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segunda-feira, 27 de junho de 2016

A Favorita: o apogeu da genialidade e da ousadia de João Emanuel Carneiro


"Duas amigas que se tornaram rivais. Uma das duas cometeu um crime e está mentindo. São duas versões de uma mesma história. Quem, afinal, está dizendo a verdade? Flora ou Donatela?". Foi com essa premissa que João Emanuel Carneiro revolucionou a teledramaturgia brasileira.


Donatela (Claudia Raia) perdeu os pais num trágico acidente e acabou sendo adotada pela família de Flora (Patrícia Pillar), que era bem humilde. Quando crianças, as duas eram melhores amigas, ao ponto de, na juventude, formar uma dupla sertaneja, Faísca e Espoleta, administrada pelo caça-talentos Silveirinha (Ary Fontoura) e que chegou a fazer razoável sucesso na época. A parceria, porém, foi interrompida após as duas conhecerem os amigos Marcelo e Dodi (Murilo Benício), de quem se tornaram noivas. Donatela casou-se com Marcelo, filho do poderoso Gonçalo Fontini (Mauro Mendonça), dono de uma indústria de papel e celulose, enquanto Flora tornou-se esposa de Dodi, que era pobre e trabalhava na firma do pai do amigo.

A felicidade de Donatela e Marcelo, porém, durou pouco. O primeiro filho do casal, Mateus, foi sequestrado com seis meses de idade e nunca mais apareceu. Desde então, os dois passaram a se desentender com frequência. Flora, por sua vez, separou-se de Dodi e, depois, teve um caso com Marcelo. Engravidou dele e deu à luz uma menina, Lara (Mariana Ximenes), o que abalou ainda mais a relação entre Donatela e Marcelo e, principalmente, entre as duas amigas.

No auge da crise da ex-dupla Faísca e Espoleta, Marcelo é assassinado com três tiros disparados do revólver que estava nas mãos de Flora, pega em flagrante. Com base nos depoimentos da manicure Cilene (Elizângela), que presenciou o crime, e do Dr. Salvatore (Walmor Chagas), médico que prestou socorro a Marcelo no hospital e diz ter ouvido ele dizer o nome da mulher que o matou minutos antes de morrer, ela foi presa, condenada e separada de sua filha (na época, com três anos de idade). Donatela, que não perdoa a amiga de infância pela traição e por ter matado o marido, decide criar Lara e, tempos depois, se casa com Dodi.

A história de A Favorita, no entanto, começa bem depois de tudo isso, dezoito anos após o crime, a partir do momento em que Flora sai da prisão querendo provar a sua inocência, acusando a ex-amiga do crime pelo qual ela pagou, e se reaproximar de Lara. Donatela, por sua vez, não mede esforços para impedir que ela chegue perto de Lara, a quem diz amar como se fosse sua própria filha. No caminho das duas, surge o sedutor jornalista investigativo Zé Bob (Carmo Dalla Vecchia), que se envolve com Flora e depois com Donatela. Ele e Lara, mais do que nunca, se tornam o alvo de disputa entre essas duas mulheres que, um dia, foram amigas.


Com referências nas séries americanas e nos filmes de suspense (tanto pela condução da história, quanto pela fotografia escura e cheia de sombras), A Favorita revolucionou a teledramaturgia brasileira ao subverter o esquema folhetinesco tradicional apresentando uma história policial com uma protagonista e uma antagonista em detrimento de uma história de amor com um casal romântico central e em não revelar logo de cara quem era a vilã e quem era a mocinha da história. Durante os 55 primeiros capítulos, a novela girou em torno desse mistério e confundiu o público, que não sabia para quem torcer, pois o roteiro não deixava claro quem era a verdadeira assassina de Marcelo, quem estava mentindo, se Flora ou Donatela.

Ambas tinham versões muito bem convincentes. Donatela afirmava que Flora nutria uma inveja obsessiva por ela e sempre quis tomar tudo que é seu. Ela defende que Flora se casou com Dodi só para poder ficar perto dela e de Marcelo e atrapalhar seu casamento. Mas quando percebeu que, mesmo conseguindo engravidar dele, Marcelo nunca iria se separar, resolveu matá-lo. Segundo Donatela, Flora premeditou o assassinato, mas as coisas não saíram como o previsto. Ela conta que, no dia do crime, saiu de casa, mas voltou ao se lembrar que havia marcado hora com Cilene, sua manicure. Quando chegou, flagrou Flora atirando em Marcelo, o que foi confirmado por Cilene, única testemunha do caso. Depois de atirar em Marcelo, Flora ainda ia atirar nela. Para se defender, iniciou uma briga com a rival e quem pôs fim à luta foi Cilene, que conseguiu imobilizar Flora. Na briga, Flora e Donatela deixaram suas impressões digitais na arma, mas o depoimento de Cilene foi decisivo para condenar Flora. Assim como também o de Dr. Salvatore, que prestou socorro a Marcelo no hospital e garantiu que ouviu ele dizer que foi assassinado pela Flora minutos antes de morrer. De acordo com Donatela, ela e Dodi foram vítimas de Flora e a tragédia os aproximou. Ela ainda garante que ama Lara mais do que tudo nessa vida, que a garota lhe "salvou" no momento mais doloroso da sua vida e que, mesmo ela sendo fruto da traição do marido, decidiu criá-la como se fosse sua por ter se afeiçoada a menina e como uma forma de compensar o vazio deixado por Mateus, seu filho sequestrado.

Já na versão de Flora, Donatela é quem nutria uma inveja obsessiva por ela e sempre desejou tudo o que era seu, inclusive os rapazes com quem se envolvia. Flora alega que Donatela e Dodi sempre foram amantes e tanto ela como Marcelo foram vítimas de um golpe minuciosamente planejado. Donatela teria dado em cima de Marcelo já com o intuito de se casar com o jovem milionário, enquanto Dodi conquistaria Flora para se manter próximo à amante e ao dinheiro que ela passaria a ter. Além disso, o filho sequestrado de Donatela e Marcelo, na verdade, seria filho de Dodi. Para que Marcelo não descobrisse a verdade, o casal teria dado um jeito de sumir com a criança. Como a verdade veio à tona, Flora e Marcelo se aproximaram e redescobriram o amor. Quando Donatela descobriu que Marcelo iria se separar dela e que ela perderia todo o dinheiro que sempre quis, premeditou o assassinato, junto com Dodi. E deu um jeito para que Flora estivesse na casa de Marcelo no momento do crime e pagou para que Cilene e Dr. Salvatore testemunhassem para incriminá-la, o que acabou conseguindo. Segundo Flora, Donatela só criou Lara de olho na herança, já que a garota é a única herdeira de todo o patrimônio dos Fontinis.

Essa indefinição em saber em quem confiar também foi traduzida através dos personagens. Principalmente, pelo casal Irene (Glória Menezes) e Gonçalo, pais de Marcelo e avós de Lara. Irene se tornou a primeira aliada em defesa de Flora, acreditando em sua inocência e fazendo de tudo para reaproximá-la da neta. Ela sempre teve reservas em relação a Donatela, a quem julga ignorante e fútil. Gonçalo, por sua vez, sempre teve uma ótima relação com Donatela e não poupou esforços para afastar Flora de Lara. Um dos dois estava cometendo um erro terrível em defender a assassina do próprio filho. Pedro (Genésio de Barros), pai de Flora, também insiste em dizer que a própria filha é muito perigosa e nem um pouco confiável. A guerra declarada entre a mãe biológica e aquela que a criou deixa Lara abalada e confusa: ela, assim como Zé Bob e o público, não sabe em qual dessas diferentes versões de um mesmo assassinato acreditar.



