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domingo, 28 de agosto de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (21 à 27/8)




  O MELHOR DA SEMANA  



Leonora em Eta Mundo Bom


 

Divertidíssima a ideia de levar a ex-BBB Leonora de Haja coração para ser figurante de uma cena de Eta Mundo Bom. Ela causou a maior confusão. Ellen Rocche está maravilhosa, sambando de salto alto na cara de todo mundo que dizia que ela era uma atriz só de "peito e bunda".

Programa do Porchat



O tão aguardado Programa do Porchat finalmente estreou e, como todos esperávamos, o programa não decepcionou nas risadas. O programa começou superbem com o texto divertidíssimo do Porchat ironizando tudo e todos. Ainda que fosse perceptível uma dose de preocupação, as piadas com a disputa pelo segundo lugar na audiência, a falta de liberdade da TV aberta e principalmente na Record saíram bem. Os pontos fortes ficaram com as pequenas esquetes que exploraram o elenco da casa e youtubers, mas alguma coisa não encaixou ainda.

Talvez pudesse ser a falta de expressividade da primeira entrevistada, Sasha Meneghel, que mesmo concedendo sua primeira entrevista na TV com 18 anos ainda não tem nada de relevante pra dizer; ou o Wesley Safadão que parecia mais incomodado em não estragar seu casamento recente com as perguntas ácidas do Porchat. Mas de fato ainda há muito tempo para que isso possa ser trabalhado nos próximos programas. Fábio, sozinho, é um show. Ele sabe fazer rir e tem sacadas muitos boas, como rir de si mesmo, fazer piada com pessoas e situações inimagináveis, além de interagir muito bem com o público de todas as idades. Apesar de não ter se saído bem como entrevistador, de maneira geral, agradou como entretenimento.

Volta de Santo



Finalmente, chegou ao fim toda aquela enrolação do sumiço de Santo (relembre AQUI). E proporcionou momentos grandiosos para todo o elenco de Velho Chico. Camila Pitanga e Domingos Montagner deram show nas sequências em que Tereza estava atrás de Santo. Foram cenas marcantes e emocionantes demais. A cena da volta do Santo também foi lindíssima, destacando Zezita Matos, Camila Pitanga, Domingos Montagner, Gabriel Leone, Irandhir Santos e, claro, Lucy Alves (que ainda roubou a cena novamente quando Luzia revela a Olívia que ela não é filha de Santo e no seu embate com o marido). Todos deram um show de emoção e entrega.

Primeiro episódio de Justiça


Se o objetivo era deixar o telespectador sem fôlego e prendê-lo com uma história incrível que só vai ter continuidade uma semana depois, missão realizada com sucesso! O primeiro episódio de Justiça (e que iremos acompanhar todas às segundas-feiras) mostrou a história de Elisa (Déborah Bloch), uma professora que não é capaz de perdoar e se conformar com a morte da filha, Isabela (Marina Ruy Barbosa), assassinada pelo noivo, Vicente (Jesuíta Barbosa), à queima roupa (em uma sequência bem dirigida e impactante) depois de flagrada em uma traição.


Todas as palmas para Débora Bloch, que, na minissérie, vive uma personagem bem diferente das que já viveu na TV. É muito bom ver uma atriz já consagrada do quilate dela fora da sua zona de conforto. A Elisa é uma personagem complexa que divide opiniões no público e que, mesmo em apenas um episódio, já passou por algumas fases. Explorou a sensualidade logo na cena que abre o episódio e ao se envolver com um rapaz mais novo, a sofisticação nas cenas que mostram seu cotidiano e convívio com a filha e todo o drama da mãe ao flagrar a morte da filha e a espera depois de sete anos pela liberdade do assassino desta, disposta à matá-lo. Um misto de tristeza, dor, rancor, ódio e desejo de vingança, transmitidos perfeitamente pela atriz. 

Claro que não posso deixar de falar do Jesuíta Barbosa, o ator que é um dos grandes nomes da sua geração. Ele construiu um personagem crível, um playboy mimado que acha que o mundo, inclusive a namorada, precisam se cruzar à sua vontade, mostrando todo o ciúme possessivo e extremamente ciumento de Vicente desde a primeira cena através de pequenos detalhes. Ele e Marina Ruy Barbosa, inclusive, esbanjaram química em cena nos momentos mais calientes.

No final do episódio, quando pensei que a cena terminaria com aquele clássico das novelas (o personagem apontando o revólver para o outro) e nós teríamos que esperar até a próxima segunda-feira para ver o tiro, a minissérie mostra um grito de pai em cena e Vicente, saindo da cadeia, chama uma criança de filha e de Isabela e lhe abraça, fazendo com que Elisa hesite antes de atirar no rapaz. Mal posso esperar amanhã a noite para ver o que a cena vai causar na Elisa...

Segundo episódio de Justiça (o melhor, na minha opinião)


Focado num contexto mais pobre e mais dramático, a trama de Justiça que veremos todas às terças está centrada na saga de Fátima (Adriana Esteves) em reorganizar sua família que se dispersou nos sete anos de ausência em que passou presa injustamente por tráfico de drogas.


