Chegou a hora de escolher os grandes destaques em 2017 na TV aberta brasileira. A votação será encerrada no dia 30 desse mês e o resultado será divulgado aqui no blog dia 31, último dia do ano. Que vença os melhores... E os piores também! Só clicar na imagem abaixo.
Nesse blog, o melhor da TV será exaltado e o pior será humilhado. Sem dó nem piedade. Sem bajulação. Com bastante acidez e uma pitada de ironia. Entre. Fique a vontade. E critique também. Afinal, eu critico, tu criticas.
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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
quinta-feira, 27 de abril de 2017
Mudanças sem sentido fazem de 'Pro Dia Nascer Feliz' mais uma decepção
Emanuel Jacobina retornou à Malhação após a elogiada temporada Sonhos, desenvolvida por Rosane Svartman e Paulo Halm. Intitulada Seu Lugar no Mundo, a história desenvolvida por Jacobina parecia interessante no começo, mas foi se perdendo em meio a conduções inverossímeis, personagens perdendo suas funções e abordagens equivocadas. Ainda assim, parecia que a chance de se redimir viria com a temporada seguinte, intitulada Pro Dia Nascer Feliz, que chega ao fim semana que vem. Ledo engano.
A atual edição conseguiu repetir os mesmos erros da anterior, apesar de apresentar um elenco um pouco melhor. Foram aproveitados poucos personagens para o novo enredo, entre eles Jéssica (Laryssa Ayres), Nanda (Amanda de Godoi), Krica (Cynthia Senek) e Cleiton (Nego do Borel). Enquanto isso, como exemplo, Marina Moschen e Nicolas Prattes, que viveram o casal Luciana e Rodrigo (malconduzido pelo autor), estão repetindo o par em Rock Story, atual novela das sete, desta vez de forma bem mais rica e realmente convincente, interpretando respectivamente a patricinha Yasmin e o cantor Zac, líder da banda 4.4.
Um dos erros é a personalidade da mocinha Joana (Aline Dias). De início uma protagonista de atitude e pulso firme, ao longo do tempo, a personagem se tornou muito intrometida e chata. A falta de química com Felipe Roque (que vive o mocinho Gabriel e também mostrou altas doses de canastrice) também foi evidente, a ponto de Joana passar a se envolver com o irmão dele, Giovane (Ricardo Vianna).
A rival de Joana, Bárbara (Bárbara França), também sofreu com as mudanças estapafúrdias. A filha mais velha de Ricardo (Marcos Pasquim) sempre foi uma vilã voluntariosa, a ponto de fazer ofensas racistas e xenofóbicas contra a rival. Até aí, sem problemas. Porém, a personagem guardava um lado humano interessante em função da convivência com suas irmãs Juliana (Giulia Gayoso) e Manuela (Milena Melo). Essa complexidade foi esquecida sem qualquer motivo aparente. As brigas entre as personagens, que deveriam ser usadas como um bom recurso para a relação conflituosa entre elas, tornaram-se constantes a ponto de cansar. Dia sim e dia também Bárbara e Joana tinham longas cenas de discussão, brigando sempre pelos mesmos motivos: ora pelo Gabriel, ora pelo pai Ricardo, ora pela academia... Ai, que soninho...
Juliana, por sua vez, tinha uma interessante relação de gato e rato com Lucas (Bruno Guedes). As provocações entre os dois faziam do par o mais promissor da temporada. Até que ela se apaixonou por Jabá (Fábio Scalon) e houve uma inversão de personalidades entre eles: o primeiro, arrogante, virou uma boa pessoa, enquanto Lucas virou um babaca irresponsável. Este chegou a se envolver com Martinha (Malu Pizzatto) sem nunca ter sido amigo dela e, para piorar, ela ficou grávida. A abordagem da gestação foi erroneamente desenvolvida, parecendo algo engraçadinho e super legal na vida de um adolescente - e não uma coisa séria, como deveria ser - e repetindo o erro cometido com Krica e Cleiton na temporada anterior.
Nanda, por sua vez, chegou a se envolver com Rômulo (Juliano Laham) para tentar esquecer Filipe (Francisco Vitti), todavia, as constantes desconfianças e a indecisão amorosa dela a transformaram em um tipo irritante e cansativo, desvalorizando o talento de Amanda de Godoi (a mais promissora revelação de Seu Lugar no Mundo). Para piorar, entrou na história o professor Renato (Jayme Matarazzo), para quem supostamente o coração do ex foi doado. O triângulo nada acrescentou e o autor resolveu recorrer a cenas de Filipe como fantasma (bem cafonas, diga-se de passagem) e aproximar Rômulo de Sula (Malu Falangola), amiga cearense de Joana, para fazer ciúmes em Nanda. Nada disso funcionou. Inclusive, fez o efeito contrário, já que Rômulo e Sula formaram, inesperadamente, um casal até que bonitinho.
Agora, foi a vez de Caio (Thiago Fragoso) também sofrer com a mudança de personalidade. O cunhado de Ricardo, irmão da esposa falecida deste, era uma boa pessoa, embora guardasse mágoa do dono da academia Forma em função do acidente. Entretanto, foi transformado em um psicopata perverso, a ponto de se disfarçar de enfermeiro para matar o próprio irmão, assassinar a ex-namorada de Ricardo e sequestrar Tita. Tudo com a maior frieza do mundo. Algo que em nada condiz com seu perfil inicial.
Apesar dos problemas, o elenco consegue tirar proveito do fraco roteiro e aproveita todas as oportunidades. Bárbara França é o maior destaque da temporada e uma das maiores revelações da Malhação dos últimos tempos. Sua entrega total a personagem foi fantástica! Aline Dias, Malu Falangola, Giulia Gayoso, Amanda de Godoi, Laryssa Ayres e Milena Melo são outros bons nomes da turma jovem. Entre os adultos, Deborah Secco também está muito bem como Tânia e Thiago Fragoso, bom ator que é, consegue convencer em todas as nuances de Caio (apesar dos pesares). A grandiosa Joana Fomm, em participação especial, emociona como a avó de Gabriel e Giovane, dona Cleo. Como pontos negativos, as fracas atuações de Felipe Roque (Gabriel), Nego do Borel (Cleiton) e Juliano Laham (Rômulo).
Apesar da boa audiência, Malhação - Pro Dia Nascer Feliz sai de cena nada feliz, repetindo a fraca trajetória de sua antecessora e novamente se perdeu em meio a uma condução pífia e ao desperdício de personagens e enredos, por parte do autor Emanuel Jacobina. Com isto, só resta torcer pela próxima temporada, intitulada Viva a Diferença e assinada pelo cineasta Cao Hamburger, responsável por produções como Castelo Rá-Tim-Bum, Pedro e Bianca e Que Monstro Te Mordeu?, exibidas na TV Cultura.
sábado, 4 de fevereiro de 2017
Os piores e inadequados títulos de novelas
Não sei vocês, mas todas as (poucas) vezes em que assisto A Lei do Amor me surge um questionamento na cabeça: o que tem a ver o título da trama com a história apresentada? Afinal, se houve alguma grande história de amor foi só lá nos capítulos iniciais, quando Pedro e Helô ainda eram vividos por Chay Suede e Isabelle Drummond. Desde que Claudia Abreu e Reynaldo Gianechinne assumiram os personagens, o casal protagonista virou coadjuvante dentro da sua própria história — não por culpa dos atores, que fique claro.
