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domingo, 10 de julho de 2016

O Melhor e Pior da Semana (26/6 à 9/7)




OBS.: Como expliquei lá na nossa fan page, tive que viajar por problemas de saúde e não pude escrever a nossa seção fixa de todo santo domingo com o melhor e o pior da TV da semana passada (26/6 à 2/7). Hoje, portanto, juntarei aquela semana com essa também (3 à 9/7).


   O MELHOR DA SEMANA   



O "despertar" de Velho Chico



Após um período arrastado, com poucos acontecimentos relevantes e um foco excessivo em questões políticas, Velho Chico vem mostrando uma benéfica mudança de rumo nos capítulos mais recentes. A novela ganhou novo fôlego com a revelação de que Miguel (Gabriel Leone) é filho de Santo (Domingos Montagner) e entrou em sua melhor momento desde a estreia, resultando em capítulos primorosos e atuações fantásticas. Falei mais detalhadamente sobre isso bem AQUI. Foi uma semana decisiva. Demorou, mas valeu a pena esperar pelo grande "despertar" da novela das nove. Velho Chico empolga quando carrega no drama com tintas de tragédia grega. Que a excelência apresentada continue se mantendo até o final da novela.

Racismo em Velho Chico



Vale ressaltar que a novela das nove também prestou um belo serviço com uma abordagem corajosa contra o racismo. No capítulo de quinta da semana passada (30/06), assim que Sophie (Yara Charry), namorada francesa de Miguel (Gabriel Leone), botou os pés na fazenda, Afrânio (Antonio Fagundes) ficou de queixo caído e disparou sem dó nem piedade: "Mas é uma negrinha! Precisava atravessar o Atlântico pra isso? Com o tanto que temos aqui". Que horror!

Quem ficou surpreso com a atitude e achou que Afrânio não podia ser racista porque tem uma filha negra, não entende nada sobre como o racismo funciona. Como o próprio disse, a filha dele é mais "clarinha". Na visão de Afrânio, um clássico coronel nordestino arcaico, aos negros só devem ser reservados em sua fazenda o espaço da roça e da cozinha. É o famoso "Não sou preconceituoso, mas (...)". Um pensamento que, infelizmente, vemos diariamente em todo lugar. O tremendo diálogo (entre muitos outros) que se seguiu e que permeou, praticamente, o capítulo inteiro discutiu o racismo de forma contundente e muito inteligente, amparado num texto bem escrito e inspirado e nas ótimas atuações de Antonio Fagundes, Gabriel Leone, Marcelo Serrado (Carlos), Lee Taylor (Miguel), Selma Egrei (Encarnação), Camila Pitanga (Isabel) e Cristiane Torloni (Iolanda). Uma pena que a aposta Yara Charry tenha deixado a desejar.

Núcleo de Giovanni, Camila e Bruna



O triângulo amoroso entre Giovanni, Camila e Bruna vem se tornando um dos pontos positivos principais de Haja Coração. Embora o par não seja exatamente um casal arrebatador, Agatha Moreira e Jayme Matarazzo têm boa sintonia em cena. A atriz tem feito boas cenas tanto nos momentos em que Camila se mostra grosseira, quanto nas sequências em que ela evita ao máximo lembrar-se de seu passado, ainda que se depare com lapsos que retomem estas memórias. Jayme, por sua vez, também convence em cena, apesar de interpretar mais um jovem revoltado e inseguro, o que é uma constante em sua carreira. Mas o destaque especial vai para Fernanda Vasconcellos. A talentosa atriz, com uma carreira marcada por papéis de mocinhas choronas, tem nas mãos a primeira vilã de sua carreira e, assim que Bruna descobre o romance de Giovanni e Camila, ganhou um merecido destaque, protagonizando ótimas cenas com os dois. A personagem vem se mostrando capaz de manipular friamente o casal um contra o outro, em virtude da rejeição que aos poucos vai se transformando em ódio. Estas sequências valorizaram ainda mais o talento de Fernanda, que já de algum tempo merecia um papel diferenciado como este. Mais situações vêm por aí, conforme Camila vai retomando a memória e Bruna vai agindo para separar o casal. E estas situações irão render mais boas cenas.

A nova loira do Trust




Desde que o Zorra se reinventou e deixou para trás o "Total" (com aquelas piadas prontas e previsíveis naquelas enquetes sem graça), o programa não só ganhou status, como também virou outro programa. Debochado, dinâmico, criativo. As sátiras políticas, então, viraram o ponto alto da atração. Na última semana, rolou o quadro A Nova Loira do Trust, parodiando a música "A nova loira do Tchan" e satirizando a mulher do Eduardo Cunha. A imitação impagável da Dani Calabresa, a caracterização perfeita dos personagens, o elenco bem afinado, a coreografia bem ensaidada, a ironia certeira para fazer rir e pensar, enfim. Foi simplesmente fantástico!

Bate e Volta com Mara e Catra



Já falei que acho original e inusitada a iniciativa da Band de colocar pessoas de estilos diferentes para trocarem ideia no Bate e Volta. O programa é bem interessante e agradável. A participação da Mara Maravilha com o Mr. Catra essa semana foi, sem dúvida, o melhor episódio. Os dois debateram e discordaram sobre assuntos como homossexualismo e drogas.

