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sábado, 24 de junho de 2017

Desgraçômetro Power Couple Brasil: os casais que mais amei e odiei na segunda temporada do reality



E chegou ao fim, nesta quinta (22), a segunta temporada do Power Couple Brasil (que não foi tão boa quanto a primeira, mas divertiu). Segue o balanço sobre todos os casais participantes do reality.

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Nayara e Cairo: a vitória de Nayara é raríssima entre todas as edições de realities exibidas desde 2001 no Brasil. Em pouquíssimas oportunidades, uma mulher negra conquista a vitória pelo voto popular. Ok, ninguém apostaria em Nayara e Cairo até a metade do programa. Mas o casal conseguiu ir se achando e encaixando seu espaço, de forma discreta e coerente. Foi a vitória do bom senso em meio a tantos realities pesados que acompanhamos ultimamente. Não teve a insanidade de guerras de torcidas. Não teve baixarias. Não teve jogo sujo. Nayara e Cairo foram coerentes, educados e simples do início ao fim. Eles tinham cumplicidade como casal, sem precisar apelar pra esteriótipos manjados que vemos a cada reality. Cairo foi por todo confinamento um cara pacato sem ser banana. Nem quando confrontado por Diego Cristo, Cairo levantou o tom de voz ou puxou alguma briga. Ele apresentou sua posição e ponto, não deu brechas para um bate boca. Calmo e racional, Cairo matinha uma boa relação com todos os casais, sem cair no clichê de ser o amigão de toda casa. Mereceram a vitória diante dos outros casais finalistas.

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MC Marcelly e Frank: um dos casais protagonistas da edição. Marcelly demonstrou toda a sua doçura no reality. A menina é linda, leve, engraçada e parecia realmente estar sempre se divertindo nas provas e nas edições. Porém, expôs fragilidade demasiada com o seu marido. Frank personificou a figura de vilão-mor na competição. Extremamente machista, grosseiro e deselegante. Ficou muitos tons acima. Impunha as suas verdades para a companheira de forma radical. Chegava a humilhar. Quase uma tortura psicológica. Manchou a imagem de forma indelével. Se não fosse pelo marido brucutu, minha torcida seria da Marcelly.

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Mauricio e Suyane: oh, pai! O casal mais querido desta temporada... Até a metade! De fato, passaram o ar de casal entrosado. Eram os meus francos favoritos. Mas o tempo foi passando e o casal de ex-mutantes foram mostrando um lado sonso e ensaboados que me desagradou. Um pouco do que li sobre o casal na vida real, parece que eles andam numa situação financeira ruim. O que justifica a aflição do casal na hora da DR. Índia Tainá chorava desesperada e Mauricio parecia bem abatido. Não era só por competitividade de jogo. Eles pareciam precisar muito do prêmio. Porém, se revelaram muito insossos no vídeo.

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Fabio Villa Verde e Regiane: o ator confirmou a sua boa imagem que sempre o marcou no decorrer de sua carreira. Porém, Regiane decepcionou. Completamente neurótica na gana de vencer, ela demonstrou irritação absurda com o marido, sendo completamente grosseira. Além disso, dedurou Marcelly para Frank na história do doce na van meio que "sem querer querendo". Arrumou uma confusão completamente desnecessária. Manchou ainda mais sua imagem perante os telespectadores. Fábio tem um jeitão banana zen, mas gostei do temperamento dele, além de ter mostrado ser uma boa surpresa nas provas, vencendo a maioria, e apresentando um jeito descontraído e com bom humor nos seus depoimentos nos VTs. Tal como Marcelly, se disputasse sozinho, sem a esposa pé no saco, teria minha torcida para vencer.


Rafael Ilha e Aline: sem dúvidas nenhuma, Rafael foi o maior destaque desta edição. Para o bem ou para o mal. O problema é que ele confundiu Power Couple Brasil com A Fazenda. Não plantou flores, como pretendeu passar em sua defesa. Na realidade, colheu foi é furacão. Foi humilhado por Diego e Lorena na grande final. Os dois ex-fazendeiros falaram as suas verdades na cara do rapaz. Diego ficou desapontado e indignado com a postura de Rafael. Por isso mesmo, no "barraco" exibido ao vivo, a plateia berrou o nome de Diego ao invés de Ilha. Além disso, o ex-polegar (talvez, por estar envergonhado) abandonou o programa na grande final e foi embora. Triste. Rafael adotou um tom acima do ideal. Evidentemente, é uma pessoa que enfrentou sérios obstáculos na vida e isso contribui para o seu comportamento. Imaginem se Ilha e Mara Maravilha tivessem, de fato, encarado juntos a sétima edição de A Fazenda? Sai de baixo...

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Ana Paula e Sylvinho: casal que mais me causou vergonha alheia na edição. Ana Paula apresentou um comportamento grosseiro e nada amigável com o seu companheiro. Nesse ponto, seu inimigo no jogo, Rafael, tinha razão: Ana era mesmo uma "jararaca". Bem falsiane, dissimulou, praticamente, o reality inteiro com a maioria dos casais. Além disso, Sylvinho resolveu bancar o “esperto” ao tentar infringir as regras do jogo. Ficou feio. Isso, agora, marcará a sua imagem. Sylvinho não merecia isso, após décadas de trabalho.

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Diego Cristo e Lorena Bueri: o público dos realities da Record já acompanhava o casal desde os tempos de A Fazenda. Tinham tal vantagem. Inicialmente, Diego e Lorena foram naturais. Não exploraram polêmica. Entenderam que o Power Couple Brasil tinha outro perfil em comparação ao confinamento rural. Apesar disso, Rafael Ilha resolveu cutucá-los com vara curta. A partir daí a instabilidade emocional, que já tinha aparecido em A Fazenda, voltou à tona. Tentaram adotar a mesma estratégia dos vencedores Laura e Jorge e se deram mal. Diego, principalmente, perdeu-se com a fragilidade emocional. Ouvindo histórias que não existiam. E isso respingou no desempenho das provas. Uma pena, pois até que curtia os dois.

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Marcelo Ié Ié e Julia: o humorista saiu do reality após problemas de saúde. Passou frieza ao tirar a amiga (ou ex-colega de trabalho) Narizinho do jogo. Julia forçava uma situação bem "melosa" de amor. Apesar disso, não saíram com imagem arranhada. Até poderiam ter vencido a competição.

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Andressa e Nasser: Alcançaram um bom desempenho na atração. Passaram naturalidade, entrosamento e não forçaram situações. Surgiram como um casal de verdade. Superaram as expectativas.

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Thaide e Ana P: Ana P demonstrou ser uma mulher de personalidade forte. Acertou ao desconstruir o discurso de Regiane. Porém, errou ao não transmitir compreensão com Thaíde, sempre tão rude com ele.

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Carol Narizinho e Mateus: não deixaram impressão, já que foram os primeiros eliminados.



sábado, 22 de abril de 2017

Power Couple Brasil - Primeiras Impressões



E começamos a segunda temporada do Power Couple Brasil, um reality que tem tudo que gosto no formato: subcelebridades, barracos, votação, provas involuntariamente divertidas e coisas trash. Dessa vez, o número de casais aumentou (são 11) e o programa é exibido duas vezes na semana (terça e quinta).

Eu ainda gosto de Masterchef, é um reality mais sério. Mas o problema é que a Band resolveu transformar o programa na sua Malhação, ficando no ar infinitamente sem parar. Isso cansa e acaba virando mais do mesmo. Se o Masterchef não se reinventar ou parar de ter 902 edições por ano, ele só tende a perder mais e mais público. Fico no aguardo para a Band usar o card de subcelebridades para alavancar o programa.