"Sagrada Família", o titulo original, expressava muito melhor do que "A Lei do Amor" o tema principal da novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. Seria um título irônico, claro, pois não há nada de sagrado na família Leitão, em torno do qual gira toda a história — pelo contrário, é cheia de podres, segredos, traições e pra lá de conturbada. Magnólia (Vera Holtz), a grande vilã da história e matriarca dos Leitão, além de todos os seus inúmeros pecados, é hipócrita, pois tenta passar a imagem de beata e vive falando de Deus. Foi capaz de muitas monstruosidades. Tudo, segundo ela, pelo bem da sua família.
Este tipo de problema é muito mais comum do que se imagina na teledramaturgia. Confira abaixo outros títulos inadequados de novela (seja por não terem nada a ver com a trama ou por serem bizarros):
Amor à Vida — A novela expôs preconceito, vingança, dramas pesados, além de ter apresentado muitos personagens com desvio de caráter, que tinham amor a tudo — ao dinheiro, ao sexo, a vilania —, menos à vida. São peças que não se encaixavam. O nome mais apropriado para a trama seria "Em nome do pai", que chegou a ser cogitado inicialmente, mas preterido pouco depois. O título tinha consistência, afinal, Félix (Mateus Solano) foi capaz de praticar inúmeras monstruosidades por causa da rejeição de sofria de César (Antônio Fagundes). Porém, optaram por "Amor à Vida", que fez sentido apenas em relação ao momento em que Bruno (Malvino Salvador) achou Paulinha (Klara Castanho) na caçamba e salvou sua vida.
Avenida Brasil — O nome apenas fez uma referência ao atropelamento de Genésio (Tony Ramos), que morreu quando Tufão (Murilo Benício) o atingiu com seu carro na Avenida Brasil, o que desencadeou toda a história da trama. Porém, se formos analisar todo o contexto, o título não teve absolutamente nada a ver com a história de vingança de Nina (Débora Falabella) e muito menos com o Divino Futebol Clube.
Sangue Bom — A trama das sete abordava o mundo midiático e o conflito da protagonista Amora (Sophie Charlotte) entre o "ser" e o "ter". Essa situação servia para movimentar todos os núcleos e apresentava a temática de uma forma dramática e bem-humorada ao mesmo tempo. O título pouco tinha a ver com a história, a não ser pela bondade excessiva de Bento (Marco Pigossi) ou então pela real identidade de Amora, que, no fundo, bem lá no fundo, sempre teve um "sangue bom". Entretanto, partindo dessa premissa, o nome serviria para qualquer novela, uma vez que personagens bons sempre fazem parte de uma história, assim como os maus. Mas em se tratando do conjunto da obra, o nome não combinou.
Alto Astral — Alguém, em pleno 2014, ainda dizia que fulano é "mó alto astral"? Ou que achou tal festa "super alto astral"? Fora o título pra lá de ultrapassado, a novela explorava tramas envolvendo fantasmas e espíritos de forma leve e cômica — tudo a ver com "Búú", título original da trama que foi preterido.
Fina Estampa — A novela, teoricamente, faria uma discussão sobre o ser e o parecer, a partir do momento em que Griselda (Lilia Cabral) ficasse rica e adotasse uma "fina estampa", onde se questionaria se o que vale mais é a aparência ou o caráter — como bem sugeria a abertura e o título da novela. Mas isso não aconteceu. Aguinaldo Silva se perdeu em seu mote inicial e a trama descambou para o absurdo.
Salve Jorge — Glória Perez disse que o título provinha de uma saudação a São Jorge, santo que nasceu na antiga Capadócia, na Turquia — onde parte da história se passava —, e que era o padroeiro do protagonista, Théo (Rodrigo Lombardi), muito usada nas religiões afro-brasileiras — o que acabou gerando uma campanha de boicote de muitos evangélicos. Porém, São Jorge mais parecia um pano de fundo, pois não exerceu nenhuma grande importância para a história, que falava sobre o tráfico de pessoas.
Balacobaco — Desesperada com o fracasso de sua novela Máscaras, a Record chamou Gisele Joras para adiantar os trabalhos de sua nova produção, que se chamaria "Passado Próximo". Mas, desesperada como só ela, a Record decidiu mexer na sinopse da novela e resolveu colocar na nova trama tudo aquilo que não tinha em Máscaras, que era uma novela bem sombria. E foi assim que a emissora transformou o drama de Gisele Joras em uma novela de (pseudo) humor com nome cafona, o que, é claro, não deu muito certo. Se a expressão balacobaco significar samba do crioulo doido, posso afirmar que a novela teve um título certo.
Da Cor do Pecado — Longe de mim querer pagar de politicamente correto e sair problematizando tudo, mas o título da trama é uma expressão que faz a mesma associação de que negro é igual a negativo, só que de forma mais subliminar, não recorrendo a termos como negro ou preto. Ela é usada como elogio, porém, para quem é cristão, pecar não é nada positivo, ser pecador é errado e ter a sua pele associada ao pecado significa que ela é ruim. Portanto, é simplesmente uma ofensa racista mascarada de exaltação à estética, direcionada a mulheres negras — caso da protagonista da novela, Preta (Taís Araújo), literalmente.
Malhação — A novelinha já deixou de ter uma academia como cenário principal há anos.
Antonio Alves, Taxista — O ano era 1996 e o SBT, em uma atitude ousada, resolveu estrear três novelas em um só dia e uma delas era a cafona (não só no nome) Antônio Alves, Taxista, que trazia Fábio Jr. como o personagem-título. Mais cafona do que colocar o nome do personagem principal no título é acrescentar a ele a sua profissão. É como se Rock Story se chamasse "Gui Santiago, o rockeiro".
Pícara Sonhadora — Título que dispensa comentários, enche o mundo de piadas (alguém aí pensou em "pica sonhadora"?) e que só mesmo o Silvio Santos para ter gostado e aprovado um nome desses.
A impressão que fica é que os autores estão cada vez mais deixando o título de suas produções de lado. Claro que a história é a principal preocupação para quem a escreve, entretanto, o nome da mesma não pode ser apenas algo decorativo. Precisa sim se encaixar com o que é mostrado ao telespectador na telinha.
E vocês? Se lembram de algum outro título ruim ou/e inadequado de novela? Comenta aí!
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segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Melhor e Pior da Semana (30/10 à 5/11)
O MELHOR DA SEMANA
Atuações em cenas-chave na novela das sete
Após um longo período andando em círculos, Haja Coração veio aos poucos retomando o fôlego em sua reta final. Apesar de seus últimos capítulos não serem tão excelentes quanto suas primeiras semanas, alguns dos personagens principais apresentaram cenas importantes para o desenrolar da história. E estas sequências valorizaram uma boa parte do elenco.