Entretanto, embora ainda não houvesse uma vilã declarada, todas as evidências do roteiro apontavam Flora como uma mocinha injustiçada. O autor conduzia a trama justamente para que a cara de vítima da personagem conquistasse a confiança de quem assistia. Flora tinha um jeito simples, olhar sofrido, fala mansa e andar arrastado. Usava roupas discretas, sem nenhuma ostentação e até um pouco gastas. Como um anjinho, tinha os cabelos cacheados e loiros. Boa filha, amava e cuidava do pai, mesmo com Pedro a odiando e dizendo para que a filha não valia nada. Com uma história de vida sofrida, tinha uma postura de quem apenas queria se defender e tentar convencer a todos que pagou por um crime que não cometeu. Como não se sensibilizar com o drama de uma ex-presidiária, renegada pelo próprio pai, que tenta reconstruir a vida e luta para provar sua inocência e conseguir o amor da filha? Além disso, tinha como trilha sonora "É o que me interessa", de Lenine, uma música linda com um ritmo delicado e sensível.

Já Donatela era uma perua legítima. Metida e, por vezes, arrogante, vivia de nariz em pé e tinha um jeito exagerado de falar e gesticular. Usava um figurino tão espalhafatoso quanto ela: muito brilho, muita joia, muito luxo. Morena, cabelos sedosos e bem cuidados, pisa duro e parece estar pronta para passar por cima de quem atravessar seu caminho, mesmo que para isso tenha que usar de meios controversos. Dona de um gênio forte, tempestuosa, falastrona, vultosamente dramática, politicamente incorreta, de pavio curto, xinga, grita, briga, humilha. Uma dondoca fútil que se acha a dona do mundo, não faz questão nenhuma de trabalhar e adora comprar, gastar, ostentar e esbanjar dinheiro??? Não... Ela jamais poderia ser a mocinha da novela, nunca!

Dessa forma, Flora não se encaixaria de maneira nenhuma no papel de vilã da trama, mesmo quando passou a adotar estratégias tão desonestas quanto a rival para se vingar de Donatela (como convencendo Cilene e Dr. Salvatore a mudarem suas versões do assassinato de Marcelo na base da chantagem). Existe uma linha tênue entre justiça e vingança. Nada de surpreendente, portanto, que a certa altura ela achasse razoável se tornar tão cafajeste quanto a aparente vilã da história para provar sua inocência. Mas bastou um único capítulo para JEC desconstruir de maneira gradual tudo aquilo em que o público foi induzido a acreditar desde o início da novela.


Contrariando os clichês dramatúrgicos, onde a vilã é sempre a rica mimada e a mocinha a pobre batalhadora, o autor apresentou um capítulo recheado de tensão (sua principal característica) e o telespectador viu, após muitas semanas de mistério, a mulher humilde se revelar um demônio quando ficou cara a cara com sua rival, desencadeando novos entrechos e novos mistérios para a trama. Naquele momento, a novela tomava fôlego e caía definitivamente nas graças do público (uma vez que, devido ao início inovador e ao sucesso da tosca Os Mutantes, na Record, a trama enfrentava uma certa rejeição e o Ibope deixava a desejar), virando mania nacional.

A partir do capítulo 56, A Favorita virou outra novela. Ainda mais interessante e envolvente, com a derrocada de Donatela, que passa a ser perseguida por um crime que não cometeu, enquanto a vilã declarada consegue se infiltrar no clã dos Fontinis, dando-se início a um jogo de gato e rato. A partir daí, temos a chance de repararmos uma grande injustiça e finalmente torcer para a verdadeira mocinha da história conseguir provar sua inocência e desmascarar Flora.


Flora enganou a todos direitinho. Ela é uma psicopata clássica, pois por trás de seu jeito doce, carrega uma alma sombria e é capaz das maiores atrocidades. A grande questão é que A Favorita não é uma simples trama sobre a rivalidade entre duas mulheres. Ela é bem mais complexa e foi muito mais além do que isso. Flora amava Donatela. Um amor distorcido, doentio, às avessas. Mas não é um amor lésbico, de uma mulher por outra. Donatela é o motor da vida da Flora, o objetivo dela. Prova disso é que, quando descobre que a Donatela está viva, ela volta a ter a "razão" de viver, passando a persegui-la novamente. Donatela sabe que Flora foi uma menina que tinha medo do escuro e sofreu alucinações. Ela usa, nos últimos capítulos, essa tortura psicológica para assustar a vilã e faze-la confessar seus crimes. A Favorita não é apenas uma história policial, mas sim um drama psicológico. Se Donatela não fosse uma pessoa tão importante para a Flora, a vilã não iria fazer tudo para ficar com o rancho onde ela morava e com tudo o que foi dela. Teria fugido depois de ter ficado com todo o dinheiro dos Fontinis.

Patrícia Pillar, que já brilhava desde a estreia, mostrou sua capacidade cênica e fez de Flora uma das melhores vilãs da teledramaturgia, a partir da emblemática cena em que cai a máscara da víbora. E Cláudia Raia comprovou que sabe fazer drama com a mesma competência que faz comédia. Sua Donatela, que no início estava no comando, sofreu horrores e comoveu o público.


Um grande sucesso, A Favorita cativou a audiência e tornou a personagem de Patrícia Pillar um hit. Até hoje, Flora é uma referência de vilã. E ainda trouxe de volta ao imaginário popular a música Beijinho Doce, criação de Nhô Pai, que na novela era interpretada pela antiga dupla sertaneja Faísca e Espoleta. A música fez tanto sucesso que ganhou remixes na internet, com batidas pop, dance e funk, e a inclusão de frases e bordões marcantes de Flora. Não faltaram elogios ao ritmo alucinante que a trama apresentou, com ótimos ganchos e muitos acontecimentos em cada capítulo, não deixando-a como as famosas "barrigas" nunca.

A Favorita marcou a estreia de João Emanuel Carneiro no horário nobre e carimbou sua permanência no time de autores do primeiro escalão da Globo. Contendo cenas inesquecíveis de suspense (como o macabro assassinato de Gonçalo), várias viradas e uma trama central empolgante, a novela foi um sucesso de público e crítica, tendo em seu elenco grandes nomes como Glória Menezes, Mauro Mendonça, Mariana Ximenes, Ary Fontoura, Jackson Antunes, Murilo Benício e Lilia Cabral, que protagonizaram grandiosas sequências ao longo da trama.

Como eu disse certa vez nessa matéria AQUI, as tramas paralelas é o grande "calcanhar de aquiles" do JEC. Em A Favorita, não foi diferente, tanto é que foram cortadas da nossa edição sem grandes perdas para a história central. Entretanto, não posso deixar de mencionar uma subtrama muito interessante abordada na novela: a violência doméstica contra a mulher, missão dada e cumprida brilhantemente bem por Lilia Cabral, que conseguiu discutir um assunto difícil de ser abordado pela sua fragilidade - e a provável homossexualidade entre mulheres na relação de amizade de sua Catarina com Stela (Paula Burlamaqui). Jackson Antunes vivendo o marido machista Léo foi esplendoroso. Outro destaque foi o personagem Romildo Rosa (Milton Gonçalves), que interpreta um deputado corrupto envolvido no esquema de tráfico de armas. Fora todo embate ético, foi a primeira vez que uma família negra foi vivida numa novela das nove onde a temática do preconceito racial (ou social) não foi abordado como bandeira principal. Não que o racismo tenha acabado, longe disso. Mas, mostrar para o grande público que uma família negra possui outros conflitos inerente a origem racial foi algo inédito - e bem explorado.

Por tudo isso, considero A Favorita a melhor novela do JEC e, sim, bem melhor que Avenida Brasil (que também foi muito boa, é bom deixar claro isso). Desculpaê, Carminha!!!


A Favorita está sendo exibida (num compacto em 54 capítulos) atualmente na nossa página do facebook desde o início de maio e acaba de entrar em sua última semana. Você não pode perder! Clique bem AQUI para acompanhar.


domingo, 26 de junho de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (19 à 25/5)




  O MELHOR DA SEMANA  



Novela das nove começa a andar e ganhar mais ritmo



É notório que Velho Chico está mais ágil. Ainda tem muito mais blá blá blá do que ação, é verdade, mas as tramas já começaram a ficar mais interessantes com o envolvimento incestuoso de Miguel (Gabriel Leone) com Olívia (Giullia Buscacio). Ao que indica, os dois são irmãos. Desde então, a novela vem entrando numa crescente com ganchos, embates e diálogos mais rápidos e perturbadores, com sequências primorosas brilhantemente interpretadas pelo elenco.

