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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Deu a louca nos Silvios!



Que Silvio de Abreu e Silvio Santos são, respectivamente, um dos principais autores de novelas do país e o maior apresentador da TV brasileira, isso ninguém pode negar. O primeiro, que emplacou grandes sucessos como Guerra dos Sexos (1983), Cambalacho (1986), Rainha da Sucata (1990), A Próxima Vítima (1995) e Belíssima (2005), recentemente, recebeu a missão de assumir o posto de diretor de teledramaturgia diária da Globo. Passados dois anos, a gestão do veterano autor tem sido marcada por decisões controversas.

A primeira polêmica se deu quando decidiu adiar A Lei do Amor, que sucederia A Regra do Jogo, para colocar Velho Chico, que estava na fila das 18h, em seu lugar. Na época, se alegou que a história de Maria Adelaide Amaral tinha uma trama política muito forte, que seria comprometida se coincidisse com as eleições municipais de 2016. Outra razão comentada foi a mudança de estilo, deixando de lado as tramas urbanas e realistas, ambientadas em grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo; para abrir espaço para uma linha mais bucólica e regionalista, valorizando o nordeste brasileiro. Ao longo do tempo, porém, a motivação política para o adiamento de A Lei do Amor mostrou-se infundada, uma vez que Velho Chico, em sua segunda fase, teve fortes tintas políticas (que chegou até a ganhar mais espaço que o romance principal da trama em determinado momento). Na atual novela, o contexto político envolvendo a sucessão municipal em São Dimas não mostra nem 1% da força que deveria ter, além de ter virado uma grande galhofa  —  muito em função de embates envolvendo Luciane (Grazi Massafera), Mileide (Heloísa Perissé), Salete (Cláudia Raia) e Hércules (Danilo Grangheia) que, se eram para serem cômicos, missão realizada sem sucesso.


Mais recentemente, a atuação de Sílvio tem chamado a atenção pelo cancelamento ou alteração de sinopses de autores. O primeiro exemplo envolveu O Homem Errado, ideia original de Duca Rachid e Thelma Guedes, autoras que fariam sua estreia às 21h após A Força do Querer, próximo trem doido de Glória Perez. A trama teve a sinopse aprovada e estava com 12 capítulos prontos e bem avaliados, porém, foi cancelada sem maiores explicações. No lugar da dupla, assume seu lugar Walcyr Carrasco, o homem que nunca descansa. Pouco depois, a maravilhosa Lícia Manzo teve o projeto de sua história das 23h (intitulada Jogo da Memória) transformado em uma minissérie e adiado para meados de 2018. O lugar dela passou a ser ocupado por uma trama das novatas Ângela Chaves e Alessandra Poggi, que falará sobre a ditadura.

Alterações de ordem também têm sido constantes, como as antecipações das novelas de Izabel de Oliveira e Paula Amaral (Anos Incríveis) e Alcides Nogueira (Amor e Morte)  —  esta última jogou mais para frente a nova sinopse de Elizabeth Jhin, agora prevista para 2018. E ainda foram canceladas sinopses de Cláudia Lage (para a faixa das 18h), Rui Vilhena (com um projeto para as 19h), Maurício Giboski (que apresentaria uma novela sobre uma dupla sertaneja, também às 18h), Benedito Ruy Barbosa (cuja história mesclaria elementos religiosos e nazismo), Lauro César Muniz (que teve seu retorno à Globo anunciado, a convite de Abreu, mas os projetos foram cancelados) e Antônio Calmon. Por um lado, há a possibilidade de estas obras apresentarem possíveis problemas em função de elementos de suas tramas que poderiam afugentar o público, o que é até compreensível. Em alguns casos, as alterações podem surtir efeito, como no caso de Liberdade Liberdade, cuja autora original Márcia Prates foi substituída pelo roteirista Mário Teixeira em função de inconsistências no texto da primeira. Por outro lado, fica a sensação de desprestígio, dificultando que novos valores possam se consolidar, ainda mais se considerar que enquanto algumas destas obras sofrem alterações são arquivadas ou alteradas, tramas pífias como Sol Nascente, do veterano Walther Negrão, que já mostrava ser um sonífero desde as fracas chamadas, são aprovadas e até esticadas. Olha só como foi a apresentação especial da novela e me diga se você também não já pressentia o flop:


Outra atuação polêmica de Abreu diz respeito às alterações de rumo em novelas com problemas de audiência, como é o caso de Babilônia e A Lei do Amor. A primeira, cuja estrutura central já era fraca, teve seus núcleos de humor aumentados e núcleos promissores foram destruídos (como foi o caso de Alice/Sophie Charlotte, que se prostituiria e acabou virando uma simples mocinha e chata). A segunda, com uma espinha dorsal superior, também vem sofrendo com a descaracterização de seus núcleos, com o sumiço de personagens importantes e a mudança repentina na personalidade de alguns outros. Ambas viraram novelas Frankenstein. Boa parte dessas mudanças é reflexo dos resultados dos grupos de discussão promovidos pela emissora e estas alterações não estão surtindo efeito. Mas deve-se lembrar que Sílvio não é o único responsável, uma vez que Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari obedeceram a essas mudanças, prejudicando a condução do enredo  —  ao contrário do autor Benedito Ruy Barbosa e do diretor Luiz Fernando Carvalho, que bateram o pé e disseram que em Velho Chico Silvio não iria meter a mão.

A julgar pelos resultados apresentados, a gestão de Sílvio de Abreu como diretor de teledramaturgia vem trazendo mais erros do que acertos. É justo reconhecer que os outros horários (18h, 19h e 23h) estão cada vez mais sólidos, com novelas de sucesso. E não se está aqui questionando, de nenhuma forma, a competência do veterano autor, uma vez que há a intenção de acertar com essas mudanças, em algumas vezes até dando certo. Mas apenas deve-se registrar que a interferência de Abreu no planejamento da dramaturgia diária da emissora carioca vem se caracterizando por decisões erradas  —  em especial na agora frágil faixa das 21h, outrora a mais forte da Globo. Até porque, se nem as próprias novelas Silvio conseguiu salvar (como foi o caso do remake de Guerra dos Sexos), vai conseguir melhorar a dos outros?


Já o outro Silvio segue de férias nos EUA, mas a cabeça dele ainda está na Anhanguera, sempre matutando a grade (voadora) do SBT e ordenando novas mudanças. A nova ordem do patrão recai, novamente, sobre o Fofocando, que estreou às pressas para confrontar o bem-sucedido quadro Hora da Venenosa, do Balanço Geral, e já passou por inúmeras mudanças desde a estreia, seja no elenco (o Homem do Saco/Dudu Camargo saiu e entrou Décio Piccinini), tempo de duração ou horário de exibição, com direito ao formato sendo transmitido, durante alguns dias, somente para São Paulo. Depois de uma experiência matinal ainda mais fracassada, a produção retornou para as tardes, agora com o título Fofocalizando (!!!), logo após o Clube do Chaves (que vem registrando boa audiência, mas mesmo assim foi extinguido e dias depois já voltou ao ar). A impressão que fica é que o público do SBT realmente não está interessado num programa de fofocas, seja ele de manhã ou de tarde. Ou seja, por mais que Silvio Santos brinque de "escravos de Jô" com o programa, mudando-o de horário trocentas vezes, é muito pouco provável que ele consiga ir além do que já alcançou. Fora que mudar de horário o tempo todo não ajuda em nada o programa se estabelecer.

A maior bizarrice de Silvio, porém, foi quando resolveu escalar à queima-roupa um garoto de 18 anos  desconhecido e sem o menor preparo para apresentar o Primeiro Impacto em detrimento das excelentes âncoras Karin Bravo e Joyce Ribeiro, formadas e experientes no jornalismo. Falando na Joyce, a jornalista, junto com Patrícia Rocha, foi demitida pela emissora na última sexta-feira (20) depois de ter sido jogada de um lado para o outro no SBT. Dudu Camargo, porém, segue firme e forte na emissora, se dedicando ao bloco matinal do SBT Notícias, onde é campeão de vergonha alheia com suas dancinhas. SBT Notícias que, aliás, ganhou mais meia hora com a saída do Fofocando da grade matinal, ficando no ar até 8h30.

