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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Elenco ruim, casal fake e parcialidade da edição fazem do BBB17 o pior da história



A décima sétima temporada do Big Brother Brasil pode ser definida em duas palavras: catastrófica e esquecível. A seguir, confira alguns motivos que mostram que esse foi o pior BBB da história.

"Os Silva" e Cortez: As tradicionais (e maravilhosas) charges de Maurício Ricardo foram trocadas por uma família de fantoches, a família Os Silva. Dublada por Lúcio Mauro Filho e Heloísa Périssé, os bonecos tinham a função de tecer comentários e piadinhas sobre os participantes, mas nunca provocou um riso sequer. Pelo contrário, era constrangedor. O resultado foi o cancelamento do quadro em menos de um mês. E outro quadro sem relevância foi o comandado por Rafael Cortez, que simplesmente lia tweets de telespectadores do Twitter e tecia uma ou outra piadinha (sem graça) a respeito. Inútil. Uma besteira.

Elenco apático: O que move um bom reality show é, obviamente, o seu elenco, com a formação de alianças e ótimos embates, despertando picuinhas e rivalidades. O jogo bem disputado provoca um clima de tensão constante, ao mesmo tempo que não impede momentos de diversão. E absolutamente nada disso aconteceu na atual edição. Não houve qualquer tipo de vínculo mais forte entre os participantes e nem uma disputa que despertasse interesse. Foi uma temporada fria, sem alma. Os selecionados não criaram afetos no programa. Todos se aliavam por conveniência e os laços mudavam a cada paredão, de acordo com quem retornava da berlinda. Claro que um jogo que vale um milhão e meio de reais provoca interesses e disputas, mas nunca na história do reality houve tantas traições entre os competidores. Até mesmo a imunização do anjo era dada por interesse e não por afeto ou proteção. Se ainda movimentasse o jogo, mas não, pois todos fugiam de confrontos diretos. Não houve bons enfrentamentos e nem grandes discussões. Os populares barracos foram elementos extintos nessa edição, pois todos preferiam falar somente pelas costas e pela frente optavam pelo clássico fingimento. Um jogo baixo em vários sentidos. Foi um ano onde tínhamos que ir torcendo pelo "menos pior". Faltou se entregar ao jogo de verdade (um dos poucos focos de conflitos que despertou interesse foi Elis). Faltou entreter. Faltou lealdade. Faltou carisma.


Doutor Machista e Ninfeta má: Como nenhum participante conseguiu construir uma história própria, o relacionamento entre Marcos e Emilly segurou toda a edição do programa. O grande problema foi o rumo que esse relacionamento tomou. Já começou todo errado, lá na primeira semana, com Marcos querendo formar casal desesperadamente (tentou com Gabi Flor, mas não conseguiu) e tentando beijar Emilly à força. Tudo, porém, sendo tratado de forma bonita e romântica pela edição. Ao longo do BBB, o casal teve incontáveis DRs pelos motivos mais fúteis e não apresentaram muito em comum além do sexo (em um momento infame, Emilly perguntou o que Marcos via de positivo nela e ele respondeu "Você beija bem, transa legal"). O estopim foram as agressões físicas e psicológicas que Emilly sofreu do namorado, que, graças unicamente à pressão popular em alertar as autoridades e pedir uma averiguação, fez Marcos ser expulso (leia mais AQUI). Completamente fake e chato, o casal Mally abusou da nossa paciência.

Mr. Edição vs PPV: Nunca antes houve tanta discrepância entre o que era exibido pela edição da Globo e que o que se acompanhou no pay per view. A edição absurdamente tendenciosa serviu de base para, com a ajuda do apresentador, influenciar o público do sofá a pensar da forma como eles queriam, beneficiando claramente Emilly e Marcos, que foram os protagonistas dessa temporada em virtude da fraqueza dos concorrentes. Como os dois rendiam cenas para o programa, a equipe não se preocupou em disfarçar a preferência pelos dois, sempre os favorecendo o quanto podiam. É óbvio que em todo ano há, sim, momentos em que a atração prejudica uns e ajuda outros, montando quase um enredo de novela para o público. Isso sempre aconteceu. E muitas vezes nem há problema, pois deixa tudo mais atrativo. Porém, nessa foi tudo feito de forma explícita, sem qualquer preocupação com a credibilidade do formato, transformando Emilly e Marcos num casal perseguido e os demais em vilões. Falei mais sobre isso AQUI.