Já o Power Couple não faz cerimônia em enfiar o pé na jaca, com adultos sem medo do ridículo. É o único reality que nos presenteia com um casal de ex-BBB e um casal de ex-Fazenda competindo no mesmo universo. Isso é tipo fazer um filme com os Vingadores e a Liga da Justiça duelando entre si. Assustadoramente, eu conhecia o(a) famoso(a) de quase todos os casais. E o elenco desse ano é super diversificado. Temos um casal que já passou com certo destaque pela Fazenda (Diego Cristo e Lorena Bueri), uma ex-Panicat (Carol Narizinho) preenchendo a vaga regulamentar de qualquer produção desse gênero, um rapper (Thaíde), uma ex-Globeleza (Nayara Justino), um roqueiro decadente dos anos 80 (Sylvinho Blau-Blau), casal de ex-BBBs (Andressa e Nasser), funkeira (MC Marcelly), imitador de Sérgio Mallandro e ex-Panico (Marcelo Ieié), um ator decadente (Fábio Villaverde), um casal de atores que você nem sabia que existia que se conheceu durante as gravações de Os Mutantes (Mauricio Ribeiro e Suyane Moreira) e o Rafael Ilha que dispensa comentários no que diz respeito a barracos e confinamentos.

A seguir, minhas primeiras impressões sobre a primeira semana da nova temporada do reality.

Diego e Lorena Is The New Casal Kamikaze?




O casal Kamikaze encantou o país ano passado, quando se entregou de corpo e alma para a competição do Power Couple Brasil e apostaram num jogo bem suicida. Não obstante, foram os protagonistas da edição e Laura Keller e seu marido Jorge sagraram-se campeões graças a performances maiúsculas e uma popularidade que entristeceu Simony e Gretchen. Lorena Bueri e Diego Cristo não ficaram quase famosos durante a ótima passagem pela Fazenda 7 graças ao equilíbrio ou à civilidade. Lorena ficou conhecida como Lorena Boca de Boeiro por só falar barbaridades dos outros participantes e Diego ficou conhecido pelas discussões acaloradas que sempre protagonizava usando cueca de R$ 3,99. Ou seja: garantia de bom entretenimento. Vejo neles um potencial enorme de serem o novo casal Kamikaze da edição, pelo menos, nesse estilo de jogo agressivo e bastante força nas provas.. Quem o casal fará chorar dessa vez?

Regiane Is The New Esposa do Túlio Maravilha?




A primeira reação quando você lê o nome Fábio Villa Verde provavelmente é "quem diabos é Fábio Villa Verde???". Mas depois vê o rosto e vem um estalo no cérebro. Aquele cidadão não é de todo estranho, apesar de não chegar a ser familiar. Eu sempre achei ele um dos atores com mais cara de banana do universo. E o Power Couple veio para nos comprovar que isso é mesmo verdade. Sua esposa Regiane já pulou na frente a candidata de mala da edição. Essa loira dos infernos conseguiu dar 902 broncas no marido e encher o saco do resto da casa em apenas um único dia de programa. Nem a esposa do Túlio Maravilha na primeira temporada era tão mandona assim... Já peguei ranço com todas as minhas forças!

Por que diabos Narizinho usa sutiã por cima da blusa?!




Para quem não conhece, Carol Narizinho foi a Panicat mais inútil que já passou pelo Pânico. A gente gosta mesmo é de Panicat raiz, Panicat verdade. A gente gosta é de Nicole Bahls acusando Juju Salimeni de ter feito macumba pra sua bunda cair. O resto? Nunca vi, nem comi... Ficou apenas uma temporada no programa e foi dispensada por falta de carisma. Power Couple veio para nos mostrar que ela continua a mesma. Tão inútil que já foi eliminada na primeira semana e eu nem sei o que escrever sobre ela em um parágrafo inteiro a não ser pelo estranho hábito dela em sempre usar o sutiã por cima da blusa.

Mais uma Ana Paula para ganhar nossos corações?




Com uma relação extremamente bem resolvida, onde a esposa se mostra estratégica e mais enérgica, Silvinho Blau Blau e Ana Paula já parecem incomodar alguns participantes do sexo masculino. Ana Paula carrega o estereótipo da mulher guerreira e bem resolvida, que é doce mas não foge de um embate quando necessário, e suas discussões com o marido fizeram criar logo no segundo dia de convivência a impressão de uma pessoa mandona e voluntariosa, deixando para o marido o título de "pau mandado" reforçado pela edição. Ou essa impressão sobre o casal se desfará ou ficará ainda mais forte, o que certamente gerará conflitos. Pelo temperamento explosivo e imperativo da esposa, ela tem tudo para ser a possível barraqueira da edição. Até porque Ana Paula é sinônimo de barraco e entretenimento. Olha elaaa!

Vai demorar muito para o Rafael Ilha ter um surto e pirar total?




Quem em sua sã consciência e completamente sóbrio olharia para o Rafael Ilha e diria "quero casar com esse homem"?! Sério, olhem para a cara da Aline, esposa dele, e reparem bem na pupila do olho dela. Dá pra ver que tá escrito HELP! Esse homem me dá medo. Gosto assim. Quero treta, quero confusão!

Que o Power Couple nos traga tudo aquilo que o BBB17 não trouxe: barraco e diversão. Amém!

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Dancing Brasil, a "Dança dos Famosos" (muito) melhorada



Há algumas semanas, a Record estreou em nosso país a versão de grande sucesso das emissoras BBC da Inglaterra e da ABC dos Estados Unidos, Dancing With the Stars, aqui intitulado como Dancing Brasil. Pode parecer precipitado, mas acho que já podemos afirmar que o novo reality show de dança é uma das mais interessantes estreias deste primeiro semestre. E, de bônus, já podemos dizer também que o reality vence de sobra o reality mais famoso até então, o Dança dos Famosos, do Faustão. E se você perguntar o porquê da comparação, bem, a própria Globo chegou a pensar em processar a Record por achar que uma é cópia da outra. Então nada mais justo que colocarmos os dois realitys no mesmo texto e compará-los.

Diferentemente do famoso quadro do Faustão, o Dancing Brasil traz toda semana ritmos para embalar as danças dos competidores, exibindo performances de músicas variadas – não necessariamente pertencente ao tema, tendo em consideração um leque de variedades na dança. Também, os jurados são fixos e não variados, semanalmente, como acontece no quadro do Faustão. Sendo assim, os mesmos acompanham consideravelmente os desempenhos dos participantes (se evoluem ou decaem na competição).

E no processo de comparação, o show da Record ganha em quase todos os quesitos, a começar pela apresentação. Enquanto que na Globo temos o sempre impertinente Faustão, que gosta de monopolizar o microfone, na Record vimos uma Xuxa bem sóbria, fazendo um papel de coadjuvante. Fala o necessário, brinca o necessário e interage o necessário. E só isso. Faz o básico e não chama mais atenção que os candidatos, pois esses sim, são as estrelas do programa. E, mesmo assim, ela consegue roubar a atenção. Esbanjando carisma, fazia tempo que não víamos a eterna Rainha dos Baixinhos toda alegre, tão sorridente, brincando e dançando, apresentando um programa – acho que desde o icônico Planeta Xuxa.


Outra vitória da Record vem no quesito produção. Enquanto que o Dancing Brasil é ambientado num palco gigantesco, bem produzido, rico em detalhes passados para quem está em casa acompanhando – um show à parte –, no Dança dos Famosos vemos a estrutura ser montada no palco de um programa de televisão. Ou seja, de um lado temos um programa, de outro temos um quadro dentro de outro programa .

Por conta disso, tudo no reality da Record funciona melhor: edição, câmeras, roteiro do programa. Os candidatos aqui conseguem se mostrar de forma mais completa e o público consegue acompanhar melhor a evolução de cada um deles. Óbvio que em um ponto o reality da Rede Globo consegue vencer: escolha do elenco. Não dá para comparar o cast da Globo com o cast da Record, mesmo com todo o esforço da emissora paulista para trazer para a primeira temporada alguns de seus "grandes" nomes. A escolha do robótico Sérgio Marone como repórter de bastidores do programa também é outro ponto fraco. É tão sem sal atuando quanto apresentando. Nany People seria o nome perfeito para tal posto #FicaADica.

Ainda assim, a Globo consegue chamar mais atenção neste quesito. Mas, fora isso, a Record está de parabéns por estar exibindo um programa de entretenimento muito bem acabado, produzido, com uma estrela apresentando bem e com tudo funcionando direito. Uma pena que um programa tão grandioso como esse fique patinando entre apenas 4 ou 5 pontos no Ibope num fim de segunda-feira. Merecia muito mais!