Como disse no início desse texto (ou melhor, textão), Silvio é o maior apresentador da TV brasileira e, mesmo aos 86 anos, continua divertindo e sendo a maior estrela do SBT. Porém, quando resolve se meter a diretor de programação, sai de baixo! Ele parece acordar e aí do nada tem uma ideia mirabolante e, sem nenhum planejamento, dá ordens, desrespeitando o público fiel de sua emissora e os funcionários que nela trabalham, e depois tudo acaba em merda. Foi graças a essa grade voadora que o SBT perdeu a vice-liderança em 2004 para a Record, que iniciou uma fase mais profissional e de vitórias após o sucesso do remake de A Escrava Isaura. A rasteira que tomou da rival culminou na surpreendente estabilidade da programação do SBT, voltando a ter índices na casa dos dois dígitos. Porém, se continuar assim com tantas mudanças bruscas, poderá perder novamente o segundo lugar isolado na audiência agora também.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

O Melhor e o Pior dos Programas de TV



E depois de muito atraso, enfim, chegamos a última retrospectiva de 2016. Já falei das melhores e piores atrizes, dos melhores e piores atores, do melhor e o pior da dramaturgia e hoje, para encerrar com chave de ouro, é sobre os pontos positivos e negativos dos programas de TV no ano passado. Confira!


            O MELHOR            



14º lugar: Ding Dong — Claramente adaptado do extinto Qual é a música?, do SBT, o quadro se revelou uma grata surpresa do Domingão do Faustão, trazendo vários nomes esquecidos atualmente do mercado musical com músicas inesquecíveis. É um quadro que uniu todas as gerações: provocou nostalgia nos mais velhos e fez os mais novos descobrirem que a música vai muito além dos MCs de hoje.

13º lugar: Dança dos Famosos — Mais uma vez, a competição de dança se mostrou o melhor quadro do Domingão do Faustão. É um entretenimento despretensioso e que conquista facilmente quem assiste. Essa temporada, em especial, achei a melhor e mais bem disputada de todas, graças às performances engrandecedoras de Sophia Abrahão e Felipe Simas. O formato segue com bastante fôlego!

12º lugar: Tamanho Família — Em meio ao sensacionalismo barato dos seus concorrentes, Domingo Show e Domingo Legal, Tamanho Família provou que é possível divertir e emocionar sem exagerar na apelação. Despretensioso, conseguiu agradar toda a família (que, tradicionalmente, se reúne aos domingos no sofá durante o almoço). O apresentador, aliás, continua afiado e muito seguro com o microfone na mão. Popular e fanfarrão, no estilo de quem não tem vergonha, Marcio Garcia, realmente, fez falta na função.

11º lugar: Zorra — Em seu primeiro ano, lá em 2015, ele já havia enveredado pela política, explorando o tema da corrupção em alguns quadros. Mas foi na estreia da segunda temporada, agora em abril do ano passado, que o humorístico mostrou a intenção de ir fundo no assunto, com referências óbvias e, às vezes, explícitas aos principais personagens de Brasília. Se aproveitando do caos da política brasileira em 2016, o programa pintou e bordou, divertindo com um texto esperto e ganhando cada vez mais relevância.

10º lugar: Programa do Jô — Jô Soares fez a última temporada de seu programa com um vigor impressionante. Talvez para fechar este ciclo com chave de ouro, sua produção não economizou nos convidados e nas atrações. Sempre em ritmo de despedida, Jô recebeu grandes personalidades e fez entrevistas antológicas, com destaque para Fausto Silva, Roberto Carlos e Ziraldo, seu último convidado, que transformou o episódio final do Programa do Jô numa grande homenagem ao multiartista. O programa saiu de cena por cima, mostrando porque ainda era o melhor talk show da TV brasileira. Fará falta!


09º lugar: Conexão Repórter — A única coisa que se salva no jornalismo do SBT. Neste ano, em especial, Roberto Cabrini, sempre competente, deitou e rolou no vasto noticiário que marcou 2016. Realizou entrevistas exclusivas e envolventes com figuras como Dilma Rousseff, Eduardo Cunha, Garotinho e aquela jovem que foi estuprada por mais de 30 homens no Rio de Janeiro; viajou para a Colômbia para cobrir o local da tragédia aérea que envolveu dezenas de jornalistas e jogadores e dirigentes da Chapecoense; entre outras reportagens interessantíssimas, como dos narcotraficantes e prostituição infantil. Sempre com muita seriedade e dando a sua marca especial para cada reportagem.

08º lugar: Amor & Sexo — A Família Tradicional Brasileira ficou em polvorosa, pois o Amor & Sexo voltou ainda mais picante em 2016. A atração deixou para trás a busca de romper tabus relacionados aos temas indicados por seu título. O amor e o sexo foram só pretextos para outro show. A guinada, positiva, foi a marca da temporada, que abraçou de vez a causa da diversidade, sabendo discutir o preconceito com muito bom humor e irreverência. Não que o programa fosse ruim antes, pelo contrário. Mas esse era um pulo do gato necessário para evitar o esgotamento. Além disso, Fernanda Lima é uma excelente apresentadora. Conquistou com muito mérito o bom lugar que tem hoje na televisão.

07º lugar: Nova Escolinha — Mais uma temporada pra lá de bem-sucedida. Em tributo a Chico Anysio, a Nova Escolinha do Professor Raimundo provou que a TV tem história e, em meio ao saudosismo, resgatou o velho humor sem perder a tradição. Os bordões, personagens caricatos, piadas de duplo sentido e politicamente incorretas e infantilidades voltaram com tudo. As piadas parecem ser as mesmas de sempre, só que acompanhado por um frescor moderno, ou seja, inovaram e renovaram o texto sem perder a essência dos personagens originais. Além de apresentar um excelente texto, o maior acerto da Escolinha está no elenco homenageando os grandes nomes que fizeram história na famosa sala de aula. Escolhido a dedo, alguns atores e humoristas parecem ter nascido para o papel, num encaixe perfeito.

06º lugar: Programa do Porchat —  A Record optou por entrar nesta onda de talk shows na madrugada e apostou no talento do jovem Fabio Porchat, escolha mais do que acertada. O formato é o mesmo dos similares, mas tem na presença de Porchat o seu diferencial. Divertido, irreverente, rápido e carismático, ele comanda seu programa com grande presença de palco e, tirando leite de pedra às vezes, seus bate-papos sempre arrancam boas risadas. A única pessoa capaz de simular um boquete em uma esquete com Roberto Justus e fazer a Xuxa voltar a ser interessante merece todo o nosso respeito.

05º lugar: MasterChef Profissionais — Sucesso de audiência e repercussão, o programa manteve as características vitoriosas da franquia, com boas provas e as presenças sempre marcantes do trio Paola Carrosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça, além da apresentadora Ana Paula Padrão. Mas ganhou um tômpero especial com seus participantes, todos chefs profissionais, o que dava uma dimensão ainda maior a cada erro ou falha do concorrente. Mesmo que a Band ainda use e abuse (exageradamente) da franquia, o fato é que MasterChef Profissionais garantiu uma interessante sobrevida ao programa.


04º lugar: Power Couple Brasil — A grande (e melhor) estreia da Record em 2016. Ao longo de quase três meses, acompanhamos oito casais de ex-famosos e pretensos famosos convivendo em uma mesma casa enquanto disputavam várias provas e tentavam arruinar ainda mais a vida uns dos outros. Embora, à primeira vista, a gente se pergunte "quem são?" ao ver a grande maioria desse povo desconhecido, foi o melhor elenco reunido em um reality como a tempos não se via. Todos os participantes, gostando ou não, foram interessantes (destaque para o maravilhoso casal Laura e Jorge, o surto de Gretchen e a derrota da Simony). A dinâmica do jogo foi muito boa e as provas foram todas bem feitas. Empolgou e divertiu como entretenimento descompromissado. Ansioso para a próxima temporada!

03º lugar: Tá no Ar — Mantendo o alto padrão em 2016, o programa não aliviou para ninguém e riu, com coragem, de tudo que há de exagerado, sensacionalista e ridículo na TV brasileira. Da esquete sobre os maiores spoilers das séries dos últimos tempos, passando pelo encontro de todas as Helenas do Manoel Carlos, até a participação de Carlos Alberto da Nóbrega que levou A Praça É Nossa para o plim plim, não há mais amarras em Marcelo Adnet e Márcio Melhem. Aliando inteligência, humor e ousadia, o programa se diferencia de tudo que há na televisão pela capacidade de se posicionar politicamente sem deixar de divertir a audiência com esquetes que quebram a barreira do brilhantismo. Que venha a próxima temporada!

02º lugar: The Voice Kids — A versão infantil do The Voice não foi exatamente um concurso musical, como prometia, mas ofereceu um entretenimento da melhor qualidade, perfeito para quem estava diante da TV no início da tarde aos domingos. Tudo flui melhor: as crianças, talentosas e lindas, os técnicos, sensíveis e com boa empatia com os meninos e meninas (destaque para Ivete Sangalo, sempre tão espontânea, inteligente, engraçada e com ótimas tiradas), o apresentador, a edição, a montagem… Tudo no The Voice Kids apresentou uma qualidade satisfatória, emocionando e explodindo em fofura em todos os momentos.