Interferências externas: Um programa arrastado e desinteressante no seu início, viu a trama se movimentar com a união amorosa de Emilly e Marcos. União esta que se concretizou após o apelo do público durante uma festa, onde tweets a favor do casal não foram poupados. Mas não era o Big Brother Brasil um programa de confinamento? Onde informações externas e qualquer tipo de contato com o "mundo" exterior era vetado? Pois muito bem, nessa 17ª edição não mudaram apenas o apresentador, como também várias regras básicas. Vimos e escutamos quase tudo nesse BBB: participantes falando de conversas com a produção, inúmeras idas e vindas ao confessionário sem explicações... Até o nome do Boninho foi jogado na fogueira esse ano! A criação do muro separando os lados, por exemplo, deixou evidente a intenção de favorecer Emilly, pois a mais votada pelo grupo seria "eliminada", mas posteriormente migraria para o lado mexicano, podendo trazer mais quatro pessoas. Era óbvio que a garota seria a escolhida, pois estava no paredão justamente por causa do voto da casa. Ou seja, ainda fizeram isso com uma votação popular em curso, deixando tudo mais escancarado, tanto é que até Emilly e Marcos chegaram a reconhecer, semanas depois, que foram beneficiados com isso. Não é a toa que a tag #BBBManipulado ficou diversas vezes entre os temas mais comentados do Twitter.

Apresentador parcial: Com a difícil missão de substituir Pedro Bial, Tiago Leifert tentou diminuir ao máximo as comparações com o seu antecessor: não fez discursos poéticos no momento das eliminações, ganhou uma mesa de controle para poder participar do jogo e tentou criar uma relação de amizade com os confinados. Errou (e errou rude!), porém, ao interferir no jogo com as sugestões que deu aos competidores, como quando a casa foi dividida em duas pelo muro e sugeriu que o lado mexicano deveria mentir sobre o líder da semana (Marcos) ao grupo rival, que acreditava que Marinalva tinha vencido a prova. Ou querendo transformar Elis na vilã da casa fixando nela o rótulo de "agente do caos". Na tentativa de mobilizar o jogo e orientar o olhar do público, Leifert só ajudou a manipular ainda mais o BBB a favor do casalzinho.

Entretenimento nada saudável: Tivemos racismo e intolerância religiosa (contra Gabi Flor), passando desde a narração de sexo explícito ("Goza na minha boca") à acusação de não pagamento de pensão alimentícia. O ápice foi a violência moral e psicológica de Marcos com Emilly, culminando na real intervenção da polícia no programa e na expulsão do participante. Esse BBB foi muito Black Mirror!


Torcida fanática: A cada edição, é assustador constatar o fanatismo das torcidas, comprovando como os valores andam cada vez mais invertidos. A permanência de Marcos e a eliminação do Ilmar com quase 56% foi vexaminosa e inacreditável. Depois de ter sido humilhado covardemente pelo ex-amigo e depois de tudo o que o médico fez, intimidando e acuando todas as mulheres, a torcida fanática do "casal" mais uma vez fez diferença e o deixou na casa. Entretanto, não era o maior absurdo dessa edição porque ainda estava por vir o paredão do último domingo (09), onde Marcos ficou e Marinalva foi eliminada com 77% dos votos, mesmo depois do show de horror e machismo protagonizado por ele em cima de Emilly. Difícil uma pessoa sensata não se indignar diante de tudo isso. Aliás, esse casal ter uma torcida tão forte já demonstra que a sociedade está bem doente. Um homem agressivo, descontrolador e dono da verdade e uma menina mimada, egoísta e arrogante. Que Deus nos acuda... Aliás, acho que é hora de rever o sistema de votação do BBB, pois não representa mais a vontade popular e sim a vontade dos fã-clubes que fazem mutirão.


2 comentários:

  1. Esse lixo, essa verme (desculpe vermes), nunca será uma diva como Ana Paula.

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