No núcleo principal, veio se formando uma forte mobilização de torcidas em torno de Tancinha e a indecisão sobre quem ficará com ela: Apolo ou Beto. O limitado enredo, que pecou por não ter proporcionado conflitos mais fortes para a protagonista, avançou em uma importante sequência: o momento em que Beto finalmente revela para a amada que armou, com a ajuda de Carmela, para impedir que a feirante se casasse com o motorista, em plena cerimônia de casamento. Mariana Ximenes mostrou a atriz talentosa que sempre foi e emocionou com a decepção da mocinha ao descobrir que o homem de quem estava gostando foi capaz de fazer algo assim. João Baldasserini também se destacou positivamente com o arrependimento e sentimento de culpa do playboy, que inicialmente pretendia se aproximar de Tancinha apenas como mais uma de suas conquistas amorosas, mas acabara se apaixonando verdadeiramente por ela. Mariana já havia protagonizado outra grande cena dias antes, quando finalmente a exuberante vendedora reencontrou Guido (Werner Schunemann), seu pai, que havia sumido.

Quem também tem se destacado é Fernanda Vasconcellos. Depois de outro período sem aparecer com frequência, a atriz voltou a ter oportunidades de brilhar e as aproveitou totalmente, nas sequências em que Bruna sequestra Giovanni e o mantém como refém, a fim de evitar que ele fique com Camila. A psicopatia da advogada ficou ainda mais evidente, além de ressaltar o acerto de escalar Fernanda para um tipo totalmente diferente das mocinhas que vinha interpretando. A atriz deu show e protagonizou cenas repletas de impacto, em que transitou pela obsessão e pela psicopatia, inclusive com doses de sarcasmo e sensualidade.


