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sábado, 31 de dezembro de 2016

Os vencedores do Prêmio Eu Critico Tu Criticas 2016



Vocês votaram! Confira agora os vencedores do Prêmio Eu Critico Tu Criticas 2016:


Saídos de Malhação, os autores Rosane Svartman e Paulo Halm estrearam com pé direito no horário das sete. Eu jurava que a vencedora nesse quesito seria Eta Mundo Bom, maior sucesso do ano, mas quem se sagrou como a melhor novela de 2016 foi Totalmente Demais (outro grande sucesso também), com 34% dos votos contra 29% da trama das seis. Pelo visto, o público só quer saber de tramas simples recheada de bons melodramas e bastante humor. Tempos difíceis para as novelas das nove, viu... Velho Chico, por exemplo, só recebeu 13%. As outras finalistas foram Liberdade Liberdade (19%) e Escrava Mãe (6%).


Depois de uma trinca perfeita no horário das seis (Sete Vidas, Além do Tempo e Eta Mundo Bom), eis que chegou Sol Nascente para colocar tudo a perder. Completamente insossa, a trama que serviu como um ótimo antídoto para os telespectadores que sofrem de insônia foi eleita a pior novela do ano, com 44% dos votos, contra 37% de Os Dez Mandamentos - Nova Temporada e 18% da Malhação - Seu Lugar no Mundo.


Sem surpresas, né, gente? Não adianta, o ano foi de Justiça (67%), o maior destaque entre as produções seriadas nacionais. Com sua trama inovadora e original, foi eleita, merecidamente, pelos leitores a melhor série de 2016, contra Ligações Perigosas (14%), Conselho Tutelar (7%), Mister Brau (7%) e Supermax (5%).


Poucas vezes se viu um ator honrar o protagonismo de uma novela com tanto brilhantismo como Sérgio Guizé em Eta Mundo Bom com seu adorável Candinho. O público reconheceu o seu talento e, numa disputa até que acirrada com Domingos Montagner (34%) e Mateus Solano (21%), elegeram Guizé o melhor ator de novela do ano com 40% dos votos. Antonio Fagundes (3%) e Marcelo Serrado (2%) também concorriam.


Fico feliz que a opinião dos leitores tenha batido com a minha. Eleita por esse redator que vos fala a pior atriz do ano na minha retrospectiva das melhores e piores atuações femininas, Débora Nascimento também ganhou o título de pior atriz na votação popular (com 40% dos votos) por sua catastrófica atuação em Eta Mundo Bom como a insuportável Filomena. Giovanna Grigio (21%), Luiza Brunet (20%), Priscila Steinman (13%) e Guilhermina Guinle (6%) também concorriam (e foram tão ruins quanto a vencedora).


Você se lembra qual era o nome do personagem do Conrado Caputo em Haja Coração? Qual a trama dele dentro da história? Duas perguntas, uma resposta: NÃO! A disputa nessa categoria foi bastante acirrada entre Conrado e Lavínia Vlasak (que também esteve em um papel bem aquém do seu talento em Totalmente Demais), mas por uma diferença de 1% quem levou a melhor foi o intérprete do maravilhoso Pepito de Alto Astral, com 29%. Conrado foi do céu ao inferno de uma novela para outra, né? Adriana Birolli (19%), Maria Zilda Bethlem (13%) e David Lucas (11%) também concorriam ao título de figurante de luxo do ano.


Outra categoria acirradíssima. A todo momento, Marco Nanini e Marcos Rica (que tiveram desempenhos impecáveis em, respectivamente, Eta Mundo Bom e Liberdade Liberdade) ultrapassavam um ao outro e assumiam a liderança. Mas, no final, por uma diferença de 2%, quem foi eleito o melhor ator coadjuvante de 2016 foi o intérprete do multifacetado Pancrácio (que ainda teve um irmão gêmeo e vários disfarces), com 38%. Na sequência, vieram Caio Blat (15%), Irandhir Santos (7%) e Ricardo Pereira (4%).


Com uma vitória pra lá de expressiva (62%), Lucy Alves foi eleita a atriz revelação do ano. Cá entre nós, esse resultado também foi fácil de prever, né? Lucy não foi só a atriz revelação do ano, como uma das maiores (senão, a maior) revelações da TV nos últimos anos. Sua interpretação visceral em Velho Chico como a Luzia deu um banho em muita atriz veterana por aí. Amanda de Godoi (13%), Bárbara França (11%), Zezita Matos (6%), Giullia Buscacio (5%) e Mariene de Castro (3%) também concorriam, mas não levaram.


Shirley e Felipe (Sabrina Petraglia e Marcos Pitombo) foram o maior sucesso de Haja Coração, viraram o casal mais adorado e shippado da TV nas redes sociais em 2016 e, com 42% dos votos, foram eleitos o melhor par romântico do ano. Ainda assim, isso, no entanto, não foi suficiente para que a Globo renovasse o contrato com os dois atores. Vai entender... Os casais Stelinha e Maurice (Glória Menezes e Reginaldo Faria) e Beto e Tancinha (João Baldasserine e Mariana Ximenes) ficaram com 18% cada um; Eliza e Jonatas (Marina Ruy Barbosa e Felipe Simas), 13%; e Eliza e Arthur (Marina Ruy Barbosa e Fábio Assunção), 9%.


Pegue o Gabriel de Caras & Bocas, o Quinzé de Fina Estampa e o Bruno de Amor À Vida, compare com o Apolo de Haja Coração e tente achar alguma diferença na atuação do Malvino Salvador ao viver os quatro galãs. O ator entrou num piloto automático e mais parece um pedaço de madeira ambulante em cena. Não deu outra: com 22%, foi eleito o pior ator do ano. E olha que não faltaram "ótimos" concorrentes no quesito ruindade: Felipe Roque (18%), Hélio de La Peña (13%), José Loreto (12%), Junno Andrade (9%), Eriberto Leão (8%), Rômulo Neto (8%), Rainer Cadete (4%), Flávio Tolezani (3%) e Kleber Toledo (3%).