Urraca




Não é só a Thaís Fersoza que está dando um show como a terrível Maria Isabel em Escrava Mãe. Jussara Freire também está incrível na pele da Urraca. Embora esta seja mais puxada para a comédia, é daquelas vilãs que, por mais megera que seja, dá prazer de assistir. Adorando sua dobradinha com o filho Almeida (Fernando Pavão) e com a rival Rosalinda Pavão (Luiza Tomé). Depois da Donana em Pecado Mortal, mais uma vilã deliciosamente terrível para a sua carreira.

Criança Esperança


Com o sucesso do Teleton e os constantes boatos de que grande parte das doações sejam desviadas, de que a Globo usa as doações para reduzir impostos e mimimi, a emissora se viu obrigada a reformular o Criança Esperança para convencer o telespectador a participar da campanha promovida por uma emissora cujo lucro anual é de quase 3 bilhões de reais. Renato Aragão e cantores cederam espaço a outras atrações da própria TV Globo. Enquanto Silvio Santos é a marca máxima do SBT, a teledramaturgia caracteriza a imagem do canal platinado.


Por isso mesmo, achei louvável a ideia de trazer personagens históricos das novelas no chamado "mesão". Tieta (Betty Faria), Visconde de Sabugosa, Dona Benta (Nicette Bruno), Tia Nastácia (Dhu Moraes), Sassá Mutema (Lima Duarte), professora Clotilde (Maitê Proença), os vampiros Natasha (Claudia Ohana) e Matoso (Otávio Augusto), o galã Fabian (Ricardo Tozzi), Mamuschka (Rosi Campos) e Carretel (Nelson Freitas) pediram doações aos telespectadores. Foi uma oportunidade do público rever ícones da teledramaturgia brasileira. Nostalgia pura.

Caracterizados com seus respectivos personagens da Nova Escolinha do Professor Raimundo, Mateus Solano, Evandro Mesquita, Marcelo Adnet, Otaviano Costa, Fabiana Karla, Betty Gofman e Lúcio Mauro Filho também deram o ar de sua graça. Eles cantaram a música "Pelados em Santos" do saudoso grupo Mamonas Assassinas. Mais uma vez, a nostalgia se fez presente.

Mais de cem atores passaram pela bancada. O elenco platinado foi mobilizado. A Globo também acertou na escolha do quarteto que comanda o espetáculo. Dira Paes, Flávio Canto, Lázaro Ramos e Leandra Leal são personalidades que sempre defenderam a responsabilidade social.


O formato do Criança Esperança ficou bem mais interessante. O programa soube se atualizar e apresentou um harmonioso conjunto misturando entretenimento, projetos sociais e matérias emocionantes (destaque absoluto para a apresentação arrepiante de Alcione cantando o hino do funk "Rap da Alegria", numa versão mais lenta, ao lado de mães que perderam seus filhos para a violência), deixando aqueles shows frios e pirotécnicos de lado e trazendo um clima mais agradável e gostoso de se ver para um formato tão importante para as crianças do país.

A Terra Prometida




Com uma cronologia ousada, A Terra Prometida, nova trama bíblica da Record que vai dar continuidade a saga dos hebreus do Egito, quase pegou o telespectador de surpresa mostrando logo em suas primeiras cenas a quase queda das muralhas de Jericó, outra passagem emblemática da Bíblia que vai ser mostrada na trama. Não foi inovador, mas achei bem interessante mostrar o final da trama logo na estreia e, tal qual os seriados americanos, dar um retrocesso de seis meses, mostrando tudo que aconteceu até chegar aquele momento. 

A Terra Prometida não poderia ter estreado melhor. Ficou nítido que a trama teve um tratamento muito maior que o de Os Dez Mandamentos em todos os sentidos e, mesmo sendo uma continuação, vai traçar seu próprio caminho. Ao que parece, o grande trunfo de A Terra Prometida certamente será seu elenco. Nomes de peso como Beth Goulart e ex-globais contratados especialmente para a trama (como Igor Ricky, Cristina Oliveira, Elizangela, Kadu Moliterno e Paloma Bernardi) dão a credibilidade que faltou em Os Dez Mandamentos. Juliana Silveira (vilã Kalesi) e Miriam Freeland (prostituta Raabe) foram as donas da novela nessa semana inicial e mostraram que suas personagens serão os destaques femininos da trama.

Assim como em Escrava Mãe, a Record investiu (o que normalmente não acontecia) e apresentou uma animação com o resumo da luta de Josué (Sidney Sampaio) rumo à Terra Prometida, dando uma embalagem digna e bem criativa para a nova trama.


A Terra Prometida tem todas as ferramentas para agradar. Sem o ineditismo da fórmula da trama de Moisés, a novela vai ter que prender o telespectador por sua pura e simples boa trama.