01º lugar: Ana Paula no BBB16 — Munik foi a grande vencedora do BBB16. E quem se importa? A verdadeira protagonista e vencedora moral da edição do ano passado do reality teve nome e sobrenome: Ana Paula. Goste você dela ou não, o fato é que há muitos anos não víamos uma participante tão incrível e lacradora como Ana Paula. Ela fez história e levou o programa inteiro nas costas, tirando o BBB do tédio e deixando um legado de surtos, barracos, bom-humor, bebedeiras, bordões (Olha elaaaaaa!) e, principalmente, bom entretenimento. Falei sobre Ana em várias matérias: Ana Paula foi o maior trunfo e a maior ruína do BBB16Ana saiu da vida para entrar na históriaAna Paula: heroína vingativa ou vilã surtada?A volta daquela que foi sem nunca ter sido... Que o BBB17 nos traga outra grande protagonista.


               O PIOR                



14º lugar: Vídeo Show — O clássico programa vespertino da Globo voltou a dar dor de cabeça para os diretores da emissora. A apresentadora Monica Iozzi não refrescou tanto assim o programa em termos de audiência, mas é inegável que ela colaborou para dar uma nova cara e um novo rumo ao programa. A dupla que formava com Otaviano Costa funcionava. Mas ela saiu, o canal fez inúmeros testes para encontrar uma nova apresentadora e a escolhida, Maíra Charken, simplesmente não funcionou. Ou seja, a emissora errou ao escalar outra atriz com veia cômica para substituir Iozzi, pois ficou parecendo que Maíra imitava sua antecessora. Logo a dupla foi desfeita, o Vídeo Show virou um samba do crioulo doido num rodízio de apresentadores, até fixar Joaquim Lopes ao lado de Otaviano. Nada adiantou, Vídeo Show voltou a perder para a Record e a atração fica cada vez mais desinteressante, repetitiva e descaracterizada.

13º lugar: Daniela Mercury como jurada do Superstar — O Superstar já teve uns jurados chatos como Dinho Ouro Preto (que não falava nada com nada), Fábio Jr. (que não sabia o que estava fazendo lá) e até a Sandy, mas a Daniela ganhou disparadamente de todos esses. Primeiro, que ela sempre se complicava na hora de votar. Parecia que não entendia muito bem os botões que tinha de apertar, votava "não" quando queria o "sim"... Fora isso, a cantora queria aparecer e chamar a atenção a todo momento, o que só causou vergonha alheia em quem assistia. O programa já era chato, com ela ficou ainda pior.

12º lugar: Panico na Band — Chega a ser triste constatar que um programa que já foi a representação da renovação do humor mostra-se incapaz de se reinventar e passou mais um ano se apoiando no tripé bunda-humilhação-escatologia que parece divertir apenas os diretores do programa. Mesmo "reformulado", continua a mesma porcaria de sempre. O Pânico não tem mais graça e agora só dá constrangimento mesmo de tão tolo e grosseiro que é. E ainda perdeu terreno para o Encrenca, outro programa que também não tem muita graça, mas que está dando mais audiência que ele.

11º lugar: Programa Xuxa Meneghel — Passa ano, entra ano e ele sempre figura em matérias que versam sobre o seu fracasso ou sobre o fato da Record estar arrumando maneiras de trazê-lo de volta à vida. Xuxa confirmou na Record que é apenas uma celebridade que serve para estampar capas de revistas de celebridades e engrandecer os programas dos outros. Não traz brilho para o seu próprio programa, não envolve mais o telespectador e nem desperta interesse para acompanhá-la na semana seguinte.

10º lugar: Adnight — Quando a Globo anunciou que teria um novo talk show apresentado por Marcelo Adnet, acreditava-se que viria uma atração que seria uma resposta da emissora aos novos talk shows que surgiram nos últimos tempos, os ótimos The Noite e Programa do Porchat. No entanto, quando entrou no ar, Adnight mostrou-se sem nenhum "talk" e um "show" um tanto sem graça. Muita parafernália numa atração excessivamente roteirizada e ensaiadinha, fazendo tudo soar asséptico e sem nenhuma emoção. Um programa sem propósito e que desperdiça o talento de Adnet. Poderia não voltar mais, mas terá nova temporada em 2017. Se sua produção se convencer de que menos é mais, talvez tenha alguma solução.


09º lugar: Domingo Show — Um show de chororô na TV brasileira. Todo domingo, Geraldo Luis conta uma história "do povo que emociona o telespectador". Tragédia. Desgraça. Miséria. Pobreza. Subcelebridade afastada da mídia que enfrenta problemas financeiros. Tudo isso, em exceso, cansa.

08º lugar: Batalha dos Cozinheiros — Programa errado, no dia errado, no horário errado. O reality culinário bateu de frente com o bem-sucedido MasterChef, da Band. A emissora escalou uma atração semelhante no mesmo dia e horário do concorrente direto. Tal estratégia estapafúrdia comprometeu a Record. A nova aposta da Record também não apresentou nada de atrativo. A dublagem de Buddy Valastro foi pavorosa. A voz do dublador combinou em nada com o gringo. O chef parava de falar e a voz ainda saía da sua boca! Foi estranhíssimo acompanhar uma disputa com brasileiros e um apresentador dublado.

07º lugar: The X Factor Brasil — Tentativa da Band de entrar na seara dos reality shows musicais, a versão brasileira de The X Factor mostrou-se um grande equívoco. A repercussão negativa começou na primeira audição, marcada por muita desorganização, e a impressão seguiu por toda a trajetória da atração. Jurados fracos, apresentadora insossa, competidores sem brilho e repercussão quase zero fizeram de X Factor um programa para ser esquecido. Mas vai vir nova temporada em 2017. Vai vendo…

06º lugar: Glória Pires no Oscar — O mico do ano! Glória, definitivamente, tal como sua Beatriz na pavorosa Babilônia, não estava "disposta" a fortalecer a cobertura do Oscar 2016 na transmissão da Globo. Pouco à vontade na transmissão e totalmente monossilábica, com comentários do tipo "Curti", "Não curti""Médio", "Não sou capaz de opinar!". Disse filmes que nem concorrendo ao Oscar estavam. "Não assisti!", disparou a atriz sobre alguns concorrentes. Visivelmente, a atriz não estava bem. O telespectador ficou extremamente irritado com a displicência. Um verdadeiro desastre (involuntariamente divertido, não vou negar)! As redes sociais inundaram de críticas e tiraram sarro da performance da Glória Pires.

05º lugar: Silvia Abravanel no Bom Dia & Cia — Essa mania do Silvio Santos de colocar todas as filhas para apresentar programas no SBT já passou bem dos limites. Patrícia Abravanel virou estrela do canal à força, de tanto ser colocada nas mais diversas atrações por seu pai. Outra que foi pelo mesmo caminho é Silvia, que atualmente comanda o Bom Dia & Cia. Acontece que ela não tem o menor jeito para apresentar. É durona, apática, não é engraçada, sem aquele jeitão de "tia da criançada", carisma zero. Triste geração que não acompanhou o Yudi e a Priscila e a Maísa e é obrigada a aturar a Silvia no programa...


04º lugar: Fofocando — Criado a toque de caixa para fazer frente ao Hora da Venenosa, da Record, ainda não disse a que veio (e nem vai dizer). A atração uniu Leão Lobo e Mamma Bruschetta, que traziam notícias tiradas de sites da internet, e ainda enfiou o tosco Homem do Saco (que é o Dudu Camargo) para fazer volume por ali. Como o programa patinou, tratou de reforçá-lo com as presenças de Léo Dias, que finalmente trouxe notícias exclusivas por ali, e Mara Maravilha, que parece orientada a criar polêmicas a qualquer custo. O resultado é um programa tolo, artificial e engessado, que chega a irritar e que derrubou a boa audiência vespertina do canal. Por conta do fracasso, se tornou gravado e foi deslocado para a faixa das 8 da manhã, o que só piorou ainda mais a audiência e o coloca cada vez mais perto do fim.

03º lugar: João Kleber Show — Após extinguir o Você na TV, João Kléber bem que tentou se reinventar e deixar de lado seu estilo pitoresco de fazer TV. Porém, o apresentador não foi bem-sucedido com o João Kleber Show, quando resolveu adotar uma postura e formato diferente do que o seu público estava acostumado a ver, apostando em shows de calouros (ainda que bem mequetrefes). De olho nos ponteiros negativos do Ibope, João retornou aos moldes de outrora e pisou fundo dessa vez na baixaria, na tosquice e na apelação. Destaque para a volta dos famosos segredos "surreais e impressionantes", como o da esposa que revelou que dá sonífero para o marido para poder sair e dançar o ritmo "Ragatanga", e das pegadinhas picantes no estilo Teste de Fidelidade. Um lixo total! Alguém tem coragem de assistir?