Em uma categoria onde disputou contra outras nove (ótimas) atrizes, Adriana Esteves ganhou de lavada como a melhor atriz de série, minissérie ou seriado com 65% dos votos. Foram elas: Patrícia Pillar (7%), Taís Araújo (6%), Débora Bloch (5%), Marjorie Estiano (5%), Débora Falabella (4%), Leandra Leal (3%), Drica Moraes (3%), Luisa Arraes (1%) e Camila Márdila (1%). Sente só o poder da rainha! A saga da Fátima comoveu todo o público em Justiça e foi a melhor forma da atriz se desvencilhar da icônica Carminha.


Aclamado por trabalhos primorosos como O Canto da Sereia, Amores Roubados, O Rebu e Avenida Brasil, o diretor José Luiz Villamarim soube explorar o melhor dos atores e da cidade de Recife, pano de fundo da série, o que fez Justiça ser eleita a produção televisiva que teve a melhor direção do ano. Foram 48%, contra 21% de Velho Chico, 18% de Liberdade Liberdade, 7% de Escrava Mãe e 6% de Supermax.


Completamente ignorado no Melhores do Ano da Globo, os leitores do Eu Critico Tu Criticas fizeram justiça a Lee Taylor e o elegeram o ator revelação do ano, com 38% dos votos, pela sua atuação irretocável em Velho Chico, onde brilhou de igual para igual com atores consagrados como Antonio Fagundes, Selma Egrei, Christiane Torloni, Marcelo Serrado e Camila Pitanga, como o destemido Martim. Disputavam nessa categoria: Pablo Sanábio (33%), Lucas Veloso (15%), Pedro Carvalho (11%) e Batoré (4%).


Enrique Diaz (22%), Selton Mello (19%), Lázaro Ramos (12%) e Antonio Calloni (7%) bem que tentaram, mas Jesuíta Barbosa foi eleito pelos leitores o melhor ator de série, minissérie ou seriado, com 40% dos votos. Em Justiça, ele deu vida ao possessivo Vicente e, de fato, deu um show de interpretação.


Mais uma vez, a minha vontade bateu com a do público. Eleita a melhor atriz do ano na minha retrospectiva das melhores e piores atuações femininas, os leitores também deram a Selma Egrei (36%) o prêmio de melhor atriz de 2016. Mais do que justo... Justíssimo! Sua atuação como a centenária e rabugenta Encarnação em Velho Chico foi digna de Oscar! Mas as outras atrizes que disputavam também não ficaram por menos: Andreia Horta (24%), Flávia Alessandra (16%), Thaís Fersoza (15%) e Camila Pitanga (10%).


O pessoal dos grupos de discussão e o autor Daniel Ortiz podem até terem amado o casal, mas o povão da internet odiou Apolo e Tancinha (Malvino Salvador e Mariana Ximenes) e o elegeu o pior par romântico do ano, com 43%. Alice e Mário (Giovanna Antonelli e Bruno Gagliasso), Filomena e Candinho (Débora Nascimento e Sérgio Guizé), Maristela e Montanha (Alice Fanju e Toni Garrido) e Leila e Rafael (Carla Salle e Daniel Rocha) também tiveram zero química e levaram, respectivamente, 30%, 10%, 9% e 8% dos votos.


A disputa para ser eleita a melhor atriz coadjuvante do ano teve bastante candidatas: Elizabeth Savalla (21%), Fernanda Vasconcellos (15%), Grace Gianoukas (10%), Míriam Freeland (9%), Rosi Campos (8%), Jussara Freira (3%), Juliana Silveira (3%), Chandelly Braz (2%), Lidi Lisboa (2%)... Mas quem levou a melhor foi Nathália Dill (28%) pela adoravelmente louca Branca em Liberdade Liberdade.


Carol Castro foi eleita (com 34% dos votos) a melhor participação especial feminina nas novelas em 2016 por sua atuação nas primeiras fases de Velho Chico, onde viveu (e deixou saudades como) Iolanda; contra 28% da Cristina Pereira, 18% da Fabiula Nascimento, 10% da Júlia Dallavia e 9% da Cyria Coentro.


Rodrigo Santoro fez muito bem seu trabalho de nos mostrar todo o conflito interno do personagem nas primeiras fases de Velho Chico, com um Coronel Afrânio complicado, dúbio, meio soturno e atormentado, sendo eleito com 51% dos votos dos leitores a melhor participação especial masculina nas novelas em 2016; contra 16% do Chico Diaz, 14% do Renato Góes, 12% do Rodrigo Lombardi e 8% do Júlio Machado.


Confesso que criei essa categoria somente para poder premiar a Ana Paula, pois tinha certeza absoluta que ela ia levar. E levou! Por sua participação colossal no BBB16, Ana, a louca, aquela que desceu para essa terra para ser protagonista de tudo que se propõe a fazer e foi o maior destaque do reality como a tempos não se via, foi eleita a melhor participante de reality show do ano com 69% dos votos. Olha elaaaaa! Gretchen (18%), Laura Keller (9%) e Carlos (4%), os três do Power Couple Brasil, ficaram comendo poeira.


Quem não chorou e se encantou por aquelas fofuras que passaram pelo The Voice Kids que atire a primeira pedra. Com tanto talento junto, ficou difícil eleger o mais fofo. E em meio a ótimos programas como MasterChef (14%), Amor & Sexo (14%), Nova Escolinha (13%), Tamanho Família (12%), Tá no Ar (12%), The Noite (7%), Power Couple Brasil (5%), Zorra (3%) e Programa do Porchat (3%), The Voice Kids (17%) foi eleito o melhor programa de TV em 2016, numa disputa apertadíssima (vide a qualidade dos demais).


A proposta estética de Liberdade Liberdade, ao mostrar um Brasil imperial realista e sem glamour, combinou perfeitamente com a novela, que mostrou a realidade nua e crua, com cenas pra lá de chocantes e nada sutis. Por causa disso, os leitores deram à trama o título de melhor figurino e maquiagem do ano, com 32%; contra 23% de Ligações Perigosas, 20% de Velho Chico, 17% de Eta Mundo Bom e 8% de Supermax.


Larissa Manoela liderava, nas primeiras semanas, isoladamente na enquete como a melhor atriz infanto-juvenil do ano, mas numa virada digna da nossa atual crise política, Giovanna Rispoli (a ótima Jojô de Totalmente Demais) assumiu a liderança e venceu por 26% contra 20% da eterna Maria Joaquina. Gabriel Palhares (16%), Tobias Carriere (15%), JP Rufino (15%) e Xande Valois (7%) também estavam na disputa.


