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sábado, 6 de agosto de 2016

Malhação - Seu Lugar no Mundo: Como uma temporada tão ruim pode ter dado tanta audiência?



Audiência nem sempre é sinônimo de qualidade. Novelas maravilhosas como Lado A Lado e Pecado Mortal tiveram índices abaixo do esperado, enquanto porcarias como Os Mutantes e Fina Estampa foram grandes sucessos. E qual não é a minha surpresa ao saber que a Seu Lugar no Mundo acaba de se tornar a MAIOR AUDIÊNCIA DA MALHAÇÃO EM CINCO ANOS?!


É isso mesmo que você leu. Essa temporada chumbreguenta cravou impressionantes 26 pontos de média em seu último capítulo e sambou inclusive na cara da temporada Sonhos, cujo último capítulo marcou 18 pontos (ou seja, oito pontos a menos que o desfecho da atual, pra você que é de humanas) e que é a temporada de maior sucesso entre as temporadas atuais da novelinha teen. Aliás, a Seu Lugar no Mundo sai de cena com média geral de 16.69 pontos, tombando a maravilhosa temporada Sonhos (15.88), a chatérrima Casa Cheia (14.13), aquela da inesquecível Fatinha (14.82) e a esquisita Conectados (15.98). MEU DEUS, PARA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!!! Como uma temporada tão ruim pode ter dado tanta audiência assim?!


Nos primeiros capítulos, a trama principal até parecia promissora, porém, não demorou para que o conflito estagnasse. O autor, Emanuel Jacobina, não conseguiu conduzir a situação de forma satisfatória, tornando o entrecho bastante desinteressante. E, ao longo da história, as histórias paralelas também foram afetadas pela falta de bons conflitos. Personagens perderam função, situações forçadas prejudicaram os núcleos e até mesmo bons entrechos  (como o sumiço de Ciça, que girou a trama durante bastante tempo) foram prejudicados. Um bom exemplo foi a desnecessária morte de Filipe por Samurai, ao descobrir o paradeiro de Ciça. Uma situação que não acrescentou em nada ao drama da personagem, uma das mais complexas da trama.

Temas como a rivalidade entre colégios públicos de diferentes estruturas e condições, o vazamento de fotos íntimas (através de Nanda, vítima deste tipo de exposição), o assédio (através da questão dos uniformes femininos), a gravidez na adolescência, a AIDS, o uso de drogas e, mais recentemente, a doação de órgãos foram abordados de forma equivocada e até mesmo superficial. Simplesmente, não dá para acreditar e achar crível uma garota de 16 anos hiper feliz por estar grávida de gêmeos ainda estando no colegial ou um casal recém-saído do ensino médio e sem emprego resolverem se casar e serem felizes para sempre, como se tudo fossem flores. Inclusive, a abordagem da AIDS (que na novelinha era transmitido por testada (?), relembre AQUI), chegou a despertar críticas de Lucinha Araújo, mãe do cantor Cazuza, que faleceu em 1990 em decorrência da doença, obrigando o autor a escrever novas cenas.

O elenco, por sua vez, sofreu com a inconstância. Atores talentosos como Juliana Knust (Ciça), Inez Viana (Sueli), Eduardo Galvão (Jorge), Marcello Airoldi (Miguel), Vanessa Gerbelli (Ana) e Solange Couto (Vanda) tiveram pouco espaço para brilhar e infelizmente ganharam personagens que não estiveram à altura. Apesar dos pesares, Solange fez uma boa dobradinha com Lucas Lucco (Uódson, seu filho na trama), que surpreendeu a todo mundo e, por incrível que pareça, roubou a cena. A irregularidade também se comprova com as atuações constrangedoras de nomes como Felipe Titto (Samurai), Guilherme Leicam (Tito), Brenno Leone (Roger) e do cantor Nego do Borel (Cleiton). Nicolas Prattes, por sua vez, também não convenceu como o protagonista Rodrigo. E Giulia Costa (filha da Flávia Alessandra) e Lívian Aragão (filha do eterno Didi Mocó) não tiveram boa presença. Num modo geral, poucos foram os atores iniciantes que se destacaram positivamente, bem longe de ser considerado algo realmente bom.