É preciso ainda elogiar a dobradinha entre Teodora (Grace Gianoukas) e Safira (Cristina Pereira). Apesar de meio non sense essa disputa entre as duas pelo Epaminondas, o "Tarzan", ambas estão arrasando. Os duelos verbais, gestuais, capilares... Tudo aquilo é divertido demais!
Bárbara França
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Bárbara França é o maior achado dessa temporada de Malhação (talvez, até dos últimos tempos). E, diferentemente dos outros ídolos revelados na novelinha, a atriz tem chamado mais atenção por sua atuação do que pelo número de seguidores nas redes sociais. A loura, que interpreta a vilã Bárbara, mostra talento desde o início da novela, mas nos últimos capítulos tem se destacado ainda mais. As cenas da moça, depois da descoberta de que sua rival Joana é sua irmã, estão um primor. Fazia tempo que não via uma vilã realmente vilã na Malhação.
O PIOR DA SEMANA
Teleton e Silvio

O tradicional Teleton deu as caras no SBT neste final de semana. Com esforço postergado até 2 da manhã e uma doação anônima de 200 mil reais, a campanha beneficente cumpriu o objetivo de arrecadar R$ 27 milhões para a AACD. Neste ano, como nas edições recentes, o SBT apostou, mais uma vez, numa maratona com formato acomodado. Artistas do SBT, alguns contratados de outras emissoras e cantores pedem a doação. Além dos números musicais, reportagens sobre as pessoas que precisam da AACD vão ao ar ininterruptamente.
Não há mais um trabalho maior da produção que deveria trazer atrações renovadas ao telespectador. Isso acontecia lá atrás. De alguns anos para cá, é a mesma coisa. Se reprisar a campanha de 2014, por exemplo, o público não sentirá a menor diferença. Tal impressão imperou e contribuiu para a dificuldade extra de atingir a meta. Isso sem falar que, ao contrário do inesquecível encerramento de 2013 (com Silvio Santos e Ivete Sangalo dando show de simpatia e formando uma inédita dupla de humor na TV), dessa vez, tivemos a companhia de um Silvio zangado. Ácido. Passou a impressão de insatisfeito de estar ali. Sobrou até para um grupo de gordinhas. Comentários infelizes e até preconceituosos surgiram durante o bate-papo.
Os produtores precisam de energia nova para as próximas edições do Teleton. O Criança Esperança enfrentou o mesmo desgaste e a Globo teve que reformular totalmente a campanha. Caso contrário, o SBT ficará, cada vez mais, dependente da "tropa do cheque".
Os produtores precisam de energia nova para as próximas edições do Teleton. O Criança Esperança enfrentou o mesmo desgaste e a Globo teve que reformular totalmente a campanha. Caso contrário, o SBT ficará, cada vez mais, dependente da "tropa do cheque".
Falta de assunto do Superpop
Semana sim, na outra também, o Superpop discute sobre pessoas que fizeram pornôs e viraram evangélicas. Ou pessoas que estiveram em polêmicas e viraram evangélicas. Ou simplesmente falam sobre subcelebridades envolvidas em pornografia. Além disso, em meio a essa pobreza de pautas, o programa tem entrevistas com Jair Bolsonaro ou Marco Feliciano, trazendo à tona polêmicas já adormecidas do passado. Luciana Gimenez recebe os convidados, que já estiveram ali diversas vezes, repercutindo as mesmas questões de sempre e fazendo cara de surpresa, como se dissessem grandes novidades. Tá na hora de virar o disco e trazer alguma novidade.
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
domingo, 7 de agosto de 2016
O Melhor e o Pior da Semana (31/7 à 6/8)
O MELHOR DA SEMANA
Mister Brau
Mister Brau, sem dúvida nenhuma, é uma das melhores coisas que surgiu na TV nos últimos tempos. Lázaro Ramos e Taís Araújo estão ótimos nos papéis protagonistas, assim como o outro casal formado pela Fernanda Freitas e George Sauma, que também são espetaculares. A série, como um todo, é muito boa. Tanto o texto é muito bem escrito, quanto os assuntos são tratados com um humor e uma delicadeza que deixam tudo muito gostoso de assistir.

Mister Brau, desde a primeira temporada, toca em muitas feridas como racismo, desigualdade social, preconceito, entre outros mil assuntos, de um jeito muito inteligente. O último episódio da temporada, exibido na terça (02), girou em torno de três crianças negras que entram na casa dos vizinhos da família Brau pra buscar uma bola e são confundidos com ladrões. Ao ver a confusão, Michelle e Brau resolvem socorrer as crianças dizendo que eles são "apenas crianças" e ali se cria uma amizade que passa por vários assuntos como abandono, desigualdade social e preconceito. Tudo sendo abordado de uma maneira leve e com zero cara de merchan social e tudo ainda com muito humor e diálogos afiadíssimos. Um ótimo desfecho para uma temporada que foi boa do começo ao fim. Ao contrário do Chapa Quente (que já foi tarde e não deve voltar nunca mais, amém!), espero ansiosamente que Mister Brau tenha uma terceira temporada.
Núcleo da fazenda

O núcleo da fazenda em Eta Mundo Bom já era divertidíssimo e sempre foi o ponto alto da trama. E agora ficou ainda mais interessante depois que Pandolfo não achou petróleo nenhum por lá e sim levaram foi um banho de lama. A trama do núcleo ganhou um novo gás e as cenas estão hilárias. Enquanto isso, a história lá da fortuna da Anastácia está num lengalenga sem fim.
Penúltimo capítulo de Liberdade Liberdade
Os desdobramentos do casamento de Rosa com Rubião renderam mais sequências impactantes, aumentando a adrenalina da reta final de Liberdade Liberdade. As fortes cenas realçaram ainda mais o desespero e ódio de Joaquina e o lado mais cruel e sanguinário de Rubião, que a tortura, prende e estupra. Andreia Horta e Mateus Solano deram um show nessas sequências e expressaram perfeitamente a dualidade de sentimentos. Com a descoberta de que se casou com o assassino do próprio pai, Joaquina consegue fugir das garras do vilão e se junta a Virgínia e ao bando de Mão de Luva para invadir Vila Rica e derrotar de vez o Intendente.