Toda vez que tocava Hallelujah, na voz do Rufus Wainwright, em Justiça, a gente era destruído psicologicamente pela série. É uma canção que possui uma carga dramática muito intensa, o que combinou perfeitamente com todos os momentos tristes e emocionantes de Justiça. Foi eleita a melhor música-tema do ano com 51%, contra 17% de O Sanfoneiro só Tocava Isso (da banda Suricato; tema de abertura de Eta Mundo Bom), 12% de Mortal Loucura (na voz de Maria Bethânia; do casal Tereza e Santo em Velho Chico) e de Pedaço de Mim (tema de Elisa em Justiça; na voz de Chico Buarque e Zizi Possi) e 8% de Como Vai Voce? (cantada por Bruno & Marrone como tema do casal Juliana e Miguel em Escrava Mãe).


Tivemos tanta porcaria esse ano que, por uma diferença de apenas 1%, Fofocando (programa de fofocas do SBT que causa indigestão pelos comentários da Mara Maravilha e pelo formato engessado e que já mudou de horário trocentas vezes pela baixa audiência) ganhou como o pior programa de TV do ano. E olha que os outros indicados foram páreo duro: João Kleber Show (18%), Adnight (17%), Panico na Band (12%), X-Factor Brasil (9%), Sensacional (8%), Gugu (7%), Encrenca (4%), Superpop (3%) e Sabadão (2%).


A Lei do Amor só está no ar há quase três meses, mas foi o suficiente para que Letícia (Isabella Santonni) ganhasse o ódio mortal dos telespectadores e já entrasse para a lista das filhas mais chatas da história da teledramaturgia nacional. Mimada e imatura, a personagem parece ser um misto de outras filhas pentelhas das Helenas do Manoel Carlos, como a Camila de Laços de Família. O Apolo de Haja Coração (21%), a Filó de Eta Mundo Bom (10%), o Mário de Sol Nascente (9%) e a Joana da Malhação - Seu Lugar no Mundo (7%) bem que irritaram também, mas não teve pra ninguém: com 52%, Letícia foi a chatonilda do ano!


Em Liberdade Liberdade, Mateus Solano foi para um caminho totalmente diferente da bicha má do Félix, de Amor à Vida. Na pele do poderoso e cruel intendente de Vila Rica, Rubião, ele exalou uma maldade sem nenhum arrependimento e foi eleito o maior vilão do ano, com 33% dos votos. A Maria Isabel de Escrava Mãe, a Bruna de Haja Coração, a Sandra de Eta Mundo Bom, a Branca de Liberdade Liberdade e a Bárbara da Malhação - Pro Dia Nascer Feliz receberam, respectivamente, 17%, 17%, 15%, 11% e 8% cada.


Chefe é chefe, né pai? Por mais que Márcio Garcia (35%) tenha se destacado no Tamanho Família, ainda tá pra nascer alguém que vai conseguir desbancar a lenda, o mito, o rei Silvio Santos (37%), o melhor apresentador de TV não só do ano, mas da história da TV brasileira. Aliás, a partir do ano que vem, Silvio não vai mais concorrer e a categoria levará o nome dele. Silvio é hors concours, está acima de todos os outros. Danilo Gentilli (11%), Fábio Porchat (9%) e Rodrigo Faro (8%) também disputavam.


Contratada para substituir (a maravilhosa) Monica Iozzi, Maíra Charken foi um desastre no Vídeo Show. Rejeitada pela total falta de carisma e por tentar ficar imitando (sem sucesso) a Monica, foi eleita, com 28%, a pior apresentadora de TV do ano. E olha que apresentadora ruim não faltou: Daniela Albuquerque (23%), Silvia Abravanel (20%), Ana Furtado (18%), Luciana Gimenez (6%), Fernanda Paes Leme (5%)...


Quando Ana Paula chamou as atenções para o comportamento assediador de Laércio dentro do BBB16, muita gente chamou ela de louca. Eis que, meses após o fim do reality, Laércio foi preso por estupro de vulnerável e tráfico de drogas (relembre o caso AQUI). Será que Daniel, Adélia e toda a "turminha do bem" já foi na cadeia visitar e meditar com o amigo "tarado do bem"? O fato é que Ana sempre esteve certa e os leitores deram a Laércio (que teve uma participação bem desagradável na casa, diga-se de passagem) o prêmio de pior participante de reality show, com 44%. Do BBB16, também concorriam Cacau (19%) e Mateus (9%); do Power Couple BrasilSimony (16%); e do MasterChef ProfissionaisJoão (12%).



Dudu Camargo no comando do jornalístico Primeiro Impacto (22%), João Kleber fazendo performance da Beyoncé no João Kleber Show (15%), Daniela Mercury como jurada do Superstar (13%) e Sonia Abrão assustada abandonando o A Tarde É Sua ao vivo (13%) causaram muita vergonha alheia, mas, sem dúvidas, o mico do ano na TV foi a Glória Pires comentando o Oscar 2016 na transmissão da Globo (37%). Tal como a sua Beatriz em Babilônia, Glória não estava nem um pouco disposta na cerimônia, com comentários do tipo "Gostei", "Não gostei""Bacana""Médio""Não sei""Não assisti" e "Não sou capaz de opinar".


Marcelo Adnet (21%) foi ruim no comando do Adnight? Sim, foi. Geraldo Luís (30%), sensacionalista de carteira, é chato no Domingo Show? Sim, é. Mas ninguém consegue superar o João Kleber (49%) em grau de ruindade, sensacionalismo e chatice. Imbatível! E bicampeão nessa categoria aqui no prêmio!


Dona da risada mais engraçada e esquisita da TV brasileira, Eliana (34%) foi eleita a melhor apresentadora de TV do ano, desbancando Fátima Bernardes (30%), Fernanda Lima (23%) e Mariana Godoy (13%).