P.S.: Achei essa abertura do programa um verdadeiro LUXO!!!


quinta-feira, 13 de abril de 2017

Elenco ruim, casal fake e parcialidade da edição fazem do BBB17 o pior da história



A décima sétima temporada do Big Brother Brasil pode ser definida em duas palavras: catastrófica e esquecível. A seguir, confira alguns motivos que mostram que esse foi o pior BBB da história.

"Os Silva" e Cortez: As tradicionais (e maravilhosas) charges de Maurício Ricardo foram trocadas por uma família de fantoches, a família Os Silva. Dublada por Lúcio Mauro Filho e Heloísa Périssé, os bonecos tinham a função de tecer comentários e piadinhas sobre os participantes, mas nunca provocou um riso sequer. Pelo contrário, era constrangedor. O resultado foi o cancelamento do quadro em menos de um mês. E outro quadro sem relevância foi o comandado por Rafael Cortez, que simplesmente lia tweets de telespectadores do Twitter e tecia uma ou outra piadinha (sem graça) a respeito. Inútil. Uma besteira.

Elenco apático: O que move um bom reality show é, obviamente, o seu elenco, com a formação de alianças e ótimos embates, despertando picuinhas e rivalidades. O jogo bem disputado provoca um clima de tensão constante, ao mesmo tempo que não impede momentos de diversão. E absolutamente nada disso aconteceu na atual edição. Não houve qualquer tipo de vínculo mais forte entre os participantes e nem uma disputa que despertasse interesse. Foi uma temporada fria, sem alma. Os selecionados não criaram afetos no programa. Todos se aliavam por conveniência e os laços mudavam a cada paredão, de acordo com quem retornava da berlinda. Claro que um jogo que vale um milhão e meio de reais provoca interesses e disputas, mas nunca na história do reality houve tantas traições entre os competidores. Até mesmo a imunização do anjo era dada por interesse e não por afeto ou proteção. Se ainda movimentasse o jogo, mas não, pois todos fugiam de confrontos diretos. Não houve bons enfrentamentos e nem grandes discussões. Os populares barracos foram elementos extintos nessa edição, pois todos preferiam falar somente pelas costas e pela frente optavam pelo clássico fingimento. Um jogo baixo em vários sentidos. Foi um ano onde tínhamos que ir torcendo pelo "menos pior". Faltou se entregar ao jogo de verdade (um dos poucos focos de conflitos que despertou interesse foi Elis). Faltou entreter. Faltou lealdade. Faltou carisma.


Doutor Machista e Ninfeta má: Como nenhum participante conseguiu construir uma história própria, o relacionamento entre Marcos e Emilly segurou toda a edição do programa. O grande problema foi o rumo que esse relacionamento tomou. Já começou todo errado, lá na primeira semana, com Marcos querendo formar casal desesperadamente (tentou com Gabi Flor, mas não conseguiu) e tentando beijar Emilly à força. Tudo, porém, sendo tratado de forma bonita e romântica pela edição. Ao longo do BBB, o casal teve incontáveis DRs pelos motivos mais fúteis e não apresentaram muito em comum além do sexo (em um momento infame, Emilly perguntou o que Marcos via de positivo nela e ele respondeu "Você beija bem, transa legal"). O estopim foram as agressões físicas e psicológicas que Emilly sofreu do namorado, que, graças unicamente à pressão popular em alertar as autoridades e pedir uma averiguação, fez Marcos ser expulso (leia mais AQUI). Completamente fake e chato, o casal Mally abusou da nossa paciência.

Mr. Edição vs PPV: Nunca antes houve tanta discrepância entre o que era exibido pela edição da Globo e que o que se acompanhou no pay per view. A edição absurdamente tendenciosa serviu de base para, com a ajuda do apresentador, influenciar o público do sofá a pensar da forma como eles queriam, beneficiando claramente Emilly e Marcos, que foram os protagonistas dessa temporada em virtude da fraqueza dos concorrentes. Como os dois rendiam cenas para o programa, a equipe não se preocupou em disfarçar a preferência pelos dois, sempre os favorecendo o quanto podiam. É óbvio que em todo ano há, sim, momentos em que a atração prejudica uns e ajuda outros, montando quase um enredo de novela para o público. Isso sempre aconteceu. E muitas vezes nem há problema, pois deixa tudo mais atrativo. Porém, nessa foi tudo feito de forma explícita, sem qualquer preocupação com a credibilidade do formato, transformando Emilly e Marcos num casal perseguido e os demais em vilões. Falei mais sobre isso AQUI.


Interferências externas: Um programa arrastado e desinteressante no seu início, viu a trama se movimentar com a união amorosa de Emilly e Marcos. União esta que se concretizou após o apelo do público durante uma festa, onde tweets a favor do casal não foram poupados. Mas não era o Big Brother Brasil um programa de confinamento? Onde informações externas e qualquer tipo de contato com o "mundo" exterior era vetado? Pois muito bem, nessa 17ª edição não mudaram apenas o apresentador, como também várias regras básicas. Vimos e escutamos quase tudo nesse BBB: participantes falando de conversas com a produção, inúmeras idas e vindas ao confessionário sem explicações... Até o nome do Boninho foi jogado na fogueira esse ano! A criação do muro separando os lados, por exemplo, deixou evidente a intenção de favorecer Emilly, pois a mais votada pelo grupo seria "eliminada", mas posteriormente migraria para o lado mexicano, podendo trazer mais quatro pessoas. Era óbvio que a garota seria a escolhida, pois estava no paredão justamente por causa do voto da casa. Ou seja, ainda fizeram isso com uma votação popular em curso, deixando tudo mais escancarado, tanto é que até Emilly e Marcos chegaram a reconhecer, semanas depois, que foram beneficiados com isso. Não é a toa que a tag #BBBManipulado ficou diversas vezes entre os temas mais comentados do Twitter.

Apresentador parcial: Com a difícil missão de substituir Pedro Bial, Tiago Leifert tentou diminuir ao máximo as comparações com o seu antecessor: não fez discursos poéticos no momento das eliminações, ganhou uma mesa de controle para poder participar do jogo e tentou criar uma relação de amizade com os confinados. Errou (e errou rude!), porém, ao interferir no jogo com as sugestões que deu aos competidores, como quando a casa foi dividida em duas pelo muro e sugeriu que o lado mexicano deveria mentir sobre o líder da semana (Marcos) ao grupo rival, que acreditava que Marinalva tinha vencido a prova. Ou querendo transformar Elis na vilã da casa fixando nela o rótulo de "agente do caos". Na tentativa de mobilizar o jogo e orientar o olhar do público, Leifert só ajudou a manipular ainda mais o BBB a favor do casalzinho.

Entretenimento nada saudável: Tivemos racismo e intolerância religiosa (contra Gabi Flor), passando desde a narração de sexo explícito ("Goza na minha boca") à acusação de não pagamento de pensão alimentícia. O ápice foi a violência moral e psicológica de Marcos com Emilly, culminando na real intervenção da polícia no programa e na expulsão do participante. Esse BBB foi muito Black Mirror!


Torcida fanática: A cada edição, é assustador constatar o fanatismo das torcidas, comprovando como os valores andam cada vez mais invertidos. A permanência de Marcos e a eliminação do Ilmar com quase 56% foi vexaminosa e inacreditável. Depois de ter sido humilhado covardemente pelo ex-amigo e depois de tudo o que o médico fez, intimidando e acuando todas as mulheres, a torcida fanática do "casal" mais uma vez fez diferença e o deixou na casa. Entretanto, não era o maior absurdo dessa edição porque ainda estava por vir o paredão do último domingo (09), onde Marcos ficou e Marinalva foi eliminada com 77% dos votos, mesmo depois do show de horror e machismo protagonizado por ele em cima de Emilly. Difícil uma pessoa sensata não se indignar diante de tudo isso. Aliás, esse casal ter uma torcida tão forte já demonstra que a sociedade está bem doente. Um homem agressivo, descontrolador e dono da verdade e uma menina mimada, egoísta e arrogante. Que Deus nos acuda... Aliás, acho que é hora de rever o sistema de votação do BBB, pois não representa mais a vontade popular e sim a vontade dos fã-clubes que fazem mutirão.


terça-feira, 11 de abril de 2017

BBB17 | A omissão da Globo e a distorção de valores e o fanatismo de 77% do público que apoiou o machismo de Marcos



Achei que a semana passada havia sido um divisor de águas. O caso José Mayer agitou as redes sociais e suscitou uma campanha contra o assédio liderada pelas funcionárias da Globo. O bafafá foi tão grande que a própria emissora precisou aderir ao movimento, suspendendo o ator e noticiando o episódio inteiro em seus telejornais. Os abusos cometidos pelos homens em casa, no trabalho ou em qualquer lugar não serão mais perdoados, pensei eu. A sociedade está evoluindo e mais consciente, refleti. Que tolo eu fui.