02º lugar: Gugu abrindo o mausoléu de Dercy — Já não bastou escandalizar o país com a farsa do PCC, lá em 2003, quando ainda estava no comando do Domingo Legal, e amenizar a culpa de psicopatas assassinos como Suzane Von Richthofen e o goleiro Bruno com entrevistas que os transformavam em celebridades bonitinhas e dóceis, Gugu resolveu abrir o túmulo de uma ícone da TV brasileira, Dercy Gonçalves, para conferir se a finada teria sido enterrada com o caixão em pé. A patifaria ganhou ar de mistério, investigação e lenda urbana. Era para ser uma "homenagem", mas não passou de uma exploração barata da imagem da Dercy. Com tamanha aberração e desrespeito girando em torno dela, Gugu conseguiu, mais uma vez, quebrar a barreira do sensacionalismo, do ridículo e mau gosto na TV. Lastimável!

01º lugar: Dudu Camargo no Primeiro Impacto — Assim como o Fofocando, o Primeiro Impacto foi outra atração criada a toque de caixa por Silvio Santos. Como o jornalístico apresentado por Joyce Ribeiro e Karyn Bravo não conseguiu fazer frente aos noticiosos de Globo e Record no horário, Silvio resolveu "causar" e tratou de substituir as veteranas jornalistas por Dudu Camargo, um rapaz de 18 anos e sem a menor experiência. Sem repertório para comentar as notícias, Dudu fez do noticioso uma grande piada, chegando a dançar (quer dizer, se retorcer como uma lagartixa com câimbra) funk no programa em vários momentos. Uma das metas foi cumprida: o apresentador levou o noticiário a repercutir muito na internet e até quem não conhecia o jornal matinal do SBT passou a conhecê-lo. Pena que a repercussão foi bastante negativa e ainda não teve efeito nenhum no Ibope, que segue em baixa. Joyce e Karyn, felizmente, acabaram voltando para a bancada, mas Dudu seguiu ali, fazendo a credibilidade da atração ir ladeira abaixo. Nesta semana, o SBT anunciou o fim do Primeiro Impacto, mas Dudu Camargo seguirá "firme e forte" no horário, participando do revezamento de apresentadores do SBT Notícias. Eu dispenso!

Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse humilde redator que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...


domingo, 4 de dezembro de 2016

O Melhor e Pior da Semana (27/11 à 3/12)




   O MELHOR DA SEMANA   


Décimo episódio de Supermax


Desde o início, sempre tiverem alguns comentários alertando que o episódio 10 seria o melhor de todos de Supermax. E não é que é verdade (pelo menos, até agora, já que ainda faltam o penúltimo e o último)?

A volta no tempo mostrou que tudo aconteceu, relativamente, a pouco tempo (2008), sem ter toda uma mitologia muito mais antiga, que eu acreditava que seria o norte de tudo. O foco sendo em Mauro e Nonato foi muito interessante, pois temos um que quer descobrir o que está acontecendo de errado na obra de construção da Supermax e o outro que acredita que a peste é causada pelas prostitutas, que, por sinal, foram outras personagens muito boas no episódio 10. Finalmente, tivemos algumas respostas, como a questão do vírus que era transmitido através da mosca, e que esse vírus causa agressividade e que seu hospedeiro não sente medo ou dor. E neste ínterim tivemos a questão de a empresa realizar uma completa queima de arquivo, eliminando tudo referente ao vírus, isso incluindo até a equipe de filmagem de Mauro que fazia o documentário sobre a cidade. Com uma revelação também relevante para a história: o renascimento de Baal, um antigo "deus" da Bíblia que estava de volta a terra para levantar o seu exército.

Filho. Supermax – Capítulo 10.  2016-11-29-2

O fato de Nonato ter sido o receptáculo de Baal foi algo completamente coerente, pois ele era um homem que prezava pela fé e pelos bons costumes e que Deus iria cuidar dele e de sua família a todo custo e, de uma hora para outra, toda sua família é destruída pelo vírus e ele consegue ser o único sobrevivente. Nonato abandonando a Deus e abraçando com toda força as trevas se mostrou algo que poderia acontecer a qualquer um. Baal se aproveitou de todo sofrimento e desespero de Nonato e usou isso a seu favor. E tenho que admitir que foi extremamente triste ver Nonato sacrificando seu filho e perguntando para Deus porque ele salvou Isaque, mas não salvou seu filho. Cena dilaceradora. Simplesmente não tinha como não compadecer da dor dele e concordar com todo seu discurso. Atuação estupenda de Márcio Fecher.

Se formos analisar pela história da demonologia e das teorias pagãs, podemos concluir que Baal espalhou o vírus para recrutar soldados para o seu lado por ter a cura para o vírus e assim conseguir criar seu exército de 450 profetas, que, neste caso, ele precisa das mulheres para procriarem, o que podemos ver na questão das prostitutas irem para o lado dele e serem aquelas que estão em constante trabalho de parto (e também por terem raptado Bruna). De qualquer forma, agora indo para a parte técnica, posso dizer que este episódio foi disparado o melhor que foi apresentado até o presente momento. A ambientação usada, com trabalhadores e prostitutas, em um ambiente que de certa forma era degradante e que facilitava bastante a proliferação do vírus, foi muito agradável de ver, principalmente por sair daqueles corredores fechados e escuros. As atuações foram bem superiores a todas que fomos apresentados até o presente momento, de forma que eu fiquei muito mais interessado em acompanhar a saga de Nonato/Baal do que termos que voltar para o presídio de novamente com as atuações, no geral, canastronas de parte do elenco.

Baal. Supermax – Capítulo 10.

Acredito que a série não precisava ter feito vários episódios para chegar até aqui, pois tivemos muitos episódios que praticamente só enrolou e este, que tinha uma grande história, ficou renegado a praticamente ao final, tendo apenas mais dois episódios para se ver todo o desdobramento do que Baal pode fazer com o pessoal que ainda está no presídio da Supermax. O episódio foi excelente, mas senti que veio um pouco tarde demais, já que poderia ter vindo mais cedo para desconfundir a cabeça dos telespectadores e dar um ritmo mais frenético a trama, pois, tirando o sexto episódio, esse foi o mais tenso até o presente momento; o que é uma pena, pois a série tinha potencial para explorar ainda mais, já que ela não tinha amarras para tratar vários temas de forma nua e crua. Fica um gostinho de decepção.

Virada de Nada Será Como Antes


Verônica flagra Saulo com outra mulher (Foto: TV Globo)

Nada Será Como Antes ganhou muito quando deixou de lado as longas cenas de sexo e nudez para investir nas boas histórias que tem para contar. Débora Falabella e Murilo Benício ganharam ótimas cenas com os novos dilemas entre Verônica e Saulo na disputa pela guarda do filho da atriz. Difícil não se emocionar. Eu sou #TeamVeronica e #OdeioSaulo! Também é preciso elogiar Cássia Kiss, que mostra, mais uma vez, que faz qualquer tipo de personagem, por mais pequeno que seja. A interpretação dela como a simplória Odete chega a ser comovente. Sem falar na boa sintonia que tem com Bruna Marquezine, sua filha na série.

Senador Venturi


Venturini denuncia Mág (Foto: TV Globo)

Mesmo que toda a história de corrupção e política na novela venha sendo tratada de forma caricata e superficial, Otávio Augusto está mandando super bem como o senador César Venturi. Um tipo bufão, de comédia, ao mesmo tempo, detestável e risível. Uma sacada de gênio dos autores na cena desse sábado (3), em que Venturi se recusa a ir preso e dá o maior chilique, se atracando com os policiais e gritando que é cardíaco. Qualquer referência com o Garotinho será mera coincidência? Seja lá como for, adorando também a dobradinha de Otávio com Grazi Massafera (outro destaque de A Lei do Amor, como falei bem AQUI).

Homenagem do JN às vítimas da queda do avião da Chapecoense



Em uma tragédia, a linha que separa jornalismo e sensacionalismo é muito tênue. Nessa semana, o Brasil e o mundo esportivo entrou em choque e de luto com a tragédia do voo que vitimou mais de 70 pessoas no acidente com o time da Chapecoense na madrugada de terça (29), na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia. Com duração longa, o Jornal Nacional (principal telejornal da Globo e do país) fez naquela noite a maior e melhor cobertura da tragédia, onde os apresentadores Heraldo Pereira e Giuliana Morrone desceram da bancada e encerraram o telejornal na redação, ao lado de Galvão Bueno, que fez o encerramento pedindo aplausos de toda a equipe, que bateu palmas durante 1 minuto e 20 segundos enquanto o telão do estúdio exibia fotos de jogadores e jornalistas que morreram na tragédia.