O esperado encontro de Miguel (Gabriel Leone) e Santo (Domingos Montagner) fez valer a espera, mesmo tendo sido uma "apresentação" entre quase sogro e quase genro, ao invés de pai e filho, uma vez que ambos ainda desconhecem o laço sanguíneo que os une. O encontro mesclou instantes tensos com desconfiança e aparente identificação imediata. Os atores convenceram em uma cena onde a contenção das emoções era fundamental para o seu êxito.

Domingos Montagner e Gabriel Leone são Santo e Miguel em Velho Chico (Foto: Inácio Moraes/Gshow e Caiuá Franco/Globo)

A indignação e a fúria de Bento com a aproximação de Miguel com sua família foram mostrados por um sempre brilhante Irandhir Santos. Giullia Buscacio vem surpreendendo (positivamente) e, como recompensa pelo seu excelente desempenho, está tendo mais importância ainda dentro de Velho Chico. Marcelo Serrado está cada vez mais soturno e mais ambíguo como Carlos Eduardo e o ator tem dado conta do recado de forma inteligente, dando uma nova cara ao deputado que tem tudo para assumir o papel de grande vilão da trama. Já Lucy Alves fez jus ao posto de maior revelação da novela e imprimiu com segurança todo o ódio que sua personagem Luzia sente dos Saruê, principalmente de Tereza (Camila Pitanga), pois sempre soube que o garoto é filho de seu marido com ela. A atriz, aliás, nem parece que está estreando nas novelas.


As brigas entre Luzia e Tereza são, até o momento, o ponto mais alto da trama. A Luzia tem um ar de louca desfreada e em alguns momentos é tão louca que dá vontade de rir dos seus rompantes. Ela chamando a Tereza de "cutruvia" e "rapariga" não deu para aguentar, não parava de rir. O embate dos rivais, o ciúme da mulher e do marido traídos, os amores impossíveis, enfim, todos os conflitos estão sendo bem construídos e, o melhor de tudo, com mais agilidade. 

Beto de Haja Coração



João Baldasserini está hilário fazendo o publicitário Beto em Haja Coração. Nem parece o mesmo ator que fez dois personagens dramáticos nos últimos tempos. Ele nasceu para fazer rir! As cenas dele com a Mariana Ximenes estão maravilhosas. Os dois tem química e isso ainda destacou a Tancinha, que estava precisando. Beto já ganhou a minha torcida pelo coração da feirante. Até porque aquele Apolo (Malvino Salvador robótico) é um chato grosseirão, viu...

As cenas de Dionísia e Terenciano na novela das onze



As cenas do Jackson Antunes com a Maitê Proença foram todas bem tensas e pesadas em Liberdade Liberdade. As torturas sádicas que Terenciano submetia a mulher passar eram assustadoras. Ele tem uma paixão doentia pela Dionísia. Sempre a espancou e volta como se nada tivesse acontecido, querendo a "família" de volta. Mesmo ela não sendo flor que se cheire e seja tão cruel quanto o marido com os escravos, dava dó da Dionísia. Terrivelmente sensacional a cena da Dionísia enterrando o Terenciano vivo na parede. Será que ele morreu mesmo?

Nova reviravolta na novela das seis


Que Eta Mundo Bom está sempre se reinventando, isso ninguém pode negar. A novela chegou a uma fase em que não dá para perder nenhum capítulo. A trama está cada dia mais envolvente com muita ação, reviravoltas e vários ganchos. Essa última semana foi de tirar o fôlego. 


Finalmente, ganhou função na trama o núcleo (até então, adormecido) da madrasta má Ilde (Guilhermina Guinle) e o enteado cadeirante Claudinho (Xande Valois). Ela foi desmascarada e o garoto pode voltar a andar se fizer uma operação. A parceria entre Sandra (Flávia Alessandra) e o advogado Araújo (Flávio Tolezani) fez diferença nos últimos capítulos por causa da química dos atores. Anastácia (Eliane Giardini) saiu de sua zona de conforto com o golpe que Sandra, com a ajuda de Araújo, lhe deu, roubando toda a sua fortuna e lhe expulsando da mansão.

Enquanto isso, o núcleo da fazenda continua divertindo. Cunegundes (Elizabeth Savalla) humanizou-se com a chegada do netinho e vive disputando-o com a mãe, Dita (Jeniffer Nascimento). Eponina (Rosi Campos) conseguiu casar, mas ainda continua "pura" e está fazendo de tudo para conseguir fazer o "cegonho" do marido Pandolfo (Marco Nanini) "voar", o que tem rendido situações pra lá de hilárias. Assim como Pancrácio (Marco Nanini) com seus tipos fantasiados pedindo dinheiro na rua. Na semana que passou, o ator arrancou ainda mais risadas como uma inusitada bailarina e acabou sendo preso e desmascarado diante Anastácia.

Eponina e Pandolfo em "Êta mundo bom!"

As tramas estão fluindo bem. Apesar de absurda a forma como Sandra deu o golpe na tia (se Araújo precisava de dinheiro para realizar a operação do filho, porque não pediu emprestado para Anastácia ao invés de dar um golpe nela?!), Eta Mundo Bom conseguiu se reinventar e ficou ainda mais atrativa. Incrível como Walcyr Carrasco tem assunto para uma novela.


  O PIOR DA SEMANA  



As doideras envolvendo Camila




Camila (Agatha Moreira) é uma moça mimada, malvada, chata e está envolvida em um crime que levou Giovanni (Jayme Matarazzo) para a cadeia. Uma dia, ela sofre um acidente, perde a memória e se transforma completamente em outra pessoa. Não que eu esteja cobrando coerência de uma novela que se passa em 2016 e que traz um subúrbio estereotipado direto dos anos 70. Nem que essa perda de memória da Camila seja digna do mais criticado dramalhão mexicano, porque ela virou uma mocinha meiga, boazinha, engajada e ainda se apaixonou pelo Giovanni (e vice-versa). Vamos para a parte mais tosca da personagem. Fedora (Tatá Werneck) está sendo enganada por Leozinho (Gabriel Godoy), um bandido que se finge de milionário para dar o golpe do baú nela. Acontece que Camila em sua encarnação anterior chegou a ver esse sujeito sendo preso pela polícia. E isso ficou tão gravado em sua cabeça como os memes da Inês Brasil na minha que quando ela o viu novamente em sua fase desmemoriada fez a mesma cara que a Raven sempre faz quando prevê o futuro. Só que Camila viu o passado do cara e conseguiu, PASMEM!, enxergar até a ficha criminal de Leozinho. As visões da Rav... Digo, as visões da Camila! O.o Oi?! Foi isso mesmo, produção?! A Camila conseguiu relembrar e ter uma visão que o Leozinho é um bandido ao apertar a mão dele?! Márcia Fernandes, venha cá, só você pode nos ajudar... Ela é desmemoriada ou sensitiva?!

Muito intervalo e pouca prova no MasterChef



Agora com poucos participantes, o MasterChef usa e abusa dos intervalos comerciais para fazer o programa render. O que torna o programa ainda mais massante. Não era melhor colocar mais provas em vez das duas de praxe? Com menos gente, há de se ter criatividade!

Lengalenga do sumiço de Ciça



Ciça (Julia Konrad) está fora de Malhação desde o dia 24 de maio e a novelinha teen gira em torno do seu sumiço. Os personagens passam dias falando que ela não deixaria o filho com Samurai (Felipe Titto), se ela viajou mesmo para fora do país abandonando o próprio filho, se ela tá viva, se o Samurai não a matou, se ela não tá sendo mantida em cárcere privado por ele, mas nada anda. É o mesmo assunto há mais de um mês. Quem ainda aguenta essa temporada?!

