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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Os piores e inadequados títulos de novelas



Não sei vocês, mas todas as (poucas) vezes em que assisto A Lei do Amor me surge um questionamento na cabeça: o que tem a ver o título da trama com a história apresentada? Afinal, se houve alguma grande história de amor foi só lá nos capítulos iniciais, quando Pedro e Helô ainda eram vividos por Chay Suede e Isabelle Drummond. Desde que Claudia Abreu e Reynaldo Gianechinne assumiram os personagens, o casal protagonista virou coadjuvante dentro da sua própria história — não por culpa dos atores, que fique claro.

"Sagrada Família", o titulo original, expressava muito melhor do que "A Lei do Amor" o tema principal da novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. Seria um título irônico, claro, pois não há nada de sagrado na família Leitão, em torno do qual gira toda a história — pelo contrário, é cheia de podres, segredos, traições e pra lá de conturbada. Magnólia (Vera Holtz), a grande vilã da história e matriarca dos Leitão, além de todos os seus inúmeros pecados, é hipócrita, pois tenta passar a imagem de beata e vive falando de Deus. Foi capaz de muitas monstruosidades. Tudo, segundo ela, pelo bem da sua família.

Este tipo de problema é muito mais comum do que se imagina na teledramaturgia. Confira abaixo outros títulos inadequados de novela (seja por não terem nada a ver com a trama ou por serem bizarros):

Amor à Vida — A novela expôs preconceito, vingança, dramas pesados, além de ter apresentado muitos personagens com desvio de caráter, que tinham amor a tudo — ao dinheiro, ao sexo, a vilania —, menos à vida. São peças que não se encaixavam. O nome mais apropriado para a trama seria "Em nome do pai", que chegou a ser cogitado inicialmente, mas preterido pouco depois. O título tinha consistência, afinal, Félix (Mateus Solano) foi capaz de praticar inúmeras monstruosidades por causa da rejeição de sofria de César (Antônio Fagundes). Porém, optaram por "Amor à Vida", que fez sentido apenas em relação ao momento em que Bruno (Malvino Salvador) achou Paulinha (Klara Castanho) na caçamba e salvou sua vida.

Avenida Brasil — O nome apenas fez uma referência ao atropelamento de Genésio (Tony Ramos), que morreu quando Tufão (Murilo Benício) o atingiu com seu carro na Avenida Brasil, o que desencadeou toda a história da trama. Porém, se formos analisar todo o contexto, o título não teve absolutamente nada a ver com a história de vingança de Nina (Débora Falabella) e muito menos com o Divino Futebol Clube.

Sangue Bom — A trama das sete abordava o mundo midiático e o conflito da protagonista Amora (Sophie Charlotte) entre o "ser" e o "ter". Essa situação servia para movimentar todos os núcleos e apresentava a temática de uma forma dramática e bem-humorada ao mesmo tempo. O título pouco tinha a ver com a história, a não ser pela bondade excessiva de Bento (Marco Pigossi) ou então pela real identidade de Amora, que, no fundo, bem lá no fundo, sempre teve um "sangue bom". Entretanto, partindo dessa premissa, o nome serviria para qualquer novela, uma vez que personagens bons sempre fazem parte de uma história, assim como os maus. Mas em se tratando do conjunto da obra, o nome não combinou.

Alto Astral — Alguém, em pleno 2014, ainda dizia que fulano é "mó alto astral"? Ou que achou tal festa "super alto astral"? Fora o título pra lá de ultrapassado, a novela explorava tramas envolvendo fantasmas e espíritos de forma leve e cômica — tudo a ver com "Búú", título original da trama que foi preterido.

Fina Estampa — A novela, teoricamente, faria uma discussão sobre o ser e o parecer, a partir do momento em que Griselda (Lilia Cabral) ficasse rica e adotasse uma "fina estampa", onde se questionaria se o que vale mais é a aparência ou o caráter — como bem sugeria a abertura e o título da novela. Mas isso não aconteceu. Aguinaldo Silva se perdeu em seu mote inicial e a trama descambou para o absurdo.