Gugu já provou que é capaz de tudo, ABSOLUTAMENTE TUDO, por audiência. Lembram da farsa do PCC (quando ainda estava no Domingo Legal, no SBT) e das entrevistas com assassinos condenados (Suzana Von Richthofen e goleiro Bruno) como se fossem celebridades? Esse ano, ele achou super de boa abrir o túmulo da Dercy Gonçalves para saber se ela foi sepultada em pé ou deitada. O mau gosto do ano, eleito com 36%; contra 23% das declarações preconceituosas e ofensivas de Mara Maravilha no Fofocando, 18% da declaração homofóbica de Patrícia Abravanel durante o Jogo dos Pontinhos no Programa Silvio Santos, 13% da "pegadinha" sobre simulação de suicídio no Pânico na Band e 11% das grosserias de William Waack com Anitta e Cristiane Dias durante cobertura das Olimpíadas no Jornal da Globo.


O cuidado e o esmero da novela do ano passado contrastaram com o ar amador desta continuidade. Os Dez Mandamentos colocou atores e atrizes envelhecidos artificialmente. Até tentaram apostar na interpretação, mas as barbas e cabelos postiços a base de talco criaram um ruído perturbador no vídeo. A maquiagem de envelhecimento virou piada nas redes sociais e foi eleita pelos leitores a vergonha alheia do ano na dramaturgia, com 28%. O japonês de araque (Luís Melo) em Sol Nascente, aquele chorme key furreca de Eliza e Jonatas em Paris no final de Totalmente DemaisGerusa e Osório dançando valsa no céu em Eta Mundo Bom, a discrepância do elenco entre as trocas de fases em A Lei do Amor e as dancinhas dos frentistas do posto de gasolina de Salete receberam, respectivamente, 24%, 18%, 13%, 11% e 6%.


E finalmente chegamos a última categoria. Confesso que eu fiquei dividido nessa categoria. Também, pudera, foram oito grandes sequências que impactaram o público e entraram para a história. Mas quem levou a melhor foi o casamento de Tereza e Santo no último capítulo de Velho Chico, com 24%. Claro que todo o tom emotivo da cena ficou ainda mais intenso com a trágica morte do ator Domingos Montagner, afogado no rio que dá nome à novela, mas foi de uma rara beleza na televisão brasileira, seja pelo texto inspirado, as ótimas atuações e pela direção impecável, com uma câmera subjetiva para substituir o Domingos e até uma chuva poética dentro da igreja. De Velho Chico, também concorriam a despedida de Afrânio e o filho Martim (8%), a cena em que Encarnação se joga no rio São Francisco para morrer (10%) e o duelo interno entre Afrânio e Saruê (5%); de Justiça, o assassinato de Isabela por Vicente na frente de Elisa após traição (17%) e o reencontro de Fátima com o filho Jesus (16%); de A Regra do Jogo, a morte de Romero no último capítulo (10%); e de Liberdade Liberdade, a morte de André na forca (11%).


Relembre os vencedores do Prêmio Eu Critico Tu Criticas 2015 AQUI.


Essa é a última matéria do ano. Quero agradecer aos 7.851 votos que a premiação recebeu e que as luzes do ano novo brilhem e traguem a todos vocês que acompanham o Eu Critico Tu Criticas, seja aqui no blog ou no facebook, um 2017 de muitas realizações, paz, amor, saúde, sucesso, prosperidade e (claro!) dinheiro no bolso. E que o ano que vem seja bem mais iluminado e nos traga mais material para rir, se emocionar, elogiar ou criticar as tramas e programas da nossa TV. Valeu, pessoal!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

As Melhores e Piores Atrizes em 2016



Chega o final do ano e vem aquele tempo gostoso em que a gente faz uma retrospectiva de tudo o que passou e promete voltar para academia, parar de ser trouxa e tantas outras promessas que não vamos conseguir cumprir. Pensando nisso, a partir de hoje, começa aqui no blog as matérias de retrospectiva onde listarei o que amei e o que odiei no ano na nossa TV, começando pelas atuações femininas. Confira!

   AS MELHORES ATRIZES NA TV EM 2016   



20º lugar: Miriam Freeland — A Terra Prometida ousou e acertou ao trazer para o centro de uma história bíblica uma prostituta, Raabe, que roubou a cena e virou o grande destaque. A personagem é forte, tem o melhor enredo e virou a mocinha moral da história (já que Aruna/Thaís Melchior é insossa demais).

19º lugar: Marina Ruy Barbosa — A história da menina pobre que sobe na vida não é novidade alguma, mas foi exatamente nesse mote batido e, principalmente, na atuação segura de Marina (que é, sem dúvidas, uma das melhores atrizes jovens da nova geração) que Totalmente Demais teve o seu trunfo maior. Além da Elisa, a atriz ainda fez uma participação (pra lá de visceral) como Isabela na série Justiça.

18º lugar: Grace Gianoukas — Figura rara nas novelas e na própria televisão, pois sempre se dedicou mais ao teatro, e dona de uma interpretação bastante peculiar e exagerada, Grace se destacou do início ao fim em Haja Coração e protagonizou os momentos mais hilários da trama na pele da arrogante Teodora.

17º lugar: Carol Castro — Carol pareceu de um jeito surpreendente em Velho Chico. Diferente de tudo que já fez, ela não só esbanjou boa forma em cenas de nudez e interpretou com bastante emoção Iolanda na primeira fase da trama, como cantou e encantou Afrânio (Rodrigo Santoro) e todo o público.

16º lugar: Fernanda Vasconcellos — Apesar das incoerências e do fraco desenvolvimento do roteiro que envolvia o triângulo Camila-Giovanni-Bruna em Haja Coração, à medida que ia crescendo na trama, Fernanda impressionou pela versatilidade vivendo uma vilã psicopata após várias mocinhas seguidas.


15º lugar: Andreia Horta — Apesar de ter sido prejudicada pela trajetória irregular da sua personagem, a Rosa/Joaquina, Andreia honrou com maestria o protagonismo de Liberdade Liberdade, esbanjando química com Bruno Ferrari e protagonizando ótimas cenas com Lília Cabral e Mateus Solano.

14º lugar: Fabiula Nascimento — Com uma interpretação grandiosa como a forte Eulália, foi um dos maiores destaques da primeira fase de Velho Chico. Emoção pura a cada cena, a cada fala, a cada olhar.