Chá de sumiço do Raposo



Já faz umas três semanas em Liberdade Liberdade que eu nunca mais vi o Dalton Vigh. Na história, seu personagem viajou para o Rio de Janeiro. Só que essa viagem do Raposo não teve função alguma no roteiro. Esse sumiço do personagem está muito estranho e sem sentido. O Dalton Vigh deve ter tido algum problema de saúde, só pode. TRAGAM O RAPOSO DE VOLTA!!!

Terra se abrindo na novela bíblica da Record


Foi ao ar nessa terça-feira (21) o capítulo mais aguardado da segunda temporada de Os Dez Mandamentos: a abertura da terra. Se a demora para a cena acontecer e os (toscos) efeitos especiais já incomodaram e foram de pura vergonha alheia na primeira temporada quando o mar se abriu, ver a terra se abrindo foi ainda pior. Bom, o capítulo começou às 20h40, mas o momento mais aguardado se deu só nos momentos finais, lá por volta das 21h30. Até lá, dá-lhe paciência para suportar tanta conversa fiada e intervalos comerciais. Aquela enrolação típica da Record. Quando finalmente começou, me bateu uma saudade de Os Mutantes, viu...


Corá e seu grupo de rebeldes seguiam desafiando Moisés e desafiando o poder de Deus, que se cansa de tanto mimimi e decide mostrar pra todo mundo quem é que manda. O chão começa a tremer e os hebreus correm apavorados. Um "furacão" de fogo feito provavelmente pelo Movie Maker surge em uma tenda. Vendaval, areia voando, tornado de fogo... Mas a roupa do Corá seguia branquinha, branquinha, toda limpinha. Sabão em pó poderoso esse, viu... Até que a terra, finalmente, começa a se abrir. Figurantes começam a cair e se jogam como se aquilo fosse uma piscina. Quer dizer, caíram onde se não havia profundidade?! Onde havia, estava escuro e falso. Em alguns momentos, parecia era que o pessoal estava sendo engolido por uma areia movediça.

Como tudo que está ruim pode piorar, o que dizer daqueles closes constantes nos rostos dos atores? Só serviu para intensificar a canastrice do elenco. Justiça seja feita, Vitor Hugo (sempre brilhante como Corá desde o início) segurou muito bem a onda e não desbancou para as caras e bocas desenfreadas. Pena, porém, que não teve um final à altura. Poxa, ele era o grande vilão da trama, merecia um desfecho com mais impacto. Um desperdício matar os casais e nem sequer um olhar, um adeus, uma expressão, nada. Os exagerados enquadramentos na cara dos atores foram inúteis. Ao todo, morreram 250 pessoas. Algumas cenas das quedas foram tão repetidas e demoradas que acabaram cansando. Faltou criatividade na hora de dirigir as cenas. A sequência toda durou uns cinco minutos e foi exibida em câmera lenta e com aquele fundo instrumental ensurdecedor que acabaram tirando um pouco da emoção e do clima de tensão. Poderia ter rolado alguns diálogos ou gritos. Dariam mais realismo e emoção para a cena.

Me desculpem, mas quem achou aquilo tudo real BATA NA SUA CARA ANTES QUE EU BATA! Ficou evidente os erros de continuidade e os efeitos especiais precários, seguindo um péssimo padrão de filmagem num set limitado com atores (em sua grande maioria) tão limitados quanto. Quero nem ver como vai ser quando destruírem os muros de Jericó em A Terra Prometida...

Cobertura de Sonia Abrão sobre o Power Couple Brasil



Sonia Abrão já é famosa pela cobertura dos realities shows no A Tarde É Sua. Quem não se lembra da torcida da jornalista por Alemão e Siri no BBB7? No ano passado, ela fez uma ampla cobertura sobre a oitava edição de A Fazenda, defendendo a "injustiçada" Mara Maravilha com unhas e dentes; assim como também declarou toda a sua repulsa pela Ana Paula no BBB16. Porém, neste ano, Sonia Abrão derrapou (e feio) nas análises do Power Couple Brasil. Misturou o lado pessoal com o profissional. E isso é algo gravíssimo. Ainda mais em rede nacional.

Durante as primeiras semanas do reality de casais, Sonia afirmou categoricamente que não gostaria de fazer uma extensa cobertura da atração por ser amiga íntima de duas das participantes (Gretchen e Simony), o que seria "antiético" (palavras da própria Sonia), e enfatizou que não acompanhava com afinco o programa. Entretanto, diante da ampla repercussão negativa sofrida pelas duas, o jogo virou. A Tarde É Sua começou a dar mais espaço para o Power Couple Brasil. E Sonia transformou-se em baluarte da defesa das duas.

Nesta semana, após a vitória avassaladora de Laura e Jorge (merecidamente, leia AQUI), a apresentadora da RedeTV! demonstrou irritação exacerbada, principalmente com Conrado e Andreia Sorvetão. O cantor falou sobre a influência de Simony nas análises negativas proferidas no A Tarde É Sua sobre o casal. A roda da fofoca, então, virou espaço para debater assunto pessoal. Sonia Abrão falou que Conrado e Andreia formam o "casal falsidade" e falam mal pelas costas dela própria e até da madrinha (deu a entender que falava sobre Xuxa Meneghel).

Sorvetão não é bem quista pela direção da RedeTV!. É bom lembrar que ela foi uma das primeiras contratadas da emissora, posteriormente demitida e, desse modo, a loira falou mal do canal em entrevistas. Diante da política da empresa, estes profissionais não podem ser citados nominalmente. Daí, Sonia Abrão chama pejorativamente Andreia de "picolé" em seu discurso bufado: "Nem isso ela merece de consideração da nossa emissora", disparou com sarcasmo. Abrão falou que "a picolé deve deixar de ser mulher capacho e aprender a ser gente". Isso mesmo, leitores... E logo no início, Sonia havia elogiado uma frase dita pelo Michel Temer: "Eu não falo para baixo". A ideia era seguir esse mantra, mas não foi o que ocorreu...

Felipeh Campos, aquele ex-peão de A Fazenda 7, que teve uma das piores participações de todos os realities exibidos no Brasil, serviu de escada para a apresentadora. Rasgou elogios para Simony, teceu elogios para a perfomance de Gretchen e resolveu também detonar Sorvetão, colega de confinamento do reality da Record. Chamou-a de baixa, superficial e falsa. Vai vendo! Depois, relembrou que também chamou-a de "bagulho" na Fazenda. E o telespectador vendo Felipeh rechonchudo (para ser bonzinho) na tela criticando o corpo dos outros. Ele ainda falou que Andreia jogou baixo na Fazenda e quis montar um complô contra ele. Coitado, né gente... Ele teve um desempenho tão "positivo" e "maravilhoso" no jogo, quando humilhava a Pepe e Neném e usava de comentários ofensivos e preconceituosos para se referir a dupla, não é mesmo?

Na roda da fofoca, também estava Kaká da Band FM e que também detonava Sorvetão e apoiava Simony: "Quem nasceu para ser picolé, nunca vai ser Letícia Spiller". Constrangedor!

Sonia discordou do resultado final com mais de 80% de preferência por Laura e Jorge. "O público conhece a história da Simony. O público sempre gostou dela", defendeu. Minha querida, o telespectador avaliou o que se passou DENTRO da mansão e não o passado de cada um. E sobrou até para Roberto Justus. Abrão acredita que o apresentador é sócio do programa e, desse modo, poderia aumentar o valor do prêmio final. "O Justus é rico. Enfia a mão no bolso". E ainda aconselhou Conrado e Andreia a serem menos falsos e parar de falar mal pelas costas "antes que a Sorvetão derreta", completando: "Foi uma vitória para a Simony e não uma derrota".