Ainda assim, a temporada conseguiu revelar jovens promissores, como é uma das tradições de Malhação (embora sem a mesma força da temporada anterior). É o caso de Amanda de Godoi, que viveu a sensual Nanda, e de Francisco Vitti, como o nerd Filipe. Os dois esbanjaram química e formaram uma divertida dupla, que mostrou ser o melhor casal desta temporada, inclusive, ofuscando o par protagonista (mesmo feito alcançado pelo irmão dele, o Rafael Vitti, que roubou a cena na temporada anterior e fez do casal Perina a grande sensação da Malhação Sonhos). Nos últimos capítulos, Amanda se destacou e emocionou com o desespero da personagem ao saber da morte de Filipe e nos desdobramentos que vieram depois. Marina Moschen, que viveu a mocinha Luciana, embora com menos presença, também merece atenção e, apesar dos pesares, defendeu bem sua protagonista e mostrou química com Nicolas Prattes.

Voltando para a pergunta que dá título essa matéria, a única explicação aceitável é que essa temporada entrega o ibope para Eta Mundo Bom, maior fenômeno de audiência do horário das seis em muito tempo. Além de ter muita audiência, a novela das seis está na reta final, o que faz com que mais gente fique ligadinha na TV um tempinho antes da novela começar pra não perder nada, funcionando como uma espécie de "sala de espera". Afinal, como diria Candinho:


Após as Olimpíadas, uma nova temporada, intitulada Pro Dia Nascer Feliz e também assinada por Jacobina, entrará no ar, com novos personagens e a inclusão de cinco que fazem parte da atual, entre eles, Nanda. Esta nova fase terá uma duração mais curta, uma vez que dará lugar, em janeiro de 2017, a uma nova Malhação, assinada pelo cineasta Cao Hamburger. Espero profundamente que Jacobina, desta vez, esteja mais inspirado e consiga conduzir melhor os núcleos da nova história, o que lamentavelmente não aconteceu nesta. Malhação - Seu Lugar no Mundo, infelizmente, já pode ser considerada uma das piores temporadas da novelinha teen.


Visite a nossa fan page para assistir Cuna de Lobos, que está sendo exibida diariamente, sempre ao meio dia. Clique na foto para (re)ver os capítulos:



sexta-feira, 20 de maio de 2016

Se Liberdade Liberdade é boa e gera audiência, por que ninguém comenta?



Assistir televisão sempre foi uma experiência em grupo. Nos primórdios, existiam os televizinhos, aqueles que agrupavam-se na janela do vizinho (sortudo) que possuía uma TV em casa. Mais tarde, com a popularização do aparelho, passamos a assistir a programação em família e com amigos. Nos anos 2010, essa experiência ganhou um capítulo novo e deu frescor e anos de vida à senhora televisão. Passamos a assistir televisão em grupo, porém, num grande sofá virtual. As redes sociais, ao unir milhões de desconhecidos por um termo como a hashtag, faz com que a experiência de assistir televisão e comentar os programas fique mais divertida e animada.

E é justamente através das redes sociais que posso acompanhar a opinião do público a respeito de algum programa de TV, se está agradando ou não, gerando algum burburinho, se caiu ou não na boca do povo. Com isso, acabei percebendo que o desempenho de um programa no Ibope nem sempre é diretamente proporcional à sua força na internet. Se audiência e qualidade não andam lado a lado, o mesmo pode-se dizer sobre repercussão. Um programa pode gerar números não muito expressivos na audiência tradicional, mas figurar entre os assuntos mais comentados do Twitter. Ou vice-versa. Enfim. Recentemente, recebi o seguinte comentário:


Vou confessar a vocês que muitas vezes eu esqueço que temos uma novela das 23h sendo exibida atualmente. Talvez, porque eu cochile no meio de Velho Sono e quando acordo já está acabando Liberdade Liberdade. A questão é que, em meio a duas novelas da Globo bombando na audiência (Totalmente Demais e Eta Mundo Bom), essa das 23h se destaca caladamente como uma opção não menos interessante. Porém, diferentemente das duas e da sua antecessora, Verdades Secretas, que era comentada em todos os lugares possíveis (nas redes sociais, roda de amigos, na fila do pão francês), a novela não consegue repetir a mesma proeza.