Salve Jorge — Glória Perez disse que o título provinha de uma saudação a São Jorge, santo que nasceu na antiga Capadócia, na Turquia — onde parte da história se passava —, e que era o padroeiro do protagonista, Théo (Rodrigo Lombardi), muito usada nas religiões afro-brasileiras — o que acabou gerando uma campanha de boicote de muitos evangélicos. Porém, São Jorge mais parecia um pano de fundo, pois não exerceu nenhuma grande importância para a história, que falava sobre o tráfico de pessoas.

Balacobaco — Desesperada com o fracasso de sua novela Máscaras, a Record chamou Gisele Joras para adiantar os trabalhos de sua nova produção, que se chamaria "Passado Próximo". Mas, desesperada como só ela, a Record decidiu mexer na sinopse da novela e resolveu colocar na nova trama tudo aquilo que não tinha em Máscaras, que era uma novela bem sombria. E foi assim que a emissora transformou o drama de Gisele Joras em uma novela de (pseudo) humor com nome cafona, o que, é claro, não deu muito certo. Se a expressão balacobaco significar samba do crioulo doido, posso afirmar que a novela teve um título certo.

Da Cor do Pecado — Longe de mim querer pagar de politicamente correto e sair problematizando tudo, mas o título da trama é uma expressão que faz a mesma associação de que negro é igual a negativo, só que de forma mais subliminar, não recorrendo a termos como negro ou preto. Ela é usada como elogio, porém, para quem é cristão, pecar não é nada positivo, ser pecador é errado e ter a sua pele associada ao pecado significa que ela é ruim. Portanto, é simplesmente uma ofensa racista mascarada de exaltação à estética, direcionada a mulheres negras — caso da protagonista da novela, Preta (Taís Araújo), literalmente.

Malhação — A novelinha já deixou de ter uma academia como cenário principal há anos.

Antonio Alves, Taxista — O ano era 1996 e o SBT, em uma atitude ousada, resolveu estrear três novelas em um só dia e uma delas era a cafona (não só no nome) Antônio Alves, Taxista, que trazia Fábio Jr. como o personagem-título. Mais cafona do que colocar o nome do personagem principal no título é acrescentar a ele a sua profissão. É como se Rock Story se chamasse "Gui Santiago, o rockeiro".

Pícara Sonhadora — Título que dispensa comentários, enche o mundo de piadas (alguém aí pensou em "pica sonhadora"?) e que só mesmo o Silvio Santos para ter gostado e aprovado um nome desses.

A impressão que fica é que os autores estão cada vez mais deixando o título de suas produções de lado. Claro que a história é a principal preocupação para quem a escreve, entretanto, o nome da mesma não pode ser apenas algo decorativo. Precisa sim se encaixar com o que é mostrado ao telespectador na telinha.

E vocês? Se lembram de algum outro título ruim ou/e inadequado de novela? Comenta aí!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Deu a louca nos Silvios!



Que Silvio de Abreu e Silvio Santos são, respectivamente, um dos principais autores de novelas do país e o maior apresentador da TV brasileira, isso ninguém pode negar. O primeiro, que emplacou grandes sucessos como Guerra dos Sexos (1983), Cambalacho (1986), Rainha da Sucata (1990), A Próxima Vítima (1995) e Belíssima (2005), recentemente, recebeu a missão de assumir o posto de diretor de teledramaturgia diária da Globo. Passados dois anos, a gestão do veterano autor tem sido marcada por decisões controversas.

A primeira polêmica se deu quando decidiu adiar A Lei do Amor, que sucederia A Regra do Jogo, para colocar Velho Chico, que estava na fila das 18h, em seu lugar. Na época, se alegou que a história de Maria Adelaide Amaral tinha uma trama política muito forte, que seria comprometida se coincidisse com as eleições municipais de 2016. Outra razão comentada foi a mudança de estilo, deixando de lado as tramas urbanas e realistas, ambientadas em grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo; para abrir espaço para uma linha mais bucólica e regionalista, valorizando o nordeste brasileiro. Ao longo do tempo, porém, a motivação política para o adiamento de A Lei do Amor mostrou-se infundada, uma vez que Velho Chico, em sua segunda fase, teve fortes tintas políticas (que chegou até a ganhar mais espaço que o romance principal da trama em determinado momento). Na atual novela, o contexto político envolvendo a sucessão municipal em São Dimas não mostra nem 1% da força que deveria ter, além de ter virado uma grande galhofa  —  muito em função de embates envolvendo Luciane (Grazi Massafera), Mileide (Heloísa Perissé), Salete (Cláudia Raia) e Hércules (Danilo Grangheia) que, se eram para serem cômicos, missão realizada sem sucesso.