   O PIOR DA SEMANA   



A morte de Raposo



Claro que sei que a morte de Raposo (Dalton Vigh) em Liberdade, Liberdade deve ter algum propósito para o andamento da (boa) história da trama. O autor não ousaria matar um personagem tão importante sem um propósito digno para o desenrolar dos acontecimentos. Quer dizer, assim espero, afinal, João Emanuel Carneiro matou a Djanira (Cássia Kis numa atuação magistral) em A Regra do Jogo e vocês lembram como ficou a novela, né? O personagem saiu de cena em grande estilo e o clima de luto rendeu cenas emocionantes. Mas o fato é que a novela das onze vai ficar muito mais pobre sem Dalton Vigh em um dos seus melhores momentos na TV. Dom Raposo era um personagem querido, merecia mais tempo na trama e poderia ter rendido muito mais (como seu romance mal resolvido com Virgínia/Lília Cabral, a relação com a filha Rosa/Andrei Horta e o pequeno Caju/Gabriel Palhares e, principalmente, a reação quando o filho André/Caio Blat se descobrisse gay). Uma pena.

Dublagem pavorosa do Batalha de Cozinheiros



Muito ruim essa dublagem do Buddy Valastro. A voz do dublador não combina em nada com o gringo. O chef para de falar e a voz ainda sai na sua boca. Mistééééério! Estranhíssimo acompanhar uma disputa com brasileiros e um apresentador dublado. E o ritmo deve ser truncado na gravação. Valastro fala em inglês e os competidores (usando um ponto eletrônico) respondem em português. Imaginem só o trabalho árduo na tradução simultânea que é cortada na edição... De resto, o programa não apresentou nada de atrativo. Ainda mais se formos compará-lo com outro reality concorrente no horário, MasterChef. Péssima estratégia da Record em colocar sua atração no mesmo dia e horário que o sucesso culinário da Band. São duas atrações bem parecidas. Com a diferença de que o programa de Fogaça, Paola e Jacquin já está consolidado na audiência e na preferência do público e é realmente atrativo.

Mega Senha Sidney Oliveira



O Mega Senha, game show (muito bom, por sinal) da Rede TV!, foi rebatizado. A partir de agora, ele passa a ser chamado de... Mega Senha Sidney Oliveira!!! Oi?! Sim, é isso mesmo. Que título mais ridículo, viu... Para quem não sabe, Sidney Oliveira é o nome daquele dono da rede de farmácias Ultrafarma. Homenagem? Nada disso. Trata-se de uma mega ação de marketing, envolvendo um valor que gira em torno de 1,5 milhão de reais POR MÊS para a Rede TV! de patrocínio da Ultrafarma. Mas que título mais esdrúxulo, né? Ah, se isso vira moda no canal... O A Tarde é Sua ia virar A Tarde é Sua, da Top Therm e do Ômega 3! Bem cafona!

Final de Os Dez Mandamentos




Os Dez Mandamentos chegou ao fim proporcionando surpresas nada agradáveis ao telespectador e com um ar totalmente amador e tosco, sem o mínimo de cuidado e esmero. A produção, como um todo, dessa segunda temporada foi desastrosa e decepcionante, mas os capítulos finais foram de uma precariedade total, com caracterizações a base de talco para envelhecer atores jovens e uma batalha sangrenta sem nenhuma gota de sangue. Falei mais detalhadamente sobre isso AQUI. A cena final mostrou a morte de Moisés (Guilherme Winter). Ele sobe no Monte, já perto de Jericó, para ali morrer e ser enterrado pelo próprio Deus, até que o Arcanjo Miguel trava um duelo contra o diabo pelo corpo de Moisés. A sequência tinha tudo para ser antológica e encerrar essa temporada com dignidade, mas o que se viu, mais uma vez, foi de total amadorismo. A batalha do bem e do mal se resumiu a uma lutinha pobre de desarrumados ninjas titãs de causar vergonha alheia em Power Ranger e Karatê Kids. Até a Sonia Abrão (defensora incansável da trama) detonou a cena. Triste fim para a saga de Moisés!

domingo, 15 de maio de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (8 à 14/05)




  O MELHOR DA SEMANA  



Família de CUnegundes na mansão de Anastácia


Sentados à mesa, caipiras estranham o crustáceo servido (Foto: TV Globo)

É verdade que eu tenho mil e uma ressalvas quanto às novelas de Walcyr Carrasco (texto didático e excesso de clichês são algumas delas), mas uma coisa não posso negar: o autor é uma verdadeira máquina de criar várias histórias. Eta Mundo Bom é um grande exemplo disso. Toda vez que eu acho que não tem mais da onde vir uma coisa nova, chega uma.

Quando o núcleo da fazenda estava meio murchinho, lá foi Walcyr e trouxe um telefone pra animar as coisas. Quando a mansão estava meio quietinha depois da chegada de Candinho (Sérgio Guizé), o autor chegou com Pandolfo (Marco Nanini), o irmão gêmeo de Pancrácio que está disputando as atenções do público e o coração de Anastácia (Eliane Giardini) com o irmão mais pobre. E se agora parecia que não tinha mais coelhos para serem tirados da cartola, eis que Walcyr teve uma ótima sacada: Cunegundes (Elizabeth Savala) se mudou com toda a família para a mansão de Anastácia. E o que ganhamos com isso? O melhor da semana, é claro!

Cunegundes prova a lagosta e acaba com a cara toda vermelha (Foto: TV Globo)

Desde o início, o clã caipira sempre foi o ponto alto de Eta Mundo Bom (leia aqui). E as cenas dessa semana só confirmaram isso. Gente, o que foi toda aquela sequência da Dona Boca de Fogo comendo lagosta e tendo uma reação alérgica?! Eu ri pakas! Se o plano do Walcyr era continuar trazendo humor e histórias para que a novela não perdesse o ritmo, missão realizada com sucesso. E esse foi só o começo. Certamente, situações ainda mais absurdas e engraçadas virão a acontecer e isso faz com que o público siga assistindo a novela. A verdade é que até eu que vivo reclamando do excesso de guerra de comida já estou ansioso pra ver Cunegundes levando uma torta finíssima na cara em alguma das brigas de família. Ponto pro Walcyr.

