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domingo, 9 de outubro de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (2 à 8/10)




   O MELHOR DA SEMANA   


Laura Cardoso


Já se passaram mais de um mês desde a estreia de Sol Nascente e a novela continua em seu leito plácido sendo um ótimo remédio para aqueles que sofrem de insônia e querem dormir. Mas até mesmo uma novela tão fraca, chata, devagar (quase parando), sonolenta e inverossímil tem algum ponto positivo. Nem que seja apenas um. E ele tem nome e sobrenome: Laura Cardoso.

A atriz, como eu já esperava, está carregando a novela das seis inteira nas costas e é a única que traz alguma vitalidade e graça para a trama. Mentora do vilão César no plano para passar a perna em Tanaka e assumir o controle de sua empresa de pescados para poder lavar dinheiro ilegal, Sinhá é dissimulada a ponto de forjar uma identidade dupla: aos olhos dos personagens, é uma vovó indefesa, cativante e boa. Porém, quando está a sós com o neto, mostra sua verdadeira faceta: a de vovó do mal. Dona de cassinos clandestinos, Sinhá cobre-se de joias, maquiagem, não dispensa um copo de uísque, dispara pérolas e algumas tiradas absurdas (porém, engraçadas, confesso) e já mostrou ser capaz até de matar para conseguir o que quer.

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Fiz uma maratona das sequências com a atriz e todas são simplesmente ótimas. Especialmente uma de sexta (7), com a cascável dançando para comemorar uma vitória. Hilário! É um trabalho que impressiona especialmente porque Laura está com 89 ANOS. Não é pouca coisa! Ver a vitalidade de um monstro da dramaturgia como Laura Cardoso recompensa o público pelo marasmo do restante da história. Sua dobradinha com Rafael Cardoso também é ótima.

      O PIOR DA SEMANA      


A primeira fase (modorrenta) de A Lei do Amor


Originalmente, A Lei do Amor não teria a primeira fase. De acordo com o Telinha, do Jornal Extra, a mudança só aconteceu com o adiamento da novela, que entraria no lugar de Velho Chico, para não colocar uma trama política no dia seguinte às eleições. Melhor teria sido se não tivesse. Além de ser algo que vem se repetindo bastante ultimamente (só de 2010 pra cá, das onze novelas das 21h exibidas, sete delas utilizaram algum tipo de prólogo nos capítulos iniciais), se mostrou algo desnecessário na trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari.

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O início da trama pesou a mão no dramalhão. Ao narrar a origem do amor entre Pedro e Helô, a primeira fase da trama ficou com cara de novela mexicana, da peruca loira da vilã (só faltou um tapa-olho) MAgnólia (má até no nome) a choupana à beira-mar (digno de Marimar) onde a mocinha pobre e sofredora vivia com a mãe doente (numa excepcional participação de Denise Fraga). Os autores enrolaram quatro (intermináveis) capítulos com cenas exageradamente melosas do casal Pelô (certamente, para agradar esses fãs shippadores da internet) para, enfim, direcionar ao ponto que interessava: a armação de Mag para separá-los. Armação essa, aliás, que é um dos clichês mais óbvios, manjados e preguiçosos da nossa teledramaturgia: o flagrante forjado que levou a mocinha a ver o mocinho nos braços de outra mulher na cama.


A dupla de autores não investiu muito esforço neste início da novela, com um ritmo lento, excesso de dramalhão e situações pra lá de clichês e difíceis de engolir. O conflito entre Helô e Fausto querendo justiça em nome do pai (que acabou morrendo na cadeia) ficou meio frouxo, afinal, o pai da mocinha foi demitido porque faltava e ia bêbado para o trabalho. É justo culpar Fausto por isso? Talvez, fosse mais fácil se compadecer da mocinha se seu pai tivesse sido realmente um injustiçado e Fausto o seu algoz. Do jeito que foi, ficou estranho. Também difícil de engolir a reação da mocinha ao flagrar o grande amor da sua vida na cama com outra. Ela simplesmente deu as costas e foi embora por vinte anos. Nenhum barraco, nem nada. Espírito muito evoluído o seu! E só depois de vinte anos é que Fausto resolveu contar a Pedro que houve uma armação para separá-lo de Helô. "Ah, é novela", vão dizer alguns. Sim, eu sei! Mas é preciso que o telespectador acredite naquelas tramas e torça para os seus heróis. O que não aconteceu.