O que aconteceu no programa neste fim de semana foi gravíssimo e um verdadeiro inferno para quem tem o mínimo de discernimento sobre o certo e o errado para a vida em sociedade. Um certo participante em uma relação, até então, amorosa com uma colega de confinamento a abusou e agrediu física e verbalmente. Isso não é nem a pior parte, mas as consequências que a ação teve. Independente da trajetória da Emilly no programa (que demonstrou atitudes péssimas ao longo do jogo), o que ela sofreu nas mãos do Marcos foi algo nojento e inaceitável. Ele gritando. Cara de ódio. Dedo na cara. Aperta. Belisca. Machuca. Deixa marcas no corpo. Encurrala num canto. Agarra à força quando ela pede para ele se afastar. Força beijar quando ela não quer. Impede que ela fale. Ameaça e intimida valendo-se da maior força física. Esses foram alguns dos atos feitos pelo Marcos contra Emilly, que se encolhia, com o corpo tenso de medo. Depois, pediu perdão e chorou lágrimas de crocodilo, jurando que a amava. Idêntico ao que milhões de homens fazem com suas mulheres pelo mundo afora. E ela acreditou e nem percebeu a relação abusiva em que estava. Idêntico ao que milhões de mulheres vivem diariamente (e acabam sendo assassinadas por isso).

A internet entrou em erupção. Ao longo de todo domingo (9), a hashtag #MarcosExpulso ganhou força. Tive a sensação de que o cara seria defenestrado pelo público depois do show de machismo explícito. Ou talvez até retirado do programa pela Globo. Afinal, por muito menos, um tapinha, Ana Paula foi expulsa da edição passada. A partir daí, ser #ForaMarcos deixou de ser uma simples questão de torcida e se tornou um assunto sobre o Brasil onde nós queremos viver, dando a chance do público mostrar o que realmente não pode mais ser tolerado. Mas, dessa vez, a Globo não interferiu, deixando para Emilly a responsabilidade de se livrar de seu agressor ou não – se ela quisesse, poderia expulsá-lo. E o mais chocante aconteceu: Marinalva foi eliminada com expressivos 77% dos votos. A audiência preferiu salvar Marcos. Por fim, a última pá de cal foi ver Emilly comemorar alegremente a vitória do brutamontes e sua própria família nem tchun pra isso, defendendo, inclusive, Marcos aqui fora. Por mais mulheres sensatas como a Vivian:


Relacionamento abusivo é o que acontece entre Marcos e Emilly. E, pior, ela sofre, sabe que sofre, mas volta atrás. Dizem que quem ama perdoa, mas quem ama alguém precisa se amar primeiro e se proteger, se manter sã e segura. Emilly perdeu sua consciência ao permitir que isso continuasse. Num país onde o assunto mais comentado na última semana foi o assédio sexual cometido por um ator veterano da Globo, a própria emissora, que puniu o seu funcionário, ter ficado omissa diante de tudo isso que aconteceu dentro de suas dependências, num reality onde tudo é monitorado e acompanhado por várias pessoas em todo o país, foi uma atitude covarde e lastimável. Teve que o pessoal do Twitter pressionar e ir uma delegada da Divisão de Polícia de Atendimento a Mulher ao Projac para investigar a conduta agressiva de Marcos e realizar exame de corpo de delito na Emilly para só assim a emissora tomar alguma providencia (expulsar Marcos do programa). A Globo voltou todas aquelas casas que avançou em nome da audiência.

Não sou mulher para falar com propriedade do caso e até me sinto um pouco estranho escrevendo sobre isso, mas não ficarei calado. Eu, homem, me senti acuado e assustado com as atitudes de Marcos – que já vinha encurralando, assediando e agredindo verbalmente os outros candidatos de uns tempos pra cá, sendo entre eles uma idosa e outra deficiente física – e não desejaria ver minha mãe ou minha irmã na situação que Ieda, Vivian, Marinalva e, principalmente, Emilly passaram. Saindo do mérito da Globo e sua parcela de culpa pela total omissão, é preciso tocar num ponto ainda mais importante: a torcida votante.


Sabe quando você pensa "não tem como tal coisa acontecer"? Pois é, foi o que eu pensei... Não tem como apoiarem um cara desses depois de tamanha falta de caráter e, acima de tudo, falta de humanidade que o mesmo demonstrou ter em rede nacional. Não tem como. Por que raios apoiariam? Vai contra todos os valores que a gente aprende desde cedo. Só que, infelizmente, eu estava enganado. Erroneamente enganado. Chegamos ao ponto onde esses fã-clubes de BBB se apoia em um fanatismo inexplicável e passa por cima de tudo acima citado. Caráter. Humanidade. Compaixão. VALORES UNIVERSAIS. Tudo porque escolheram amar e idolatrar um, até então, desconhecido. Amar e idolatrar alguém a quem não devem absolutamente nada. Amar, idolatrar e ignorar qualquer coisa que o mesmo fez, faça ou venha fazer.

A partir do momento que escolhem, poucos tem a dignidade de dizer, no decorrer do programa: "Pera lá, não estou aprovando as atitudes dessa pessoa". E menos ainda são os que abrem mão dela. Surreal, não? Se obrigam a estar com um desconhecido independentemente do que ele fizer. E o que esse fez, em questão, foi algo que me fez sentir desgosto e tristeza. E não só a mim. Eu vi milhares de telespectadores que detestam a Emilly defendendo ela, enquanto a própria torcida dela defendeu o indefensável. E mesmo assim não adiantou. O fanatismo falou mais alto do que todos nós e nos deu um xeque-mate.

Não adianta culpar apenas o programa por todas as incontáveis vezes que fizeram edições tendenciosas favorecendo o casal Mally (falei disso AQUI). Mas a culpa do que aconteceu no paredão de domingo é exclusivamente desses seres humanos que se cegam, que criam motivos absurdos para apoiarem outros absurdos, que passam da linha tênue entre torcer e perder a razão. Seres humanos jovens que são o futuro do país, que viram a cena que me horrorizou e ignoraram. Ou pior: concordaram. Concordaram com um homem expondo um assunto pessoal de um ex-amigo (Ilmar) que confiou nele, que se abriu e mostrou toda a sua preocupação e dor, falando ao vivo para o Brasil inteiro que esse ex-amigo não é um bom pai, expondo, inclusive, uma criança inocente. Concordaram com atitudes absolutamente machistas, onde este mesmo homem agrediu moralmente quase todas as mulheres da casa, até a própria namorada.


Ou seja: sujeitos como Marcos e José Mayer ainda têm a simpatia de uma parcela imensa da população. O comportamento deles não só é admitido, como perdoado, relativizado e recompensado. Sei que ninguém é perfeito e muitos ali já cometeram diversos erros, mas nada nunca foi tão triste de se assistir quanto o que aconteceu neste final de semana. Como bem disse Bial na edição do ano passado, o BBB não é vitrine de vícios e virtudes, porém, apoiar Marcos é de uma distorção de valores sem fim. E a campanha "Mexeu com Uma, Mexeu com Todas" ainda não pegou. Nem no público, nem na cúpula da Globo. Lastimável!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

MasterChef ou Guerra dos Sexos?



Ontem (14) rolou a grande final do primeiro MasterChef Profissionais, da Band. Se você também abriu mão de horas de sono, viu que as redes sociais entraram em polvorosa, com bandeiras feministas sendo levantadas e defendidas com unhas e dentes. No fim, o resultado que levantou inúmeras suspeitas: Dayse consagrou-se como a grande campeã. O assunto mais discutido da noite, porém, foi sobre o suposto machismo presente nesta edição. Ivo e Dário foram os mais criticados por terem protagonizados cenas em que duvidaram da capacidade da participante. Em entrevista ao Estadão, Dayse disse não representar o feminismo na vitória. E ter a presença do machismo na cozinha não a faz obrigada ser feminista. A mãe e a irmã de Marcelo chegaram atribuir a vitória da participante a uma suposta "guerra dos sexos". Concordo!