Sátiras políticas do Zorra



A atual situação política brasileira possui tantos absurdos que acaba virando um prato cheio para piadas. Nessa hora, vale a máxima do "é melhor rir do que chorar". Nesse clima, o Zorra segue fundo explorando o tema da corrupção e rindo de todos os espectros do universo político. Afinal, a crise política é o principal assunto do Brasil em 2016. Neste sábado (14), o afastamento de Dilma e o time de "ministros notáveis" do Temer (onde não há nenhuma mulher e nenhum negro e onde quase todos são investigados por corrupção) foram ironizados sem piedade. E ainda houve inúmeras referências a problemas que envolveram os governos Lula e Dilma (Lava Jato, mensalão, petrolão e até sítio de Atibaia). Sempre de forma democrática e sem ficar a favor de nenhum lado (petista vs coxinha), o que é o mais legal de tudo. Apostando forte nesse cunho político, o Zorra conseguiu voltar a ter relevância e, principalmente, a fazer rir.


      O PIOR DA SEMANA      



Encheção de linguiça em Totalmente Demais


Eu sei que o Ibope dela está lá nas alturas, mas‪ Totalmente Demais‬ está virando pura enrolação. Não tem quase mais nada para acontecer. A história começou a decair justamente com a entrada daquela morta-viva psicopata da Sofia, que impôs um clima soturno e pesado a trama (leia aqui). Esse foi o erro cabal da novela: perdeu a leveza, perdeu o bom senso e, sobretudo, a coerência.


A última agora foi a entrada da Danielle Winits como a mãe da Cassandra e da Débora. A personagem abandonou as meninas ainda crianças com o pai Hugo por não suportar a vida tão simples que levava e, depois que ele ficou rico, voltou de olho no dinheiro. Danielle Winits estava afastada das novelas desde Amor A Vida‬ (2013). Mas precisava mesmo dela nesta reta final? Pra começar, o pouco apresentado foi o mais do mesmo que a atriz vive fazendo desde quando era estrela das tramas do Carlos Lombardi: a cômica-sensual. Além disso, sua entrada não agregou nada a história. Em outras palavras, num português mais claro, está enchendo linguiça.

A novela já era pra ter terminado no começo de maio, mas foi esticada até o final do mês por causa dos altos índices de audiência. E se fosse esticada até junho, ficaria pior ainda. A verdade é que não tem mais história. Enquanto a Eliza ficar fazendo cu doce e não decidir logo se quer ficar com o Arthur ou o Jonatas (o que só acontecerá no último capítulo, obviamente), dá-lhe trama criada aos 45 do segundo tempo e casais no vai-e-volta pra disfarçar a "barriga".

Quadro de mágica do Faustão




O novo quadro do programa do Faustão se chama Truque Vip. Pois é, o nome já é meio esquisitão e a coisa vai daí para baixo. A ideia é colocar famosos do elenco global para fazer mágicas ao vivo, tipo um Dança dos Famosos, só que com mágica (e sem o mesmo sucesso).

O problema é que os truques são os mais manjados possíveis, coisa que Mister M já revelou para o mundo há uns bons anos. Os participantes são Maitê Proença, Rafael Vitti, Ludmila e Bruno Garcia. E, no geral, todos ali passaram alguma vergonha ou disseram coisas toscas. Mas nada superou a "mágica" de Rafael Vitti. Ele fez lá seus malabarismos com as cartas, chamou gente do palco, aquela coisa de sempre. Mas o auge mesmo foi na hora de finalizar o truque, quando Rafael tem de tirar de dentro de um vidro a carta marcada pela participante. Para isso, ele coloca um jornal na frente do tal vidro. Ele tem de passar sua mão através da folha do jornal, fazendo com que rasgue. Nesse momento, a câmera dá um superclose no papel e podemos ver a força que o ator faz para rasgar. Percebe-se claramente que há um papelão ali dentro, de onde ele puxa a carta, mostrando que ele não a tirou de jeito nenhum do vidro. supermico.

Quadro que também deu uma boa dose de vergonha alheia foi o de Bruno Garcia, que "escapou" de uma caixa trancada e submersa num tanque com água. Foi bem canastrão. Isso tudo sem falar dos jurados. Debora Secco, Marcelo Serrado e Moisés Lima (da Família Lima). Este último também faz uns frilas de mágico e tentava dar uma opinião mais equilibrada da coisa, mas sem ter muito sucesso. Só pela estreia deste quadro, já dá para ver que Truque Vip promete muito constrangimento nas próximas semanas. Está na hora de resgatar o Mister M.