13º lugar: Elizabeth Savala — Ela foi muito criticada inicialmente pelo excesso de exagero, mas uma atriz do quilate da Elizabeth sabe como poucas driblar críticas e se manter digna a um trabalho. Não deu nem um mês e o tom acima da Cunegundes acabou virando a marca registrada da personagem e lhe deu um charme peculiar, o que lhe transformou num dos tipos mais queridos de Eta Mundo Bom, mesmo sendo uma espécie de vilã interesseira. Hilário os momentos em que ela gritava "O meu nome é CU-ne-gun-des".

12º lugar: Camila Pitanga — A vida da atriz não foi nada fácil em 2015. Protagonista da horrenda Babilônia, a atriz foi rejeitada (com razão) por causa da Regina (que ganhou, inclusive, a categoria de "Chatonilda do Ano" na nossa premiação anual). Com Maria Tereza, de Velho Chico, porém, a atriz fez as pazes com o público e deu a volta por cima, protagonizando momentos de enorme carga dramática.

11º lugar: Bruna Marquezine — Dando vida à Beatriz, uma dançarina de boate alçada à fama como estrela de telenovela, em Nada Será Como Antes, Bruna esbanjou sensualidade, mas, principalmente, talento, mostrando uma grande evolução na carreira e maturidade ao optar pela sutileza em cena, ao invés de muitos tons acima. Assim como Marina, também é uma das melhores atrizes da nova geração.


10º lugar: Deborah Evelyn — Ela entrou em A Regra do Jogo no finalzinho de dezembro de 2015 e roubou as atenções para si por sua eficiência com uma personagem cheia de dramas e segredos. Deborah só protagonizou sequências difíceis e densas. Não houve cena alguma mais ou menos. Toda vez em que Kiki surgia, mudava os rumos da novela. Não é a toa que a própria Deborah confessou que esse era seu papel mais difícil que já interpretou na TV. E foi. Me arrisco a dizer que é o melhor da sua carreira.

09º lugar: Thaís Fersoza — Deliciosamente diabólica no papel da vilã-mor de Escrava Mãe e com um tom frio e debochado, Thaís exorcizou de vez a fama de boa moça vivendo a terrível Maria Isabel.

08º lugar: Patrícia Pillar — Patrícia é uma das melhores atrizes do país e tem um domínio cênico invejável. Isabel, sedutora e cruel mulher de Ligações Perigosas que tinha o prazer em enganar e manipular as pessoas, foi a sua quarta vilã seguida e, por mais incrível que possa parecer, ela conseguiu diferenciá-la das três anteriores que viveu (a psicopata Flora, em A Favorita, sua personagem mais marcante; seguida da arrogante Constância de Lado A Lado e da fria Angela Mahler de O Rebu). Trabalho impecável!

07º lugar: Marjorie Estiano — A autora Manuela Dias contou com o talento de Marjorie esse ano em duas ocasiões: quando lhe deu a religiosa Mariana na microssérie Ligações Perigosas e depois em Justiça, onde viveu Beatriz, uma bailarina que fica paraplégica e prefere a eutanásia. Ambas as personagens foram bem fortes e dramáticas e Marjorie impactou pelo realismo de sua interpretação nos dois momentos.

06º lugar: Leandra Leal — A atriz se apropriou da cafetina Kellen (um verdadeiro furacão em forma de mulher) de forma impressionante e, inclusive, das expressões pernambucanas, soando como uma recifense nata, sem exageros e caricatura. Leandra merecia uma Kellen faz tempo. Estigmatizada por quase sempre viver aquelas mocinhas choronas politicamente corretas, sua personagem em Justiça foi um divisor de águas na carreira de Leandra Leal, conseguindo ser má, divertida e sexy, tudo ao mesmo tempo.


05º lugar: Nathalia Dill — Nathalia brilhou absoluta como a vilã Branca, que, em meio ao clima soturno e violento de Liberdade Liberdade, foi responsável pelos momentos mais cômicos (ou tragicômicos). A atriz apostou num sotaque mineiro carregado que acabou divertindo e deu o tom perfeito para a exagerada e voluntariosa vilã, cuja loucura e impropérios foram sendo explorados gradativamente.

04º lugar: Débora Bloch — Protagonista da história mais pesada e impactante da série Justiça, Débora Bloch desempenhou brilhantemente bem todo o dilema moral de sua Elisa. Como pode a mãe se envolver com o assassino da filha? Essa pergunta foi proferida com um tom de indignação por qualquer telespectador; porém, a atriz é tão talentosa que conseguiu dar credibilidade a esse controverso sentimento e sua obsessão em vingar a filha, Isabela (Marina Ruy Barbosa), morta por Vicente (Jesuíta Barbosa). Toda essa história foi muito bem estruturada por Manuela Dias e Débora conseguiu aproveitar todas as oportunidades desse rico enredo para brilhar, em um grau de entrega impressionante.

03º lugar: Adriana Esteves — A saga de Fátima, a humilde empregada doméstica pernambucana que foi presa injustamente por sete anos e só queria reerguer sua vida ao lado dos filhos, comoveu os telespectadores que assistiram Justiça sem precisar necessariamente do famigerado tema "Hallelujah" e foi, sem dúvidas, a melhor história da trama. Principalmente, porque Fátima fez justiça ao talento de Adriana Esteves. Um papel digno de quem conquistou todo o público com a maldosa, porém, querida Carminha, de Avenida Brasil; e a melhor forma de fazer a atriz se desvencilhar da grande vilã com uma mocinha convincente que despertou a torcida do público, algo raro para as heroínas de hoje em dia.

02º lugar: Lucy Alves — É pouco comum ver atores estreantes em novelas com um papel de destaque, principalmente aqueles capazes de movimentar a história como um todo. Lucy Alves fugiu à regra e, mesmo com um papel difícil, driblou todas as desconfianças e conseguiu ser melhor do que muita atriz veterena em Velho Chico por sua interpretação visceral da, não menos visceral, Luzia. Ora louca, ora passional, nos acostumamos a amar a Luzia e até perdoar algumas maldadezinhas que ela fez no decorrer da novela. Dona de frases de efeito e bordões, como as expressões "catraia" e "cutruvia", que caíram na boca do povo, dispensou caras e bocas e atuou com naturalidade. Maior revelação da TV dos últimos anos, Lucy é um grande talento que a Globo descobriu, lapidou e certamente saberá usar em produções futuras.