Pode parecer bobo que todo o enredo tenha sido desenrolado em torno da figura de um animal de estimação e uma desavença entre vizinhos, algo tão comum, mas a série tenta retratar de forma natural que justamente o cachorro era o ponto de discordância das duas casas. Aos defensores dos animais que ficaram chocados com a cena em que Fátima mata o cachorro do vizinho com um tiro, ela, como uma leoa, quis apenas proteger o filho temendo que o descontrolado cão do vizinho lhe fizesse mal e fez o que qualquer mãe faria ao ver sua cria em perigo. O desejo de proteção foi maior do que qualquer vislumbre das consequências.

E Douglas (Enrique Dias) se vingou colocando drogas na casa da personagem, já que ela tirou dele seu melhor amigo, de quatro patas. Retratado como policial, a série pareceu usar o personagem, seu modo de vida e até mesmo seu jeito de agir para realmente gerar asco no telespectador e faz refletir, afinal, até onde é válida a tal fé pública que os policiais têm? Sete anos depois, após cumprir pena por um crime que não cometeu, o que restou de Fátima não foi o desejo de vingança, mas sim de refazer sua vida e reencontrar seus filhos, mas tudo o que lhe resta agora é uma realidade do lado de fora da cadeia, num mundo que ela não reconhece mais, numa casa que ela não reconhece mais e lidar com a ausência de seus filhos. A única coisa que remonta à ela seu passado em liberdade é a presença daquele que ela menos deseja ver, Douglas, seu ainda vizinho que zomba dela pelos anos detida. O que foi aquela cena final do embate entre os dois, com a Fátima lhe ameaçando com um facão? Um show!


Sem dúvidas, foi o episódio com a maior carga dramática (e o que mais me envolveu).

Além de Adriana Esteves e Enrique Dias, se destacaram também Leandra Leal (que, apesar de ter aparecido pouco, enfim, ganhou uma personagem de TV diferente das mocinhas que vinha interpretando, além de esbanjar sensualidade em várias cenas) e a pequena Letícia Braga.

Terceiro episódio de Justiça


Se, até então, Justiça se mantinha no âmbito emocional dos relacionamentos e enredos, o episódio de quinta (25) resolveu colocar o dedo numa ferida social aberta que o país ainda tem e jogou na roda de uma só vez dois assuntos a serem discutidos: racismo e estupro.

Débora (Luisa Arraes) e Rose (Jéssica Ellen) são unidas desde pequenas por uma grande amizade. Rose é negra e filha da empregada doméstica que ajudou a patroa a criar a filha, Débora, que é branca e rica. Ainda que se fale menos do que se deveria à respeito, devemos nos lembrar que o Brasil ainda é um país racista, mas que o faz de forma velada. Existe um abismo na forma como um negro e um branco são enxergados em determinados ambientes e o roteiro da competente Manuela Dias explorou perfeitamente isso em uma das melhores abordagens sobre o assunto na nossa teledramaturgia, assim como o abismo existente entre Rose e Débora.


Todo mundo já ouviu alguém dizer "Fulano é praticamente da família". Essa é como Rose, que, ao comemorar seu aniversário de 18 anos num luau na praia e comprar drogas para todos os amigos, é detida pelo policial Douglas como traficante. Notem que a ação da polícia em cena é bem clara ao separar negros e revistar apenas estes, como se sua cor já denunciasse seu caráter. Eis aqui, o primeiro dedo na ferida, que a gente finge não enxergar, mas faz parte do nosso cotidiano. O texto foi explícito sobre as diferenças raciais até nas falas da mãe de Rose, ao se fazer valer do passado histórico de sua avó como escrava. E o melhor de tudo: sem cair no didatismo. Débora, que, até então, defendia a amiga com unhas e dentes, fez da sua justiça o silêncio, numa mistura de apatia e autoproteção. O verdadeiro traficante, Celso (Vladimir Brichta), que era namorado de Rose, também se manteve imóvel. E este silêncio custou à garota, mais que sua liberdade, mas a não concretização de seu grande sonho: se tornar jornalista.

Sete anos se passam e o que restou de Rose foram cacos despedaçados do sonho não realizado. Agora, além de negra, ela é uma ex-presidiária, o que por si só já serve para arrastar consigo diversos preconceitos e estereótipos e isso ficou claramente apontado por Marcelo (Igor Angelkorte). Suas chances não são mais as mesmas, nem sua vida. E ela procura Débora e, numa conversa franca, diz o que em minha opinião foi a síntese do episódio: "Eu só fui entender que eu era preta e pobre na cadeia". Até então, ela nunca havia sido apontada, humilhada ou colocada numa situação de interioridade perante os outros. Mas a vida também se mostrou cruel a Débora, que foi vítima de um estupro. Há quem enxergue nisso um pouco de justiça pelo silêncio de outrora, mas não creio que aqui existiu algo de punição a Débora. São situações horríveis e distantes e aqui eis a segunda ferida para se apontar. Uma cena de violência contra a mulher por si só é difícil, sofrida, complicada de se assistir. Os movimentos de câmera, o sangue, o pavor nos olhos de Luisa Arraes fora suficientes para mostrar todo o horror da situação. Rose não se sentiu prejudicada por Débora anos atrás e prometeu ajudá-la a encontrar o homem que a violentou. Resta saber se os sete anos endureceram a garota a ponto de que ela se torne realmente uma criminosa e, principalmente, se amizade entre as duas vai resistir.