Mais recentemente, a atuação de Sílvio tem chamado a atenção pelo cancelamento ou alteração de sinopses de autores. O primeiro exemplo envolveu O Homem Errado, ideia original de Duca Rachid e Thelma Guedes, autoras que fariam sua estreia às 21h após A Força do Querer, próximo trem doido de Glória Perez. A trama teve a sinopse aprovada e estava com 12 capítulos prontos e bem avaliados, porém, foi cancelada sem maiores explicações. No lugar da dupla, assume seu lugar Walcyr Carrasco, o homem que nunca descansa. Pouco depois, a maravilhosa Lícia Manzo teve o projeto de sua história das 23h (intitulada Jogo da Memória) transformado em uma minissérie e adiado para meados de 2018. O lugar dela passou a ser ocupado por uma trama das novatas Ângela Chaves e Alessandra Poggi, que falará sobre a ditadura.

Alterações de ordem também têm sido constantes, como as antecipações das novelas de Izabel de Oliveira e Paula Amaral (Anos Incríveis) e Alcides Nogueira (Amor e Morte)  —  esta última jogou mais para frente a nova sinopse de Elizabeth Jhin, agora prevista para 2018. E ainda foram canceladas sinopses de Cláudia Lage (para a faixa das 18h), Rui Vilhena (com um projeto para as 19h), Maurício Giboski (que apresentaria uma novela sobre uma dupla sertaneja, também às 18h), Benedito Ruy Barbosa (cuja história mesclaria elementos religiosos e nazismo), Lauro César Muniz (que teve seu retorno à Globo anunciado, a convite de Abreu, mas os projetos foram cancelados) e Antônio Calmon. Por um lado, há a possibilidade de estas obras apresentarem possíveis problemas em função de elementos de suas tramas que poderiam afugentar o público, o que é até compreensível. Em alguns casos, as alterações podem surtir efeito, como no caso de Liberdade Liberdade, cuja autora original Márcia Prates foi substituída pelo roteirista Mário Teixeira em função de inconsistências no texto da primeira. Por outro lado, fica a sensação de desprestígio, dificultando que novos valores possam se consolidar, ainda mais se considerar que enquanto algumas destas obras sofrem alterações são arquivadas ou alteradas, tramas pífias como Sol Nascente, do veterano Walther Negrão, que já mostrava ser um sonífero desde as fracas chamadas, são aprovadas e até esticadas. Olha só como foi a apresentação especial da novela e me diga se você também não já pressentia o flop:


Outra atuação polêmica de Abreu diz respeito às alterações de rumo em novelas com problemas de audiência, como é o caso de Babilônia e A Lei do Amor. A primeira, cuja estrutura central já era fraca, teve seus núcleos de humor aumentados e núcleos promissores foram destruídos (como foi o caso de Alice/Sophie Charlotte, que se prostituiria e acabou virando uma simples mocinha e chata). A segunda, com uma espinha dorsal superior, também vem sofrendo com a descaracterização de seus núcleos, com o sumiço de personagens importantes e a mudança repentina na personalidade de alguns outros. Ambas viraram novelas Frankenstein. Boa parte dessas mudanças é reflexo dos resultados dos grupos de discussão promovidos pela emissora e estas alterações não estão surtindo efeito. Mas deve-se lembrar que Sílvio não é o único responsável, uma vez que Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari obedeceram a essas mudanças, prejudicando a condução do enredo  —  ao contrário do autor Benedito Ruy Barbosa e do diretor Luiz Fernando Carvalho, que bateram o pé e disseram que em Velho Chico Silvio não iria meter a mão.