O mais estranho, porém, foi o troca-troca de intérpretes entre a primeira e segunda fase (aliás, um problema quase sempre apresentado por todas as novelas que apresentam um prólogo). Chay Suede vira Reynaldo Gianecchinni e Isabelle Drummond se torna Claudia Abreu. Ok. Gabriela Duarte virou Regina Duarte, ou seja, Suzana começa a história tendo seus 40 anos e termina com seus 60. Faz sentido, afinal, o que importa é parecer ter a idade de seus personagens. Mas, enquanto isso, Vera Holtz de peruca (cafona e fake) e Tarcísio Meira (com fotoshop) se tornam... Vera Holtz sem peruca e Tarcísio Meira sem fotoshop! Assim como um Thiago Martins (de 28 anos) virar um José Mayer (de 67). Na primeira fase, Magnólia parecia mais velha que Suzana, mas, na segunda, a vilã ficou bem mais nova que ela. Vai entender...

O único ponto positivo do elenco jovem nesse prólogo foi a Isabelle Drummond. Uma das melhores da sua geração, a atriz mostrou todo o seu potencial em A Lei do Amor, emocionando na pele de Helô. Ela merece fazer uma novela das nove inteira. Sophia Abrahão e Chay Suede não chegaram a comprometer, porém, incomodou o tom linear de suas atuações, comuns a seus papeis anteriores, pela ausência de maiores nuances. Já Thiago Martins, Bianca Salgueiro, João Vitor Silva e Maurício Destri se destacaram negativamente, pelas composições inexpressivas.

Pedro e Helô se encontram vinte anos depois (Foto: TV Globo)

Merece menção positiva o primeiro encontro dos personagens da segunda fase, com o uso da interligação entre suas versões jovens (Cláudia Abreu se vendo refletida em Isabelle e Gianecchini se vendo em Chay Suede). Os olhares dos protagonistas após 20 anos já sinalizaram uma boa sintonia entre eles. Momento bonito. A abertura da novela é linda, em que uma fita vermelha se entrelaça entre cenários naturais, inspirada em uma lenda chinesa que diz que duas pessoas predestinadas a ficarem juntas para toda a vida são ligadas por uma fita vermelha invisível e fatalmente irão se encontrar no futuro, por mais que se afastem. Só o tema de abertura que não ornou. Teria sido melhor se tivessem colocado "Maior" (na voz de Dani Black e Milton Nascimento) ao invés do "O Trenzinho do Caipira" (cantada por Ney Matogrosso).

Felizmente, esse prólogo modorrento acabou na quinta (13) e a trama deu um salto de vinte anos, quando outros atores assumiram os papéis atuais. Talvez, a própria história melhore. E tem tudo para melhorar mesmo. Vera Holtz (fantástica na pele de uma vilã que se diz em defesa de sua sagrada família) promete ser uma vilãzona daquelas, assim como Grazi Massafera promete divertir com sua Luciane (que já chegou chegando). Estou confiante. Vamos aguardar.