Outro grande diferencial do episódio são suas protagonistas. O único dos quatro sem grandes nomes no seu elenco, porém, nem por isso menos estrelar. Jéssica Ellen ganhou essa grande oportunidade nas mãos e a tomar por esse primeiro episódio a atriz tem talento suficiente para segurar a personagem. A Luisa Arraes (que já havia batido um bolão em Louco por Elas e se destacado em Babilônia) continua dando um show em cena. A química entre elas foi o ponto forte do episódio, numa nítida entrega total de duas atrizes que querem fazer dar certo.


     O PIOR DA SEMANA     



Quarto episódio de Justiça (o mais fraco de todos)


Confesso que o episódio de Justiça que mais fiquei ansioso para assistir é o que será apresentado todas às sextas-feiras. Além de ter um tema complicadíssimo e quase nunca abordado na nossa teledramaturgia (a eutanásia), ainda parecia trazer o Cauã Reymond, finalmente, fora da sua zona de conforto vivendo um personagem diferente. Infelizmente, depois de assisti-lo, fiquei decepcionado e achei o mais fraco dos quatro episódios já apresentados.

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Claro que não vou tirar o destaque sensual que Cauã e Marjorie Estiano deram as cenas do casal. A química entre os dois foi incrível e mostrou em pequenos detalhes um casal verdadeiramente apaixonado ou mesmo nas cenas de sexo entre os dois, onde o texto fez questão de demonstrar que ele a ama independente de seus defeitos. Mas, contrariando a expectativa de ver Cauã sair de sua zona de conforto, o que foi apresentado foi mais um personagem do ator revoltado e envolvido com condenação e em busca de vingança (ou justiça, no caso). Mais um Jorginho (Avenida Brasil), André (O Caçador) ou Juliano (A Regra do Jogo) para o currículo do ator. E ainda ficou devendo em vários momentos mais densos e dramáticos.

O ponto mais sofrível, porém, do episódio foi a desconstrução do tempo cronológico da série, ainda no enredo de 2009, pois vimos a decisão de Beatriz em morrer e Maurício sendo preso após atender ao pedido da amada logo no início para só depois ("três dias antes") vermos o acidente acontecer, a relação do casal e a cena onde Maurício consegue os remédios com Celso (Vladimir Brichta). Isso acabou estragando o grande clímax do episódio e jogou foi um balde de água fria na cabeça do telespectador. Também houve um erro de cronologia na delegacia. O Maurício não poderia estar junto dos outros três presos dos outros episódios (Fátima, Rose e Vicente) porque o caso dele é bem mais complexo e demorado. A cirurgia da Beatriz depois do acidente de carro duraria, no mínimo, umas seis horas. Até acordar, diagnosticar a tetraplegia, ela pedir pra morrer, ele conseguir comprar os remédios para matá-la e ser preso, daria uns três dias. Agora tudo isso acontecer na mesma noite, ficou estranho e corrido demais.

Apesar dos pesares, a cena do atropelamento foi impactante e muito bem feito e as seguintes, com Beatriz já no hospital, bem tocantes e emocionantes. Marjorie Estiano, como já esperava, levou as emoções da sua personagem à flor da pele e foi o grande destaque do episódio. Também gostei muito do Vladimir Brichta, que, mesmo já tendo aparecido nos outros três episódios e ser oficialmente do elenco dos episódios das quintas-feiras, teve a maior participação nesta sexta, com uma caracterização perfeita de um surfista aposentado na primeira fase e um empresário do ramo da clandestinidade sete anos depois.

Travessia do Rio Jordão


Olhe só essas imagens abaixo:


Agora me diga: parece ou não parece mais um quadro pintado com tinta guash azul? Mas é só a abertura do Mar Vermel... Digo, do Rio Jordão em A Terra Prometida. Acho que cortaram a verba de criação visual das TVs, porque tá triste de uns tempos pra cá. Teve aquele chroma key vagabundo de Paris no final de Totalmente Demais, a abertura mequetrefe da terra e o envelhecimento tosco dos atores em Os Dez Mandamentos - Nova Temporada e agora isso!

Estreia do Adnight


Volta para o Tá no Ar, Adnet! Essa foi a única coisa que consegui pensar depois de assistir ao Adnight. Enquanto Porchat se manteve dentro das nossas expectativas, Marcelo Adnet desceu ladeira abaixo em um programa que não conseguiu, sequer, mostrar a que veio.

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Acho que o primeiro grande problema foi a ousada escolha do convidado principal, Galvão Bueno, que não tem lá um perfil muito agradável junto ao público. De fato, ele é uma figura mitológica da TV brasileira, então ou Adnet conseguiria quebrar este gelo e apresentar uma nova face de Galvão ou o fracasso do episódio já estaria anunciado. Infelizmente, o que vimos foi um diálogo meticulosamente ensaiado que dava pouca chance para o novato entrevistador.

Talvez, na ansiedade de tentar apresentar algo diferente para evitar a comparação com Jô Soares e até mesmo com Danilo Gentili e seu The Noite, Adnet decidiu deixar o lado "talk-show" de seu programa em segundo plano e apostar numa mistureba televisiva que acabou por ser revelar heterogênea. Quando Adnet decidiu chamar Arnaldo Cezar Coelho, Reginaldo Leme e Daniela Mercury, eu me senti assistindo o extinto Video Game do Video Show. E quando tentou, finalmente, trazer alguma informação nova, o máximo que conseguimos saber sobre Galvão foi que ele perdeu a virgindade com 15 anos e gosta de carne mal passada. Muito interessante...