No penúltimo capítulo, André acaba preso mais uma vez. Agora, por ter se envolvido com outro homem, despertando o ciúme de Tolentino, que desta vez permitiu que ele fosse para a forca (juntamente a Xavier, condenado por crime de lesa-majestade por confrontar Rubião). A morte de André na forca emocionou (aquele momento em que Xavier consegue se soltar e tenta salvá-lo e o personagem dá um último suspiro foi dilacerador) e Andreia brilhou mais uma vez com a tristeza de Joaquina ao perder o irmão, enquanto a revolta liderada por ela chega a Vila Rica e impõe o caos na cidade (em cenas muito bem dirigidas), permitindo que Xavier consiga escapar.
Muita gente ficou triste com a morte de André, que era um personagem querido, mas creio que a mensagem que o autor quis passar é o fruto da violência e da intolerância. Afinal, como bem disse o próprio André, "se crime cometi, foi ter amado". Ele morreu apenas por amar e ser quem é, assim como vemos acontecer diariamente com homossexuais que são agredidos e assassinados covardemente apenas por amarem e serem quem são. André, inclusive, foi mais macho que os "machões" de Vila Rica. Assumiu um filho com uma prostituta, não teve medo da morte e não entregou quem ele amava. "Morreu como um bravo", como bem disse Xavier.
Muita gente ficou triste com a morte de André, que era um personagem querido, mas creio que a mensagem que o autor quis passar é o fruto da violência e da intolerância. Afinal, como bem disse o próprio André, "se crime cometi, foi ter amado". Ele morreu apenas por amar e ser quem é, assim como vemos acontecer diariamente com homossexuais que são agredidos e assassinados covardemente apenas por amarem e serem quem são. André, inclusive, foi mais macho que os "machões" de Vila Rica. Assumiu um filho com uma prostituta, não teve medo da morte e não entregou quem ele amava. "Morreu como um bravo", como bem disse Xavier.

Tudo estava sendo conduzido de forma perfeita, mas (...)
O PIOR DA SEMANA
Final de Liberdade Liberdade
(...) o último capítulo jogou um verdadeiro balde de água fria no telespectador e foi pura frustração. Incrível como as novelas recentemente vem decepcionando bem no grand finale.

O último capítulo, marcado pela rebelião geral em Vila Rica, se iniciou com as reações à morte de André, mostrando o desespero de Mimi e o sentimento de culpa de Tolentino, cuja covardia não lhe permitiu impedir a morte do homem que amava, além do sepultamento do rapaz ao lado do pai, Raposo. Ricardo Pereira perfeito. Logo depois, o militar cai nas garras de Xavier e trata de contar para Joaquina toda a verdade sobre Rubião e a morte de seus pais biológicos.

A revolta da heroína e sua vingança contra o intendente era o momento mais esperado do capítulo, porém, numa sacada surpreendente e, ao mesmo tempo, decepcionante (mais decepcionante que surpreendente, diga-se de passagem), antes mesmo que a heroína pudesse ter um confronto final com o homem que desgraçou sua família, ela o encontra morto, atingido por uma facada, deixando subentendido que ele foi assassinado pela governanta Anita.
A ideia do autor foi surpreendente porque fugiu do que seria óbvio (a própria protagonista matar Rubião), porém, decepcionou pelo fato de não ter sido sequer mostrado o ato do crime, além do fato de que Joaquina não pôde consumar a vingança por todo mal que o Intendente fez à sua família, já que o homicídio foi cometido por outra pessoa. Isso acabou enfraquecendo ainda mais a figura de heroína de Joaquina, afinal, ela não conseguiu salvar André da forca, não conseguiu se vingar de Rubião, nem ao menos teve o direito de vomitar toda a verdade na cara dele. Se teve algo de bom nisso tudo, é que Joana Solnado pôde mostrar todo o seu talento nas cenas em que Anita se mostra surtada após matar Rubião, a quem tinha grande devoção.
Também soou pouco crível o fato de Joaquina ter sido presa devido à morte cometida por Anita. Devido à prisão, a heroína é condenada à forca, mas, por conta da rebelião, consegue escapar e fugir da cidade. A cena final mostrou Joaquina e Xavier num navio, rumo a Lisboa, fazendo declarações de amor e muitos ideais de liberdade que soaram um tanto cafonas e bem bobinhas.

A revolta da heroína e sua vingança contra o intendente era o momento mais esperado do capítulo, porém, numa sacada surpreendente e, ao mesmo tempo, decepcionante (mais decepcionante que surpreendente, diga-se de passagem), antes mesmo que a heroína pudesse ter um confronto final com o homem que desgraçou sua família, ela o encontra morto, atingido por uma facada, deixando subentendido que ele foi assassinado pela governanta Anita.
A ideia do autor foi surpreendente porque fugiu do que seria óbvio (a própria protagonista matar Rubião), porém, decepcionou pelo fato de não ter sido sequer mostrado o ato do crime, além do fato de que Joaquina não pôde consumar a vingança por todo mal que o Intendente fez à sua família, já que o homicídio foi cometido por outra pessoa. Isso acabou enfraquecendo ainda mais a figura de heroína de Joaquina, afinal, ela não conseguiu salvar André da forca, não conseguiu se vingar de Rubião, nem ao menos teve o direito de vomitar toda a verdade na cara dele. Se teve algo de bom nisso tudo, é que Joana Solnado pôde mostrar todo o seu talento nas cenas em que Anita se mostra surtada após matar Rubião, a quem tinha grande devoção.
Também soou pouco crível o fato de Joaquina ter sido presa devido à morte cometida por Anita. Devido à prisão, a heroína é condenada à forca, mas, por conta da rebelião, consegue escapar e fugir da cidade. A cena final mostrou Joaquina e Xavier num navio, rumo a Lisboa, fazendo declarações de amor e muitos ideais de liberdade que soaram um tanto cafonas e bem bobinhas.