Declaração homofóbica de Patrícia Abravanel



Nesta semana, Patrícia Abravanel deu uma das declarações mais infelizes e homofóbicas na TV. Ela disse "não ser contra homossexualismo, mas sou contra falar que é normal" e também que "homem tem de ser criado como homem e mulher como mulher". Deu o maior bafafá (e continua dando), ela foi fortemente atacada nas redes sociais (com razão), sofreu boicote em seu programa Máquina da Fama e teve até de se retratar. Isso mostra que não dá para sair falando qualquer tipo de coisa na TV. Não vou me alongar muito porque já falei sobre isso duas vezes essa semana aqui no blog (leia aqui aqui). A questão está acima do que é ou não politicamente correto ou sobre liberdade de expressão. É uma questão mais humanitária do que qualquer outra coisa e a intolerância tem sido combatida com veemência. Afinal, quem é que decide o que é normal ou não, né? Chamar alguém de anormal é algo que não pode ser feito na televisão. Na verdade, não deveria ser feito em lugar nenhum, mas utilizar a TV para algo assim é imperdoável.

TROFÉU BURRA DA SEMANA (LUDMILLA VS GRETCHEN)


Enquanto participava do quadro Truque Vip, Ludmilla cometeu uma gafe no Domingão do Faustão. Lud já começou o programa dando boa tarde, quando foi interrompida pelo Faustão que avisou que 20h já é noite. Depois, ela perguntou para um rapaz da platéia "De onde você veio?". Ele revelou que era de Minas Gerais, aí...


Faustão, sempre muito falante, se emudeceu diante da cantora. 


Parabéns, Ludmilla! Sua maior mágica foi transformar um estado em cidade. Esse truque nem o Mister M consegue desvendar.


E se você pensa que a única burra da semana foi a Ludmilla, está muitíssimo enganado. Quem acompanha o reality show mais animado da TV, o PowerCouple Brasil, viu Gretchen pagando um micão. Em uma prova do programa, as mulheres participaram de um quiz de conhecimentos gerais, quando Gretchen e Simony foram questionadas sobre qual era o menor estado do Brasil. A eterna Rainha do Bumbum errou a resposta (ela disse Rio Grande do Norte quando, na verdade, é Sergipe), mas deu uma "ótima" justificativa:


Miga, tu tá quanto tempo fora do país?! 2.000 anos?! Era melhor ter dito que não sabia e pronto.


E o troféu "Burra da Semana" vai para...


Não se esqueça de visitar a nossa fan page para assistir A Favorita, que está sendo exibida de segunda à sábado, sempre ao meio dia. Clique na foto para ver os capítulos.


domingo, 10 de abril de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (03 à 09/04)




  O MELHOR DA SEMANA  



O final da terceira temporada do Tá no Ar


Pense num programa que consegue se superar cada vez mais... Tá no Ar! Aliando inteligência, humor e ousadia, o programa se diferenciou de tudo que há na TV atualmente pela capacidade de se posicionar sobre o acontece no Brasil e no mundo (dentro e fora da telinha) sem deixar de divertir com esquetes que beiram o brilhantismo. E, para encerrar a terceira temporada com chave de ouro, o Tá no Ar nos presenteou em seu episódio final (5) com dois momentos geniais que já entraram para a história da TV brasileira. Sem dúvida nenhuma, foi o melhor episódio de todo o humorístico.

Para assistir à esquete das Helenas, basta clicar na imagem.

Na esquete Clones em Família, todas as atrizes que interpretaram uma Helena nas novelas do Maneco (Maitê Proença, Christiane Torloni, Regina Duarte, Taís Araújo, Vera Fischer e Júlia Lemmertz) apareceram para homenagear José Mayer, que lançava um livro sobre sua experiência com as personagens. O ator contracenou e foi par romântico de quase todas as atrizes que interpretaram Helenas, com exceção de Maitê e Lemmertz. Mas quem brilhou mesmo na esquete foi Lília Cabral, que, ao ser barrada na porta pela recepcionista por não ser uma Helena, revela que sempre quis ser uma Helena, mas nunca foi chamada para interpretar. A piada final ficou por conta do eterno Cigano Igor (Ricardo Macchi) em uma cena com Regina Duarte, onde ele tentava falar de seus sentimentos sobre um livro e tentou mostrar a expressão que ficou por conta do livro, tirando onda das críticas que recebeu na época de Explode Coração em que sua atuação era inexpressiva. Ainda teve as participações de outros dois personagens: Tio Ali (Stenio Garcia) e Dr. Albieri (Juca de Oliveira), ambos de O Clone (daí o título da esquete ser Clones em Família). Uma reunião pra lá de inusitada.

Para assistir à esquete com Carlos Alberto, basta clicar na imagem.

Mas o ponto alto da noite foi a homenagem hilariante a um clássico da concorrência: A Praça É Nossa, do SBT. Com participação de Carlos Alberto de Nóbrega, que apresenta o programa desde 1987, o quadro contou com uma interpretação perfeita de Marcius Melhem para a personagem da Velha Surda, criada por Roni Rios (1936-2001), que ficou famosa por confundir palavras e disparar uma metralhadora de piadas de duplo sentido. O curioso foi que o programa aproveitou a deixa para fazer piadas sobre a rivalidade entre SBT e Globo, mostrando, na verdade, o completo oposto: que a relação das duas é sim amigável e bem mais flexível do que com uma c.e.r.t.a emissora bíblica. Todas as frases de Carlos Alberto são interpretadas pela Velha Surda como referências aos canais de TV. Genial!