01º lugar: Selma Egrei — Presente em todas as fases da trama, a personagem de Selma tinha tudo para virar uma espécie de caricatura, uma bruxa rancorosa de desenho animado. Entretanto, a atuação impecável da atriz e o excelente texto fizeram da centenária Encarnação uma das personagens mais interessantes, complexas e cativantes de Velho Chico. Fico imaginando o que seria da novela sem os seus tremiliques e suas frases de efeitos. Claro que a Encarnação teve toda aquela perfeita e pesada maquiagem de envelhecimento que ajudou na construção da centenária, mas sem o talento da Selma Egrei, de nada adiantaria, conseguindo imprimir em sua personagem todo o rancor e firmeza que ela precisava, ao mesmo tempo garantindo que ela esboçasse muita humanidade. É digna de Oscar! Ou de Emmy (#FicaADica)...

Menções Honrosas: Lilia Cabral (Liberdade Liberdade), Giullia Buscacio (Velho Chico), Zezita Matos (Velho Chico), Mariene de Castro (Velho Chico), Luci Pereira (Velho Chico), Julia Dalavia (Velho Chico e Justiça), Cyria Coentro (Velho Chico), Juliana Paes (Totalmente Demais), Viviane Pasmanter (Totalmente Demais), Juliana Paiva (Totalmente Demais), Giovanna Rispoli (Totalmente Demais), Sabrina Petraglia (Haja Coração), Chandelly Braz (Haja Coração), Ellen Roche (Haja Coração), Cristina Pereira (Haja Coração), Flávia Alessandra (Eta Mundo Bom), Camila Queiroz (Eta Mundo Bom), Eliane Giardini (Eta Mundo Bom), Bianca Bin (Eta Mundo Bom), Rosi Campos (Eta Mundo Bom), Amanda de Godoi Bárbara França (Malhação - Pro Dia Nascer Feliz), Larissa Manoela (Cúmplices de um Resgate), Lidi Lisboa (Escrava Mãe), Jussara Freire (Escrava Mãe), Juliana Silveira (A Terra Prometida), Camila Márdila (Justiça), Luisa Arraes (Justiça), Cássia Kis e Débora Falabella (Nada Será Como Antes), Jéssica Ellen (Justiça), Drica Moraes (Justiça) e Taís Araújo (Mister Brau).

      AS PIORES ATRIZES NA TV EM 2016      



05º lugar: Priscila Steinman — Foi muito bizarro a volta da Sofia à trama de Totalmente Demais. A novela, que tinha um estilo leve de conto de fadas moderno, acabou descaracterizada com a volta da personagem e a revelação de que ela era uma psicopata incontrolável. Se a atriz que a interpretou ainda fosse boa, seria mais fácil de digerir, mas nem isso aconteceu. Nos instantes em que a vilã dissimulava ser bondosa e desmemoriada para a família, por exemplo, Priscila atingia doses altíssimas de canastrice.

04º lugar: Daniela Escobar — A Garota da Moto, apesar da boa iniciativa do SBT em sair da mesmice e investir em novos conteúdos, foi uma série difícil de engolir. E um dos principais motivos foi a atuação de Daniela, cuja vilã Bernarda, de tão maniqueísta, parecia saída de uma novela mexicana ruim dos anos 80. Esqueci de colocá-la para votação como "Pior Atriz" na nossa premiação, então aqui fica o registro.

03º lugar: Giovanna Grigio — Saindo de Chiquititas, onde fez sucesso com a protagonista Mili, e caindo direto numa novela global em um papel relativamente importante, a jovem e inexperiente atriz não fez jus à sorte grande que teve e foi infeliz na interpretação de Gerusa, garota doente mais inexpressiva das novelas, em Eta Mundo Bom. Uma pena que o Walcyr só decidiu matá-la perto de acabar a novela.

02º lugar: Luiza Brunet — Em sua participação especial em Velho Chico como Madá, dona de um bordel, Luiza apareceu com uma peruca bem da esquisita que mirou na Marilyn Monroe, mas acertou em cheio na drag queen Salete Campari. A questão maior, porém, foi o sotaque nordestino que Luiza teve de fazer. Estava totalmente estranho, forçado e com uma entonação que, por vezes, lembrava a voz de uma criança. Bizarro. Agora entendo porque sua carreira como atriz nunca decolou: ela não nasceu para isso!

01º lugar: Débora Nascimento — Além do sotaque interiorano artificial demais (que acabou sumindo), Filomena (que já pode ser considerada uma das piores mocinhas de todos os tempos) era extremamente cansativa e insuportável. Pra piorar, não teve química alguma com Candinho, que só não foi prejudicado pela fraqueza da intérprete de Filó porque Sérgio Guinzé estava muitíssimo bem no papel. Em certos momentos, ficou esquecida e sem função alguma em Eta Mundo Bom. Não deu outra: foi ofuscada pelo brilho da Bianca Bin e a Maria acabou virando a mocinha oficial da história! Débora não aguentou o rojão de ser protagonista e ainda precisa se esforçar muito antes de protagonizar uma próxima trama.

Menções Nada Honrosas: Adriana Birolli (Totalmente Demais), Guilhermina Guinle (Eta Mundo Bom), Yara Charry (Velho Chico), Maria Pinna (Cúmplices de Resgate) e Carol Nakamura (Sol Nascente).


Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse humilde redator que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

"Nada Será Como Antes" e "Supermax": duas promessas, duas decepções



Deve ser a primeira vez que isso aconteceu: não há comédias dentre as produções de séries em exibição na Globo. Até semana passada, haviam dois produtos do gênero em cartaz, todos nas noites de terça-feira: Nada Será Como Antes, um drama, e Supermax, de terror/suspense. Duas boas experimentações na grade da emissora para sair da mesmice que estrearam repletas de expectativa. A primeira, porque iria suceder a ótima minissérie Justiça, sucesso de público e de crítica; e a segunda porque seria a primeira empreitada da Globo no universo do terror. Porém, infelizmente, ambas se revelaram duas grandes decepções.