Neste ano, principalmente, o MasterChef sofreu um processo de BBBnização. O talent show rendeu aos elementos primordiais dos realities de confinamento. O participante perseguido e/ou menosprezado pelos outros. O bonzinho rejeitado. A mulher desprezada pelos "homens machistas". Nesse caso, o fato é ainda mais gritante porque quase todas as mulheres eliminadas da competição ressaltavam como ponto fundamental o machismo presente nos bastidores das cozinhas brasileiras. E isso contaminou a visão do programa. Dayse foi a "sobrevivente" da equipe feminina. E, de acordo com esta visão, teria sofrido atitudes machistas dos adversários. Foi excluída pelos demais. Menosprezada. Só por ser mulher. Como pode, né?

Marcelo, com jeitão agitado e imperativo, esteve na final merecidamente. Diferente da Dayse, que apostou na maioria das vezes no clássico, ele surpreendeu com suas invencionices, ou melhor, contemporaneidades na cozinha (algumas ficaram completamente sem conexão, segundo o paladar dos jurados). Nesta final, Marcelo ousou ainda mais apostando na gastronomia contemporânea e em suas invencionices. E acertou: os pratos do participante foram bastantes elogiados. Porém, a primeira nota apurada já trouxe muitas suspeitas. Durante a degustação, não houve nenhum prato com erros absurdos apontados. Pelo contrário, os jurados só teciam elogios. Então, como o Marcelo poderia ter recebido uma nota 2 (de um total de 10) em um prato longamente elogiado? Naquele momento, somado ao fato das declarações politicamente corretas na edição ao vivo dos jurados (que mais pareciam estar ouvindo as declarações de um ponto eletrônico), eu entendi que a vitória da Dayse tinha sido costurada pelo programa em função do feminismo.

Acredito, de verdade, que a Dayse seja uma excelente chef de cozinha, mas durante a competição ela não mostrou a ser a melhor competidora de forma consistente. Ficou claro que a direção do programa se deixou influenciar pela torcida à la BBB e queria ganhar apoio de um grupo de telespectadores defensores dos "fracos e oprimidos". Com isso, criaram mais polêmica e colocaram em xeque a credibilidade de um reality bem-conceituado. Imagine assistir a próxima temporada sabendo que levará o prêmio aquele que gerar mais afinidade com o público ao invés de ser avaliado o talento do competidor, aquele que foi o melhor?


Que fique bem claro: a questão não está no feminismo em si, nem no machismo. O problema é que tudo está se transformando em posição extremista. O atual modelo de feminismo, ao invés de pregar igualdade (no sentido de equidade, julgamento justo), vem pregando um modelo de exclusividade ou preferência. Não precisamos de mais coitados. Precisamos de iguais condições. O que importa são as habilidades, a competência, ser o melhor no que faz; até porque todos ali passaram pelos mesmos testes de seleção e desafios, tiveram acesso aos mesmos recursos, foram cobrados igualmente em termos de tempo e dificuldade. O fato de ter sido menosprezada por homens não implica, necessariamente, em machismo. Ainda bem que Dayse foi sensata ao declarar que sua vitória não representava o feminismo coisa nenhuma.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Prêmio Eu Critico Tu Criticas 2016


Chegou a hora de escolher os grandes destaques em 2016 no mundo das novelas, séries, seriados, minisséries, realitys e programas da TV aberta em 36 categorias. A votação será encerrada no dia 29/12 (quinta-feira) e o resultado será divulgado aqui no blog dia 31 (sábado), último dia do ano. Que vença os melhores... E os piores também!


Se não estiver conseguindo visualizar a enquete abaixo, clique nesse link AQUI.


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O Melhor e Pior da Semana (28/8 à 3/9)




   O MELHOR DA SEMANA   


Segunda semana de Justiça


Passado o efeito da estreia, a segunda semana de Justiça continua sua trilha de sucesso. O que foi aquele reencontro do Vicente e Elisa no episódio da segunda (29/8)? Jesuíta Barbosa e Débora Bloch em estado de graça de tão entregues a cena que misturava tensão, ódio, arrependimento e ressentimentos guardados à sete anos. Continua tirando o fôlego.

Elisa tem ataque de fúria com presença de Vicente (Foto: TV Globo)  Vicente chora muito no quarto de Isabela (Foto: TV Globo)

Na terça (30/08), destaque absoluto para Adriana Esteves, que já é a grande estrela da minissérie, com sua caracterização e composição incrível da sofredora Fátima (é o melhor episódio de Justiça, na minha opinião). O encontro dela com o filho, depois de ter sido assaltada por ele, foi o grande momento do episódio e me fez chorar litros. Vale destacar o talento promissor do Tobias Carriere, intérprete do Jesus, que brilhou de igual para igual com Adriana. 

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Drica Moraes, como esperava, foi a grande estrela do episódio de sexta (02). Ganhando mais tempo como a ex-cantora e atual esposa de Antenor (Antônio Calloni), candidato as eleições e responsável pela morte de Beatriz (Marjorie Estiano) e do qual Maurício (Cauã Reymond) está planejando se vingar. Mesmo assim, ainda não conseguiu me envolver com essa trama.

Outros atores que também são a alma da série, mesmo não sendo protagonista de nenhum dos episódios (e talvez por isso passem por todos deixando sua marca registrada na pele de um personagem muito diferente dos que viveram, até então): Leandra Leal, espetacular como a Kellen, vem dando um show de talento e esbanjando sensualidade; e Vladimir Brichta (Celso).

Primeiro beijo Shirlipe



Haja Coração está no ar há três meses e o único grande acontecimento foi a morte de Teodora (Grace Gianoukas). As tramas se repetem o tempo todo. Fica difícil imaginar o que a novela vai apresentar no tempo que falta. A única trama que ainda atrai algum interesse e que está salvando a trama é a que envolve o casal Shirlipe. Prova disso foram as lindas cenas do primeiro beijo deles. Sabrina Petraglia e Marcos Pitombo reafirmaram a química existente desde os primeiros olhares dos personagens. Cena muito linda com texto sensível. A espera valeu a pena!

     O PIOR DA SEMANA     


Luís Melo como japonês


O diretor da nova novela das seis, Sol Nascente, deu uma desculpa esfarrapadíssima para Luis Melo interpretar um japonês na trama: "não havia um ator com traços orientais experiente o suficiente para a responsabilidade de um papel central na trama". O que é uma tremenda bobagem. É só procurar. Basta ver Velho Chico, que se passa no nordeste e conta com vários atores realmente nordestinos em seu elenco que, mesmo alguns deles sendo estreantes e desconhecidos do grande público da TV, dão um show de atuação (Zezita Matos/Piedade, Renato Góes/Santo, Irandhir Santos/Bento e Lucy Alves/Luzia são alguns bons exemplos). Mas não. Acharam que bastava pegar qualquer ator, botar um óculos escuro nele para esconder os olhos não puxados, dizer algumas expressões japonesas a cada fala e pronto. Erraram rude!


Que Luís Melo é um dos mais respeitáveis atores da TV brasileira, isso é inegável. Mas não tem como disfarçar o erro grotesco que é colocá-lo neste papel. Ah, então quer dizer que apenas atores japoneses podem interpretar papéis japoneses? Não, não é isso. O público entende um ator carioca interpretando um personagem nordestino ou um paulista vivendo um gaúcho e tantas outras variáveis. Normal e perfeitamente possível, afinal, esse é o dom de ser ator, viver "vidas" diferentes da sua. Entretanto, o que foi feito em Sol Nascente é algo vergonhoso e fica pedindo que o telespectador abrace o mantra criado pela Glória Perez em Salve Jorge ("Vamos voar") para comprar a história (fraca, diga-se de passagem). O que mais ficou estranho, na verdade, foi ver um ator realmente japonês interpretando Tanaka na juventude. O que aconteceu com ele quando ficou adulto? Sofreu mutação genética? É forçar demais a barra, além de uma tremenda falta de respeito com atores de origem oriental que buscam espaço na TV.