Como de costume, durante todo o capítulo, as sequências foram muito picotadas e os desfechos resolvidos em cenas que não duravam nem dois minutos. Por muitas vezes, parecia que eu estava assistindo o antigo Zorra Total, com esquetes começando e terminando toda hora. O que não faltou foram furos, omissões e esquecimentos no último capítulo da novela.
Afinal de contas, o que aconteceu com a mãe de Xavier? Ele simplesmente deixou a mãe viúva, sozinha e totalmente desamparada (quando havia prometido que iria protegê-la) e foi se embora com Joaquina rumo a Lisboa ser "feliz para sempre"? E o filho da Mimi? Se nasceu ou não, nunca saberemos. E o pequeno Caju, ficou ao cuidados de quem? Como diria Glória Perez, tivemos que "saber voar" para aceitar algumas situações, no mínimo, inverossímeis. Xavier toma um tiro no braço que o derruba e o impede de salvar André da forca, mas logo em seguida sai lutando como se nada tivesse acontecido. No meio de um tiroteio, Xavier e Joaquina param, trocam declarações e dão um longo beijo. Os dragões encontraram Rubião morto, prenderam Joaquina e, logo em seguida, já mandaram ela para a forca, mas deixaram o corpo do Intendente do jeitinho como estava, não retiraram dali, nem enterraram?! Que fim levou Anita? Ela ficou com o corpo do Rubião até o fim da vida? Difícil de engolir, viu... Aliás, estou até agora sem entender o que foi a Ascensão maquiada que nem uma louca com uma águia na mão.

Sabe quando uma escola de samba começa a "correr" na avenida com o desfile de carnaval para não estourar o tempo? Foi essa a sensação que eu tive assistindo o final da trama das onze. Uma pena. De qualquer forma, de um modo geral, Liberdade Liberdade foi sim uma boa novela (vem dar sua nota para a novela e conferir os pontos positivos e negativos dela BEM AQUI).
Fofocando