Como a própria Sonia Abrão falou sobre formador de opinião na sociedade contemporânea, o telespectador não é bobo. Tenho o maior respeito pela Sonia como crítica de TV, mas desta vez ela se queimou, sem a menor necessidade, com o público. É evidente a relação pessoal da apresentadora com Simony. Não ocorreu a imparcialidade jornalística. Simony e Gretchen ampliaram o índice de rejeição. É notório isso. Ela deveria abster-se de emitir qualquer comentário sobre o desenvolvimento do reality devido a essa proximidade. Ficou feio.


Visite a nossa fan page para assistir A Favorita, que está sendo exibida de segunda à sábado, sempre ao meio dia. Clique na foto para ver os capítulos:



quarta-feira, 22 de junho de 2016

Desgraçômetro Power Couple Brasil: os casais que mais amei e odiei no reality



E chegou ao fim nessa terça (21) a primeira temporada do Power Couple Brasil. Sim, eu disse primeira porque a própria Record já anunciou que teremos uma segunda temporada no ano que vem. Obrigado, senhor! O Power Couple Brasil foi uma das melhores coisas que a Record fez nos últimos anos e já detém (ao menos, por enquanto) o título de melhor reality show de 2016.

Ao longo de quase três meses, acompanhamos oito casais de ex-famosos e pretensos famosos convivendo em uma mesma casa enquanto disputam várias provas e tentam arruinar ainda mais a vida uns dos outros. Embora, à primeira vista, a gente se pergunte "quem são?" ao ver a grande maioria desse povo desconhecido, é o melhor elenco reunido em um reality como a tempos não se via.  Todos os participantes, gostando ou não, foram interessantes. A dinâmica do jogo foi muito boa e as provas foram todas bem feitas. Eram os próprios participantes que escolhiam quem saia e quem ficava, o que incentivava ainda mais as artimanhas e picuinhas entre os casais, ao mesmo tempo que eles tinham que agradar a plateia, já que a escolha na final é do público.

O único senão fica para o fato do reality ter sido todo gravado, editado e não ao vivo como na Fazenda e no BBB para acompanharmos tudo em tempo real. Sabe como é a Record, né? Se já com pay per view, a emissora manipulava descaradamente a Fazenda, quem não me garante que houve cortes de edição para favorecer um casal ou outro? As provas, por exemplo, não eram exibidas na íntegra, então nunca soubemos pra valer qual foi o tempo real de cada casal.

Agora que o Power Couple Brasil chegou ao fim e já estou me sentindo órfão, resolvi relembrar a trajetória de todos os casais confinados e fazer a minha própria avaliação (que eu costumo chamar de desgraçômetro) de cada um. Em ordem decrescente: do pior ao melhor. Que fique bem claro: é uma lista pessoal, então fiquem a vontade para concordar ou não com a minha opinião a respeito de todos os casais. Quem se destacou mais (positivamente ou não)? Quem jogou mais? Quem fez jus ao formato do programa e deu um show de entretenimento?

Simony e Patrick




Não adianta ter a Sonia Abrão como comadre para ficar puxando teu saco todo santo dia lá no programa dela. Não adianta ter a Gretchen como amiga convocando o seu público pelos seus 40 anos de carreira e os fã-clubes da Thammy e da Sula Miranda. Não adianta ser a mais "famosa" da edição. Nada disso adianta se você não tem o essencial e indispensável para todo participante de reality show: CA-RIS-MA. E carisma não se aprende, não se compra, não se finge. Nasce com a gente. Ou tem ou não tem. Simples assim. E a Simony mostrou um défici exorbitante de carisma. A cantora se cegou pela vitória e acabou se esquecendo de cativar o público com alguma qualidade positiva, sem qualquer apatia. Enquanto Laura e Jorge sabiam o que fazer com as câmeras do reality para despertar a torcida do público, Simony se perdeu em sua competitividade obsessiva (e bem agressiva), revestida num péssimo entretenimento. Enquanto Laura e Jorge estavam na maior parte do tempo felizes e sorridentes, Simony vivia sempre bufando com aquela cara de quem comeu e não gostou. Coitado do Patrick, viu!

Pietra e Mário Velloso



Me escapa completamente a motivação de um casal jovem, rico e bem-sucedido se meter numa enrascada dessas. Deve ter sido por isso que os dois não se esforçaram nem um pouco nas provas. De qualquer forma, não gostei. Mas também não detestei. Me foram indiferentes.

Tati e Gian




Mesmo morrendo na praia aos 45 do segundo tempo, eles pra mim saíram vitoriosos, com um desempenho único. Afinal, os dois nunca foram capazes de cumprir uma única prova direito e, mesmo assim, conseguiram sobreviver a TODAS as DRs. Os competidores perceberam que eles eram os mais fracos no jogo e sempre preferiram eliminar qualquer outro casal, deixando o casal salada de chuchu sem tempero chegar longe demais. Infelizmente, né? Pense num casal chato e sonso: Tati e Gian! Era "vida" pra cá, "vida" pra lá, "vai, vida!"... Um tédio! Quase dormi com os dois.

Emilene e Popó




O primeiro casal a ser eliminado numa DR. Uma pena, porque parecia ser um casal que traria mais brigas e entretenimento. O ex-lutador era engraçado, brincalhão e bateu de frente quando foi preciso (principalmente contra Túlio). E a esposa do Popó tinha uma vibe bem barraqueira.

Cristiane e Túlio Maravilha




O casal botox. "Túlio Maravilha, nós gostamos de você"... Nem tanto! Túlio sempre se mostrou bastante frouxo e submisso à esposa e não fez questão nenhuma de esconder que ela era quem mandava na relação. O que acabou sendo até divertido. Cristiane, por sua vez, também me deixou com uma imagem de ser bem dissimulada e falsiane e se continuasse na competição as intrigas aumentariam ainda mais. Imagina ela e Simony se aproximando ainda mais? Cruz credo!

Andréia Sorvetão e Conrado




Conrado acabou vilanizado por muitos, mas pra mim ele foi peça fundamental para movimentar o programa e causar várias reviravoltas. Estrategista, inteligente e manipulador, exercia total influência sobre todos os casais. Foi o líder da panelinha com Gretchen e Simony para tirar o casal Kamikaze e fazer de tudo para os três irem juntos para a final. Não por questão de amizade, mas sim por questão de jogo. Conrado percebeu que Laura e Jorge eram os mais fortes do jogo e fez de tudo para tirá-los da casa. Normal. Aquilo é um jogo, tem que tirar os mais fortes. Assim como também não teve pudor em trair a "amiga" Gretchen por pura estratégia. Um jogo sujo? É, pode até ser. Além do mais, tratava a Sorvetão (tão animada que dava vontade de dar um mata leão e trancar no quarto pra ter um mínimo de qualidade de vida) com um pouco de desdenho. Mas que foi um grande jogador, isso ninguém pode negar.

Gretchen e Carlos




Essa Maria Odete Brito de Miranda, viu... Ter a Gretchen em um reality show é garantia absoluta de diversão, barraco, memes, gifs e momentos inesquecíveis. Lembra quando ela desistiu da Fazenda e deixou a Viviane Araújo gritando aos berros "Mariiiiiiiiaaaaaaaaaaaaa"? No Power Couple Brasil, a rainha do rebolado foi responsável por outro grande momento que também já entrou para a história dos reality shows: quando surtou e explodiu com Jorge e Laura. E quando ela deu uma verdadeira aula de geografia (relembre aqui)? E ela sempre defendendo o marido? Sempre insistindo em dizer que é uma pessoa extremamente influenciável no Brasil? Que seu nome abre e fecha portas? Que tem 40 anos de carreira? Que tem um público enorme? Que seus fãs lhe apoiam em tudo? Sinceramente, acho que deveriam criar uma lei obrigando todos os realities com subcelebridades terem a Gretchen. Eu juro que tentei odiá-la no jogo (e motivos não faltou), mas suas pérolas compensaram tudo. Ainda mais por causa do seu marido Carlos, que tem 60 anos e atravessou o oceano. Que portuga maravilhoso e super simpático!