A julgar pelos resultados apresentados, a gestão de Sílvio de Abreu como diretor de teledramaturgia vem trazendo mais erros do que acertos. É justo reconhecer que os outros horários (18h, 19h e 23h) estão cada vez mais sólidos, com novelas de sucesso. E não se está aqui questionando, de nenhuma forma, a competência do veterano autor, uma vez que há a intenção de acertar com essas mudanças, em algumas vezes até dando certo. Mas apenas deve-se registrar que a interferência de Abreu no planejamento da dramaturgia diária da emissora carioca vem se caracterizando por decisões erradas  —  em especial na agora frágil faixa das 21h, outrora a mais forte da Globo. Até porque, se nem as próprias novelas Silvio conseguiu salvar (como foi o caso do remake de Guerra dos Sexos), vai conseguir melhorar a dos outros?


Já o outro Silvio segue de férias nos EUA, mas a cabeça dele ainda está na Anhanguera, sempre matutando a grade (voadora) do SBT e ordenando novas mudanças. A nova ordem do patrão recai, novamente, sobre o Fofocando, que estreou às pressas para confrontar o bem-sucedido quadro Hora da Venenosa, do Balanço Geral, e já passou por inúmeras mudanças desde a estreia, seja no elenco (o Homem do Saco/Dudu Camargo saiu e entrou Décio Piccinini), tempo de duração ou horário de exibição, com direito ao formato sendo transmitido, durante alguns dias, somente para São Paulo. Depois de uma experiência matinal ainda mais fracassada, a produção retornou para as tardes, agora com o título Fofocalizando (!!!), logo após o Clube do Chaves (que vem registrando boa audiência, mas mesmo assim foi extinguido e dias depois já voltou ao ar). A impressão que fica é que o público do SBT realmente não está interessado num programa de fofocas, seja ele de manhã ou de tarde. Ou seja, por mais que Silvio Santos brinque de "escravos de Jô" com o programa, mudando-o de horário trocentas vezes, é muito pouco provável que ele consiga ir além do que já alcançou. Fora que mudar de horário o tempo todo não ajuda em nada o programa se estabelecer.

A maior bizarrice de Silvio, porém, foi quando resolveu escalar à queima-roupa um garoto de 18 anos  desconhecido e sem o menor preparo para apresentar o Primeiro Impacto em detrimento das excelentes âncoras Karin Bravo e Joyce Ribeiro, formadas e experientes no jornalismo. Falando na Joyce, a jornalista, junto com Patrícia Rocha, foi demitida pela emissora na última sexta-feira (20) depois de ter sido jogada de um lado para o outro no SBT. Dudu Camargo, porém, segue firme e forte na emissora, se dedicando ao bloco matinal do SBT Notícias, onde é campeão de vergonha alheia com suas dancinhas. SBT Notícias que, aliás, ganhou mais meia hora com a saída do Fofocando da grade matinal, ficando no ar até 8h30.

Como disse no início desse texto (ou melhor, textão), Silvio é o maior apresentador da TV brasileira e, mesmo aos 86 anos, continua divertindo e sendo a maior estrela do SBT. Porém, quando resolve se meter a diretor de programação, sai de baixo! Ele parece acordar e aí do nada tem uma ideia mirabolante e, sem nenhum planejamento, dá ordens, desrespeitando o público fiel de sua emissora e os funcionários que nela trabalham, e depois tudo acaba em merda. Foi graças a essa grade voadora que o SBT perdeu a vice-liderança em 2004 para a Record, que iniciou uma fase mais profissional e de vitórias após o sucesso do remake de A Escrava Isaura. A rasteira que tomou da rival culminou na surpreendente estabilidade da programação do SBT, voltando a ter índices na casa dos dois dígitos. Porém, se continuar assim com tantas mudanças bruscas, poderá perder novamente o segundo lugar isolado na audiência agora também.


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Prêmio Eu Critico Tu Criticas 2016


Chegou a hora de escolher os grandes destaques em 2016 no mundo das novelas, séries, seriados, minisséries, realitys e programas da TV aberta em 36 categorias. A votação será encerrada no dia 29/12 (quinta-feira) e o resultado será divulgado aqui no blog dia 31 (sábado), último dia do ano. Que vença os melhores... E os piores também!