Xuxa e Mara



Xuxa e Mara estão vivendo momentos similares. As duas não estão bem em suas carreiras televisivas e falam mais do que devem. A primeira voltou a alfinetar a Record, afirmando que agora, no Youtube, vai poder fazer tudo o que quer. O mesmo discursinho utilizado quando saiu da Globo. O que ela ganha com isso? Nada. Melhor seria ocupar o tempo melhorando seu semanal, que continua ruim (e fracassado). Já Mara conseguiu voltar à TV, mas não está sabendo honrar essa mega oportunidade e segue queimando o próprio filme no Fofocando (como falei AQUI). Xuxa e Mara não têm assessoria? Precisam aprender a pensar antes de falar!

domingo, 13 de março de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (6 à 12/03)




  O MELHOR DA SEMANA  


O TRAUMA DO ASSÉDIO



O assédio é algo que precisa ser persistentemente combatido. E, mesmo sem qualquer obrigação de promover bandeiras, Totalmente Demais tem conseguido retratar esse assunto da melhor forma possível através do drama da mocinha da história. Marina Ruy Barbosa está impecável no papel e Eliza já pode ser considerada seu melhor papel na carreira. A atriz consegue passar muito bem todo o trauma que a sua personagem tem e o medo constante do asqueroso padrasto, Dino (Paulo Rocha). A sequência em que Dino chega ao estúdio e apavora Eliza foi empolgante. Vale elogiar ainda a ótima cena protagonizada por Marina e Leona Cavalli, quando Eliza tentar alertar de novo a mãe sobre Dino e ela ignora, o que abala a relação das duas. Infelizmente, é o que mais acontece na vida real. Muitas mães preferem acreditar no marido assediador do que na filha assediada, já que "homem tem suas necessidades", mulher não pode "ficar provocando", enfim. Os autores vêm conduzindo toda esse drama com habilidade, mostrando que é possível inserir temas sérios em um folhetim das sete que prima pela leveza e bom humor. Pena ter sido ofuscada pelo interminável/chato concurso.


P.S.: Amei a volta da maravilhosa Glória Menezes na trama. Stelinha estava fazendo falta e já voltou proferindo várias pérolas. Ela e Reginaldo Faria estão formando uma deliciosa dobradinha

  O PIOR DA SEMANA  


MARA É FELIZ COMO SUBCELEBRIDADE?



Eu adoro a Mara Maravilha. Sou fã e torci muito pra ela na Fazenda. Mas foi vergonhoso ver a Mara vestida de Xuxa no programa da Eliana. Que confusão! Mara teve sua importância quando foi apresentadora infantil nos anos 80/90, minha gente, não precisava pagar esse mico gigantesco...

FINAL DE A REGRA DO JOGO


A Regra do Jogo foi uma novela ousada, criativa e original. Essencialmente masculina, com uma narrativa em formato de série americana, priorizando a ação em detrimento ao romance, trabalhou o tempo todo com a dualidade do ser humano, discutindo a ética e o limite entre o certo e o errado, entre o que é perdoável ou não, entre o bem e o mal, não teve pena ao matar personagens que pareciam ser essenciais à trama, retratou o funcionamento de um esquema mafioso entranhado em todas as camadas da nossa sociedade, colocou um milionário elitista como o grande chefão de uma facção criminosa que visava criar uma milícia privada para erguer uma nova ordem no país, traçou um paralelo assustadoramente real com a atual situação do nosso país (confira aqui), foi repleta de segredos, mistérios, reviravoltas... Ufa! Por tudo isso, chegou a ser decepcionante a sua derradeira semana: sem muitas novidades, repleta de clichês e com situações forçadas ou mal explicadas.


O confronto que abriu o último capítulo, com o embate mortal entre Zé Maria, Juliano, Romero e Atena, foi muito bem desenvolvido e impactante. Ficamos por quase dez minutos sem respirar. Poucos autores conseguem fazer isso com o telespectador e, justiça seja feita, João Emanuel Carneiro sabe fazer isso como ninguém. Como já era de se esperar, Romero não teve coragem de seguir a ordem de Zé Maria para matar Juliano. O lutador ficou lá, fazendo uma espécie de "terapia de grupo" com os dois vilões, convencendo Romero de que ele era bom, não devia puxar o gatilho. No meio disso tudo, foi revelado um dos grandes mistérios da trama que havia caído no esquecimento: quem matou Djanira foi Zé Maria. Os minutos foram passando, até que deu tempo do capanga da facção Noé chegar. Zé Maria se irritou e ordenou que ele matasse o próprio filho. Romero atirou no capanga para salvar o lutador. Atena tomou um susto e atirou no Zé, que, por sua vez, atirou em Romero.