Laura Keller e Jorge



Não teve pra ninguém. Foram os donos da edição. Todo eixo do conflito do programa girava em torno deles. Numa final que reunia o casal mais popular contra a rejeitadíssima Simony, não poderíamos esperar nada diferente dos esmagadores 82% dos votos para o casal. Merecidamente. Isso porque eles eram "desconhecidos" e jamais iriam vencer porque "não tinham público", né Gretchen? Venceu quem jogou melhor, tanto para dentro quanto para fora das câmeras. Me passou a sensação que o casal Kamikaze conseguiu entender melhor a dinâmica do programa antes dos seus demais adversários. Eram 8 ou 80. Faziam apostas altas, perigosas, quase suicidas. Não tinham medo de arriscar. Jogavam pra valer. E sempre saiam vitoriosos em todas as provas. Consequentemente, despertaram a inveja e a ira de toda a casa pelo simples fato de estarem lá no topo, sempre vitoriosos e como o casal com mais dinheiro acumulado desde o início. Foram isolados e perseguidos pela maioria, mas em nenhum momento se fizeram de coitadinhos. Exemplo de cumplicidade e parceira mútua. Competitivos, provocadores, abusados, foi essa adrenalina louca que conquistou o público. Afinal, de nada adiantaria chegar na decisão e não ter um público votante para consagrá-los campeões.


Visite a nossa fan page para assistir A Favorita, que está sendo exibida de segunda à sábado, sempre ao meio dia. Clique na foto para ver os capítulos:



domingo, 19 de junho de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (12 à 18/6)




  O MELHOR DA SEMANA  


Morte do Coronel Custódio


Já é mais do que certo que um "quem matou?" dentro de uma novela é sempre um chamariz para prender a atenção do telespectador. Escrava Mãe, em sua segunda semana de exibição, já apresentou o seu. Na segunda (13), o Coronel Cústódio (Antônio Petrin) é assassinado durante a festa de casamento de sua filha Tereza (Roberta Gualda). Pronto. Instaurado o mistério na trama. Vários personagens tinham motivo suficiente para querer ver a vítima batendo as botas o mais rápido possível, como Almeida (Fernando Pavão), Dona Urraca (Jussara Freire), Maria Isabel (Thais Fersoza), Coronel Quintiliano (Luiz Guilherme) e Guilherme (Roger Gobeth).

Porém, esse mistério só durou um capítulo. Logo no dia seguinte, na terça-feira (14), foi revelado que a vilã Maria Isabel era a assassina do Coronel Custódio, ou seja, ela matou o próprio pai, depois que este descobriu que ela está grávida e tinha a intenção de expulsá-la da fazenda.


Não sei se o autor Gustavo Reiz quis inovar revelando a identidade da assassina para o telespectador, deixando o mistério apenas dentro da trama pelo fato de Escrava Mãe já estar totalmente gravada e ser quase impossível realmente guardar esse segredo para o final; ou se a inovação na narrativa de apresentar a identidade do assassino logo de cara já estava na sinopse desde sempre. O fato é que a revelação deu uma ótima chacoalhada à novela que vem a cada novo capítulo conquistando um público cativo e se revelando um novelão de primeira. Com certeza, essa sensação de saber a identidade do assassino (como se fossemos cúmplices da Maria Tereza) e não poder fazer nada até o final vai nos aguçar ainda mais a assisti-la.


A morte do Coronel Custódio serviu para duas coisas. A primeira, para movimentar a novela: Guilherme foi preso injustamente acusado de matá-lo; e as suspeitas de que ele tenha uma filha bastarda, Belezinha (Karen Marinho), vieram à tona. A outra, serviu para confirmar as grandes interpretações. Destaque para Bete Coelho, nossa velha conhecida, finalmente, em um papel sob medida para o seu talento. Nas cenas da morte do seu marido e da leitura do testamento, ela brilhou como nunca, apesar de um vasto currículo de personagens na TV. E, claro, Thaís Fersoza, deliciosamente diabólica no papel da vilã-mor da trama. #EscravaMãeMelhorNovela


   O PIOR DA SEMANA   



Transa de Tereza e Santo


Olhem essa foto:

Tereza tenta resistir aos encantos de Santo (Foto: Felipe Monteiro/ Gshow)

Parece ou não parece uma tentativa de estupro? Guardem essa informação.

Todo mundo estava esperando pela cena em que Santo e Tereza finalmente transariam e isso aconteceu no capítulo de quinta (16) em Velho Chico. O cavalo de Tereza saiu em disparada e ela não conseguiu controlá-lo. Casualmente, Santo estava ali por perto, também a cavalo, e conseguiu deter o bicho. Daí, já estavam ali mesmo, então decidiram que era a hora de juntar a fome com a vontade de comer. Mas o que era para ser um negócio sensacional acabou virando uma coisa bem esquisita. Deu até uma ponta de vergonha alheia com toda a (longa) sequência.

Primeiro que antes dos dois se agarrarem eles ficaram lá como se quisessem colocar a árvore no meio da brincadeira. Um encostava num galho, daí o outro ia para outro galho. Depois, corriam para lá, corriam para cá. O que foi isso? Uma espécie de dança do acasalamento? Façam-me o favor, né? Dois marmanjos se portando como dois abobados não dá. Quando finalmente ficam juntos, na água, a cena ficou sem pegada. Ficaram lá trocando uns beijos e boa. Tereza pede pra parar, tenta fugir e Santo diz: "Não vou deixar você ir. Agora não paro mais não". A gente veio de um fim de semana tenso discutindo sobre machismo, estupro e cultura do assédio e me vem o Benedito e coloca um diálogo desses??? Por favor... Ainda por cima, ao longo de quase cinco minutos, tivemos de aguentar ambos gritando um o nome do outro: "Saaaannntooooo", disse Tereza. "Tereeeezaaaaa", disse Santo. É uma cena de amor ou teste para saber se alguém ali estava com problema de surdez? Ainda não deu para perceber. Poderia ter sido melhor.

Malvino Salvador


Malvino Salvador como Apolo em "Haja coração"

Malvino Salvador precisa URGENTEMENTE de um novo desafio na telinha. Já perdi a conta de quantos mocinhos viris, macho alfa, rústicos, truculentos, machões e autoritários que ele já fez. Atualmente, com o Apolo de Haja Coração, não é diferente. Nada muda! A impressão que se tem é que Malvino interpretando é sempre... Malvino. É preciso que ele ouse mais nas escolhas dos seus personagens ou que deem papéis com mais versatilidade quando lhe escalarem para as produções. Malvino precisa variar, encarar desafios, surpreender o telespectador. Parece que ele parou no tempo. Virou um pedaço de madeira ambulante na arte da interpretação.


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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Os melhores casais que mais dão liga e se repetem nas novelas



Ontem (12) foi o dia dos namorados e você passou aí na solidão. Mas tudo nessa vida tem seu lado positivo. Você, por exemplo, não precisou parcelar o presente em 12 vezes no cartão. As vezes, a parcela dura mais que o relacionamento, temos que economizar, estamos em tempos difíceis, é a crise. Enfim, aproveitando o gancho dessa data maravilhosa (só pra quem tem um crush pra chamar de seu, é claro), isso me fez perceber como existem parcerias de sucesso nos folhetins. São vários os pares românticos de novelas cujos intérpretes se repetem (e roubam a cena) em diversas tramas e resolvi escrever sobre os que fazem os fandons sempre pirar.

Isabelle Drummond e Humberto Carrão



Tudo começou em Cheias de Charme, com Cida e Elano. O casal encantou o público e repetiu (com sucesso) a parceria em Sangue Bom com o bad boy Fabinho e a durona Giane, que viraram a sensação da novela na época. Em Geração Brasil, eles não terminaram a novela juntos, mas, como diria a diva Inês Brasil, NÃO FOI A GENTE QUE PEDIU!!! Eles fizeram do casal Megan e Davi um dos pouquíssimos pontos positivos dessa novelinha xexelenta, mas aí os autores estragaram a Megan vilanizando ela e criando um personagem aos 45 do segundo tempo para ficar com ela e deixar o caminho livre para Davi terminar com a songamonga da Manu.