Você vê muitas notinhas sobre o que vai rolar nos próximos capítulos? Alguma crítica sobre a trama nesses grandes sites especializados sobre TV? Nada. E o que dizer da repercussão das pessoas? Parece que o povo da timeline some na hora de Velho Chico e não volta mais. Vejo poucos comentários na internet. Nem falando bem, nem falando mal. Aqui no Eu Critico Tu Criticas mesmo. Quantas vezes você viu Liberdade Liberdade no O Melhor e o Pior da Semana? Quantas postagens lá na nossa fan page eu já fiz sobre ela? Bem poucas, né? Isso quer dizer que a novela é o maior fracasso de audiência do horário de todos os tempos, certo? Errado! Com médias sempre acima dos 15 pontos (o que é o esperado pela Globo no horário), possuiu uma audiência razoavelmente boa. Pois então porque ninguém comenta a novela das 23h?

Após um início excessivamente didático que aparentava ser um prólogo, a trama engrenou a partir da terceira semana e tem se mostrado mais e mais atraente a cada capítulo, valorizada por um elenco enxuto com ótimas atuações e uma reconstituição de época primorosa. Apesar de ser baseada em um personagem real, Liberdade Liberdade não se prendeu só a história da inconfidência mineira, mas ao mesmo tempo não esqueceu sua essência. São núcleos bem definidos com o clássico do folhetim na linha tênue do didatismo das produções históricas.


Em tempos onde é difícil interpretar uma mocinha que conquiste a torcida do público, Andreia Horta mostrou-se uma acertada escalação, convencendo plenamente e esbanjando carisma na pele da jovem Joaquina/Rosa. O desenvolvimento do papel também é acertado, uma vez que o senso de justiça da jovem não soa pedante ou politicamente correto (como o da Regina de Babilônia). Também deve se destacar o imenso talento de Mel Maia, que brilhou vivendo a pequena Joaquina nos primeiros capítulos e entregou para Andreia uma grande personagem. Mateus Solano, após quase três anos longe das novelas depois do sucesso de Félix em Amor à Vida, novamente vive um vilão e acerta ao diferenciar totalmente um papel do outro. Bruno Ferrari, após um período na Record, retornou à Globo nesta trama e se sai muitíssimo bem como o idealista Xavier. Nathalia Dill também está ótima na pele da mimada vilã Branca. O tom propositalmente exagerado (levemente cômico) caiu como uma luva para ela. 

Junto a eles, há outros ótimos nomes como Dalton Vigh (Fragoso), Zezé Polessa (Ascensão), Caio Blat (André), Genézio de Barros (Diogo Farto), Chris Couto (Luzia), Maitê Proença (Dionísia), Hanna Romanazzi e Yanna Lavigne (Gironda e Mimi, respectivamente). Dois atores que merecem um destaque especial: Lília Cabral (a prostituta Virgínia) e Marco Ricca (o bandido Mão de Luva), que engrandeceram papéis coadjuvantes e com aparições esporádicas.

Como podem ver, tenho muitos elogios para Liberdade Liberdade. Mas então por que a novela é tão apagadinha na mídia? A história já está no ar há mais de um mês e ainda não encontrei uma resposta. Talvez, a maior culpa disso seja do maior defeito da trama: a edição picotada. Eu sei que a duração dos capítulos de uma novela das 23h sempre foi curta (cerca de 20 a 40 minutos), mas as cenas da novela são excessivamente curtas. A novela tem ritmo de curta-metragem. Mal você se interessa por um diálogo, ele é cortado abruptamente e a trama passa para outra história. As histórias paralelas, de tão picotadas que ficam, não prendem a atenção. É tanta coisa acontecendo em menos de um minuto que não dá nem tempo de comentar. Uma piscada e quando chega ao final do capítulo fica difícil saber o que mais marcou.

A novela é boa, mas não me prende, não gera burburinho, comentários (nem que seja negativo), nem faz querer continuar assistindo o próximo capítulo. Falta um temperinho especial. Dou um milhão de reais em barras de ouro que valem mais do que dinheiro pra quem souber!

Não se esqueça de visitar a nossa fan page para assistir A Favorita, que está sendo exibida de segunda à sábado, sempre ao meio dia. Clique na foto para ver os capítulos.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Ainda há esperança para a Xuxa na Record?


Desde que Xuxa foi embora da Globo após mais de trinta anos e mudou-se para a Record, a cara da apresentadora não sai mais das chamadas dos sites de TV. As notícias eram especulações sobre como seria a estreia da atração, quem seriam os convidados, quais os quadros apresentados para entreter os telespectadores, quem a Globo tinha vetado de participar do programa e de comentar nas redes sociais sobre o novo desafio da ex-colega, que ela teria liberdade para falar e fazer seu programa do jeito que quisesse e blá blá blá. Entretanto, em menos de um ano após a maior contratação da história da emissora, a chama entre Xuxa e Record está em níveis altíssimos não de paixão, mas sim de tensão.