Romero dançando (Foto: Gshow)

Matar o protagonista não é mais novidade na televisão. Ainda mais se ele for interpretado pelo Alexandre Nero (na próxima, já pode pedir música no Fantástico!). Mas a cena da morte de Romero (muito bem dirigida, ágil e com uma atuação esplendorosa do Alexandre Nero) foi memorável e teve seus momentos de surpresa, como quando ele dança ao som de Trouble do Elvis Presley antes de cair duro no chão. Genial! Já se tornou uma das mortes mais icônicas da teledramaturgia. Tony Ramos, Cauã Reymond, Giovanna Antonelli e Tonico Pereira também brilharam na mais impactante sequência da noite e nos desdobramentos que culminaram nesse embate mortal. Lindo e emocionante o casamento simbólico celebrado por Ascânio entre Atena e Romero, assim como o momento em que Atena chora copiosamente sobre o corpo do amado e lhe dá um último beijo. O enfrentamento entre Zé Maria e Juliano e a prisão do bandidão foram arrepiantes. Aliás, Tony ocupou o posto de grande vilão da trama nos instantes finais e esteve sublime, comprovando porque é o maior ator desse país.

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Entretanto, o repetitivo e batido "quem matou?" fez com que toda a inventividade do JEC com a trama da facção rolasse escada a baixo. É verdade que toda a sequencia dos instantes finais de Gibson, no qual ele aterroriza a própria família mantendo-a refém e acaba sendo misteriosamente assassinado, foi sensacional. José de Abreu saiu de cena em grande estilo. Mas esperava-se mais criatividade de Carneiro. Até porque o recurso nem sequer prendeu a curiosidade do público como deveria de tão avulso e desnecessário que foi. Só serviu para encher linguiça. Um dos piores "quem matou?" da história da teledramaturgia. Ao menos, a revelação do assassinato foi menos frustrante: Kiki matou Gibson. Coerente e compreensível, depois de tudo que ela passou nas mãos do vilão. Um prêmio ao trabalho da Deborah Evelyn, que entrou na metade e não saiu do tom em momento algum.


Vanessa Giácomo ficou completamente esquecida no final. Tóia passou a última semana inteira na cadeia e só foi libertada no último capítulo, aparecendo pouquíssimo. Mas poderia nem ter dado o ar de sua graça. Ficou sem função no fim. No restante do grand finale, um blá-blá-blá sem graça e sem importância, comprovando tudo aquilo que foi A Regra do Jogo: um sanduíche intragável de tramas paralelas. Aliás, todo o núcleo do Morro da Macaca foi resolvido em uma única cena. Destaque para Juca, que nem sequer apareceu e foi apenas mencionado. Estou reclamando? Claro que não! Quero que se explodam! O ritmo frenético só voltou a dar o ar de sua graça quando Atena e Ascânio apareceram na Itália continuando dando golpes. Quando a estelionatária chamou por Romerito, cheguei a levar um susto, mas era apenas o filhinho do casal. A imagem dela segurando a criança emocionada, ao som de Photopraph (Ed Sheeran), foi lindinha, encerrando a história dignamente.