Não entendi se o programa é um talk-show, um show de humor, um quadro do Fantástico, enfim, foi um emaranhado de informações desconexas que me confundiu. É óbvio que ainda há muito o que ver sobre o que a Globo e o Adnet prepararam para o Adnight, mas não há dúvidas de que esses próximos episódios que virão precisam ser bem diferentes do que vimos na estreia.

Final de Eta Mundo Bom


A reta final da novela das seis ficou marcada pela adoção de um típico clichê das novelas: o sequestro da mocinha (Filomena) com seu filho pelos vilões da trama (Ernesto e Sandra). As cenas do sequestro ficaram marcadas pela inexpressividade de Débora Nascimento e Eriberto Leão, enquanto Flávia Alessandra se destacava. O ponto mais alto foi a perseguição policial contra os vilões, que culminou em um acidente de carro que matou Ernesto. Mas aqui vale dois parênteses: 1 - a batida em si deixou a desejar, com um resultado pra lá de falso; 2 - a forma como o sequestro do filho de Candinho foi desmontado (Celso lembrou do nada que Ernesto tinha família do interior de São Paulo e, só com essa informação, conseguiu capturá-lo). O recurso do personagem esperto é sempre usado, mas na novela às vezes é tanto que eles parecem até telepáticos (vide a detetive Maria e sua extrema esperteza e inteligência).


O penúltimo capítulo se encerrou com o casamento de Mafalda e Romeu, deixando a dúvida se ela iria se casar com o ex-vigarista ou com Zé dos Porcos (uma escolha errada, uma vez que o acidente de Ernesto ou a perseguição policial, apesar de clichê, traria bem mais impacto). Como se já não tivesse ficado mais do que óbvio há meses que o Walcyr Carrasco estava forçando a barra ao máximo para a Mafalda escolher o cegonho do Zé dos Porcos, não é mesmo?

E assim aconteceu, selando o quão mal-desenvolvida foi esse triângulo amoroso, uma vez que todo o sentimento de Romeu não serviu para nada. Mafalda nunca sentiu nada pelo Zé. A história era dela e do Romeu, da transformação dele pela caipira através do amor. Mas, do nada, Mafalda passou a amar o Zé e Romeu voltou a ser o vigarista de sempre (houve até uma traição bem forçada com Sarita). Não convenceu. Em compensação, Camila Queiroz e Anderson de Rizzi fizeram uma linda cena na qual Mafalda, enfim, conheceu o tão falado cegonho.

O desfecho da história de Gerusa e Osório pisou tão fundo no melodrama açucarado que chegou a atacar a minha glicose. Ela morreu de uma doença grave enquanto dançava valsa com o amado e Osório deu à ela uma aliança no caixão e acabou morrendo "de amor" em cima do corpo dela. Bonito, pode acontecer, mas também um tico exagerado, né? Até porque a cena seguinte dos dois dançando uma valsa em outro plano espiritual foi totalmente constrangedora. O autor mirou no momento romântico de Serena e Rafael no final de Alma Gêmea, mas acabou acertando mesmo na igualmente bizarra cena da morte de Nicole em Amor à Vida. Em nada combinou com a proposta da novela (que em momento nenhum apresentou algo espírita).

Em compensação, o momento em que Sandra finalmente vai para a prisão mostrou-se, com larga vantagem, a melhor cena do capítulo. Fichada, a vilã divide uma cela com outras presidiárias e arruma uma briga com elas, sendo levada para a solitária e obrigada a comer uma comida de péssima qualidade. Flávia Alessandra brilhou com o desespero da megera ao se ver sozinha e proporcionou o melhor momento do capítulo final, muito embora a prisão de Sandra lembrasse o final da vilã Judith de Caras e Bocas, que também teve o mesmo fim e acabou na solitária.

As únicas parte que gostei mesmo no final foi o discurso otimista e emocionante de Candinho no casamento e o "FIM" na bunda da Débora Nascimento (exatamente igual à cena final do filme do Candinho, interpretado pelo Mazzaropi e que inspirou a novela). De qualquer forma, como um todo, Eta Mundo Bom sai de cena com um saldo final pra lá de positivo e certamente deixará muitas saudades (até porque as chamadas desanimadoras de Sol Nascente indicam que vem aí um belo de um sonífero). Como disse em minha crítica final sobre a novela (leia AQUI), foi um "arroz com feijão" requentado que deliciamos como um manjar dos deuses. Eta novela boa!

sábado, 27 de agosto de 2016

Eta Mundo Bom foi um "feijão com arroz" requentado que deliciamos como um manjar dos deuses



Existem duas formas de assistir Eta Mundo Bom. Ou você embarcava na total despretensão da novela (deixando de lado os vícios do autor e de parte do elenco) e acabava se divertindo com o universo criado por Walcyr Carrasco ou fincava o pé no perfeccionismo e torcia o nariz para as inúmeras repetições e problemas que a trama apresentou. O público preferiu a primeira opção, afinal, a novela se tornou um fenômeno de audiência e terminou com média geral de 27 pontos na Grande São Paulo (a maior do horário das seis desde 2007, com o fim de O Profeta).