Foi uma edição arrepiante, digna, honrosa e comovente que já entrou para a história do telejornalismo brasileiro! Antes, inclusive, nas idas para o intervalo, foram sendo exibidos os nomes dos mais de 70 mortos no desastre. Bacana! Muitos repórteres da Globo com experiência em relatar tragédias, como Ari Peixoto, Helter Duarte, Alberto Gaspar e Ricardo Von Dorf, choraram no ar; e não precisariam fazer diferente, já que a emoção não compromete o bom jornalismo, ainda mais em situações extremas como essa, quando a empatia e a sensibilidade prevalecem. Mas é preciso elogiar o Galvão, principalmente ao narrar o velório coletivo da Chapecoense. Ele anulou os exageros típicos de seu estilo e fez a narração de maneira discreta e respeitosa. Em alguns momentos, emocionou-se a ponto de ficar com a voz embargada e soube respeitar o silêncio necessário em alguns trechos do cortejo e do funeral no estádio. (...)

     O PIOR DA SEMANA     


Sensacionalismo com a tragédia


Reprodução/TV Globo  Jornalista usa celular em velório - Foto/Reprodução: Globo

(...) Infelizmente, é de se lamentar que o mesmo JN, que vinha fazendo uma boa, extensa e respeitosa cobertura, tenha brindado o telespectador na edição desse sábado (03/12) com um momento de exploração grosseira do drama das famílias em luto. Achei bastante desnecessária as imagens da parte privada dos familiares (no interior do ônibus que levou parentes ao aeroporto de Chapecó e na tenda onde velaram os corpos, dentro do estádio) feitas pela repórter Kiria Meurer com a câmera do próprio celular. Se o cinegrafista não foi autorizado a filmar, era óbvio que não queriam câmeras filmando por lá. Por acaso, a repórter achou que estava visitando algum ponto turístico? Só faltou filmar os corpos dentro do caixão!

Continuando na Globo, também achei bem desnecessária e uma tremenda forçação de barra de Tiago Leifert ao citar a tragédia na abertura do The Voice Brasil, nesta quinta (1). Ele abriu o programa dizendo que, naquela noite, não era o The Voice, mas sim o "The Voice Chapecó". E que "nossos quatro times são, sem dúvida nenhuma, chapecoenses". Tudo bem que Tiago fazia parte do jornalismo esportivo da Globo, todos os demais profissionais se emocionaram e tal, mas achei deslocado e gratuito. Até porque ele estava num reality show musical, que nada tem a ver com o assunto. "The Voice Chapecó"?! Menos, né...

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Nas concorrentes, pra variar, o pior do sensacionalismo deu as caras. Foi o caso da Rede TV. Durante a manhã, o Você Na TV convocou um sensitivo ao estúdio e um vidente por telefone. O sensitivo Rodrigo, que diz ter previsto o 11 de setembro, afirmou que até o fim deste "ano carregado" haveria mais tragédias. O programa também exibiu um vídeo no qual o vidente Carlinhos previu o acidente com o avião da Chape. Pasme! Os dois espíritas se vangloriavam por terem "acertado" em cheio nas tragédias. Os apresentadores Celso Zucatelli e Mariana Leão ainda fomentavam a macabra patifaria. Quanto mau gosto, desrespeito e falta de sensibilidade num momento desses... E não parou por aí! Durante o A Tarde É Sua, a (coveira) jornalista Sônia Abrão, como era de se esperar, deu amplo destaque a tragédia e também ao vidente que "previu" a queda. O mais "engraçado" dessa história é que Sonia está lá, sentada, fazendo cara de tristeza, dizendo que era lamentável o que tinha acontecido com o time, aí do nada levanta, vai pro merchandising e já arreganha os dentes: "Vamos falar de coisa boa? Vamos falar da calça modeladora Lejeans"! Ridículo!

Um fato que chamou minha atenção foi a apresentadora Adriana Araújo ter encerrado a transmissão do velório, na Record, antes do término. Achei estranho, já que a emissora cobre até o fim esse tipo de acontecimento. Zapeei para a Globo e, nesta parte não exibida pelo canal, entrou Cid Moreira e um bispo da Igreja Católica com a mensagem do papa Francisco. A questão religiosa e da concorrente platinada entraram neste embate. Lamentável. Triste fato. Nem vou perder tempo falando da incompetência e desinformação do SBT porque o desprezo da emissora pelo jornalismo já é notório. Morreram mais de 70 brasileiros no maior acidente do país envolvendo o esporte, mas o canal preferiu enviar um repórter para a porta do Fórum de Justiça de SP para cobrir em tempo real as últimas notícias do divórcio da Luiza Brunet, no Fofocando. Jornalismo para cobrir fofoca e futilidades o SBT tem a disposição 24h, incrível...

Morte de Zelito



É de se lamentar que, em meio a um elenco numerosíssimo e repleto de personagens sem função e desinteressantes, os autores de A Lei do Amor resolveram eliminar justamente o personagem gay, negro e, aparentemente, promissor: Zelito (Danilo Ferreira). Wesley, frentista do posto de gasolina e pai solteiro, se declarou para ele; o que deu sinal de que uma história ousada na novela estaria por vir. Ledo engano.

Zelito soube por Jessica que o maior vilão da novela, Tião (José Mayer), está envolvido no desaparecimento de sua amiga Isabela (que "morreu" em uma cena mequetrefe, como disse AQUI). E o que ele faz? Fica caladinho e investiga melhor até encontrar provas concretas? Denuncia na polícia? Não... Invade a sala do vilão, acusa ele de ter matado a garota e ainda lhe dá um soco! J-E-N-I-O! E, no capítulo desta segunda (28), ainda assistimos Tião também deixar o bom senso de lado e encomendar a morte imediata de Zelito, que morreu vítima de overdose após um capanga do vilã colocar um veneno na bebida do rapaz na balada.

Segundo a Globo, a morte de Zelito já estava prevista desde antes de A Lei do Amor ir ao ar. Duvido muito, mas, ainda sim, é uma pena que justamente ele tenha sido eliminado com tantos outros mais dispensáveis. De qualquer forma, Zelito saiu de cena em grande estilo (Danilo Ferreira brilhou na cena aterrorizante em que seu personagem morre); e Tião é um personagem difícil de engolir. José Mayer tem se esforçado para fazê-lo verossímil, mas não dá para acreditar nele. Ele é mau o tempo todo e só vive para destruir quem cruza seu caminho. É um vilão gratuito e exagerado, com intenções confusas e não muito lógicas.

domingo, 27 de novembro de 2016

O Melhor e Pior da Semana (20 à 26/11)




   O MELHOR DA SEMANA   


Carinha de Anjo



O SBT encontrou um belo nicho ao produzir novelinhas infantis, conquistando uma relevante fatia de público com suas tramas para crianças no horário nobre. Carinha de Anjo é outra boa trama feita pela emissora. A pequerrucha Lorena Queiroz, de 5 anos, que interpreta a órfã Dulce Maria, é o maior achado do SBT. A escolha de uma menina tão nova para segurar o papel de protagonista da novela foi uma ousadia e tanto. Mas, até agora, Lorena segurou bem a responsabilidade e mostra talento de gente grande. As cenas dela com Lucero (em uma participação mais do que especial na pele de Tereza, mãe falecida da Dulce, com quem ela interage em sonhos) foram os momentos mais lúdicos, bonitos e emocionantes dessa primeira semana. Estou apostando minhas fichas também na Priscila Sol, à frente da adorável Tia Perucas. A atriz poderia ter seguido a linha caricata que a personagem tem na versão mexicana, mas ela se mostrou segura e bem mais do que uma cópia. Aguardemos! A trama, em si, está sendo uma graça e agrada todo tipo de público. Inclusive, já estou com o tema de abertura e a música Joia Rara na ponta da língua!

Gui e Zac



Vladimir Brichta e Nicolas Prattes se destacaram na cena em que pai e filho finalmente se aproximaram e se abraçaram, logo após Gui ter salvado Zac de um espancamento. A relação dos personagens, como eu já havia previsto, é uma das melhores em Rock Story. A novela segue deliciosa, atraente e bem dinâmica.

     O PIOR DA SEMANA     


"Figuração" de Ivete no The Voice Brasil


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Para quem foi anunciada como grande novidade na atual temporada do The Voice Brasil, Ivete Sangalo não teve uma função à altura do superlativo que vem à frente do título do cargo que lhe deram. De Supertécnica não teve nada. Muito pelo contrário. A cantora teve uma atuação até menos expressiva do que tinham os chamados "assistentes" nas temporadas anteriores, como, por exemplo, Luiza Possi, Rogério Flausino, Ed Motta, Maria Gadú e Di Ferrero. E eles apareciam não apenas nos ensaios, como se faziam presentes assistindo junto aos técnicos a cada apresentação dos candidatos. Um detalhe que faz, sim, toda a diferença. O que ficou parecendo é que o convite a Ivete aconteceu muito mais para criar factoides em torno de uma possível rivalidade entre ela e Claudia Leitte. Se a ideia foi fazer lobby e fornecer material para a mídia sensacionalista, até nisso o tiro saiu pela culatra. O assunto já até se esgotou em si.