Outros acertos da atração exibida no episódio final também merecem ser citados. Entre elas, a interação dos personagens mais famosos do humorístico: o Jorge Bevilácqua (apresentador do Jardim Urgente), Tony Karlaquian (responsável pelo Balada Vip) e Tenente Pitombo (dono do Pitombo Game Show), que participaram da campanha "Adulto Esperança", em alusão ao Criança Esperança. O clipe final, reunindo todas as Galinhas Pretas Pintadinhas (que representaram as várias religiões alvos de deboches ao longo das temporadas) com uma paródia do clássico "We Are The World", foi hilário, ao mesmo tempo em que fez uma importante conscientização sobre a tolerância religiosa.

Um encerramento perfeito para um programa consciente, com um texto sempre afiado, um elenco incrível, que soube fazer piadas com opressores (religião, poder público, marcas) em vez de caçoar de oprimidos e que não tratou seu telespectador como um acéfalo como outros humorísticos costumam fazer. Deu gosto ligar a TV aberta e encontrar algo como o Tá No Ar. Que venha a quarta temporada!

O emocionante final de Pé na Cova


Em clima de luto. Foi assim que Pé na Cova se despediu do público. Nas cenas finais do último episódio, ao som de Goodbye e Air Supply, a alegria deu lugar a tristeza e a melancolia. Ainda mais porque esse foi o último trabalho de Marília Pera, que faleceu em dezembro do ano passado, só reforçando o clima de luto. Triste foi ver o Ruço (Miguel Falabela), sozinho, se despedindo da série, com flashbacks de cenas recontando toda a história da série desde a primeira temporada. De partir o coração. Incrível como Pé na Cova conseguiu extrair risos e choros do público ao mesmo tempo.


Ao longo das cinco temporadas, Pé na Cova utilizou do humor negro para brincar com a morte e debochar sobre a desgraça humana. Acima de tudo, ensinou sobre a vida. Apesar dos personagens estranhos e politicamente incorretos cutucarem assuntos sérios e preconceituosos, o público, no geral, não se ofendeu. Pelo contrário. Acabaram caindo no gosto popular, que refletiu, chorou e, principalmente, riu com o pessoal do Irajá. A mesclagem do texto poético, polêmico e irreverente, somado a atuações maravilhosas e personagens inesquecíveis, vai deixar (muitas) saudades. Fui!

A estreia do Zorra



O Tá No Ar e Pé na Cova chegaram ao fim, mas ainda restará um pouco de humor inteligente, crítico e de qualidade na TV aberta. O Zorra estreou a sua nova temporada na noite deste sábado (9) fazendo piadas com o impeachment da presidente Dilma e com o seu padrinho político, o ex-presidente Lula. O programa aproveitou ainda o noticiário político turbulento do nosso país para fazer referências à liquidação de cargos oferecidos pelo governo federal. Numa das cenas (a melhor da noite), um bandido que mantém a mulher refém exige um ministério como condição para libertá-la, afinal, "com ministério não vai pegar nada pra ele". Em outra, atores simulam a busca desesperada pelo porteiro José da Silva, o novo líder da Nação brasileira, que irá substituir a presidente que sofreu o impeachment: "A presidenta sofreu um impeachment ou golpe, depende do ponto de vista, então você assumiu". Entre várias outras esquetes (ágeis e divertidas) de cunho político. E ainda houve uma brincadeira com a imagem de Deus, que ofereceu a uma moça a chance de ser a mãe do filho do "todo poderoso". Que a patrulha do politicamente correto não boicote o Zorra. Me diverti pakas!


  O PIOR DA SEMANA  



Os pais homofóbicos de Max + A volta de Sofia



É verdade que as sequências em que Max (Pablo Sanábio excelente) se finge de hétero para os pais homofóbicos foram hilárias, principalmente pela presença do impagável Jamaica, que atrapalhou todo o plano. O gancho final, com a revelação de que os pais além de homofóbicos são racistas, foi impactante. A cena em que o rapaz conta toda a verdade e depois chora foi linda, assim como o momento posterior, quando os pais voltam e tentam aceitar o filho como ele é. Além de ter sido uma sacada de mestre o fato dos pais de Max se chamarem Jayr e Mirian, numa referência clara a Jair Bolsonaro e Myrian Rios. Mas foi tudo muito surreal. Não sei qual foi o momento mais absurdo da sequência: a cena do preconceito dos pais ou eles terem mudado de opinião tão rapidamente. Entendo que a proposta era trazer o racismo e a homofobia a tona, mas foi tudo feito rápido demais. Os autores poderiam ter dedicado mais tempo ao tema e ter feito uma melhor abordagem. Mais crível.


 Outra situação absurda em Totalmente Demais essa semana foi a volta de Sofia. Apesar de ter movimentado a novela, não me convenceu essa história dela decidir fingir que morreu logo após sofrer o acidente de carro. Ficou parecendo mais uma trama avulsa criada aos 45 do segundo tempo.

Cada vez mais escrachado, o Você na TV apela para o sobrenatural


Nada mudou: João Kleber continua fazendo suspense antes de revelar segredos "graves", "fortes", "chocantes" ou "inacreditáveis" toda tarde na RedeTV! com o Você na TV. O problema é que o conteúdo do programa que apresenta nunca esteve tão escrachado e absurdo. O repertório de baixarias já está até esgotando, tanto é que o Você na TV tem investido no sobrenatural. Parece até um programa de humor (de gosto duvidoso, é claro). Veja abaixo algumas das mais recentes revelações:

Pagando bem, que mal tem?