Particularmente, em qualidade, nesse período de 2007 pra cá, ainda prefiro largamente tramas como Sete Vidas, Além do Tempo, Lado a Lado, Cama de GatoA Vida da Gente Cordel Encantado e considero-a a mais fraquinha das tramas das seis escritas pelo Walcyr (Alma Gêmea, Chocolate com Pimenta e O Cravo e a Rosa foram bem superiores). Se eu fizer um "Encontre o erro" em Eta Mundo Bom, não hei de terminar de apontar todos eles tão cedo.

O mais evidente deles é a Filomena (Débora Nascimento), uma das mocinhas mais fracas e insuportáveis da teledramaturgia brasileira, tanto pela má trajetória criada pelo autor, quanto pela má atuação de sua intérprete (leia AQUI). Aliás, o que não faltou em Eta Mundo Bom foram atuações canastronas. São os casos, além da dita cuja, de Eriberto Leão (Ernesto), Rainer Cadete (Celso), Klebber Toledo (Romeu), Flávio Tolezani (Araújo), Giovanna Grigio (Gerusa), Rômulo Neto (Braz), Guilhermina Guinle (Ilde), entre outros. Falei mais detalhadamente sobre os atores e atrizes que mais se destacaram (para o bem e para o mal) na novela bem AQUI.

O texto (didático) do Walcyr também foi outro ponto sofrível. Enquanto os personagens da cidade falavam um português extremamente culto e corretíssimo, com o verbo sempre no infinitivo ("Sandra está a tramar algo!", "Estou a esperá-lo", "Hei de conseguir", etc), os da fazenda falavam todos errado e com um sotaque caipira pra lá de caricato e estereotipado.


Poderia falar também dos núcleos que não foram bem desenvolvidos ou que só serviram para encher linguiça. Como o casal Gerusa e Osório (Arthur Aguiar), que teve inspirações em A Culpa é das Estrelas e foi afetado pela atuação inexpressiva da Giovanna Grigio e pela falta de química entre os dois atores. Se o tema da leucemia era para emocionar, missão realizada sem sucesso. Outro núcleo dispensável era a da madrasta má com o enteado cadeirante. Nada ali fazia sentido: nem o ódio gratuito que Ilde sentia pelo enteado, nem o fato de Cláudio (Xande Valois) nunca revelar ao pai as humilhações que sofria dela. Depois de mais de cem capítulos adormecido em seu jardim secreto, o núcleo só veio ganhar função a partir do momento em que Sandra (Flávia Alessandra) usou Araújo para roubar a fortuna da titiiiiiia. A vingança de Braz contra o pai também demorou demais para, enfim, ter função e ganhar outros desdobramentos. Aquele povo lá da radionovela "Herança de Ódio" também foi dispensável e poderiam serem excluídos sem grandes prejuízos. Aliás, pruma novela que promove uma radionovela de verdade em seu site oficial ("Herança Do Ódio" existiu no Gshow), pouquíssimos personagens de Eta Mundo Bom a ouviram. E o que dizer daquele núcleo da Emma (Maria Zilda Bethlem) e dos "amigos" Tobias (Cleiton Morais) e Lauro (Marcelo Arjenta)? Totalmente desnecessários!

Poderia criticar também a repetitividade e os inúmeros giros dos acontecimentos da trama que foram se desgastando até cansar. Alguns casos: as maldades de Ilde contra Cláudio, as inúmeras tentativas do Romeu em se casar com Mafalda (Camila Queiroz) e comprar a fazenda, as inúmeras tentativas da família de Cunegundes (Elizabeth Savalla) tentando vender a fazenda (que estava em leilão desde o começo da novela), os inúmeros planos mirabolantes da Sandra e do Ernesto tentando dar um golpe em Anastácia (Eliane Giardini), as inúmeras tentativas de fazer o cegonho do Pandolfo (Marco Nanini) voar, os inúmeros disfarces do Pancrácio (Marco Nanini), as centenas de vezes que Gerusa e Osório dançaram valsa, a indecisão de Mafalda sobre qual cegonho escolher (ela só decidiu no último capítulo), os casamentos desfeitos em pleno altar, as guerras de comida, os banhos de chiqueiro, entre outros ciclos viciosos.


Também foi possível identificar milhares de semelhanças em Eta Mundo Bom com outros folhetins do Walcyr. O autor conduziu sua história reutilizando vários elementos conhecidos de suas novelas anteriores da faixa, como a comédia pastelão através das guerras de comida, dos banhos de chiqueiro, casamentos fracassados, núcleo na fazenda com caipiras e bichinhos de estimação e na tentativa de emplacar bordões e expressões à constante repetição (os principais exemplos foram o bordão "Meu nome é CU-negundes!" , dito pela fazendeira quando alguém lhe chamava de "Boca de Fogo", e a expressão cegonho para se referir ao órgão sexual masculino). A Sandra (pelo menos, no início), em muito, lembrou a Cristina de Alma Gêmea (ainda mais porque ambas são loiras e vividas pela Flávia Alessandra); assim como a Mafalda parecia mais uma reedição da Mirna (Fernanda Sousa) de Alma Gêmea (só trocou a pata pela porquinha) e o final de Gerusa e Osório, felizes para sempre "em outra vida", lembrou muito o desfecho de Serena e Rafael (Priscila Fantini e Eduardo Moscóvis) de Alma Gêmea. Já vimos também mulheres encalhadas como a Eponina sonhando em se casar e o Ari Fontoura vivendo um marido submisso em outras tramas do autor. Para alguns, esta ideia se caracteriza uma total falta de ousadia e criatividade, enquanto outros pareceram não se importar com o fato.