Mais um capítulo da série "Como salvar o Vídeo Show?"


 

É deprimente ver a Globo atirando para todos os lados tentando salvar o Vídeo Show. O programa, que faz parte da história do canal, vem sofrendo desde 2010 com uma fraca audiência. Porém, a cerca de oito meses, com a criação do quadro Hora da Venenosa dentro do jornalístico Balanço Geral SP, o programa vem levando surras no horário e abalando a hegemonia da Globo, algo que a emissora não permite.

Depois de transformar Susana Vieira em apresentadora, trazer Miguel Falabella de volta à bancada e testar Angélica e Luciano Huck (tudo sem sucesso, diga-se de passagem), agora o Vídeo Show apela para dramas. O vespertino trouxe de volta o Caso Verdade, no qual pessoas comuns relatam casos parecidos com o das novelas, como o vivido por Carolina Dieckmann como Camila em Laços de Família (já tinha o criticado AQUI). Ou seja, não apenas as concorrentes escorregam na pieguice e apelam para chamar a atenção do público. Se você estiver zapeando e se deparar com uma trilha sonora bem dramática, Otaviano Costa e Joaquim Lopes forçando choro e uma longa reportagem, podem ter certeza que não é o Domingo Show!

As maluquices de Silvio na grade de programação do SBT


No início da década de 2010, o SBT passou a adotar uma postura mais responsável em sua grade de programação. Antes, o canal era caracterizado pela instabilidade eterna, sempre creditada às vontades de Silvio Santos, que lançava e cancelava programas ao sabor do vento, mudava horários de atrações a todo instante e decretava ordens que pareciam absurdas. Isso mudou bastante. A grade se tornou menos instável e foram lançados programas de grande viabilidade financeira. Os resultados vieram: após perder o segundo lugar para a Record, o SBT voltou a brigar de igual para igual com a concorrente.

Mas o ano de 2016 vai ser marcado como uma espécie de "retorno" de Silvio Santos atacando como "diretor de programação". Nos últimos meses, não faltaram mudanças e ideias malucas que, segundo a imprensa especializada, são ordens do dono do canal. Difícil defende-lo, viu... Programas lançados às pressas, mudanças de horário e de padrão e algumas ideias que não parecem combinar com o jeito moderno de se fazer televisão. Muitas coisas esquisitas acabaram acontecendo no SBT. E elas ainda não acabaram.

Nessa semana, o jornalístico Primeiro Impacto voltou a ter Joyce Ribeiro e Karyn Bravo, mas numa "primeira parte". A segunda continua sob o comando do "incrível" jornalista Dudu Azevedo. Coitadas. Delas e do público, é claro! O Fofocando, que já está fazendo hora extra em se tratando de Silvio, agora vai ao ar apenas para São Paulo. Como consequência, o restante do Brasil passa a acompanhar a re-re-re-re-re-re-re-reprise A Usurpadora a partir do capítulo 11 (e agora às 15h15), assim como ele já fez com A Mentira, que passou a ser exibida nacionalmente no meio da exibição por não ter ido bem em SP.

Tem que ser muito fã mesmo para aguentar essa grade voadora do SBT, viu...

O assassinato de Isabela


Fininho ameaça a atirar em Isabela (Foto: TV Globo)

Até agora não me conformei com o amadorismo nas cenas do assassinato de Isabela em A Lei do Amor. Tudo foi pobre, desde o roteiro até a sua realização. Como é possível engolir que duas pessoas (Isabela e Tiago) estejam a bordo de uma lancha relativamente pequena e não vejam que há uma pessoa escondida em um dos cômodos da embarcação? Tudo bem, eles estavam apaixonados e loucos para passear que sequer foram conferir isso, mas é que muitas outras pontas ficaram soltas nesse assassinato.

Depois de uma semana sofrendo com as desconfianças (descabidas) de Tiago, coincidentemente, Isabela leva dentro da sua bolsa exatamente o extrato que prova o depósito de 15 mil reais feito por Helô. Que tremenda coincidência, não é mesmo? Isso sem falar que, mesmo sabendo que Tiago tinha um pé atrás com essa história, ela cede aos apelos do namorado e viaja em um passeio quase lua de mel.

Agora, vamos a cena propriamente dita. Simplesmente, do nada, depois de ter em suas mãos a suposta prova de que Isabela aceitara o dinheiro de Helô para afasta-lo de Letícia, Tiago se transforma, acusando a amada de falsa e aproveitadora. Isabela, num rompante de raiva, diz que vai embora e, ao ser puxada por ele, se desequilibra, cai, bate a cabeça e desmaia. Meu Deus, quantas "coincidências", é preciso muita imaginação para voar nessa história, viu... Para coroar a cena e fechar em alto estilo, o tal bandido (a mando de Tião) escondido na lancha desde o início do passeio entra em cena, dá uma coronhada em Tiago e joga Isabela no mar. Muito fraca tanto a batida de cabeça dela, quanto a coronhada na cabeça dele. Não convenceu o impacto pro desmaio. Com o agravante de que o bandido pega Isabela no colo e ela, DESMAIADA, passa o braço no pescoço dele. Não vou nem continuar porque vocês já sabem que Isabela vai sobreviver e aparecer linda e loura e com outra identidade para se vingar. Ai, ai, quanto clichê...

domingo, 9 de outubro de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (2 à 8/10)




   O MELHOR DA SEMANA   


Laura Cardoso


Já se passaram mais de um mês desde a estreia de Sol Nascente e a novela continua em seu leito plácido sendo um ótimo remédio para aqueles que sofrem de insônia e querem dormir. Mas até mesmo uma novela tão fraca, chata, devagar (quase parando), sonolenta e inverossímil tem algum ponto positivo. Nem que seja apenas um. E ele tem nome e sobrenome: Laura Cardoso.

A atriz, como eu já esperava, está carregando a novela das seis inteira nas costas e é a única que traz alguma vitalidade e graça para a trama. Mentora do vilão César no plano para passar a perna em Tanaka e assumir o controle de sua empresa de pescados para poder lavar dinheiro ilegal, Sinhá é dissimulada a ponto de forjar uma identidade dupla: aos olhos dos personagens, é uma vovó indefesa, cativante e boa. Porém, quando está a sós com o neto, mostra sua verdadeira faceta: a de vovó do mal. Dona de cassinos clandestinos, Sinhá cobre-se de joias, maquiagem, não dispensa um copo de uísque, dispara pérolas e algumas tiradas absurdas (porém, engraçadas, confesso) e já mostrou ser capaz até de matar para conseguir o que quer.

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Fiz uma maratona das sequências com a atriz e todas são simplesmente ótimas. Especialmente uma de sexta (7), com a cascável dançando para comemorar uma vitória. Hilário! É um trabalho que impressiona especialmente porque Laura está com 89 ANOS. Não é pouca coisa! Ver a vitalidade de um monstro da dramaturgia como Laura Cardoso recompensa o público pelo marasmo do restante da história. Sua dobradinha com Rafael Cardoso também é ótima.

      O PIOR DA SEMANA      


A primeira fase (modorrenta) de A Lei do Amor


Originalmente, A Lei do Amor não teria a primeira fase. De acordo com o Telinha, do Jornal Extra, a mudança só aconteceu com o adiamento da novela, que entraria no lugar de Velho Chico, para não colocar uma trama política no dia seguinte às eleições. Melhor teria sido se não tivesse. Além de ser algo que vem se repetindo bastante ultimamente (só de 2010 pra cá, das onze novelas das 21h exibidas, sete delas utilizaram algum tipo de prólogo nos capítulos iniciais), se mostrou algo desnecessário na trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari.

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O início da trama pesou a mão no dramalhão. Ao narrar a origem do amor entre Pedro e Helô, a primeira fase da trama ficou com cara de novela mexicana, da peruca loira da vilã (só faltou um tapa-olho) MAgnólia (má até no nome) a choupana à beira-mar (digno de Marimar) onde a mocinha pobre e sofredora vivia com a mãe doente (numa excepcional participação de Denise Fraga). Os autores enrolaram quatro (intermináveis) capítulos com cenas exageradamente melosas do casal Pelô (certamente, para agradar esses fãs shippadores da internet) para, enfim, direcionar ao ponto que interessava: a armação de Mag para separá-los. Armação essa, aliás, que é um dos clichês mais óbvios, manjados e preguiçosos da nossa teledramaturgia: o flagrante forjado que levou a mocinha a ver o mocinho nos braços de outra mulher na cama.