Quanto à novela em si, não tenho nem o que falar porque ela não disse a que veio. Belíssimas imagens, trilha sonora excelente... Mas história que é bom, nada! O acontecimento mais relevante que aconteceu nessa primeira semana foi Mário (Bruno Gagliasso) e Alice (Giovanna Antonelli) se beijarem e ele se descobrir apaixonado pela amiga de infância. E só. Ai, que soninho... Esse clichê dos amigos de infância que se apaixonam não funciona mais nem em Malhação!

Estreia do X-Factor Brasil


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O tão aguardado X-Factor Brasil finalmente chegou à tela da Band na noite da segunda-feira passada (29). Tive, a princípio, desconfiança, afinal, a Band não se preocupa em oferecer ao público uma programação com opções de entretenimento e se apoiou no Masterchef como muleta para não cair de vez no nicho esportivo. E mesmo sendo a menina dos olhos da emissora, o reality culinário ainda consegue derrapar em qualidade com um número enorme de episódios, duração exagerada e edições mal construídas que me fizeram desgostar dele. Soma-se a isso o bafafá que foi as primeiras notícias sobre o descaso da produção do programa com os candidatos na audição em São Paulo (horas em fila sob o sol e poucos banheiros químicos foram alguns dos relatos). E agora, com o programa tendo estreado, surgem ainda mais reclamações, dessa vez de participantes que relatam estarem sendo forçados a mudar repertório e a fingir que são de outros estados para gerar identificação com o público desses locais.

E todas as minhas desconfianças iniciais se confirmaram após assisti-lo. Com uma ou outra exceção, o nível dos candidatos na estreia deixou (muito) a desejar. A grande maioria foi péssima, com muitas desafinações. E olha que eu nem entendo muito de música, hein... A simpatia da apresentadora (Fernanda Paes Leme) me pareceu extremamente forçada, assim também como as caretas e o estilo "malvadão" do jurado Rick Bonadio. Aliás, que júri mais frouxo. Detesto ver jurados que estão ali para humilhar candidatos gratuitamente (como nessa última temporada do MasterChef), mas ver jurados sem o mínimo de critério aprovando candidatos medianos pra baixo me faz imaginar que não valerá muito a pena acompanhar.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Desgraçômetro Power Couple Brasil: os casais que mais amei e odiei no reality



E chegou ao fim nessa terça (21) a primeira temporada do Power Couple Brasil. Sim, eu disse primeira porque a própria Record já anunciou que teremos uma segunda temporada no ano que vem. Obrigado, senhor! O Power Couple Brasil foi uma das melhores coisas que a Record fez nos últimos anos e já detém (ao menos, por enquanto) o título de melhor reality show de 2016.

Ao longo de quase três meses, acompanhamos oito casais de ex-famosos e pretensos famosos convivendo em uma mesma casa enquanto disputam várias provas e tentam arruinar ainda mais a vida uns dos outros. Embora, à primeira vista, a gente se pergunte "quem são?" ao ver a grande maioria desse povo desconhecido, é o melhor elenco reunido em um reality como a tempos não se via.  Todos os participantes, gostando ou não, foram interessantes. A dinâmica do jogo foi muito boa e as provas foram todas bem feitas. Eram os próprios participantes que escolhiam quem saia e quem ficava, o que incentivava ainda mais as artimanhas e picuinhas entre os casais, ao mesmo tempo que eles tinham que agradar a plateia, já que a escolha na final é do público.

O único senão fica para o fato do reality ter sido todo gravado, editado e não ao vivo como na Fazenda e no BBB para acompanharmos tudo em tempo real. Sabe como é a Record, né? Se já com pay per view, a emissora manipulava descaradamente a Fazenda, quem não me garante que houve cortes de edição para favorecer um casal ou outro? As provas, por exemplo, não eram exibidas na íntegra, então nunca soubemos pra valer qual foi o tempo real de cada casal.

Agora que o Power Couple Brasil chegou ao fim e já estou me sentindo órfão, resolvi relembrar a trajetória de todos os casais confinados e fazer a minha própria avaliação (que eu costumo chamar de desgraçômetro) de cada um. Em ordem decrescente: do pior ao melhor. Que fique bem claro: é uma lista pessoal, então fiquem a vontade para concordar ou não com a minha opinião a respeito de todos os casais. Quem se destacou mais (positivamente ou não)? Quem jogou mais? Quem fez jus ao formato do programa e deu um show de entretenimento?

Simony e Patrick




Não adianta ter a Sonia Abrão como comadre para ficar puxando teu saco todo santo dia lá no programa dela. Não adianta ter a Gretchen como amiga convocando o seu público pelos seus 40 anos de carreira e os fã-clubes da Thammy e da Sula Miranda. Não adianta ser a mais "famosa" da edição. Nada disso adianta se você não tem o essencial e indispensável para todo participante de reality show: CA-RIS-MA. E carisma não se aprende, não se compra, não se finge. Nasce com a gente. Ou tem ou não tem. Simples assim. E a Simony mostrou um défici exorbitante de carisma. A cantora se cegou pela vitória e acabou se esquecendo de cativar o público com alguma qualidade positiva, sem qualquer apatia. Enquanto Laura e Jorge sabiam o que fazer com as câmeras do reality para despertar a torcida do público, Simony se perdeu em sua competitividade obsessiva (e bem agressiva), revestida num péssimo entretenimento. Enquanto Laura e Jorge estavam na maior parte do tempo felizes e sorridentes, Simony vivia sempre bufando com aquela cara de quem comeu e não gostou. Coitado do Patrick, viu!

Pietra e Mário Velloso



Me escapa completamente a motivação de um casal jovem, rico e bem-sucedido se meter numa enrascada dessas. Deve ter sido por isso que os dois não se esforçaram nem um pouco nas provas. De qualquer forma, não gostei. Mas também não detestei. Me foram indiferentes.

Tati e Gian




Mesmo morrendo na praia aos 45 do segundo tempo, eles pra mim saíram vitoriosos, com um desempenho único. Afinal, os dois nunca foram capazes de cumprir uma única prova direito e, mesmo assim, conseguiram sobreviver a TODAS as DRs. Os competidores perceberam que eles eram os mais fracos no jogo e sempre preferiram eliminar qualquer outro casal, deixando o casal salada de chuchu sem tempero chegar longe demais. Infelizmente, né? Pense num casal chato e sonso: Tati e Gian! Era "vida" pra cá, "vida" pra lá, "vai, vida!"... Um tédio! Quase dormi com os dois.

Emilene e Popó




O primeiro casal a ser eliminado numa DR. Uma pena, porque parecia ser um casal que traria mais brigas e entretenimento. O ex-lutador era engraçado, brincalhão e bateu de frente quando foi preciso (principalmente contra Túlio). E a esposa do Popó tinha uma vibe bem barraqueira.

Cristiane e Túlio Maravilha




O casal botox. "Túlio Maravilha, nós gostamos de você"... Nem tanto! Túlio sempre se mostrou bastante frouxo e submisso à esposa e não fez questão nenhuma de esconder que ela era quem mandava na relação. O que acabou sendo até divertido. Cristiane, por sua vez, também me deixou com uma imagem de ser bem dissimulada e falsiane e se continuasse na competição as intrigas aumentariam ainda mais. Imagina ela e Simony se aproximando ainda mais? Cruz credo!

Andréia Sorvetão e Conrado




Conrado acabou vilanizado por muitos, mas pra mim ele foi peça fundamental para movimentar o programa e causar várias reviravoltas. Estrategista, inteligente e manipulador, exercia total influência sobre todos os casais. Foi o líder da panelinha com Gretchen e Simony para tirar o casal Kamikaze e fazer de tudo para os três irem juntos para a final. Não por questão de amizade, mas sim por questão de jogo. Conrado percebeu que Laura e Jorge eram os mais fortes do jogo e fez de tudo para tirá-los da casa. Normal. Aquilo é um jogo, tem que tirar os mais fortes. Assim como também não teve pudor em trair a "amiga" Gretchen por pura estratégia. Um jogo sujo? É, pode até ser. Além do mais, tratava a Sorvetão (tão animada que dava vontade de dar um mata leão e trancar no quarto pra ter um mínimo de qualidade de vida) com um pouco de desdenho. Mas que foi um grande jogador, isso ninguém pode negar.