Se não estiver conseguindo visualizar a enquete abaixo, clique nesse link AQUI.


terça-feira, 1 de novembro de 2016

10 profissionais globais que precisam urgentemente descansar a imagem


Quem é noveleiro de carteirinha como eu, sempre tem preferência por esse ou aquele ator. O mesmo acontece entre autores e diretores de novela. Esse chamego artístico, no entanto, é uma máxima que vem se intensificando nos bastidores de escalação de elenco. Não sei vocês, mas a repetição de elenco cada vez mais tem me cansado. Um personagem ainda está vivo na mente de todos e, menos de cinco meses depois, o seu intérprete já está de novo na telinha.

O repeteco de carinhas nas novelas bíblicas da Record é até justificado, afinal, o staff da emissora é bem reduzido quando comparado ao da Rede Globo. Em compensação, na Vênus Platinada, que possui um elenco numerosíssimo em todos os setores (dramaturgia, jornalismo...), é difícil engolir a repetição ininterrupta de determinados atores e atrizes em detrimento a muito profissional capacitado que fica excluído da escolha de casting para novelas e minisséries.


Confira alguns casos:

Giovanna Antonelli - Papel de uma golpista sexy? "Chamem a Antonelli!". Precisam de uma dona de casa que se descobre lésbica? "Liguem para a Antonelli!". Uma delegata lançadora de modismos? "Escalem a Antonelli!". Uma mocinha romântica jovem e brasileira com alma oriental? "Antonelli! Antonelli! Antonelli!". É assim que tem acontecido na Globo. Ela virou um curinga da teledramaturgia do canal. A atriz se molda aos mais variados perfis de personagens.

Rafael Cardoso - Saiu de um mocinho no horário das nove (Vicente, Império) para dois meses depois viver outro no das seis (Felipe, Além do Tempo); e agora já está no ar em Sol Nascente.

Thiago Leiffert - Acabou de estrear o programa Zero1 nas madrugadas de sábado (após o Altas Horas), mas também apresenta o The Voice Brasil (quinta-feira) e o É de Casa (nas manhãs de sábado). E, a partir de janeiro, estará à frente do BBB no lugar do Pedro Bial. Sério, já deu!

Cauã Reymond - Quem aí já está cansado de ver o ator vivendo sempre aquele mocinho revoltado/justiceiro/problemático/vingativo? É... Eu também! Só muda de nome e de trama!

Bruno Gagliasso - Assim como Cauã, é um dos galãs mais disputados pelos autores da Globo. O lado positivo é que este, ao menos, transita com destreza por papéis muito diferentes e diversificados entre si (homossexual, esquizofrênico, psicopata, serial killer, mocinho, etc).

Alexandre Nero - Enquanto Adriana Esteves e Mateus Solano ficaram quase três anos sem fazerem novelas após viverem, respectivamente, os inesquecíveis Carminha (Avenida Brasil) e Félix (Amor À Vida), o mesmo cuidado, porém, não foi tomado com Nero. Pouco mais de um mês após encerrar a marcante atuação em Império, começou a gravar A Regra do Jogo, com outro protagonista de peso. Antes, inclusive, o ator já tinha emendado Além do Horizonte com Império. Ou seja, nos últimos dois anos, o incansável Nero fez três novelas, uma quase colada na outra.

Camila Pitanga - Um dia encerrou Babilônia e já no outro começou a gravar Velho Chico com outra protagonista romântica no horário nobre. Sorte dela, que teve a oportunidade de se redimir da insuportável Regina junto ao público. Mas precisava mesmo de tamanha repetição?

Marina Ruy Barbosa e Bruna Marquezine - Taí duas atrizes jovens (e talentosas) chamarizes de audiência que vivem emendando um trabalho após o outro, sem parar. Desde 2010, ambas não ficaram um ano sequer fora do vídeo.