Nada Será Como Antes tinha como ponto de partida abordar uma visão ficcional do início da televisão no Brasil. Os bastidores da TV seriam um prato cheio para um produto de alta qualidade. E foi isso que se viu nos episódios iniciais. Ao mostrar o início da televisão no Brasil por meio da fictícia TV Guanabara, a série mostrou também a telenovela como um produto que arrebata o público e se torna uma paixão nacional. Neste contexto, o drama água-com-açúcar vivido por Saulo e Verônica se confundiu com o mais básico folhetim e a série assumiu-se como uma grande homenagem ao seu próprio veículo; além de ter brincado com os estereótipos típicos do gênero (a atriz veterana que tem ataques de estrelismo, a gostosona que faz teste do sofá e só consegue um papel na novela porque namora o patrocinador, o galã gay enrustido que cria namoro de mentirinha com mulher só para disfarçar, a pressão por audiência nos bastidores, etc).

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Porém, relegando toda a história do início da televisão no Brasil como mero pano de fundo, a série acabou se transformando em um drama amoroso qualquer. Os conflitos dos personagens ofuscaram o contexto histórico, fazendo com que Nada Será Como Antes perdesse o sentido de existir. Apesar da produção caprichada, ótima direção e do elenco afinado, com destaque para Murilo Benício, Daniel de Oliveira, Bruna Marquezine, Letícia Colin, Cássia Kiss, Osmar Prado, Jesuíta Barbosa e especialmente Debora Falabella, a história se mostrou cansativa e desinteressante. A série só conseguiu alguma repercussão com a exibição de duas cenas de sexo da personagem de Bruna. Mas nem isso foi suficiente para atrair o público. Outro erro que prejudicou o andamento da série foi a exibição semanal, quebrando consideravelmente o ritmo da história. Funcionaria melhor se ela tivesse sido apresentada diariamente, como uma minissérie.

Supermax partiu com uma premissa das mais interessantes: confinados num presídio de segurança máxima para participarem de um reality show, 12 pessoas acabam abandonadas no local, onde coisas estranhas e sobrenaturais começam a acontecer. Misturando as mais variadas referências em seriados e filmes internacionais, Supermax atirou em todas as direções... E acabou não acertando ninguém!

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De cara, a linguagem do reality e a presença de Pedro Bial jogaram sobre a trama um inconveniente ar de paródia do BBB. Já na segunda semana, porém, todos que viram em Supermax um programa interessante sobre um reality show macabro, são frustrados quando as já poucas características de um programa do tipo são abandonas para darem lugar ao terror e ao horror (gêneros que se mantém mais presentes durante o curso da temporada). A direção tomou a decisão de dar informações gradativamente sobre os personagens em doses extremamente homeopáticas. O texto duvidoso (que apelou para todos os maiores clichês textuais do gênero), a falta de aprofundamento nos personagens (cujas histórias foram tão mal exploradas que não dava para se gerar empatia por eles), o excesso de referências mal situadas, o abandono de premissas e a canastrice de grande parte do elenco foram fundamentais para o desinteresse do público.

Além disso, a distribuição da ação e da divagação geraram uma sensação de tédio. A grande virada que a trama sofreu foi somente no episódio 10 (explodindo nos dois últimos com toda a história do Baal), o que acabou salvando a série de muitos dos problemas que ela apresentou no decorrer de sua trajetória. Mas já era tarde demais. A ousadia e pioneirismo de Supermax, infelizmente, não foram recompensados como se esperava. Foi, sem dúvida, uma grande ideia, perdida nos equívocos gerados por uma grande euforia.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

As justiças, injustiças, vencedores e esquecidos do Melhores do Ano



Final de ano, amigo secreto, chefe tentando bancar o amigão e muito, mas muito constrangimento. Tudo isso marca o final de ano do brasileiro, não é mesmo? Claro que não, pois falta incluir a tradicionalíssima vinheta de fim de ano da Globo, especial de natal do Roberto Carlos e, claro, a premiação dos Melhores do Ano no Domingão do Faustão. Ok que o prêmio só é o mais importante da TV brasileira na cabeça do Faustão e nada mais é que uma grande festa da firma que só premia os melhores da emissora, mas vamos ver quem ganhou o quê e o que esse redator achou do prêmio realizado ontem (18)? Claro que sim!

CATEGORIA: Melhor Comédia
QUEM MERECIA: Dani Calabresa ou Welder Rodrigues
QUEM VENCEU: Dani Calabresa
O QUE ACHEI: Não foi dessa vez que o Marcelo Adnet conseguiu ganhar o prêmio desde que saiu da MTV e foi pra Globo… Mas não desista! Tente fazer um programa que seja o completo oposto do Dentista Mascarado e do Adnight (ou seja, realmente divertido), valeu! Embora Welder Rodrigues no Jardim Urgente do Tá no Ar seja fantástico, merecida a vitória da Dani. Sua Catifunda na Escolinha é hilária. Sem falar também que pra aguentar todos os chifres do maridão esse ano, tem que lucrar com alguma coisa, né?

CATEGORIA: Melhor Ator/Atriz Mirim
QUEM MERECIA: JP ou Gabriel Palhares
QUEM VENCEU: JP Rufino (Pirulito de Eta Mundo Bom)
O QUE ACHEI: Mel Maia só fez DOIS capítulos de Liberdade Liberdade e foi indicada? Tá, né... Enquanto isso, Giovanna Rispoli (a ótima Jojô de Totalmente Demais) e Tobias (que protagonizou cenas emocionantes com a Rainha Adriana Esteves em Justiça) nem foram indicados.





CATEGORIA: Melhor Cantor
QUEM MERECIA: Wesley Safadão (embora não curta muito, o ano foi dele)
QUEM VENCEU: Luan Santana (de novo!)
O QUE ACHEI: Sabe quando o Luan Santana vai deixar de ganhar o prêmio? Quando ele não for indicado! Por mim, deveriam criar uma categoria só pra ele e outra pra premiar os outros cantores.

CATEGORIA: Ator Revelação
QUEM MERECIA: João Baldasserini (apesar dele já não ser mais revelação coisa nenhuma)
QUEM VENCEU: Lucas Lucco (pelo Uódson da Malhação)
O QUE ACHEI: Lucas Lucco esperto. Saiu da categoria Melhor Cantor porque sabe que o Luan sempre vence e foi pras categorias de novela pra ver se consegue algum prêmio. De qualquer forma, chega a ser uma piada a vitória dele ao invés do João Baldasserini ou do Lucas Veloso. Mas piada ainda que não tenham nem indicado o Lee Taylor pelo trabalho incrível que fez em Velho Chico.
CATEGORIA: Jornalismo
QUEM MERECIA: Roberto Cabrini... Ops, esqueci que ele não é da panelinha global.
QUEM VENCEU: Sandra Annenberg
O QUE ACHEI: Tem como não amar a Sandra? Não, não tem! Ponto.