Gretchen e Carlos




Essa Maria Odete Brito de Miranda, viu... Ter a Gretchen em um reality show é garantia absoluta de diversão, barraco, memes, gifs e momentos inesquecíveis. Lembra quando ela desistiu da Fazenda e deixou a Viviane Araújo gritando aos berros "Mariiiiiiiiaaaaaaaaaaaaa"? No Power Couple Brasil, a rainha do rebolado foi responsável por outro grande momento que também já entrou para a história dos reality shows: quando surtou e explodiu com Jorge e Laura. E quando ela deu uma verdadeira aula de geografia (relembre aqui)? E ela sempre defendendo o marido? Sempre insistindo em dizer que é uma pessoa extremamente influenciável no Brasil? Que seu nome abre e fecha portas? Que tem 40 anos de carreira? Que tem um público enorme? Que seus fãs lhe apoiam em tudo? Sinceramente, acho que deveriam criar uma lei obrigando todos os realities com subcelebridades terem a Gretchen. Eu juro que tentei odiá-la no jogo (e motivos não faltou), mas suas pérolas compensaram tudo. Ainda mais por causa do seu marido Carlos, que tem 60 anos e atravessou o oceano. Que portuga maravilhoso e super simpático!

Laura Keller e Jorge



Não teve pra ninguém. Foram os donos da edição. Todo eixo do conflito do programa girava em torno deles. Numa final que reunia o casal mais popular contra a rejeitadíssima Simony, não poderíamos esperar nada diferente dos esmagadores 82% dos votos para o casal. Merecidamente. Isso porque eles eram "desconhecidos" e jamais iriam vencer porque "não tinham público", né Gretchen? Venceu quem jogou melhor, tanto para dentro quanto para fora das câmeras. Me passou a sensação que o casal Kamikaze conseguiu entender melhor a dinâmica do programa antes dos seus demais adversários. Eram 8 ou 80. Faziam apostas altas, perigosas, quase suicidas. Não tinham medo de arriscar. Jogavam pra valer. E sempre saiam vitoriosos em todas as provas. Consequentemente, despertaram a inveja e a ira de toda a casa pelo simples fato de estarem lá no topo, sempre vitoriosos e como o casal com mais dinheiro acumulado desde o início. Foram isolados e perseguidos pela maioria, mas em nenhum momento se fizeram de coitadinhos. Exemplo de cumplicidade e parceira mútua. Competitivos, provocadores, abusados, foi essa adrenalina louca que conquistou o público. Afinal, de nada adiantaria chegar na decisão e não ter um público votante para consagrá-los campeões.


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sábado, 28 de maio de 2016

Um elefante incomoda muita gente... O casal Kamikaze incomoda muito mais!



Desde os primórdios dos realities, quando Mari Alexandre foi chamada de pata por Alexandre Frota na Casa dos Artistas, que descobri que não tem nada melhor nessa vida do que subcelebridades ou aspirantes a celebridades presos em uma casa arrumando barracos homéricos. Faz tempo que não temos um bom reality. Salvo o recente ataque de Mara Maravilha em A Fazenda e a passagem de Ana Paula Renault no BBB16. Até que veio a Record com um novo reality, o Power Couple Brasil. E nossos problemas acabaram. Mais barraco do que em 16 anos de Big Brother Brasil e mais subcelebridade do que em 4 temporadas da Fazenda!

Vários casais de subcelebridades em diferentes níveis de desgraça disputam provas saídas diretamente de algum programa dominical cancelado antes mesmo de ir ao ar sendo obrigados a conviver todos juntos em uma aprazível mansão. Confesso que quando li essa pequena premissa fiquei bem desanimado, mas a dinâmica do jogo é muito boa. As provas são bem feitas. A produção faz de um jeito que, dependendo do desempenho alcançado, o casal pode até acabar brigando depois. Fora que o Justus está ali, botando uma lenha na fogueira. Sendo gente como a gente, querendo só fuá! #TeamTreta A eliminação: os participantes decidem quem fica e quem sai. Os 2 últimos casais no placar vão para uma votação pela casa para decidir qual será o casal eliminado. Outra coisa interessante é que os quartos melhoram de acordo com o placar, o casal que estiver em primeiro, fica no quarto mais luxuoso e assim gradativamente.

Alguns nomes já chamavam a atenção antes mesmo da estreia, causando boa promoção para o programa, como Gretchen (a Rainha dos Gifs) e seu vigésimo marido e Simony (sem o Fofão). As duas, porém, foram obliteradas pela presença magnética de Laura Keller. Apesar da moça ter sido a atriz mais procurada no Google em 2015, muitos telespectadores não estavam familiarizados com sua exultante figura. Aproveito o ensejo para entregar um pouco de contexto.

Laura Keller surgiu para o showbiz nacional como a Mulher-Múmia, um experimento pós-sociológico com o selo Kléber Bambam de qualidade. Entre 2009 e 2010, o ex-BBB arriscou uma carreira como cantor de funk. Por algum motivo que jamais ousaremos descobrir, suas dançarinas tinham figurinos de figuras do Antigo Egito: a Cleopatra e a já citada Mulher-Múmia.


Tenho certeza de que essa fase foi muito boa enquanto durou, mas Bambam não demorou em se distrair com outras coisas e Laura Keller resolveu candidatar-se a Miss Bumbum pela sempre instigante República de Curitiba. O ano era 2012 e nossa brava heroína infelizmente não levou o prêmio. Sabe quem também não logrou sucesso nessa mesma temporada? Andressa Urach, que amargou um segundo lugar. É curioso pensar que duas derrotadas da disputa se transformaram em fenômenos culturais do nosso tempo e praticamente ninguém lembra o nome da moça que levantou o caneco. "Os humilhados serão exaltados". Tá na Bíblia (só não sei em que versículo)!


Ela também fez o possível para emplacar como Musa das Olimpíadas de Londres na RedeTV!, mas o que acabou pegando mesmo foi o título de Ex-Mulher-Múmia. Ossos do ofício.


Não tardou para que ela descolasse uma vaga na Rede Globo. Afinal de contas, já era um currículo bem melhor que o do Bruno de Luca, né? E assim conseguiu papel de certo destaque no maravilhoso seriado Pé na Cova, escrito e protagonizado pelo grande Miguel Falabella.


Mas nada ajudou mais a projetar sua carreira do que um insinuante vídeo que caiu na internet.


A batalhadora cidadã cometia carícias (e outras coisitas mais que não mostrarei, pois esse é um blog de família) em uma outra senhorita enquanto a cena toda era filmada pelo marido. Foi a glória! Toda essa emocionante jornada trouxe o casal para o centro dos acontecimentos.

Agora, no Power Couple Brasil, Laura Keller e seu marido Jorge Sousa (uma curiosa fusão de Adauto de Avenida Brasil com Marcos Oliver do Teste de Fidelidade) mostram que nasceram com aquele brilho no olhar que apenas os grandes participantes de reality show possuem.



Mesmo pra quem não torce por eles, há de se admitir que todo eixo do conflito do programa gira em torno do casal Kamikaze (como os próprios se definiram por realizarem ataques "suicidas" no jogo para destruir os outros casais). Praticamente, não existe torcida de outro casal, apenas quem ama ou odeia Laura e Jorge (a primeira torcida tem sido bem mais ruidosa, algo parecido com o que vimos no BBB16 com o furacão Ana Paula). Mas porque esse casal conquistou, praticamente, toda a torcida da internet (e desse redator que vos fala)?

Laura e Jorge levam ampla vantagem sobre seus rivais e isso é algo legal de se assistir. O mérito, que fique bem claro, é todo deles e agrada ao público que acompanha as disputas do programa. Por serem mais jovens, mais preparados fisicamente ou simplesmente pelo seu estilo Kamikaze de se jogar de cabeça na adrenalina de cada disputa, os dois cativam pelo sangue nos olhos a cada prova. Mais vale torcer por um time que luta até o fim e não desiste nunca do que um David Luiz parado com cara de virgem vendo os rivais fazerem 7 gols, né? Eles tem brilho próprio e se entregam pra valer. O público tende a torcer por participantes isolados e que disputem as provas com gana e vontade. E o casal Kamikaze une esses dois fatores.