A dupla de autores não investiu muito esforço neste início da novela, com um ritmo lento, excesso de dramalhão e situações pra lá de clichês e difíceis de engolir. O conflito entre Helô e Fausto querendo justiça em nome do pai (que acabou morrendo na cadeia) ficou meio frouxo, afinal, o pai da mocinha foi demitido porque faltava e ia bêbado para o trabalho. É justo culpar Fausto por isso? Talvez, fosse mais fácil se compadecer da mocinha se seu pai tivesse sido realmente um injustiçado e Fausto o seu algoz. Do jeito que foi, ficou estranho. Também difícil de engolir a reação da mocinha ao flagrar o grande amor da sua vida na cama com outra. Ela simplesmente deu as costas e foi embora por vinte anos. Nenhum barraco, nem nada. Espírito muito evoluído o seu! E só depois de vinte anos é que Fausto resolveu contar a Pedro que houve uma armação para separá-lo de Helô. "Ah, é novela", vão dizer alguns. Sim, eu sei! Mas é preciso que o telespectador acredite naquelas tramas e torça para os seus heróis. O que não aconteceu.


O mais estranho, porém, foi o troca-troca de intérpretes entre a primeira e segunda fase (aliás, um problema quase sempre apresentado por todas as novelas que apresentam um prólogo). Chay Suede vira Reynaldo Gianecchinni e Isabelle Drummond se torna Claudia Abreu. Ok. Gabriela Duarte virou Regina Duarte, ou seja, Suzana começa a história tendo seus 40 anos e termina com seus 60. Faz sentido, afinal, o que importa é parecer ter a idade de seus personagens. Mas, enquanto isso, Vera Holtz de peruca (cafona e fake) e Tarcísio Meira (com fotoshop) se tornam... Vera Holtz sem peruca e Tarcísio Meira sem fotoshop! Assim como um Thiago Martins (de 28 anos) virar um José Mayer (de 67). Na primeira fase, Magnólia parecia mais velha que Suzana, mas, na segunda, a vilã ficou bem mais nova que ela. Vai entender...

O único ponto positivo do elenco jovem nesse prólogo foi a Isabelle Drummond. Uma das melhores da sua geração, a atriz mostrou todo o seu potencial em A Lei do Amor, emocionando na pele de Helô. Ela merece fazer uma novela das nove inteira. Sophia Abrahão e Chay Suede não chegaram a comprometer, porém, incomodou o tom linear de suas atuações, comuns a seus papeis anteriores, pela ausência de maiores nuances. Já Thiago Martins, Bianca Salgueiro, João Vitor Silva e Maurício Destri se destacaram negativamente, pelas composições inexpressivas.

Pedro e Helô se encontram vinte anos depois (Foto: TV Globo)

Merece menção positiva o primeiro encontro dos personagens da segunda fase, com o uso da interligação entre suas versões jovens (Cláudia Abreu se vendo refletida em Isabelle e Gianecchini se vendo em Chay Suede). Os olhares dos protagonistas após 20 anos já sinalizaram uma boa sintonia entre eles. Momento bonito. A abertura da novela é linda, em que uma fita vermelha se entrelaça entre cenários naturais, inspirada em uma lenda chinesa que diz que duas pessoas predestinadas a ficarem juntas para toda a vida são ligadas por uma fita vermelha invisível e fatalmente irão se encontrar no futuro, por mais que se afastem. Só o tema de abertura que não ornou. Teria sido melhor se tivessem colocado "Maior" (na voz de Dani Black e Milton Nascimento) ao invés do "O Trenzinho do Caipira" (cantada por Ney Matogrosso).

Felizmente, esse prólogo modorrento acabou na quinta (13) e a trama deu um salto de vinte anos, quando outros atores assumiram os papéis atuais. Talvez, a própria história melhore. E tem tudo para melhorar mesmo. Vera Holtz (fantástica na pele de uma vilã que se diz em defesa de sua sagrada família) promete ser uma vilãzona daquelas, assim como Grazi Massafera promete divertir com sua Luciane (que já chegou chegando). Estou confiante. Vamos aguardar.

Xuxa e Mara



Xuxa e Mara estão vivendo momentos similares. As duas não estão bem em suas carreiras televisivas e falam mais do que devem. A primeira voltou a alfinetar a Record, afirmando que agora, no Youtube, vai poder fazer tudo o que quer. O mesmo discursinho utilizado quando saiu da Globo. O que ela ganha com isso? Nada. Melhor seria ocupar o tempo melhorando seu semanal, que continua ruim (e fracassado). Já Mara conseguiu voltar à TV, mas não está sabendo honrar essa mega oportunidade e segue queimando o próprio filme no Fofocando (como falei AQUI). Xuxa e Mara não têm assessoria? Precisam aprender a pensar antes de falar!

domingo, 7 de agosto de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (31/7 à 6/8)




   O MELHOR DA SEMANA   



Mister Brau


Mister Brau, sem dúvida nenhuma, é uma das melhores coisas que surgiu na TV nos últimos tempos. Lázaro Ramos e Taís Araújo estão ótimos nos papéis protagonistas, assim como o outro casal formado pela Fernanda Freitas e George Sauma, que também são espetaculares. A série, como um todo, é muito boa. Tanto o texto é muito bem escrito, quanto os assuntos são tratados com um humor e uma delicadeza que deixam tudo muito gostoso de assistir.


Mister Brau, desde a primeira temporada, toca em muitas feridas como racismo, desigualdade social, preconceito, entre outros mil assuntos, de um jeito muito inteligente. O último episódio da temporada, exibido na terça (02), girou em torno de três crianças negras que entram na casa dos vizinhos da família Brau pra buscar uma bola e são confundidos com ladrões. Ao ver a confusão, Michelle e Brau resolvem socorrer as crianças dizendo que eles são "apenas crianças" e ali se cria uma amizade que passa por vários assuntos como abandono, desigualdade social e preconceito. Tudo sendo abordado de uma maneira leve e com zero cara de merchan social e tudo ainda com muito humor e diálogos afiadíssimos. Um ótimo desfecho para uma temporada que foi boa do começo ao fim. Ao contrário do Chapa Quente (que já foi tarde e não deve voltar nunca mais, amém!), espero ansiosamente que Mister Brau tenha uma terceira temporada.

Núcleo da fazenda



O núcleo da fazenda em Eta Mundo Bom já era divertidíssimo e sempre foi o ponto alto da trama. E agora ficou ainda mais interessante depois que Pandolfo não achou petróleo nenhum por lá e sim levaram foi um banho de lama. A trama do núcleo ganhou um novo gás e as cenas estão hilárias. Enquanto isso, a história lá da fortuna da Anastácia está num lengalenga sem fim.

Penúltimo capítulo de Liberdade Liberdade


Os desdobramentos do casamento de Rosa com Rubião renderam mais sequências impactantes, aumentando a adrenalina da reta final de Liberdade Liberdade. As fortes cenas realçaram ainda mais o desespero e ódio de Joaquina e o lado mais cruel e sanguinário de Rubião, que a tortura, prende e estupra. Andreia Horta e Mateus Solano deram um show nessas sequências e expressaram perfeitamente a dualidade de sentimentos. Com a descoberta de que se casou com o assassino do próprio pai, Joaquina consegue fugir das garras do vilão e se junta a Virgínia e ao bando de Mão de Luva para invadir Vila Rica e derrotar de vez o Intendente.

Joaquina e Virgínia lideram grupo que invade Vila Rica (Foto: Felipe Monteiro/Gshow) 

No penúltimo capítulo, André acaba preso mais uma vez. Agora, por ter se envolvido com outro homem, despertando o ciúme de Tolentino, que desta vez permitiu que ele fosse para a forca (juntamente a Xavier, condenado por crime de lesa-majestade por confrontar Rubião). A morte de André na forca emocionou (aquele momento em que Xavier consegue se soltar e tenta salvá-lo e o personagem dá um último suspiro foi dilacerador) e Andreia brilhou mais uma vez com a tristeza de Joaquina ao perder o irmão, enquanto a revolta liderada por ela chega a Vila Rica e impõe o caos na cidade (em cenas muito bem dirigidas), permitindo que Xavier consiga escapar.

Muita gente ficou triste com a morte de André, que era um personagem querido, mas creio que a mensagem que o autor quis passar é o fruto da violência e da intolerância. Afinal, como bem disse o próprio André, "se crime cometi, foi ter amado". Ele morreu apenas por amar e ser quem é, assim como vemos acontecer diariamente com homossexuais que são agredidos e assassinados covardemente apenas por amarem e serem quem são. André, inclusive, foi mais macho que os "machões" de Vila Rica. Assumiu um filho com uma prostituta, não teve medo da morte e não entregou quem ele amava. "Morreu como um bravo", como bem disse Xavier.