Walcyr Carrasco - Uma verdadeira máquina de fazer novelas. Assim podemos defini-lo. Walcyr é o escritor mais requisitado do momento na Globo, que sempre encomenda várias novelas a ele (ao contrário do que ocorre com seus colegas, que têm um período de férias bastante longo quando terminam seus folhetins). No caso do escritor, é praticamente uma novela atrás da outra. E ele já está produzindo a sinopse de outra novela para meados de 2017, no horário das nove, hein...

EM TEMPO: Domingos Montagner, enquanto esteve vivo, assim como Nero, Murilo Benício e Rodrigo Lombardi (e José Mayer e Tarcísio Meira em outros tempos), Domingos foi uma das principais figuras masculinas galãs de meia-idade da Globo. Ele vinha numa crescente de papéis importantes na TV. Velho Chico foi seu auge. Pena que uma tragédia levou esse grande talento.

Que fique bem claro: nenhum desses atores citados tem culpa de serem desejados por tantos autores e diretores. A questão aqui é outra: o desgaste na imagem de atores que emendam um trabalho no outro, gerando uma indevida overdose de exposição no vídeo. Com intervalo mínimo entre um trabalho e outro, o ator pode não ter o tempo necessário para compor o novo personagem. Corre o risco de apresentar uma performance repetitiva. Há outro ponto a ser analisado também: a percepção do público. Acompanhar o mesmo ator em produções sequentes gera uma sensação de déjà-vu, uma reação emocional de já tê-lo visto em situação semelhante.

Descansar a imagem que é bom, parece que ninguém quer mais. Dar oportunidade a novas caras ou até mesmo aproveitar o contingente de profissionais que sempre se destacam em papeis coadjuvantes, também parece um caminho difícil para os responsáveis em escalar elenco.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O Melhor e Pior da Semana (28/8 à 3/9)




   O MELHOR DA SEMANA   


Segunda semana de Justiça


Passado o efeito da estreia, a segunda semana de Justiça continua sua trilha de sucesso. O que foi aquele reencontro do Vicente e Elisa no episódio da segunda (29/8)? Jesuíta Barbosa e Débora Bloch em estado de graça de tão entregues a cena que misturava tensão, ódio, arrependimento e ressentimentos guardados à sete anos. Continua tirando o fôlego.

Elisa tem ataque de fúria com presença de Vicente (Foto: TV Globo)  Vicente chora muito no quarto de Isabela (Foto: TV Globo)

Na terça (30/08), destaque absoluto para Adriana Esteves, que já é a grande estrela da minissérie, com sua caracterização e composição incrível da sofredora Fátima (é o melhor episódio de Justiça, na minha opinião). O encontro dela com o filho, depois de ter sido assaltada por ele, foi o grande momento do episódio e me fez chorar litros. Vale destacar o talento promissor do Tobias Carriere, intérprete do Jesus, que brilhou de igual para igual com Adriana. 

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Drica Moraes, como esperava, foi a grande estrela do episódio de sexta (02). Ganhando mais tempo como a ex-cantora e atual esposa de Antenor (Antônio Calloni), candidato as eleições e responsável pela morte de Beatriz (Marjorie Estiano) e do qual Maurício (Cauã Reymond) está planejando se vingar. Mesmo assim, ainda não conseguiu me envolver com essa trama.

Outros atores que também são a alma da série, mesmo não sendo protagonista de nenhum dos episódios (e talvez por isso passem por todos deixando sua marca registrada na pele de um personagem muito diferente dos que viveram, até então): Leandra Leal, espetacular como a Kellen, vem dando um show de talento e esbanjando sensualidade; e Vladimir Brichta (Celso).

Primeiro beijo Shirlipe



Haja Coração está no ar há três meses e o único grande acontecimento foi a morte de Teodora (Grace Gianoukas). As tramas se repetem o tempo todo. Fica difícil imaginar o que a novela vai apresentar no tempo que falta. A única trama que ainda atrai algum interesse e que está salvando a trama é a que envolve o casal Shirlipe. Prova disso foram as lindas cenas do primeiro beijo deles. Sabrina Petraglia e Marcos Pitombo reafirmaram a química existente desde os primeiros olhares dos personagens. Cena muito linda com texto sensível. A espera valeu a pena!