Juliana Paiva e Rodrigo Simas



Um dos maiores shippers de Malhação dos últimos tempos, os dois conquistaram uma legião de fãs com o casal Brutinha. O romance complicado entre a piriguete Fatinha e o menino certinho Bruno foi o grande nome da Malhação Intensa. A química entre os atores deu tão certo que eles repetiram a parceria na flopadíssima Além do Horizonte. A ideia inicial nem era essa, mas a Ju não deu a menor liga com o Thiago Rodrigues e o povo clamou por Judrigo.

Domingos Montagner e Débora Bloch



O primeiro casal dos dois foi Úrsula e Herculano em Cordel Encantado, onde esbanjaram tesão em plena seis da tarde. O segundo encontro deles foi em Sete Vidas, onde Miguel e Lígia viveram uma história de amor bem complicada. Que venha o próximo encontro!

Tarcísio Meira e Glória Menezes



Os monstros da teledramaturgia brasileira. Juntos na vida real, foram pares românticos em nada mais, nada menos do que treze novelas: 25499 Ocupado, A Deusa Vencida, Almas de Pedra, Rosa Rebelde, Irmãos Coragem, O Homem que Deve Morrer, Cavalo de Aço, O Semideus, Espelho Mágico, Guerra dos Sexos, Torre de Babel, Páginas da Vida e A Favorita (que, inclusive, está sendo exibida de segunda à sábado, sempre às 12h, na nossa fan page, vai lá conferir).

Caio Castro e Maria Casadevall



Eles começaram como o casal hot Patrícia e Michel em Amor à Vida (que não acrescentavam nada para a história, é verdade, mas me deixavam toda molhada sempre que apareciam em cena) e em I Love Paraisópolis roubaram nossos corações com a Margot e o bandidão Grego.

Victoria Ruffo e César Évora



Eles não são brasileiros, é verdade. Mas se você, assim como eu, é fã de novela mexicana, sabe que a química entre os dois é maravilhosa. O casal formado por Victoria e César é tão querido lá no México, mas tão querido, mas tão querido que tem até nome e sobrenome: Pareja Tekila.

Giovanna Antonelli e Alexandre Nero



Poderosos! Em meio ao bagulho doido que foi Salve Jorge, eles roubaram a cena como a delegata Helo e Stênio, ex-casal que ainda se amava e vivia às turras. Depois, em meio a decepção que foi A Regra do Jogo, os dois novamente repetiram um par romântico e, claro, roubaram a cena. O amor bandido de Romena levou as redes sociais a loucura!

Lília Cabral e Alexandre Nero



Não é só com a Giovanna que o Nero transborda química e vive repetindo parceria nas novelas. Em A Favorita, ele vivia o verdureiro Vanderlei que se apaixonava pela sofrida Catarina, de Lília Cabral. Depois, em Império, viviam entre tapas e beijos com o Comendador e a Maria Marta. Misteriosamente, em ambas, não tiveram um final feliz: Catarina preferiu viajar do que casar e o Comendador morreu. Já tá na hora do Nero e da Lília terminarem juntos numa novela, viu...

Taís Araújo e Lázaro Ramos


OS NOSSOS BEYONCÉ E JAY-Z

Esses dois a gente pode shippar sem medo de julgamento alheio. Eles contracenaram juntos em Cobras e Lagartos, onde interpretaram o casal queridinho Foguinho e Ellen, que ofuscaram os protagonistas da história (alguém lembra do Duda e da Mel? Nem eu!). Atualmente, na série Mister Brau, interpretam o casal famosérrimo Mister Brau e Michele. A química foi tanta que eles levaram para a vida real. Taís e Lázaro são casados e tem um casal de filhos.

Vivianne Pasmanter e Humberto Martins



Os dois dão muito certo como casal na teledramaturgia. Prova disso é a química que mostraram ter como Malu e Alaor, meu shipper em Mulheres de Areia, depois como Maria João e Baldochi em Uga Uga e, recentemente, com Germano e Lili em Totalmente Demais. Os anos passam, mas o sucesso da dupla continua. Meu shipper eterno e antigo favorito de todas as novelas.

Qual o seu favorito? Esqueci de algum outro casal? Diz aí!


domingo, 12 de junho de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (5 à 11/6)




  O MELHOR DA SEMANA  



Thaís Fersoza



Com apenas duas semanas de exibição, Escrava Mãe já tem em sua vilã um de seus principais acertos (dentre muitos, diga-se de passagem). A aristocrata Maria Isabel é daquelas vilãs que matam sem mover um músculo e provocam medo sem precisar berrar. A carinha de menina e a fama de boa moça não impediram que Thais Fersoza virasse uma demônia em Escrava Mãe. É verdade que ela já havia interpretado uma vilã (a Rosália de Dona Xepa), mas nada tão complexo e desafiador como a atual. Tenho medo da Maria Isabel! De resto, Escrava Mãe continua deliciosa e de tirar o fôlego. A melhor novela em exibição atualmente (na minha opinião, é claro).

Agatha Moreira



Nas primeiras cenas de Haja Coração, Camila (Agatha Moreira) estava com uma vibe muito parecida com a de Giovanna de Verdades Secretas. O tom rebelde e as roupas pretas deixaram as duas bem parecidas, quase irmãs gêmeas. A versão boazinha da personagem, no entanto, trouxe para o público uma Agatha até então desconhecida. A atriz conseguiu se desvencilhar completamente da patricinha do início e está dando um show. Aliás, já estou shippando a Camila com o Giovanni (Jayme Matarazzo). Os dois estão com uma química arrebatadora.

Martim vs Afrânio



Onde estava Lee Taylor que ainda não tinha feito novela? Ele dá a Martim toda a emoção da complexidade do personagem. Tarefa nada fácil para um estreante, mas moleza para quem tem um talento desse. Aliás, desde a sua chegada, a novela sofreu uma boa chacoalhada. Fiquei arrepiado com o reencontro de Martim com Afrânio, onde ele desafia o pai a matá-lo. Sequência tensa, muito bem realizada e brilhante interpretada por todos os atores envolvidos (em especial, Antonio Fagundes e Lee Taylor, claro). Os embates entre os dois estão dando mais dinamismo para Velho Chico. E ainda vai reascender com força total a chama do ódio entre os Saruês e os dos Anjos, já que Bento terá que disputar agora o amor de Beatriz com Martim. Promete!

Debate sobre ética no Caldeirão



Adorei a discussão sobre ética e o famoso "jeitinho brasileiro" no Caldeirão do Huck. Foi um debate amplo, que pessoas de diferentes lugares e profissões. No total, 16 pessoas participaram pela internet, entre elas, Tony Bellotto, e no estúdio onde ocorreu a gravação mais 16 cidadãos compartilharam suas opiniões e visões sobre o assunto, com a presença também do filósofo americano Michael Sandel. Foram abordados vários assuntos interessantes: trânsito, respeito, pirataria, mercado... Um ótimo serviço prestado a população que informou bastante.


  O PIOR DA SEMANA  



Estreia do JK Show


Sim, o rei dos segredos chocantes e bombásticos agora tem um programa todinho seu aos domingos a noite para deixar esse dia da semana ainda mais deprimente do que já é. O JK Show é basicamente um show de calouros, daquele tipo que Silvio Santos fazia no passado e também muito inspirado no que o Chacrinha também fez, mas num nível tão classe C, mas tão classe C que Chacrinha deve tá se revirando no túmulo de tanto desgosto. É uma coisa totalmente trash, com vários calouros muito abaixo da linha da aceitação mínima e outros que dão apenas para o gasto e aquele padrão de "qualidade" que só a Rede TV proporciona. São tantos elementos bizarros que não consigo decidir qual é o pior de todos. Vamos votar:

(  ) BANDA


Alguém entendeu o que foi aquela banda de casamento tocando Roar da Katy Perry numa versão igreja?! Não entendi a escolha da música, não entendi a banda, não entendi qual a necessidade deles no programa, não entendi nada! Era melhor o Pablo do Qual é a Música?.