Foi como eu disse no início dessa matéria: ou você embarcava na total despretensão da novela (deixando de lado os vícios do autor e de parte do elenco) ou fincava o pé no perfeccionismo e torcia o nariz para as inúmeras repetições e problemas que a trama apresentou. Quem optou pela primeira opção e ligou o "dane-se" para todos esses pontos negativos apontados fartamente anteriormente, acabou se divertindo com o universo criado por Walcyr Carrasco. E, afinal de contas, não é isso que se espera de uma comédia romântica? Fazer rir?


Com sua receita simples, seus personagens queridos, populares e carismáticos (como Candinho, Pancrácio, Anastácia, Pirulito/JP Rufino, Mafalda, Cunegundes, Eponina, Zé dos Porcos e Maria/Bianca Bin) e, principalmente, sua mensagem otimista de que tudo que acontece de ruim na vida da gente é para melhorar (falei sobre isso AQUI), o autor conseguiu um feito admirável e que poucos autores de novelas alcançam com tanta frequência quanto ele: a de unir todas as massas em torno de uma mesma história em um determinado horário.

Em tempos de noticiário carregado de violência e escândalos das mais variadas origens, a trama virou um antídoto eficiente contra a soturna realidade. Eta Mundo Bom nos remeteu aquelas clássicas novelas em que nos tornávamos público cativo, sentadinhos à frente da TV, naquele horário certinho, levantando só para ir ao banheiro na hora do intervalo para não perder nadinha. Mesmo nesses tempos de concorrência acirrada, com outras formas de entretenimento e mil possibilidades de se assistir o que se quer à hora que se deseja (como pelo próprio Globo Play, da emissora), o gostinho de vê-la às 18hrs na TV tinha um sabor mais do que especial. Foi um feijão com arroz requentado que deliciamos como um manjar dos deuses. Eta novela boa!


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

The Oscars Eta Mundo Bom



E os vencedores de Eta Mundo Bom do nosso The Oscars são:

Melhor casal: Pancrácio e Romualdo

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Melhor protagonista de todos os tempos: Candinho

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Pior mocinha de todos os tempos: Filomena

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Melhor núcleo: fazenda


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Figurante de luxo: Maria Zilda Bethlem

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Selo Cigano Igor de Qualidade: 

Melhor caçadora de cegonho: Mafalda



Prêmio "Morreu ou foi pra Record?": Detetive Jack

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Selo formol de qualidade: David Lucas



Casal salada de chuchu sem tempero: Gesório

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Melhor justiceiro: Braz


Melhor detetive: Maria



Troféu "Era melhor ter ido fazer novela
bíblica na Record": povo da rádio-novela

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Selo "Deixa subentendido pra Família Tradicional Brasileira não boicotar": Pancrácio, o transformista dos anos 40

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Selo "Deixa subentendido pra Família Tradicional
Brasileira não boicotar" 2: os "amigos" Lauro e Tobias

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Mistério do ano: por quê o bebe da Maria nunca cresce?!

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Selo "Só entrei na trama por causa das cotas
walcyrcarrasquianas": Ana Lúcia Torre

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Selo "Mãe, tô na Globo": Giovanna Grigio

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Melhor disfarce de Pancrácio: bailarina

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Bonde da Canastrice: 

Celso Ernesto Araújo
Ilde Braz Romeu

Cotas "parente do diretor": Maria Carol

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Melhor atuação: Policarpo


Melhor lição:


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Entre mortos e feridos, quem conseguiu se salvar do texto teatral de Eta Mundo Bom?



Quem acompanha as novelas do Walcyr Carrasco, sabe que o autor não tem um texto fácil e exige que o ator siga à risca o que ele escreve, sem cacos. Seu estilo teatral e empostado na escrita já foi visto em vários trabalhos anteriores e é até condizente com a proposta ora melodramática, ora farsesca de suas novelas das seis, como é o caso de Eta Mundo Bom. Percebam que na trama os personagens da cidade falam um português extremamente culto e corretíssimo, com o verbo sempre no infinitivo ("Sandra está a tramar algo!", "Estou a esperar""Hei de conseguir""Perdoo-te por me traíres", etc), enquanto os personagens da fazenda falam errado e com um sotaque caipira pra lá de caricato e estereotipado.

O problema é que o texto do Walcyr só funciona quando o ator é experiente. Até funciona no teatro, mas na televisão (e no cinema) há de se ter cuidado para não parecer que o ator não acabe resvalando no jogral de escola. Como uma faca de dois gumes, alguns conseguem pronunciá-lo sem perder a naturalidade e brilham em cena, enquanto outros acabam canastrando. Confira os destaques positivos e negativos do elenco da novela:

OS SOBREVIVENTES


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Sérgio Guizé - A alma de Eta Mundo Bom! Poucas vezes se viu um ator honrar o protagonismo de uma novela com tanto brilhantismo como ele, que não ficou devendo em nada ao Mazaroppi (que imortalizou o personagem do filósofo Francês Voltaire nos cinemas e que também inspirou a trama do Walcyr), dando um jeito próprio ao caipira. Nem mesmo o fato do Candinho ter ficado sem sua grande parceira em cena, visto que a Debora Nascimento não conseguiu se firmar como protagonista e par romântico (leia mais abaixo), abalou o sucesso e a credibilidade do personagem. Candinho poderia soar ridículo se mal construído e sua ingenuidade excessiva irritante, mas o domínio do ator foi tanto que a gente não apenas torce pelo Candinho, mas também tem vontade de cuidar dele, de orientá-lo, de abraçá-lo, de tê-lo por perto como amigo.