Joaquina desesperada com o irmão nos braços (Foto: Felipe Monteiro/Gshow)

Tudo estava sendo conduzido de forma perfeita, mas (...)


      O PIOR DA SEMANA      



Final de Liberdade Liberdade


(...) o último capítulo jogou um verdadeiro balde de água fria no telespectador e foi pura frustração. Incrível como as novelas recentemente vem decepcionando bem no grand finale.



O último capítulo, marcado pela rebelião geral em Vila Rica, se iniciou com as reações à morte de André, mostrando o desespero de Mimi e o sentimento de culpa de Tolentino, cuja covardia não lhe permitiu impedir a morte do homem que amava, além do sepultamento do rapaz ao lado do pai, Raposo. Ricardo Pereira perfeito. Logo depois, o militar cai nas garras de Xavier e trata de contar para Joaquina toda a verdade sobre Rubião e a morte de seus pais biológicos.

Hora do acerto de contas entre Joaquina e Rubião (Foto: Felipe Monteiro/Gshow)

A revolta da heroína e sua vingança contra o intendente era o momento mais esperado do capítulo, porém, numa sacada surpreendente e, ao mesmo tempo, decepcionante (mais decepcionante que surpreendente, diga-se de passagem), antes mesmo que a heroína pudesse ter um confronto final com o homem que desgraçou sua família, ela o encontra morto, atingido por uma facada, deixando subentendido que ele foi assassinado pela governanta Anita.


A ideia do autor foi surpreendente porque fugiu do que seria óbvio (a própria protagonista matar Rubião), porém, decepcionou pelo fato de não ter sido sequer mostrado o ato do crime, além do fato de que Joaquina não pôde consumar a vingança por todo mal que o Intendente fez à sua família, já que o homicídio foi cometido por outra pessoa. Isso acabou enfraquecendo ainda mais a figura de heroína de Joaquina, afinal, ela não conseguiu salvar André da forca, não conseguiu se vingar de Rubião, nem ao menos teve o direito de vomitar toda a verdade na cara dele. Se teve algo de bom nisso tudo, é que Joana Solnado pôde mostrar todo o seu talento nas cenas em que Anita se mostra surtada após matar Rubião, a quem tinha grande devoção.

Também soou pouco crível o fato de Joaquina ter sido presa devido à morte cometida por Anita. Devido à prisão, a heroína é condenada à forca, mas, por conta da rebelião, consegue escapar e fugir da cidade. A cena final mostrou Joaquina e Xavier num navio, rumo a Lisboa, fazendo declarações de amor e muitos ideais de liberdade que soaram um tanto cafonas e bem bobinhas.

Joaquina e Xavier continuam a luta pela independência do Brasil (Foto: TV Globo)

Como de costume, durante todo o capítulo, as sequências foram muito picotadas e os desfechos resolvidos em cenas que não duravam nem dois minutos. Por muitas vezes, parecia que eu estava assistindo o antigo Zorra Total, com esquetes começando e terminando toda hora. O que não faltou foram furos, omissões e esquecimentos no último capítulo da novela.

Afinal de contas, o que aconteceu com a mãe de Xavier? Ele simplesmente deixou a mãe viúva, sozinha e totalmente desamparada (quando havia prometido que iria protegê-la) e foi se embora com Joaquina rumo a Lisboa ser "feliz para sempre"? E o filho da Mimi? Se nasceu ou não, nunca saberemos. E o pequeno Caju, ficou ao cuidados de quem? Como diria Glória Perez, tivemos que "saber voar" para aceitar algumas situações, no mínimo, inverossímeis. Xavier toma um tiro no braço que o derruba e o impede de salvar André da forca, mas logo em seguida sai lutando como se nada tivesse acontecido. No meio de um tiroteio, Xavier e Joaquina param, trocam declarações e dão um longo beijo. Os dragões encontraram Rubião morto, prenderam Joaquina e, logo em seguida, já mandaram ela para a forca, mas deixaram o corpo do Intendente do jeitinho como estava, não retiraram dali, nem enterraram?! Que fim levou Anita? Ela ficou com o corpo do Rubião até o fim da vida? Difícil de engolir, viu... Aliás, estou até agora sem entender o que foi a Ascensão maquiada que nem uma louca com uma águia na mão.


Sabe quando uma escola de samba começa a "correr" na avenida com o desfile de carnaval para não estourar o tempo? Foi essa a sensação que eu tive assistindo o final da trama das onze. Uma pena. De qualquer forma, de um modo geral, Liberdade Liberdade foi sim uma boa novela (vem dar sua nota para a novela e conferir os pontos positivos e negativos dela BEM AQUI).

Fofocando



Nesta segunda-feira (01), o SBT estreou (sem mais, nem menos) o Fofocando. Leão Lobo, Mamma Bruschetta e o Homem do Saco (isso mesmo que você leu) comandam a nova aposta de Silvio Santos, cuja proposta é falar sobre o universo das celebridades. O SBT tinha mesmo que encontrar uma solução para a atual overdose de produções da Televisa. Quatro novelas mexicanas sucediam na programação. O ideal seria, no máximo, duas (deviam colocar uma brasileira da própria emissora, talvez). O problema é que o Fofocando é muito, mas muito chato. 

Primeiro que fica ali uma leitura de notícias que todo mundo já deu. Não tem nada de muito original, não tem um grande furo, uma reportagem, enfim, nada do tipo. A impressão que dá é que o SBT queria abocanhar uma fatia da audiência do horário (que tem o Balanço Geral e as notícias da venenosa Fabíola Reipert) como líder, mas com um investimento mínimo. Assim, o canal tirou Mama Bruschetta da Gazeta, montou um cenário, colocou Leão Lobo (que já era do SBT) e pronto. A audiência viria como que por mágica. É, só que não veio e o Fofocando vem amargando baixos índices, o que coloca o programa em risco total. Silvio Santos é conhecido por não ter muita paciência com atrações que não tragam público e costuma tirar algo do ar na mesma velocidade em que os coloca. Já trocaram o diretor. Quem será a próxima vítima?

Sim, o Fofocando tem esperanças. Creio que matérias ao estilo TV Fama não deveriam entrar na atração. Reportagens externas em shows, por exemplo, travam o desenvolvimento da atração. As fofocas também precisam de ritmo e devem ser passadas de forma natural, como a Sonia Abrão faz na sua Roda de Fofoca no A Tarde É Sua. Nada ensaiado. Um bate-papo informal. Leão e Mamma parecem engessados e travados. Resta saber se Silvio Santos terá paciência.

Final de Seu Lugar no Mundo



Após longos meses de enrolação em torno de todo o contexto tenso que os cercava, o último capítulo de Malhação foi voltado para o desfecho de Samurai e Ciça. O cenário escolhido, por sinal, foi um velho conhecido do público: a mesma pedreira que serviu de locação para os momentos finais das ótimas Além do Tempo e Totalmente Demais. É a crise, Rede Globo?!

O vilão sequestrou Luciana e Rodrigo tentou salvá-la escalando o despenhadeiro, mas toda a situação ficou forçada e mal dirigida. Até mesmo porque o mocinho nem se preocupou em surpreender o bandido, simplesmente aparecendo na sua frente e sem nada para se defender. Acabou apanhando (bem feito!) e quem se comportou como heroína foi a Ciça, que empurrou o vilão no penhasco. A aguardada cena não durou nem dois minutos, deixando qualquer tipo de emoção de lado. E com direito a um chorme key bem mequetrefe da queda, confira:


Um final ruim para uma temporada ruim (confira a crítica final da Seu Lugar no Mundo AQUI). E olha que esse último capítulo deu a maior audiência da novelinha em cinco anos. Inacreditável!

Grosseria de William Waack com Anitta



Olha, a Anitta merece todos os parabéns. Primeiro, pela sua ótima performance na abertura das Olimpíadas (que foi perfeita, diga-se de passagem); e segundo, por ter sambado lindamente no William Waack. Quem viu a entrevista da cantora com o jornalista no Jornal da Globo de sexta (5) após a abertura das Olimpíadas viu uma das coisas mais interessantes. A primeira foi que Waack parecia conhecer muito pouco de Anitta e, mesmo assim, resolveu ir lá dar uma de espertalhão. Depois que ele meio que quis, como se diz, "desconstruir" a cantora. E, por fim, quem assistiu também teve a chance de ver Anitta desbancando Waack em grande estilo. William foi extremamente grosseiro e impertinente com ela. Deve ter visto uns dois clipes da cantora, se tanto. Qualquer um que vê de leve Anitta sabe que ela não é apenas aquela funkeira do comecinho da carreira. Aliás, ela apresenta no Multishow (o Música Boa) um programa de música em que canta de tudo. Deu pra ver nitidamente que Waack ficou sem graça. Bem feito!


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