Um final com poucas surpresas e previsível demais para uma trama que se desenvolveu de forma tão ousada, como bem disse no início da matéria. Isso sem falar em alguns furos e esquecimentos. Se Romero sempre amou verdadeiramente e incondicionalmente a Atena, como pareceu ser nos dois últimos capítulos, porque passou a trama inteira dando um "chute na bunda" dela e correndo atrás da Tóia? Por que Belisa demorou três anos para colocar Nelita, Kiki e Nora contra a parede para esclarecer o assassinato de Gibson? Como o filho de Atena com Romero (que nasceu beeeem depois) é bem mais novo que a filha de Tóia com Romero? Zé Maria resolveu tomar o lugar de Gibson na fação porque ele tinha ordenado a morte de Juliano... E, depois que toma, resolve que o filho irá morrer na sua frente?! Tóia não sofreu nenhum processo por tentativa de homicídio a Romero? Só porque ele estava vivo, ela não deixou de ter tentado matá-lo. Aliás, porque ela homenageou o homem que tanto odiou e destruiu sua vida colocando o nome do hospital de Romero Rômulo? Em depoimento, Kiki disse que descobriu que Gibson era o Pai da facção após escutar uma conversa dele com Romero. Mas com isso é possível se Romero só foi descobrir que Gibson era bandido dez anos depois? Problema de memória? Que fim levou a facção? Foi desbaratada? Se reorganizou? Da mesma forma que a morte de Gibson não foi suficiente para acabar com a facção (eles elegeram um novo Pai e continuaram com os trabalhos), a prisão de Zé também não deve ter sido. Para uma novela que veio mostrando o tempo inteiro que o crime está entranhado em todas as camadas da nossa sociedade, o desfecho da facção acabou ficando em segundo planoo. Não foi o pior final de novela que já vi, mas deixou a desejar. 


P.S.: Vocês já perceberam que os finais das novelas do JEC são sempre os mesmos? Todo gancho final para o último capítulo é alguém apontando a arma para alguém. São sempre três variações: 1 - o vilão fazendo os mocinhos de refém com uma arma (A Favorita); 2 - o vilão fazendo os mocinhos de refém com uma arma e obrigando um outro vilão a matá-los, mas ele não mata e salva os mocinhos (Da Cor do Pecado, Avenida Brasil, A Regra do Jogo); 3 - o vilão coagindo o filho a matá-lo com um tiro, mas ele se recusa e o vilão é preso (A Favorita e A Regra do Jogo). Muita criatividade, não é mesmo?


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O Melhor dos Programas de TV em 2015



E (finalmente!) chegou ao fim as nossas listas de Retrospectiva 2015. E, para fechar com chave de ouro, confira os 12 maiores pontos positivos dos programas de TV no ano passado.


12º lugar: Legendários

Besteirol espirituoso de primeira linha, o programa se assumiu como entretenimento puro e faz muito bem o que se propõe, com convidados legais, brincadeiras bobas e situações inusitadas no palco. Ao contrário da grande maioria dos programas da Record, o Legandários consegue audiência sem apelação, sensacionalismo ou subestimando o público. Com muita sacanagem e molecagem, Marcos Mion se consolidou em 2015 como um apresentador talentoso, versátil e de grandes recursos, apoiado por uma equipe afiada. Diversão garantida!

11º lugar: Cozinha Sob Pressão

Com bons participantes e alto nível de competição, a segunda temporada do Cozinha Sob Pressão apostou no lado "dramatúrgico" em seu roteiro, investindo nas relações entre os participantes. A tensão e a pressão, elementos chaves do reality, contribuíram para que o público se envolvesse e torcesse pelos participantes. Mas o grande ponto positivo do Cozinha Sob Pressão foi o chef Carlos Bertolazzi. Se na primeira temporada ela aparentava um pouco de insegurança (normal para uma estreia!), na segunda ele mostrou-se totalmente seguro. À vontade, deu broncas, elogiou e fez com que o público das redes sociais se apaixonasse por ele. Bertolazzi se encaixou perfeitamente no papel de "carrasco" em transformar a cozinha num "inferno", o que é o que o programa pede.