CATEGORIA: Atriz revelação
QUEM MERECIA: Lucy Alves
QUEM VENCEU: Lucy Alves
O QUE ACHEI: Não tinha como ser outra pessoa, né... Ia até pegar mal se ela não vencesse. A Lucy foi magnífica como Luzia. Melhor do que muito veterano.
CATEGORIA: Melhor Cantora
QUEM MERECIA: Anitta (você pode não gostar, mas o ano foi dela — Bang e Olimpíadas que não me deixam mentir)
QUEM VENCEU: Anitta
O QUE ACHEI: Em tempos de crise, mandar uma equipe até Aspen para colocar Ivete Sangalo ao vivo no Faustão é pura ostentação. Globo tá podendo... Ou melhor, Ivete tá podendo! Aliás, Veveta concorrer a Melhor Cantora é o mesmo que Silvio Santos concorrer a Melhor apresentador. Deveria ser Hors concours.
CATEGORIA: Melhor Ator Coadjuvante
QUEM MERECIA: Marco Ricca
QUEM VENCEU: Gabriel Leone
O QUE ACHEI: Anderson Di Rizzi repetindo sempre os mesmos trejeitos não devia nem tá aí, linda! Gabriel Leone deu show em Velho Chico, mas o Marco Ricca era o merecedor desse troféu. O Mão de Luva não foi pra qualquer um. De qualquer forma, o Troféu Melhor Resposta foi dele. "O que você aprendeu com Liberdade, Liberdade?", pergunta Faustão. "Aprendi que no mato aqui do Projac você pega dengue". G-E-N-I-A-L!
CATEGORIA: Melhor Atriz Coadjuvante
QUEM MERECIA: Camila Queiroz
QUEM REALMENTE MERECIA: Nenhuma das três indicadas
QUEM VENCEU: Camila Queiroz
O QUE ACHEI: Camila Queiroz mostrou que chegou pra ficar com a Mafalda. Não lembrou em nada a Angel e comprovou seu talento. Aliás, só aceito essa vitória pela injustiça que ela sofreu ano passado por ter perdido o prêmio de atriz revelação para a Isabelle Santoni, porque, verdade seja dita, haviam muitas outras merecedoras que nem siquer foram indicadas: Nathália Dill, Elizabeth Savalla, Fernanda Vasconcellos, Bianca Bin, Sabrina Petraglia, Grace Gianoukas, Chandelly Braz, Lília Cabral...

CATEGORIA: Melhor Ator
QUEM MERECIA: Sérgio Guizé
QUEM VENCEU: Sérgio Guizé
O QUE ACHEI: Sérgio Guizé mereceu demais. Viveu seu melhor momento na carreira, fazendo do Candinho uma pessoa cativante. Sucesso merecido. Só achei que Domingos Montagner merecia um prêmio especial dado para a família dele e não apenas uma homenagem, mas...







CATEGORIA: Melhor Atriz
QUEM MERECIA: Camila Pitanga ou Andreia Horta
QUEM VENCEU: Camila Pitanga
O QUE ACHEI: Camila Pitanga mereceu muito esse prêmio por sua entrega e sua força incrível durante Velho Chico e, principalmente, por ter se redimido da insuportável Regina da tão insuportável quanto Babilônia.
CATEGORIA: Melhor Personagem (?)
QUEM MERECIA: Encarnação
QUEM VENCEU: Pancrácio
O QUE ACHEI: Por que a Selma Egrei e o Marco Nanini não foram indicados como melhor atriz/ator ou melhor atriz/ator coadjuvante? Por que criaram uma categoria "especial" para eles? Será que a Globo sentiu vergonha por ter deixado de fora os melhores dos melhores dos melhores que criou essa categoria? No caso dela, foi melhor que todas as seis indicadas, com todo respeito. Não desmerecendo o grande Nanini, que também deu um show, mas a atuação da Selma em Velho Chico é algo digno de estatueta no Oscar!
CATEGORIA: Melhor Ator de Série, Minissérie ou Seriado
QUEM MERECIA: Jesuíta Barbosa
QUEM VENCEU: Jesuíta Barbosa
O QUE ACHEI: Ufa! Pensei que as fãzinhas pré-adolescentes iam fazer o Cauã Reymond ganhar na marra! Jesuita Barbosa é um dos melhores atores da nova geração e pela dificuldade de um personagem como o Vicente de Justiça e a maestria que o interpretou, foi merecido. Aliás, não entendo essa forçação de barra pra botar o Cauã pra concorrer sempre. Ele foi ofuscado por Drica Moraes e Antonio Calloni em Justiça e tá concorrendo como melhor ator de série? Aham... Sei...

CATEGORIA: Música do Ano
QUEM MERECIA: "50 reais" da Naiara Azevedo
QUEM REALMENTE MERECIA: "Infiel" da Marília Mendonça (é mais que uma música... UM HINO!)
QUEM VENCEU: "Eu, você, o mar e ela" do Luan SantannCHEGAAAA
O QUE ACHEI: Eita fandom poderoso esse do Luan Santanna, hein... Se ele tiver concorrendo como melhor peido do ano, é capaz das fãzinhas dele virar a noite pra votar nele em qualquer coisa. Em um ano que "Camarote" e "Infiel" tocaram tanto, é difícil acreditar que indicaram essa música "Amei te ver", do Tiago Iorc, e essa do Luan (apesar de achá-las bonitas).

CATEGORIA: Melhor Atriz de Série, Minissérie ou Seriado
QUEM MERECIA: Adriana Esteves
QUEM VENCEU: Adriana Esteves
O QUE ACHEI: Adriana Esteves foi ESTUPENDA como Fátima. A melhor personagem de Justiça. Troféu mais do que justo. RAINHA SUPREMA!!! PROPRIETÁRIA DA GLOBO!!!










E vocês? O que acharam dos indicados e vencedores do Melhores do Ano 2016?
Aproveite e vote também no Prêmio Eu Critico Tu Criticas 2016. Só clicar na imagem abaixo.


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