Isso que dá assistir muito Scooby Doo...

A reação da vizinha define tudo

Um antibiótico que se guarda na cueca, só pode!

VIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAADOOOOO!

Não consegui achar a imagem, mas o segredo era: "Namorado
revela que é um vampiro de 230 anos". Maldita geração Crepúsculo!

O namorado da moça é IN-VI-SÍ-VEL!!!

Detalhe: essa mesma mulher do segredo anterior retornou ao programa dias depois
pedindo ajuda ao João Kleber para achar seu namorado invisível. "Ele sumiu", disse ela.

Definitivamente, o Você na TV é o suprassumo da escrotidão na TV brasileira. É incrível como a RedeTV! tem coragem de colocar um programa desses no ar. Mais incrível ainda é saber que existem pessoas que dão Ibope pra isso. Quem assiste e gosta do programa deveria ser objeto de estudos.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O Melhor dos Programas de TV em 2015



E (finalmente!) chegou ao fim as nossas listas de Retrospectiva 2015. E, para fechar com chave de ouro, confira os 12 maiores pontos positivos dos programas de TV no ano passado.


12º lugar: Legendários

Besteirol espirituoso de primeira linha, o programa se assumiu como entretenimento puro e faz muito bem o que se propõe, com convidados legais, brincadeiras bobas e situações inusitadas no palco. Ao contrário da grande maioria dos programas da Record, o Legandários consegue audiência sem apelação, sensacionalismo ou subestimando o público. Com muita sacanagem e molecagem, Marcos Mion se consolidou em 2015 como um apresentador talentoso, versátil e de grandes recursos, apoiado por uma equipe afiada. Diversão garantida!

11º lugar: Cozinha Sob Pressão

Com bons participantes e alto nível de competição, a segunda temporada do Cozinha Sob Pressão apostou no lado "dramatúrgico" em seu roteiro, investindo nas relações entre os participantes. A tensão e a pressão, elementos chaves do reality, contribuíram para que o público se envolvesse e torcesse pelos participantes. Mas o grande ponto positivo do Cozinha Sob Pressão foi o chef Carlos Bertolazzi. Se na primeira temporada ela aparentava um pouco de insegurança (normal para uma estreia!), na segunda ele mostrou-se totalmente seguro. À vontade, deu broncas, elogiou e fez com que o público das redes sociais se apaixonasse por ele. Bertolazzi se encaixou perfeitamente no papel de "carrasco" em transformar a cozinha num "inferno", o que é o que o programa pede.

10º lugar: Mariana Godoy Entrevista

Feliz da vida em seu novo emprego, Mariana Godoy assumiu um programa de variedades que entrevista políticos, personalidades, artistas e ainda faz matérias especiais interessantíssimas no Brasil e no mundo. Golaço da RedeTV! em 2015, que tenta se desvencilhar da imagem de ser a emissora que exibe tranqueiras horríveis como o Você na TV.

09º lugar: Zumbis no Metrô

O SBT preparou uma mega superprodução no Programa Silvio Santos para "a primeira pegadinha de terror realizada em um vagão de metrô no mundo". Com 70 figurantes fantasiados como zumbis, gravada no metrô de Fortaleza, a ação teve o mérito de se assumir como entretenimento puro, sem qualquer preocupação de parecer real – um filme de terror, praticamente. Sensacional!

08º lugar: Zorra

A Globo acertou em cheio ao aposentar o péssimo Zorra Total e o substituir pelo ótimo Zorra (sem o "Total"), totalmente reformulado. Saíram os personagens fixos e os bordões chatos e entraram rápidas cenas do cotidiano, com muitas sátiras à vida moderna e às diversas situações que criam imediata identificação com o telespectador. Um texto esperto e bons atores divertem na atração, claramente inspirada no melhor do humor na internet.

07º lugar: Nova Escolhinha

Um dos grandes sucessos da televisão brasileira completou 25 anos e, para comemorar, o canal Viva e a Rede Globo (dona do canal por assinatura especializado em clássicos) produziu novos episódios, que traz novos atores vivendo alguns dos mais saudosos alunos. Sem nenhuma intenção de imitar ou superar o original, o programa nada mais é do que uma homenagem e acabou se revelando como um ótimo acerto. A escolha do elenco, num modo geral, foi perfeita, incrivelmente próximos ao original, tanto na interpretação, quanto na caracterização. Há momentos em que você pensa estar vendo os originais na tela, sendo que os atores captaram os trejeitos, modos de falar e expressões dos personagens. Está divertidíssimo! Já quero novos episódios da Nova Escolinha.

06º lugar: Tá no Ar

O programa comandado por Marcelo Adnet e Marcius Melhem é como assistir a antiga MTV Brasil. Só que com o Padrão Globo de Qualidade! Engraçado, inteligente e com um radar sensível para cada momento do Brasil. As sátiras e esquetes da atração desafiam qualquer tipo de barreira cômica que poderia se imaginar, inclusive debochando da própria Globo. Ousado demais… E bom demais!