A Record esperava que o programa da Xuxa rendesse números de audiência na casa dos dois dígitos, mas a atração passou longe, bem longe, lá pelas terras de Tão Tão Distante de ser um XU-XEX-XO! Até a vice-liderança ela perdeu. Toda segunda-feira, a Rainha dos Baixinhos leva uma surra no Ibope do Programa do Ratinho e do Máquina da Fama. Goooooool da Alemanha, quer dizer, do SBT! É bom lembrar que os últimos anos da Xuxa na Globo não foram nenhum pouco gloriosos. Ou vocês não se lembram que ela chegou a perder a liderança no Ibope para o desenho animado do Pica Pau?

Enquanto isso, do outro lado, Xuxa esperava ter total liberdade em sua nova casa. E não é bem isso que ela vem tendo. Após a constante baixa audiência e opiniões ácidas, a atração da loira passou de ao vivo para o modo gravado. A equipe dela foi demitida pela Record e recontratada pela Casablanca, produtora terceirizada que está alugando o RecNov. Muitos dos novos contratos foram por valores menores. Nesta semana, quem também se desligou da emissora foi o diretor de Xuxa, Mariozinho Vaz. A apresentadora também passou a sofrer edições de uma pessoa ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, que anda censurando tudo o que a Xuxa fala e tentando fazer dela uma pessoa menos vulgar. Até uma possível redução de salário e uma eventual rescisão do contrato da loira já foi pensada. Ô, coitada!

Deixando o quesito audiencia de lado, verdade seja dita, o Xuxa Meneghel é muito ruim. Tanto é que ficou em 07º lugar na nossa lista dos Piores Programas de TV em 2015 (relembre aqui). O programa já começou sem identidade e parecendo uma cópia mal feita do americano The Ellen DeGeneres Show, tanto no cenário, na identidade visual, no figurino da apresentadora (como bem disse Silvio Santos, "Xuxa virou um rapaz americano") e até no conteúdo principal, baseado em entrevistas. Xuxa, não precisa ficar imitando nenhuma apresentadora americana, nem ficar evocando a Hebe Camargo. Seja apenas você mesma! Xuxa até pode se inspirar, mas, acima de tudo, precisa encontrar uma personalidade própria.


O formato inicial não caiu no gosto do público e, devido as constantes derrotas no Ibope para o Ratinho, começaram as mudanças. Sob a curta direção de Mariozinho Vaz, as entrevistas na atração perderam a força e entraram concursos variados, que iam de talentos garimpados da internet, de crianças e até de escolha de uma atriz para atuar na novela A Terra Prometida. E foi aí que o que estava ruim, ficou ainda pior! O Xuxa Meneghel virou uma espécie de programa frankenstein, cheio de maus remendos. Sinceramente, até hoje eu não sei do que realmente se trata a atração.

Sem uma identidade definida, o programa ainda pecou ao insistir em dois quadros que o acompanham desde a estreia: o 'Conto de Fadas' (sobre sexo) e o 'Toc Toc', no qual Xuxa visita seus fãs. O primeiro é uma das coisas mais bobas e constrangedoras que eu já vi na TV. Uma mulher de 52 anos agindo como se fosse um pré-adolescente que se masturbou pela primeira vez na vida. Acho que já passou da hora de ficar fazendo piadinhas infantiloides sobre sexo, né? Já este outro quadro é extremamente cansativo e desinteressante, cujo objetivo parece ser enaltecer a imagem de Rainha dos Baixinhos da apresentadora. Quem aguenta toda semana ver algum velho fã da Xuxa gritando ao vê-la na porta de casa com tamanha rasgação de seda? É um tal de "Xuxa, eu te amo" pra cá, "Xuxa Rainha" pra lá, uma choradeira sem fim... Além disso, a Xuxa tem que parar de ser tão egocêntrica e querer ser sempre o foco da atração. Já pensou se a Marília Gabriela falasse só sobre ela em todas as entrevistas no finado De Frente com Gabi? Pois é isso que a Xuxa faz em seu programa. A loira fica sempre lembrando a toda hora quem é, o que já fez, do que gosta ou não gosta, o que pensa sobre todos os assuntos... Se você recebe convidados no auditório, é pra saber da vida do convidado e sobre coisas que o público ainda não sabe sobre ele, não é mesmo? Xuxa precisa falar menos e ouvir mais!