10º lugar: Mariana Godoy Entrevista

Feliz da vida em seu novo emprego, Mariana Godoy assumiu um programa de variedades que entrevista políticos, personalidades, artistas e ainda faz matérias especiais interessantíssimas no Brasil e no mundo. Golaço da RedeTV! em 2015, que tenta se desvencilhar da imagem de ser a emissora que exibe tranqueiras horríveis como o Você na TV.

09º lugar: Zumbis no Metrô

O SBT preparou uma mega superprodução no Programa Silvio Santos para "a primeira pegadinha de terror realizada em um vagão de metrô no mundo". Com 70 figurantes fantasiados como zumbis, gravada no metrô de Fortaleza, a ação teve o mérito de se assumir como entretenimento puro, sem qualquer preocupação de parecer real – um filme de terror, praticamente. Sensacional!

08º lugar: Zorra

A Globo acertou em cheio ao aposentar o péssimo Zorra Total e o substituir pelo ótimo Zorra (sem o "Total"), totalmente reformulado. Saíram os personagens fixos e os bordões chatos e entraram rápidas cenas do cotidiano, com muitas sátiras à vida moderna e às diversas situações que criam imediata identificação com o telespectador. Um texto esperto e bons atores divertem na atração, claramente inspirada no melhor do humor na internet.

07º lugar: Nova Escolhinha

Um dos grandes sucessos da televisão brasileira completou 25 anos e, para comemorar, o canal Viva e a Rede Globo (dona do canal por assinatura especializado em clássicos) produziu novos episódios, que traz novos atores vivendo alguns dos mais saudosos alunos. Sem nenhuma intenção de imitar ou superar o original, o programa nada mais é do que uma homenagem e acabou se revelando como um ótimo acerto. A escolha do elenco, num modo geral, foi perfeita, incrivelmente próximos ao original, tanto na interpretação, quanto na caracterização. Há momentos em que você pensa estar vendo os originais na tela, sendo que os atores captaram os trejeitos, modos de falar e expressões dos personagens. Está divertidíssimo! Já quero novos episódios da Nova Escolinha.

06º lugar: Tá no Ar

O programa comandado por Marcelo Adnet e Marcius Melhem é como assistir a antiga MTV Brasil. Só que com o Padrão Globo de Qualidade! Engraçado, inteligente e com um radar sensível para cada momento do Brasil. As sátiras e esquetes da atração desafiam qualquer tipo de barreira cômica que poderia se imaginar, inclusive debochando da própria Globo. Ousado demais… E bom demais!

05º lugar: Fátima Bernardes

Como todo programa novo, o Encontro começou meio capenga e já ganhando a nossa antipatia por ter tirado a TV Globinho do horário. Mas depois que veio os ajustes e as reformulações, com o tempo, ele ficou muito bom, com um clima descontraído, cheio de gracinhas, com convidados bacanas e mais música e liberdade editorial. Grande parte desse sucesso se deve, exclusivamente, à Fátima Bernardes, com seu carisma, competência e cada vez mais a vontade no palco. Sério, não consigo mais imaginá-la sentadinha na bancada do JN, de terninho, toda séria, falando sobre notícias de gente grande. O negócio dessa mulher é ali o tête-à-tête com outras pessoas, sejam elas celebridades, sub-celebridades ou longe-de-ser-celebridades. Se antes havia alguma dúvida, depois de Fatinha dançar Bang ao vivo com a Anitta, não há mais nenhuma: Fátima Bernardes se consagrou como uma das melhores apresentadoras da TV brasileira.

04º lugar: Vídeo Show

O começo das tardes na Globo estão mais leves e descontraídas. Tudo por conta do novo formato do consagrado Vídeo Show. O programa ganhou ares que ninguém jamais achou que fosse acontecer. Sem deixar de contar tudo sobre os bastidores da emissora, o programa vem se destacando por seu humor fora de roteiro com o talento e simpatia de Otaviano Costa e Môniza Iozzi, que formam uma dupla afinadíssima. Virou uma bagunça gostosa, onde os apresentadores podem dizer tudo (ou quase tudo) que pensam à respeito da própria Globo. Óbvio, tudo em tom de brincadeira. Esse humor, essa bagunça sem roteiro e essa linguagem informal estão demais!