05º lugar: Fátima Bernardes

Como todo programa novo, o Encontro começou meio capenga e já ganhando a nossa antipatia por ter tirado a TV Globinho do horário. Mas depois que veio os ajustes e as reformulações, com o tempo, ele ficou muito bom, com um clima descontraído, cheio de gracinhas, com convidados bacanas e mais música e liberdade editorial. Grande parte desse sucesso se deve, exclusivamente, à Fátima Bernardes, com seu carisma, competência e cada vez mais a vontade no palco. Sério, não consigo mais imaginá-la sentadinha na bancada do JN, de terninho, toda séria, falando sobre notícias de gente grande. O negócio dessa mulher é ali o tête-à-tête com outras pessoas, sejam elas celebridades, sub-celebridades ou longe-de-ser-celebridades. Se antes havia alguma dúvida, depois de Fatinha dançar Bang ao vivo com a Anitta, não há mais nenhuma: Fátima Bernardes se consagrou como uma das melhores apresentadoras da TV brasileira.

04º lugar: Vídeo Show

O começo das tardes na Globo estão mais leves e descontraídas. Tudo por conta do novo formato do consagrado Vídeo Show. O programa ganhou ares que ninguém jamais achou que fosse acontecer. Sem deixar de contar tudo sobre os bastidores da emissora, o programa vem se destacando por seu humor fora de roteiro com o talento e simpatia de Otaviano Costa e Môniza Iozzi, que formam uma dupla afinadíssima. Virou uma bagunça gostosa, onde os apresentadores podem dizer tudo (ou quase tudo) que pensam à respeito da própria Globo. Óbvio, tudo em tom de brincadeira. Esse humor, essa bagunça sem roteiro e essa linguagem informal estão demais!

03º lugar: MasterChef

O reality show de culinária da Band conseguiu emplacar uma segunda temporada ainda melhor e mais vibrante do que a primeira. Sucesso comercial, de crítica e de audiência, o MasterChef foi o maior triunfo na grade da Band em 2015, com repercussão inacreditável nas redes sociais, quebrando recordes mundiais no Twitter. O carisma e a espontaneidade dos jurados Erick Jacquin, Paola Carossella e Henrique Fogaça é excepcional, formando um trio em perfeita química. Com bons participantes e provas emocionantes, mesmo que a edição tenha sido arrastada e fazia a atração atravessar a madrugada, era impossível tirar os olhos da telinha.

02º lugar: Participação de Mara Maravilha na A Fazenda 8

Em meio a um bando de subcelebridades sem carisma, Mara Maravilha chamou para si todas as câmeras na oitava edição da Fazenda. Além de ter sido a mais conhecida, foi a única que entregou um material realmente interessante para a edição. A cantora engrenou todas as discussões e todos os acontecimentos ocorridos dentro da temporada, movimentando não só os participantes, como também, a audiência. Em um momento raro, talvez inédito em um reality show, um grupo de peões da Fazenda se reuniu para pedir a saída da participante gritando aos berros: "Fora, Mara!" A cena, surpreendente, dá uma boa ideia do impacto que a presença de Mara causou no programa. A cantora, com seu comportamento extravagante, se tornou inimiga de boa parte dos participantes. Inteligente, Mara provocou, fez intriga, disse verdades na cara, irritava, chamava a atenção de todos para si. Em alguns momentos, se fez de doida e causou punições para todo o grupo de forma voluntária. Como fazendeira, foi ainda mais abusada, se colocando na posição de rainha. Não pode haver personagem melhor em um reality show como esse! Mara era do tipo que ou você amava ou você odiava. Não havia meio termo. Eu preferi amar! A sua eliminação significou a aniquilação da atual temporada. Sem a grande protagonista, coube a um bando de coadjuvantes tentar levar o reality a diante. Sem sucesso, é claro! Mara ainda conseguiu se manter com mais evidência que os próprios finalistas até mesmo depois de eliminada. Para o bem ou para o mal, Mara foi a responsável por salvar a Fazenda 8 do fracasso total e conseguiu ser ainda maior do que o próprio reality em que participou.

01º lugar: Monica Iozzi

Não teve pra ninguém. Se 2015 tivesse nome e sobrenome, ele se chamaria Monica Iozzi, o grande destaque desse ano que passou. A apresentadora e atriz já havia começado bem o ano com sua Scarlet/Cidinha, personagem que rendia ótimos momentos cômicos na novela Alto Astral. Mas foi como apresentadora do Vídeo Show que Monica cresceu e apareceu. Desbocada, irônica e debochada, ela faz graça de tudo, ri da própria Globo e dela mesmo e suas tiradas se tornaram a grande vitrine do tradicional programa vespertino da emissora. Foi tão bem em 2015 que até conseguiu fazer a gente rir do Tomara que Caia, um dos piores humorísticos de todos os tempos, dando uma verdadeira aula de humor e improviso. Monica Iozzi tornou-se uma estrela! Uma pena que, no fim do ano, a Mônica deixará a bancada do Vídeo Show. À altura dela, só Dani Calabresa e Tatá Werneck. Só! Ninguém mais do elenco global tem o talento de improvisar ao vivo e inventar coisas espontâneas e sinceras como ela. A Mônica passa isso no vídeo. Sinceridade e não aquela "coisa fake" de c.e.r.t.a.s apresentadoras casadas com marido diretor poderoso em frente às câmeras.


Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...


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