Vale lembrar que Mariozinho Vaz foi o diretor do TV Xuxa entre os anos de 2008 a 2011. E essa foi a melhor fase do último programa de Xuxa na Toda Poderosa. Exibido nas manhãs de sábado, o programa seguia aquele formato de "colcha de retalhos", mas com uma sucessão de quadros que divertiam bastante: 'Show de Babá', 'Meninos X Meninas', 'Papo X', 'Tempo de Baixinho', 'Estilista Revelação'... A atração só perdeu força quando saiu das manhãs e se mudou para as tardes do sábado. O formato vitorioso matinal não funcionou à tarde. Obviamente, as noites de segunda também pedem um formato diferente do que era o programa de Xuxa aos sábados de manhã, mas a boa fase deste período mostra que Mariozinho Vaz foi sim um bom diretor para Xuxa no passado.

Caberá agora a Ignácio Coqueiro, novo diretor-geral do Xuxa Meneghel, reinventar a loira mais uma vez. Em seu currículo, estão o Caldeirão do Hulck, na Globo, e a transformação do O Melhor do Brasil em Hora do Faro, na própria Record. O caso é que há quem diga que Xuxa é bastante participativa na condução do programa e nem sempre aceita sugestões da direção. E isso é um problema. Como já foi dito aqui, Xuxa precisa falar menos e ouvir mais. Precisa ser receptiva às mudanças e sugestões.

Em meio a tudo isso, surgiram rumores de que o caminho que a apresentadora poderia seguir é o SBT. Eu, particularmente, sempre achei que a Xuxa tem muito mais a cara do SBT do que da Record. Na emissora de Silvio Santos, ela teria a seu dispor o elenco da emissora dos Marinhos, uma vez que a relação entre SBT e Globo é mais que amigável. Deixo bem claro que isso é apenas boato, uma possibilidade que pode vir a acontecer ou não. Provavelmente, não. Na Globo, ela não bota os pés nunca mais. Então, se o seu futuro na Record não der certo, só lhe resta se aposentar da TV brasileira de uma vez por todas. Ou então continuar sendo enfiada na nossa goela abaixo. Afinal, se ainda existe espaço para "bombas" como Faustão, João Kléber e Daniela Albuquerque, porque excluir a Xuxa?


E você, caro leitor? Tem alguma solução para a Xuxa sair do limbo?


terça-feira, 17 de novembro de 2015

A ascensão das favelas na nossa dramaturgia


Só em 2015, tivemos três novelas da Globo cujo cenário principal era uma favela. São elas: I Love Paraisópolis, cujo título se refere de forma tão amorosa a uma das maiores e mais violentas favelas de São Paulo, Babilônia, que tinha seu nome emprestado de uma favela no Leme, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro; A Regra do Jogo, que se passa no fictício Morro da Macaca, também no Rio. As três, no entanto, mostraram uma visão diferente do subúrbio. A primeira trama não mostrou absolutamente nada a respeito de criminalidade ou tráfico de drogas, a segunda tinha muito mais cenas rodadas no "asfalto" no que no morro e esta última mostra uma favela que é point cultural, frequentada pelos moradores, pelo pessoal do "asfalto" e até mesmo pela "alta sociedade". Mas você sabe como foi que as favelas começaram a ter um destaque maior nas novelas?


Para começo de conversa, nesta matéria optei por usar o termo "favela" ao invés de um eufemismo 'politicamente correto' como "comunidade", até porque a palavra está longe de ser considerada pejorativa. Segundo o dicionário 'Houaiss', por exemplo, favela é "um conjunto de moradias precárias, situada em morros e onde vive a população de baixa renda dos centros urbanos". Curiosamente, embora sempre presente na sociedade brasileira, tal localidade quase nunca era abordada na nossa dramaturgia televisiva. O oposto acontece no cinema, onde temos até um boom de filmes com esse tipo de temática (podemos citar Cidade de Deus, Tropa de Elite e Alemão).