Nesta segunda-feira (01), o SBT estreou (sem mais, nem menos) o Fofocando. Leão Lobo, Mamma Bruschetta e o Homem do Saco (isso mesmo que você leu) comandam a nova aposta de Silvio Santos, cuja proposta é falar sobre o universo das celebridades. O SBT tinha mesmo que encontrar uma solução para a atual overdose de produções da Televisa. Quatro novelas mexicanas sucediam na programação. O ideal seria, no máximo, duas (deviam colocar uma brasileira da própria emissora, talvez). O problema é que o Fofocando é muito, mas muito chato.
Primeiro que fica ali uma leitura de notícias que todo mundo já deu. Não tem nada de muito original, não tem um grande furo, uma reportagem, enfim, nada do tipo. A impressão que dá é que o SBT queria abocanhar uma fatia da audiência do horário (que tem o Balanço Geral e as notícias da venenosa Fabíola Reipert) como líder, mas com um investimento mínimo. Assim, o canal tirou Mama Bruschetta da Gazeta, montou um cenário, colocou Leão Lobo (que já era do SBT) e pronto. A audiência viria como que por mágica. É, só que não veio e o Fofocando vem amargando baixos índices, o que coloca o programa em risco total. Silvio Santos é conhecido por não ter muita paciência com atrações que não tragam público e costuma tirar algo do ar na mesma velocidade em que os coloca. Já trocaram o diretor. Quem será a próxima vítima?
Sim, o Fofocando tem esperanças. Creio que matérias ao estilo TV Fama não deveriam entrar na atração. Reportagens externas em shows, por exemplo, travam o desenvolvimento da atração. As fofocas também precisam de ritmo e devem ser passadas de forma natural, como a Sonia Abrão faz na sua Roda de Fofoca no A Tarde É Sua. Nada ensaiado. Um bate-papo informal. Leão e Mamma parecem engessados e travados. Resta saber se Silvio Santos terá paciência.
Final de Seu Lugar no Mundo
Após longos meses de enrolação em torno de todo o contexto tenso que os cercava, o último capítulo de Malhação foi voltado para o desfecho de Samurai e Ciça. O cenário escolhido, por sinal, foi um velho conhecido do público: a mesma pedreira que serviu de locação para os momentos finais das ótimas Além do Tempo e Totalmente Demais. É a crise, Rede Globo?!
O vilão sequestrou Luciana e Rodrigo tentou salvá-la escalando o despenhadeiro, mas toda a situação ficou forçada e mal dirigida. Até mesmo porque o mocinho nem se preocupou em surpreender o bandido, simplesmente aparecendo na sua frente e sem nada para se defender. Acabou apanhando (bem feito!) e quem se comportou como heroína foi a Ciça, que empurrou o vilão no penhasco. A aguardada cena não durou nem dois minutos, deixando qualquer tipo de emoção de lado. E com direito a um chorme key bem mequetrefe da queda, confira:
Um final ruim para uma temporada ruim (confira a crítica final da Seu Lugar no Mundo AQUI). E olha que esse último capítulo deu a maior audiência da novelinha em cinco anos. Inacreditável!
Grosseria de William Waack com Anitta
@RedeGlobo, o William Waack foi extremamente grosseiro com a Anitta e com a Cris Dias. Nojo! #RioOlympics2016https://t.co/9jOO1BBka7— JLo Steals Samples (@alleymccarey) 6 de agosto de 2016
Olha, a Anitta merece todos os parabéns. Primeiro, pela sua ótima performance na abertura das Olimpíadas (que foi perfeita, diga-se de passagem); e segundo, por ter sambado lindamente no William Waack. Quem viu a entrevista da cantora com o jornalista no Jornal da Globo de sexta (5) após a abertura das Olimpíadas viu uma das coisas mais interessantes. A primeira foi que Waack parecia conhecer muito pouco de Anitta e, mesmo assim, resolveu ir lá dar uma de espertalhão. Depois que ele meio que quis, como se diz, "desconstruir" a cantora. E, por fim, quem assistiu também teve a chance de ver Anitta desbancando Waack em grande estilo. William foi extremamente grosseiro e impertinente com ela. Deve ter visto uns dois clipes da cantora, se tanto. Qualquer um que vê de leve Anitta sabe que ela não é apenas aquela funkeira do comecinho da carreira. Aliás, ela apresenta no Multishow (o Música Boa) um programa de música em que canta de tudo. Deu pra ver nitidamente que Waack ficou sem graça. Bem feito!
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sábado, 6 de agosto de 2016
Malhação - Seu Lugar no Mundo: Como uma temporada tão ruim pode ter dado tanta audiência?
Audiência nem sempre é sinônimo de qualidade. Novelas maravilhosas como Lado A Lado e Pecado Mortal tiveram índices abaixo do esperado, enquanto porcarias como Os Mutantes e Fina Estampa foram grandes sucessos. E qual não é a minha surpresa ao saber que a Seu Lugar no Mundo acaba de se tornar a MAIOR AUDIÊNCIA DA MALHAÇÃO EM CINCO ANOS?!
É isso mesmo que você leu. Essa temporada chumbreguenta cravou impressionantes 26 pontos de média em seu último capítulo e sambou inclusive na cara da temporada Sonhos, cujo último capítulo marcou 18 pontos (ou seja, oito pontos a menos que o desfecho da atual, pra você que é de humanas) e que é a temporada de maior sucesso entre as temporadas atuais da novelinha teen. Aliás, a Seu Lugar no Mundo sai de cena com média geral de 16.69 pontos, tombando a maravilhosa temporada Sonhos (15.88), a chatérrima Casa Cheia (14.13), aquela da inesquecível Fatinha (14.82) e a esquisita Conectados (15.98). MEU DEUS, PARA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!!! Como uma temporada tão ruim pode ter dado tanta audiência assim?!
Nos primeiros capítulos, a trama principal até parecia promissora, porém, não demorou para que o conflito estagnasse. O autor, Emanuel Jacobina, não conseguiu conduzir a situação de forma satisfatória, tornando o entrecho bastante desinteressante. E, ao longo da história, as histórias paralelas também foram afetadas pela falta de bons conflitos. Personagens perderam função, situações forçadas prejudicaram os núcleos e até mesmo bons entrechos (como o sumiço de Ciça, que girou a trama durante bastante tempo) foram prejudicados. Um bom exemplo foi a desnecessária morte de Filipe por Samurai, ao descobrir o paradeiro de Ciça. Uma situação que não acrescentou em nada ao drama da personagem, uma das mais complexas da trama.
Temas como a rivalidade entre colégios públicos de diferentes estruturas e condições, o vazamento de fotos íntimas (através de Nanda, vítima deste tipo de exposição), o assédio (através da questão dos uniformes femininos), a gravidez na adolescência, a AIDS, o uso de drogas e, mais recentemente, a doação de órgãos foram abordados de forma equivocada e até mesmo superficial. Simplesmente, não dá para acreditar e achar crível uma garota de 16 anos hiper feliz por estar grávida de gêmeos ainda estando no colegial ou um casal recém-saído do ensino médio e sem emprego resolverem se casar e serem felizes para sempre, como se tudo fossem flores. Inclusive, a abordagem da AIDS (que na novelinha era transmitido por testada (?), relembre AQUI), chegou a despertar críticas de Lucinha Araújo, mãe do cantor Cazuza, que faleceu em 1990 em decorrência da doença, obrigando o autor a escrever novas cenas.
O elenco, por sua vez, sofreu com a inconstância. Atores talentosos como Juliana Knust (Ciça), Inez Viana (Sueli), Eduardo Galvão (Jorge), Marcello Airoldi (Miguel), Vanessa Gerbelli (Ana) e Solange Couto (Vanda) tiveram pouco espaço para brilhar e infelizmente ganharam personagens que não estiveram à altura. Apesar dos pesares, Solange fez uma boa dobradinha com Lucas Lucco (Uódson, seu filho na trama), que surpreendeu a todo mundo e, por incrível que pareça, roubou a cena. A irregularidade também se comprova com as atuações constrangedoras de nomes como Felipe Titto (Samurai), Guilherme Leicam (Tito), Brenno Leone (Roger) e do cantor Nego do Borel (Cleiton). Nicolas Prattes, por sua vez, também não convenceu como o protagonista Rodrigo. E Giulia Costa (filha da Flávia Alessandra) e Lívian Aragão (filha do eterno Didi Mocó) não tiveram boa presença. Num modo geral, poucos foram os atores iniciantes que se destacaram positivamente, bem longe de ser considerado algo realmente bom.