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Eliane Giardini - Quando uma grande atriz tem o seu talento valorizado, é sucesso na certa. Na pele da destemida Anastácia, a intérprete deu um show do início ao fim. Acabou sendo uma compensação do Walcyr, que não havia a valorizado em Amor A Vida, onde viveu a Ordália. 

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Bianca Bin - Foi a mocinha moral da história! O que seria dos personagens bons de Eta Mundo Bom se não fosse as investigações da Maria, que desconfia até do ar que respira? Praticamente, todos os planos infalíveis da Sandra foram por água abaixo graças a perícia na arte de investigar da personagem. Confesso que até cansou ver tanta desconfiança em uma só personagem, mas a Bianca Bin é tão boa atriz que um papel de coadjuvante era um espaço muito pequeno para o seu talento. O drama de Maria, aliado a excelente atuação da sua intérprete, engoliu a Filó.

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Marco Nanini - Depois de treze anos vivendo o Lineu de A Grande Família, ganhou os gêmeos Pancrácio e Pandolfo e um leque de personagens com os disfarces do Pancrácio durante todo o decorrer da trama. Confesso que, inicialmente, não via futuro naquela trama dos disfarces, que, verdade seja dita, já cansaram a muito tempo de tantas repetições. Até porque temos que saber "voar" muito (como diria Glória Perez) para achar verossímil que um homem velho desses consiga enganar todos os personagens disfarçado de noiva (?) ou bailarina (??). Porém, o Nanini é tão fantástico que a gente acaba perdoando a incoerência e não consegue parar de rir.

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Camila Queiroz e Rosi Campos - Após anos fazendo figuração de luxo em novelas (sua última personagem realmente relevante foi a icônica Mamuska de Da Cor do Pecado, de 2004), Rosi Campos finalmente foi valorizada como merecia em Eta Mundo Bom. A ingênua e engraçada Eponina foi interpretada com maestria por ela e se destacou sempre. Sua dupla com Camila Queiroz na busca em conhecer o "cegonho" também foi perfeita. Camila, aliás, já pode ser considerada uma das maiores revelações da TV dos últimos tempos. Fazer uma personagem marcante e complexa como a Angel de Verdades Secretas e, em tão pouco tempo, logo interpretar outro, não é tarefa fácil. Mas ela tirou de letra esse desafio na pele da ingênua Mafalda e provou que tem a trinca perfeita para uma boa atriz: beleza, talento e versatilidade.


JP Rufino, Nathália Costa e Xande Valois - A dobradinha de JP (como o serelepe Pirulito) com Sérgio Guizé, brilhando de igual para igual com o protagonista da trama, foi um dos pontos fortes de Eta Mundo Bom desde o início. Ele, Nathália (a doce Alice) e Xande (o cadeirante Cláudio) são uns amores e fazem mais do que decorar o texto na ponta da língua: passam naturalidade e emoção. Coisa que muitos adultos dessa novela não conseguiu (leia mais abaixo).


Arthur Aguiar e 
Ana Lúcia Torre - Os dois se saíram bem, mas acabaram sendo prejudicados pela outra ponta desse núcleo, Giovanna Grigio (leia mais abaixo). O casal Gerusa e Osório foi mais insosso que salada de chuchu sem tempero, mas Arthur correspondeu a altura nas cenas que lhe exigiram bastante emoção com o drama da doença da amada. A sorte é que os dois são amparados pela Ana Lúcia Torre (como Camélia), mas ela é grandiosa demais para ficar fazendo escada para ex-Chiquitita e ex-Rebelde, merecia uma personagem mais à sua altura.

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Ary Fontoura (repetiu com sucesso a boa parceria com Elizabeth Savala como o marido covarde, Quinzinho), Miguel Rômulo (Quincas), Jeniffer Nascimento (Dita), Dhu Moraes (Manuela) e Anderson Di Rizzi (que já se especializou em viver tipos meios bobos nas novelas do Walcyr, como o Zé dos Porcos) foram os outros destaques positivos do núcleo caipira.

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Flávio Migliaccio e Suely Franco - Sempre achei Donda Paulina meio sem função em Eta Mundo Bom. Apenas a dona do Dancing, realizava alguns números de música lá, algumas armações... Mas agora ficou ótima na reta final da novela ao se casar com Osias (com quem forma um par bonitinho) e juntar-se ao núcleo da fazenda, nos proporcionando cenas hilárias em parceria com a Savalla (falei disso AQUI). Flávio, mesmo em poucas cenas, sempre conseguiu divertir.