(  ) OS CALOUROS

Acho que deve ser uma regra todo calouro ser tosco, mas eles vieram pós-graduado nisso no JK Show. Se tivesse que dividi-los em duas categorias, dividiria em os piores e os menos piores, porque não teve nenhum realmente bom. Será que não tem nenhum amigo ou parente para dizer "olha, você é bem ruinzinho, não vai na TV não, vai pagar micão"?! A última coisa que eu quero acompanhar em uma noite de domingo é gente amadora balbuciando "Hello from the outside".

(  ) AS HISTÓRIAS DE VIDAS DOS CALOUROS


Tem como piorar tudo? Claro que sim! Antes de cantarem, é exibido um VT de quase três minutos contando a história de vida (todas sempre tristes) de cada candidato com direito a imagem em preto e branco feat. música triste para dar aquela apelada. É como se juntassem aquelas dramatizações da Marcia Goldschmidt com o SuperStar da Globo, ou seja, MARAVILHOUUUSO! O problema é que não dá pra saber se eram histórias reais ou eram os mesmos atores do Você na TV inventando dramas pra ganhar um cachêzinho depois.

(  ) OS JURADOS


Os jurados não poderiam ser mais adequados e dignos para julgar se os outros cantam bem ou mal: Ovelha (aquele cantor dos anos 80 que só sabe cantar Ou, ou, ei, ei Sem você não viverei), Íris Stefanelli (aquela ex-BBB que pegava o Alemão), Nahim (não sei quem é e nunca ouvi falar) e Miranda (produtor musical, aquele jurado gordão do Astros do SBT). Este último é o único que entende de música ali. O restante está lá para fazer papagaiada mesmo, não que Miranda também não solte uns comentários divertidos. Ovelha, por exemplo, criticou um candidato que cantou "Love Hurts", clássico da banda Nazareth. O jurado disse que a letra estava toda errada (e estava mesmo) e começou ele próprio a cantar, também com um inglês tosco. Fantástico.

(  ) O PRÓPRIO JOÃO KLÉBER

Já tinha muita gente cansada dos testes de fidelidade e dos casos bizarros que ele apresentava em seus programas recentes. Agora ele mostra, digamos, um outro lado de si mesmo, faz umas imitações e continua com aqueles seus comentários sem noção e sua tradicional enrolação.

(  ) O CENÁRIO

Eu sei que trabalhar na Rede TV é ter baixo orçamento mesmo, mas o cenário é brega demais, poluído demais por tantas cores e formatos e pequeno demais para tanta gente posicionada.


(X) TODAS AS ALTERNATIVAS ANTERIORES

AINDA BEM QUE O JOÃO É REALISTA, NÉ?

Pra não dizer que não falei das flores, o único ponto positivo fica para a entrevista feita pelo João com o cantor Andrea Bocelli lá na Itália. Sem exageros, rápido e objetivo. João poderia explorar mais esse lado dele que não conhecia. Resta saber se nas próximas semanas conseguirá outro nome de peso. Começa com um Andre Bocelli e termina com funkeiros ou subcelebridades. Mas, no geral, o JK Show é um lixo total no sentido trash das coisas.

Cobertura de casamento gay no SuperPop




Nesta quarta-feira, o SuperPop dedicou todo o seu tempo numa mega e exagerada cobertura do casamento da transexual Léo Aquila (quem???) e Chico Campadello (quem???), sendo transmitida ao vivo, com direito a uma repórter perambulando entre os noivos e os convidados e dois comentaristas gays comentando ao lado da apresentadora sobre os figurinos, penteados, convidados, decoração e pratos servidos no buffet. A questão não é nem a overdose de futilidade, pois tem muita gente que gosta desse tipo de entretenimento. Mas eu queria saber desde quando essa tal de Léo Aquila é tão importante e famosa assim a ponto de seu casamento ganhar ares de marco histórico e casamento real. Depois dessa, pode-se esperar tudo do SuperPop. Tudo mesmo. Não me espantaria se cobrissem ao vivo a festa de aniversário de cinco anos da filha da cunhada da cabeleireira do irmão da mãe de um ex-BBB qualquer.

Matéria com o MC Biel na Eliana


Sabe o Biel? É aquele funkeiro que diz ser o Justin Bieber brasileiro. Não sabe?! É aquele que canta Óh tô chegando hein Óh que que isso hein Óh Coisa louca hein (só sei isso da música). Ainda não lembrou?! É aquele que tá com o rosto estampado em todos os sites sobre as notícias que mais bombaram na semana. Agora lembrou, né? Ufa! Então, esse pseudo-cantor e pseudo-homem (que tem uma necessidade absurda de provar que é macho e pegador em todas as entrevistas que dá e mostrar seu tanquinho em todas as ocasiões) arruinou com a sua carreira que mal começou a decolar e já vai pousar se envolvendo em várias polêmicas:


E quando eu digo várias polêmicas, são várias mesmo. Se você acha que teve uma semana difícil, agradeça por não ser o Biel. Vamos enumerar: 1 - foi acusado de assédio sexual por uma jornalista; 2 - negou tudo e ainda foi irônico; 3 - brigou com o youtuber Felipe Neto após este criticar as suas declarações e ainda o ameaçou; 4 - Cai na internet os áudios provando o assédio; 5 - Biel é vetado da Globo e cortado no revezamento da Tocha Olímpica (aliás, porque diabos ele foi convidado se não fez porcaria nenhuma para o esporte brasileiro?!); 6 - Se envolve em um acidente de carro e não presta socorro a vítima; 7 - Diz que não viu a vítima; 8 - Confessa que viu sim a vítima e promete pagar conserto da moto dela; 9 - Grava um vídeo super sincero, convincente e espontâneo pedindo desculpas que até me fez chorar. Ufa!


A questão é que o programa da Eliana do domingo passado (5) mostrou uma matéria toda elogiosa com o pseudo-cantor. A conversa da apresentadora com Biel aconteceu antes da acusação de assédio e foi uma chapa branca total. A apresentadora foi lá para fazer aquela média com um artista que está em alta e que tem possibilidade de dar bastante audiência. Normal, como todo programa sempre faz. Ok, Eliana não sabia o que aconteceria dias mais tarde. A questão é que a coisa toda rolou durante a semana e a entrevista seria exibida no domingo.

A reportagem é muito favorável ao cantor, mostrando só o lado "fofo" dele, ameniza bastante o que houve e foi exibida num momento inadequado. O certo mesmo seria não mostrar o material, até porque haviam provas concretas e muitas testemunhas contra o tal cantorzinho. Para tentar dar uma contornada na coisa, Eliana disse que queria que a verdade aparecesse, dando a entender que Biel podia estar envolvido num "grande engano", sendo que já tinha sido divulgado na internet antes mesmo daquele domingo os áudios de Biel assediando a tal jornalista.


Diante da repercussão do caso e da gravidade da situação, o mínimo que Eliana tinha de ter feito era não exibir a matéria. Ela e sua produção tinham de ter cancelado e colocado qualquer outra coisa no lugar, afinal, o programa é ao vivo. A apresentadora, depois de só soltar elogios ao cantor durante a entrevista, ainda agradece o rapaz, manda beijo, enfim, passa a mão na cabeça. Faça-me o favor! Nesse caso específico, o contexto era ainda mais grave. É que Eliana estava fazendo uma campanha contra o estupro e a agressão às mulheres com a hashtag #ElianaPorTodasElas. Não dá para alguém que tem uma ação como essa colocar no ar uma matéria toda elogiosa, chapa branca, como disse anteriormente, com uma pessoa justamente acusada de um assédio fortíssimo contra uma mulher. Péssimo timing, viu Eliana...

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