Ainda assim, a temporada conseguiu revelar jovens promissores, como é uma das tradições de Malhação (embora sem a mesma força da temporada anterior). É o caso de Amanda de Godoi, que viveu a sensual Nanda, e de Francisco Vitti, como o nerd Filipe. Os dois esbanjaram química e formaram uma divertida dupla, que mostrou ser o melhor casal desta temporada, inclusive, ofuscando o par protagonista (mesmo feito alcançado pelo irmão dele, o Rafael Vitti, que roubou a cena na temporada anterior e fez do casal Perina a grande sensação da Malhação Sonhos). Nos últimos capítulos, Amanda se destacou e emocionou com o desespero da personagem ao saber da morte de Filipe e nos desdobramentos que vieram depois. Marina Moschen, que viveu a mocinha Luciana, embora com menos presença, também merece atenção e, apesar dos pesares, defendeu bem sua protagonista e mostrou química com Nicolas Prattes.
Voltando para a pergunta que dá título essa matéria, a única explicação aceitável é que essa temporada entrega o ibope para Eta Mundo Bom, maior fenômeno de audiência do horário das seis em muito tempo. Além de ter muita audiência, a novela das seis está na reta final, o que faz com que mais gente fique ligadinha na TV um tempinho antes da novela começar pra não perder nada, funcionando como uma espécie de "sala de espera". Afinal, como diria Candinho:

Após as Olimpíadas, uma nova temporada, intitulada Pro Dia Nascer Feliz e também assinada por Jacobina, entrará no ar, com novos personagens e a inclusão de cinco que fazem parte da atual, entre eles, Nanda. Esta nova fase terá uma duração mais curta, uma vez que dará lugar, em janeiro de 2017, a uma nova Malhação, assinada pelo cineasta Cao Hamburger. Espero profundamente que Jacobina, desta vez, esteja mais inspirado e consiga conduzir melhor os núcleos da nova história, o que lamentavelmente não aconteceu nesta. Malhação - Seu Lugar no Mundo, infelizmente, já pode ser considerada uma das piores temporadas da novelinha teen.
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sábado, 4 de junho de 2016
Os melhores shippers das novelas que não terminaram juntos (na MINHA opinião)
Sabe aquele casal de novela que a gente shippa com paixão e, no final, eles não terminam juntos? É, meus queridos, eu já sofri muito com isso. Por isso, listo aqui os meus casais favoritos da teledramaturgia que não tiveram um final feliz. Que fique bem claro: é a MINHA opinião. Quem gostou, gostou; quem não gostou, vai ter que segurar a marimba. Confira:
Julipe (Sete Vidas)
E não é que a Júlia preferiu o indeciso, chato, insuportável, vacilão, egoísta, turrão e bobo do Pedro ao argentino pintoso e gente boa do Felipe?! NÃO FOI A GENTE QUE PEDIU!!!
Dunat (Malhação Sonhos)

O casal Duanca pode ter sido o protagonista, mas foi Dunat quem roubou a cena. Fim.
Arliza (Totalmente Demais)

Não satisfeitos em terem destruídos Dunat, Rosane Svartman e Paulo Halm foram lá e destruíram Arliza também. Euzinho fiz uma matéria todinha dando 5 motivos que a Eliza deveria ter terminado com o Arthur e não com o carrapato do Jonatas. É só clicar BEM AQUI.
Heledu (Laços de Família)

Não foi a toa que o público odiou a Camila. Todo mundo gostava da Helena com o Edu. Ela não tinha nada que se meter ali no meio roubando o boy da mãe. Como diria Íris, JUUUUUUUDAS!!!
Fredel (Mulheres Apaixonadas)

Tinha um marido que a batia com raquetes de tênis, se apaixonou por um aluno que é bem mais novo que ela, os pais do garoto são contra e, no final, o marido dela se mata com o garoto. Meu Deus, a vida da Raquel era um verdadeiro dramalhão mexicano, coitada... Nessa época, nem existia o termo shippar, mas eu já shippava mesmo assim a Raquel com o Fred.
Crozar (Fina Estampa)

Como eu queria que o Baltazar se revelasse gay e terminasse com o Crô. Adorava!
Penhotto (Cheias de Charme)

Não me conformo e não engulo até hoje a Penha ter dispensado um homem bacana e maravilhoso como o Otto pra ficar com o ex-marido Sandro, que sempre enrolou ela a vida inteira.
Ursulano (Cordel Encantado)

Ainda bem que, em Sete Vidas, Domingos Montagner e Débora Bloch puderam repetir essa química arrebatadora que foi o cangaceiro Herculano com a vilã Úrsula.
Olavel (Paraíso Tropical)

Esse foi outro casal de vilões que não valia nada, mas a gente gostava do mesmo jeito porque tinha muita catiguria e muito tesão. E põe tesão nisso. Muito mexxxxxxxxxxmo.
Anigo (A Vida da Gente)

Sempre achei que o Rodrigo ficou com a Manu mais por gratidão e pena do que por amor.
Vanderlina (A Favorita)

Catarina era uma das personagens mais legais de A Favorita. Só dela ter se livrado do ogro do Léo, já foi de bom tamanho. Mas meu coração sempre foi do Vanderlei. Aquela Estela nunca me desceu.
Malfred (Império)

E mais uma vez, Lília Cabral e Alexandre Nero transbordam química em cena. E mais uma vez, seus personagens não terminam juntos. Na próxima, já pode pedir música no Fantástico!
Concorda com a minha lista? Fique a vontade para discordar ou até selecionar outros casais de novelas que você amou e que não terminou junto.
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