     O PIOR DA SEMANA     


Luís Melo como japonês


O diretor da nova novela das seis, Sol Nascente, deu uma desculpa esfarrapadíssima para Luis Melo interpretar um japonês na trama: "não havia um ator com traços orientais experiente o suficiente para a responsabilidade de um papel central na trama". O que é uma tremenda bobagem. É só procurar. Basta ver Velho Chico, que se passa no nordeste e conta com vários atores realmente nordestinos em seu elenco que, mesmo alguns deles sendo estreantes e desconhecidos do grande público da TV, dão um show de atuação (Zezita Matos/Piedade, Renato Góes/Santo, Irandhir Santos/Bento e Lucy Alves/Luzia são alguns bons exemplos). Mas não. Acharam que bastava pegar qualquer ator, botar um óculos escuro nele para esconder os olhos não puxados, dizer algumas expressões japonesas a cada fala e pronto. Erraram rude!


Que Luís Melo é um dos mais respeitáveis atores da TV brasileira, isso é inegável. Mas não tem como disfarçar o erro grotesco que é colocá-lo neste papel. Ah, então quer dizer que apenas atores japoneses podem interpretar papéis japoneses? Não, não é isso. O público entende um ator carioca interpretando um personagem nordestino ou um paulista vivendo um gaúcho e tantas outras variáveis. Normal e perfeitamente possível, afinal, esse é o dom de ser ator, viver "vidas" diferentes da sua. Entretanto, o que foi feito em Sol Nascente é algo vergonhoso e fica pedindo que o telespectador abrace o mantra criado pela Glória Perez em Salve Jorge ("Vamos voar") para comprar a história (fraca, diga-se de passagem). O que mais ficou estranho, na verdade, foi ver um ator realmente japonês interpretando Tanaka na juventude. O que aconteceu com ele quando ficou adulto? Sofreu mutação genética? É forçar demais a barra, além de uma tremenda falta de respeito com atores de origem oriental que buscam espaço na TV.

Quanto à novela em si, não tenho nem o que falar porque ela não disse a que veio. Belíssimas imagens, trilha sonora excelente... Mas história que é bom, nada! O acontecimento mais relevante que aconteceu nessa primeira semana foi Mário (Bruno Gagliasso) e Alice (Giovanna Antonelli) se beijarem e ele se descobrir apaixonado pela amiga de infância. E só. Ai, que soninho... Esse clichê dos amigos de infância que se apaixonam não funciona mais nem em Malhação!

Estreia do X-Factor Brasil


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O tão aguardado X-Factor Brasil finalmente chegou à tela da Band na noite da segunda-feira passada (29). Tive, a princípio, desconfiança, afinal, a Band não se preocupa em oferecer ao público uma programação com opções de entretenimento e se apoiou no Masterchef como muleta para não cair de vez no nicho esportivo. E mesmo sendo a menina dos olhos da emissora, o reality culinário ainda consegue derrapar em qualidade com um número enorme de episódios, duração exagerada e edições mal construídas que me fizeram desgostar dele. Soma-se a isso o bafafá que foi as primeiras notícias sobre o descaso da produção do programa com os candidatos na audição em São Paulo (horas em fila sob o sol e poucos banheiros químicos foram alguns dos relatos). E agora, com o programa tendo estreado, surgem ainda mais reclamações, dessa vez de participantes que relatam estarem sendo forçados a mudar repertório e a fingir que são de outros estados para gerar identificação com o público desses locais.

E todas as minhas desconfianças iniciais se confirmaram após assisti-lo. Com uma ou outra exceção, o nível dos candidatos na estreia deixou (muito) a desejar. A grande maioria foi péssima, com muitas desafinações. E olha que eu nem entendo muito de música, hein... A simpatia da apresentadora (Fernanda Paes Leme) me pareceu extremamente forçada, assim também como as caretas e o estilo "malvadão" do jurado Rick Bonadio. Aliás, que júri mais frouxo. Detesto ver jurados que estão ali para humilhar candidatos gratuitamente (como nessa última temporada do MasterChef), mas ver jurados sem o mínimo de critério aprovando candidatos medianos pra baixo me faz imaginar que não valerá muito a pena acompanhar.

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