OS RESSUSCITADOS


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Flávia Alessandra - Logo que foi anunciada como a grande vilã da trama e seu visual loiro platinado, pronto, não faltaram vozes para dizer que a Sandra de Eta Mundo Bom seria nada mais que uma cópia da diabólica Cristina de Alma Gêmea (2005), personagem que marcou a carreira da atriz (sua melhor atuação) e que também é do autor Walcyr Carrasco. Inicialmente, Flávia estava muito robótica e parecia mesmo ser uma cópia barata da Cristina, mas, com o tempo, a atriz foi contornando os problemas e logo vimos que a Sandra em nada tem a ver com a Cristina. A personagem tem vida e perfil próprios. Mais sensata do que a Cristina (que era passional ao extremo), a Sandra é má por puro interesse financeiro. E Flávia soube distinguir muito bem as duas vilãs com o decorrer do tempo e se destacou cada vez mais nesta reta final.

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Elizabeth Savala - Outra atriz que foi muito criticada inicialmente por sua atuação muito, mas muito acima do tom (era necessário diminuir o volume da TV quando a Dona Boca de Fogo, digo, Cunegundes entrava em cena). Mas uma atriz do quilate da Elizabeth sabe como poucas driblar críticas e se manter digna a um trabalho. Não deu nem um mês e o tom acima da Cunegundes acabou virando a marca registrada da personagem e lhe deu um charme peculiar, o que lhe transforma em uma das mais queridas da novela, mesmo sendo uma espécie de vilã interesseira. Quem consegue segurar o riso quando ela grita "O meu nome é CU-ne-gun-des"? Eu não.

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Tarcísio Filho e Priscila Fantin - Me lembro que, no início, esse núcleo me dava nos nervos. Tudo bem que existem homens extremamente machistas, mas Walcyr pesou a mão quando criou o Severo. Pelo menos, no início. Conforme ele foi se envolvendo com a Diana e, principalmente, depois do golpe que sofreu do filho, o personagem, enfim, ganhou um pingo de humanidade. E foi aí que o núcleo, depois de tanto andar em círculos, ganhou novos contornos. Tarcísio e Priscila (que estava meio deslocada no Dancing) esbanjaram química. Gostei da Pata e do Pato.

OS MORTOS


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Eriberto Leão - Sandra merecia um comparsa bem mais a sua altura. O Ernesto não passou de uma figuração de luxo perto dela. Muito por culpa da atuação canastrona do seu intérprete, forte candidato ao prêmio de pior ator do ano. Sua sorte é que teve química com a Flávia.

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Klebber Toledo e Juliane Araújo - Não adiantou mostrar o bumbum em pleno horário das seis inúmeras vezes (suas melhores cenas foram essas), porque no quesito atuação ficou devendo. Melhor o Romeu ficar com a Sarita mesmo. Ela também ficou devendo (e muito) nesse quesito.

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Rainer Cadete - De um inescrupuloso cúmplice da irmã Sandra, o amor por Maria transformou Celso em um homem bom e honesto. Pena que, ao contrário da Camila Queiroz (ele também fez Verdades Secretas), Rainer não conseguiu vencer esse desafio de se despir de um papel e viver outro em pouco tempo. Por vezes, parecia que o Visky ia soltar as frangas a qualquer momento na novela. Nem mesmo a química com Bianca Bin conseguiu redimir sua má atuação. 



Flávio Tolezani e Maria Carol - Formam um casal perfeito: o Sr. e a Sra. Inexpressividade!

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Giovanna Grigio - Pense numa garota doente mais inexpressiva da história das novelas.... Gerusa!!! Ô garotinha chata! Se a intenção dessa trama da leucemia dela era emocionar, missão realizada sem sucesso. Além da doença ter sido tratada de forma superficial e desinteressante na trama, a canastrice da Giovanna Grigio pôs tudo a perder. Ela não passa emoção nenhuma em cena. Desse jeito, vai ficar difícil para a ex-Chiquitita firmar carreira na Globo...

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Rômulo Neto e Guilhermina Guinle - Em meio a tantos personagens maniqueístas, Rômulo tinha em mãos um que destoava dos demais (o Braz, um tipo pra lá de ambíguo e controverso), mas não soube corresponder à altura, com expressão, entonação e trejeitos lineares, sem nuances (como bem pedia o personagem). O excesso de botox fez mal para a Guilhermina: está completamente robótica! Não convenceu nenhum pouco como madrasta má. Até o episódio do Chaves em que ele, Quico e Chiquinha visitam a casa da Bruxa do 71 deu mais medo que ela.

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Débora Nascimento - Ao que tudo indica, o prêmio de pior atriz do ano já é dela. Filomena foi uma das piores mocinhas de todos os tempos, extremamente cansativa, chorona, burra e insuportável. O seu sotaque caipira soava extremamente falso, o que só piorou o resultado (o sotaque caipira de Filó sumiu misteriosamente num passe de mágica). Pra piorar de vez, não teve química alguma com Candinho, que só não foi prejudicado pela fraqueza da intérprete de Filó porque Sérgio Guinzé está muitíssimo bem no papel (como já falei anteriormente). Em determinados momentos, ficou esquecida e sem função nenhuma na novela. Não deu outra: foi ofuscada pelo brilho da Bianca Bin e a Maria virou a mocinha oficial da história! Cheguei até a pedir que o mandato de Filomena como mocinha na novela fosse cassado (relembre AQUI).

Concordam com a lista? Faltou mais alguém? Dê sua opinião nos comentários!


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