 Laura e Jorge arriscam, apostam muito e sempre se dão bem, vencendo todas as provas. E como quase tudo o que chega ao primeiro lugar, o casal é odiado pelos outros casais, que os atacam pelo simples fato de estarem lá, no topo, sempre vitoriosos. Os outros ficam torcendo para eles perderem. Não sei se é medo de perder o jogo para eles ou se é só inveja mesmo.

É comum que a competitividade de um reality transforme algum participante no "vilão recalcado" da edição. Conrado (marido da ex-paquita Andréia Sorvetão) se encaixa muito bem nesse papel. Ele surtou no jogo (alá Alberto Cowboy do BBB7) tentando eliminar seu adversário. Conrado fez de seu objetivo de vida vencer Jorge de qualquer maneira. Virou tipo o Cebolinha, que acorda e dorme pensando em roubar o coelhinho da Mônica com seus "planos infalíveis". O problema é que o Cebolinha sempre apanha no final. E o Conrado, ehr, bem... Cai de cara no pneu!



Se formos analisar o sentido feminilidade, acredito que Laura incomode todas as demais esposas pelo simples fato dela… ehrrrr… não ser exatamente bela, recatada e do lar. Entendem? Não sou mulher e posso estar falando uma bobagem enorme, mas acredito que a beleza e juventude de Laura cause algum incômodo na mulherada do confinamento. Fico sempre com a sensação que o guarda roupas e estilo despojado de se vestir e portar da Laura na frente dos maridos alheios cause uma certa vibe jogos mortais em algumas esposas do programa. Sabe aquela vizinha desinibida que os homens adoram e nossas esposas nos olham com cara de Simony? Então. A reação é exatamente essa quando a vizinha passa na nossa frente:


Prova disso é que, certa vez, Gretchen, Simony e Sorvetão se reuniram (como sempre) para falar mal da Laura e criticaram o vídeo íntimo dela que vazou na internet dizendo que ela era "liberal" demais. Interessante as três falarem isso da moça. O passado delas é muito exemplar mesmo.


O mais interessante do casal Kamikaze é que, mesmo isolados e preteridos pela casa inteira, eles não se fazem de coitadinhos perseguidos. Tudo bem que já estamos no meio do jogo e com a treta em andamento desde semanas atrás, mas a edição dessa terça (24) deixou bem claro que ambos os lados se provocam. Existe uma guerra fria naquela casa e com os dois lados se bombardeando. Como o programa não tem Pay Per View, ficamos reféns do que a edição nos mostrar. E o que passa na minha TV é o Conrado tentando derrubar os Kamikazes na panelinha do jogo com Gretchen e Simony e Laura e Jorge provocando seus rivais a todo momento. Chumbo trocado não dói, né? Os dois vivem se gabando e tirando sarro quando ganham. São dissimulados mesmo, provocam mesmo e não tão nem aí. E é justamente essa adrenalina sedutora do casal Kamikaze que dá toda graça e tempero no Power Couple Brasil.

E depois dos acontecimentos dessa terça (24), a guerra agora está mais do que declarada. Amiguinhos e amiguinhas, casais de todo Brasil, todos nós presenciamos o melhor episódio de Power Couple Brasil até aqui. Rezo todos os dias pra Santa Urach por mais baixarias como as dessa terça. Gretchen e seus amigos estavam comemorando a vitória em uma prova. Na verdade, a felicidade era mais pela derrota da ex-Mulher Múmia com o marido (o casal nunca tinha perdido uma prova). Como já falei, ninguém gosta deles dentro da casa. E aí foi aquela festança:



Vimos Grethcen tirando sarro do casal supostamente perdedor com musiquinhas, Conrado aliviando a próstata de tanta emoção de Laura e Jorge finalmente terem sidos derrotados e Simony loka do koo espumando de felicidade porque Laura deveria pagar o castigo de dormir no sofá pela primeira vez. "Arra urru o quarto power é nosso", comemorou Sorvetão e Gretchen aos berros. Esqueci que só eles podem comemorar quando ganham alguma prova, né?

Só que a ex-Mulher Múmia e o marido são mais espertos que toda a turma dos anos 80. Eles combinaram de não falar o resultado da prova deles e deram a entender que perderam a prova dos casais, quando, na verdade, venceram a disputa. Xeque-mate! Adorei essa trollagem do casal. Foi divertido de se assistir e movimentou bem o jogo. Fora que muita gente ali merecia. 

Na manhã do dia seguinte, o mundo da turminha dos anos 80 caiu. Jorge fez questão de entrar no quarto com ar de empáfia jogando balões mágicos na cara de todos que eles haviam vencido a prova. Todo mundo ficou com cara de bunda. Foram feitos de palhaços em rede nacional.


A intenção do casal, obviamente, era atingir a Simony, que bate de frente com a ex-Mulher Múmia desde o primeiro episódio. E, de fato, conseguiram, já que Simony bufou o programa todo. Adorei ver a cara sempre animada dela de quem estava com um trem da alegria no ânus.


Lógico que todo mundo ali ia ficar totalmente irritado e se sentindo provocado pelos Kamikazes. Sabem aquelas brincadeirinhas do Chuck Norris facts? Não entendo esse povo: eles reclamam se eles comemoram quando vencem, mas também reclamam se não comemoram. Vai entender...

Carlos se sentiu traído com essa situação e começou a chorar. De fato, foi mesmo. O vigésimo marido da Gretchen foi o único que estendeu a mão para o casal Kamikaze, enquanto eram ignorados pela casa inteira. Eles poderiam ter falado para ele, mas acredito que pensaram que contando para ele, automaticamente, a Gretchen saberia e contaria para a casa toda.

A rainha do rebolado viu seu boy sofrer e perdeu a cabeça. Partiu para o ataque. Surtou:


Peraí, pessoal, que eu tô passando mal aqui. Essa Maria Odete Brito de Miranda, viu... É uma máquina ambulante de fazer meme, incrível. Até agora estou tentando eleger qual foi o melhor momento de todo esse surto, se foi quando ela disse "Meu marido tem 60 anos, atravessou o oceano e tá passando mal" ou quando disse que ia unir seu fã-clube com o da Thammy e da irmã Sula Miranda pra colocar o Brasil contra o casal Kamikaze. Miga, sua louca, cai na realidade, pfv! Você só teve 343 votos quando se candidatou a prefeita em Pernambuco e acha mesmo que vai conseguir derrotar o casal Kamikaze com esses tipos de fandons pra te apoiarem?!



Gretchen seguiu criticando o casal: "Eles são mau caráter, gente de baixo nível e não servem para conviver comigo. Vou embora, não convivo com esse tipo de gente. Eles não prestam!". Não são eles que estão demonstrando não ter nível, né? A cantora disse que ia embora e começou a arrumar as malas. Eu já estava esperando algo na mesma proporção como quando ela saiu da Fazenda e deixou Viviane Araújo gritando "MARIAAAAAAAAA", mas Carlos a convenceu a não desistir do programa e que iria humilhar Jorge até o final, para ele pagar pelo que fez.



E se o clima antes estava ruim, agora ficou ainda pior. Na hora do almoço, Jorge e Laura estavam na mesa comendo e Gretchen pediu para Carlos e Conrado saírem de lá, deixando o casal sozinho. A rainha do rebolado disse que da comida que ela faz, eles não comem mais. Ela joga no lixo, mas não dá para Laura e Jorge. Logo ela, que, semanas atrás, criticou os outros participantes dizendo que isso não se faz. Miga, um copo d'água não se nega a ninguém. Depois, Gretchen aproveitou para alfinetar Laura: "Mau-caratismo e safadeza entra na hora de votar. Tenho medo de gente nesse nível, cobra, gente vagabunda". Laura ficou rindo e disse que ia se retirar da sala. Gretchen e Simony começaram a aplaudir dizendo que era melhor mesmo, que ninguém queria ouvir a voz dela. Abusada que só, isso só deu gás para a mulher de Jorge e ela disse que não sairia mais da sala e que tem preguiça de Simony. Eu também tenho, miga. Como Laura ficou, todas resolveram sair e a loira ficou sozinha. Antes só do que mal acompanhada!



Que venham mais barracos e baixarias. Porque eu não tenho nível e goxxxxxto disso!!!


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