03º lugar: MasterChef

O reality show de culinária da Band conseguiu emplacar uma segunda temporada ainda melhor e mais vibrante do que a primeira. Sucesso comercial, de crítica e de audiência, o MasterChef foi o maior triunfo na grade da Band em 2015, com repercussão inacreditável nas redes sociais, quebrando recordes mundiais no Twitter. O carisma e a espontaneidade dos jurados Erick Jacquin, Paola Carossella e Henrique Fogaça é excepcional, formando um trio em perfeita química. Com bons participantes e provas emocionantes, mesmo que a edição tenha sido arrastada e fazia a atração atravessar a madrugada, era impossível tirar os olhos da telinha.

02º lugar: Participação de Mara Maravilha na A Fazenda 8

Em meio a um bando de subcelebridades sem carisma, Mara Maravilha chamou para si todas as câmeras na oitava edição da Fazenda. Além de ter sido a mais conhecida, foi a única que entregou um material realmente interessante para a edição. A cantora engrenou todas as discussões e todos os acontecimentos ocorridos dentro da temporada, movimentando não só os participantes, como também, a audiência. Em um momento raro, talvez inédito em um reality show, um grupo de peões da Fazenda se reuniu para pedir a saída da participante gritando aos berros: "Fora, Mara!" A cena, surpreendente, dá uma boa ideia do impacto que a presença de Mara causou no programa. A cantora, com seu comportamento extravagante, se tornou inimiga de boa parte dos participantes. Inteligente, Mara provocou, fez intriga, disse verdades na cara, irritava, chamava a atenção de todos para si. Em alguns momentos, se fez de doida e causou punições para todo o grupo de forma voluntária. Como fazendeira, foi ainda mais abusada, se colocando na posição de rainha. Não pode haver personagem melhor em um reality show como esse! Mara era do tipo que ou você amava ou você odiava. Não havia meio termo. Eu preferi amar! A sua eliminação significou a aniquilação da atual temporada. Sem a grande protagonista, coube a um bando de coadjuvantes tentar levar o reality a diante. Sem sucesso, é claro! Mara ainda conseguiu se manter com mais evidência que os próprios finalistas até mesmo depois de eliminada. Para o bem ou para o mal, Mara foi a responsável por salvar a Fazenda 8 do fracasso total e conseguiu ser ainda maior do que o próprio reality em que participou.

01º lugar: Monica Iozzi

Não teve pra ninguém. Se 2015 tivesse nome e sobrenome, ele se chamaria Monica Iozzi, o grande destaque desse ano que passou. A apresentadora e atriz já havia começado bem o ano com sua Scarlet/Cidinha, personagem que rendia ótimos momentos cômicos na novela Alto Astral. Mas foi como apresentadora do Vídeo Show que Monica cresceu e apareceu. Desbocada, irônica e debochada, ela faz graça de tudo, ri da própria Globo e dela mesmo e suas tiradas se tornaram a grande vitrine do tradicional programa vespertino da emissora. Foi tão bem em 2015 que até conseguiu fazer a gente rir do Tomara que Caia, um dos piores humorísticos de todos os tempos, dando uma verdadeira aula de humor e improviso. Monica Iozzi tornou-se uma estrela! Uma pena que, no fim do ano, a Mônica deixará a bancada do Vídeo Show. À altura dela, só Dani Calabresa e Tatá Werneck. Só! Ninguém mais do elenco global tem o talento de improvisar ao vivo e inventar coisas espontâneas e sinceras como ela. A Mônica passa isso no vídeo. Sinceridade e não aquela "coisa fake" de c.e.r.t.a.s apresentadoras casadas com marido diretor poderoso em frente às câmeras.


Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...


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