindo tudinho pelo pay per view. Com um dom de muitos políticos de se esquivar das acusações, ela adotou uma estratégia suicida e, ao mesmo tempo, hilária que envolvia escapar do paredão contando todas as histórias possíveis e sempre tentando angariar o colar do anjo. Para isso, a agente do caos escolhia um alvo e plantava a discórdia na cabeça do povo, fazendo toda casa votar no desinfeliz que ela havia jogado na cruz. Como uma verdadeira agente secreta, Elis acendia o fósforo, jogava e saia correndo, deixando toda casa pegar fogo. E, enquanto todos se matavam, ela escapava ilesa toda sorridente, já planejando quem iria fazer a casa colocar no próximo paredão. Obviamente, não demorou para ser desmascarada pela casa, sendo eliminada com um índice expressivo de rejeição para um paredão triplo: 80%. Creio que seu maior erro foi não ter escancarado para o público suas ideias de jogo e nos tornado seu cúmplice, ao invés de agir sempre sorrateiramente.

Confesso que teria receio de ser vizinho dela, mas me é muito agradável a distância, assistindo-a no conforto do lar. Como o próprio Leifert disse, Elis saiu por cima porque honrou a oportunidade que teve, aproveitando, se jogando, vivendo. Afinal, ninguém quer assistir perfeição no BBB e sim o mais descompromissado entretenimento. Quem assiste o reality com esses olhos, como se esperasse assistir a uma vitrine de virtudes, está se enganando. Ali dentro o que se espera ver são pessoas comuns agindo como pessoas comuns: errando, acertando, amando, mentindo, possuindo defeitos, qualidades, manias... O BBB, na minha opinião, está mais para uma sessão de psicanálise coletiva e invertida, onde deveríamos enxergar nossas próprias virtudes e vícios através daquelas pessoas confinadas. Esqueçam essa história de heróis e vilões. A disputa na casa é por carisma. Quanto mais entrosamento, espontaneidade e diversão, melhor (vide o sucesso que foi o BBB16 graças ao furacão Ana Paula). E a única participante dessa edição que, para o bem ou para o mal, chegou o mais perto de reunir todas essas qualidades foi a Elis.


A agente do caos se tornou uma peça indispensável para fazer a casa girar. Com a sua saída, o que resta agora? Emilly, atualmente, é a personagem principal da casa, catalisando tanto o amor incondicional quanto a antipatia em excesso aqui fora da casa (eu faço parte do segundo grupo). Porém, produz um entretenimento chato e clichê. O BBB17 se resumiu unicamente ao casalzinho fake Dolly e suas DRs e transas. Se eu quiser ver uma ninfeta pedindo gozada na boca de um quarentão eu acesso o xvídeos!

Quem mais tem produzido entretenimento? Roberta, a mentirosa que "murchou" depois que viu que tinha feito burrada atrás de burrada? Tiago Leifert, que tem interferido no game? Marcos, que a todo momento diz não precisar do prêmio e só parece estar interessado em converter todos a bondade e em dar uns pegas na Miss Boquete? Rômulo, o diplomata que usa critério "procedimental" para votar e que se acha o paladino da moral e da razão? Marinalva, aquela que vota pra eliminar alguém dizendo que espera que ela faça muito sucesso aqui fora ou votando no que vai ser menos votado? Daniel, que usa como justificativa condição financeira? Alguém mais? Falta carisma! Falta um bom enredo! Falta se expor! Falta disposição para jogar! E falta disposição do público para entender que, pelo bem do entretenimento, quem movimenta o jogo não pode ser preterido para dar vez a "plantas". Pelo visto, o BBB17 morreu e só esqueceram de enterrar.


Um comentário:

  1. Suas críticas são ótimas Marlon, mas acho que as matérias deveriam ser diárias ou pelo menos 3 vezes na semana, eu sinto falta alguns dias das críticas, e também queria pedir que colocasse Disqus (atrairá muitas pessoas para conhecer e comentar frequentemente o blog)

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