Citada antes esporadicamente em algumas novelas, a primeira vez em que uma favela de fato ganhou importância numa novela foi em Pátria Minha (1994). Na história, Claudia Abreu interpretava Alice, uma estudante super correta que entra em guerra contra o empresário Raul (Tarcísio Meira), que comete uns crimes impunemente e depois ainda manda desapropriar uma favela. Quase uma década se passou até uma favela voltar a ter importância em uma nova trama. Em 2004, Senhora do Destino apresentou a Comunidade da Pedra Lascada, uma região subdesenvolvida do subúrbio carioca que visava conseguir uma emancipação. A tal comunidade tinha grande destaque porque a protagonista Maria do Carmo (Susana Vieira) tinha um forte laço afetivo com o local e sempre ajudava seus moradores, de quem era amiga e respeitada por todos.

Nos últimos 12 anos, o Brasil passou por alguns processos políticos que visaram dividir melhor a renda e isso gerou a ascensão da classe C, um novíssimo público consumidor que virou a menina dos olhos de ouro do mercado publicitário e o pesadelo das emissoras acostumadas a produzir dramaturgia só pensando nos núcleos mais ricos. Nesta última década, os personagens mais pobres foram conseguindo mais destaque e as tramas passaram a se deslocar dos bairros ricos para o subúrbio. Não que isso seja inédito, já que Rainha da Sucata e outras novelas mais antigas também davam voz aos mais pobres, mas tornou-se mais comum nos últimos anos.


Podemos dizer que a primeira novela a colocar uma favela em papel de destaque foi Vidas Opostas (2006), da Record, que aproveitou a explosão do tema no cinema e produziu uma novela que misturava um núcleo rico com moradores de uma favela, com direito a muito "tiro, porrada e bomba". Muitas cenas, inclusive, foram gravadas em uma comunidade real. Na Globo, devido ao sucesso da concorrente, a trama que marcou o destaque absoluto de uma favela veio logo depois, em 2007, com Duas Caras, ambientada na fictícia Portelinha e que também mostrou a diferença social colocando uma comunidade pobre localizada ao lado de um empreendimento de luxo. 

Atualmente, muitas novelas já mostram favelas pareando em importância com bairros mais ricos, algumas vezes até superando as antigas localidades de destaque. Avenida Brasil e Cheias de Charme, por exemplo, acertaram em cheio ao mostrar um subúrbio mais alegre e divertido, enquanto Salve Jorge foi a pioneira em colocar como protagonista uma mãe solteira moradora do Complexo do Alemão, um tipo que provavelmente seria apenas coadjuvante em novelas do passado. E para mostrar que não se trata de um fenômeno pontual, podemos lembrar de um exemplo ainda mais recente: Em Família foi escrita por Manoel Carlos, autor conhecido por colocar suas histórias apenas em bairros ricos do Rio de Janeiro (Leblon), mas mesmo assim precisou se adequar às novas necessidades da emissora e até incluiu uma "favela" improvisada com um personagem, Jairo (Marcelo Melo Jr.), que conseguiu um destaque maior que o esperado.


Entretanto, parece que a fórmula exaltada até pouco tempo atrás não está dando muito certo. Desde sua estreia, A Regra do Jogo ainda não empolgou na audiência e acumula, até o momento, média de 25 pontos (a meta para o horário das nove é de 35), mesma marca de sua antecessora, Babilônia, tida como o maior fracasso do horário nobre global de todos os tempos. Curioso que as duas têm em comum a ambientação em favelas. Com isso, várias questões vem sendo levantadas: será que duas novelas simultâneas focadas em favelas não são um pouco demais? Será que não está na hora da Globo buscar novos cenários para as suas novelas, afinal, o Brasil é muito maior do que isso? O público está cansado de tramas que se passam nas favelas?


Babilônia foi uma trama rejeitada pela maior parte do público e boicotada por evangélicos pelas cenas polêmicas iniciais, por sua trama mal remendada e pelas mil e uma mudanças que a trama e os personagens sofreram para "agradar a Família Brasileira", deixando-a ainda mais equivocada e perdendo sua identidade. Mas em nenhum momento o fato dela ter se passado na favela foi o motivo da sua baixa audiência. E cá entre nós, até onde me lembro, nunca havia ouvido falar de alguma reclamação do público que novelas seguidas na Globo eram todas centradas em bairros ricos do Rio de Janeiro! Mas se o problema são mesmo as favelas, então porque I Love Paraisópolis teve uma boa audiência? Estranho, não!? Pelo visto, com o passar dos anos teremos cada vez menos distinção entre as áreas mais ricas e mais pobres das cidades, até porque sabemos que o primordial de uma novela não é o cenário, e sim sempre contar uma boa história.


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Golias x Davi: a supremacia da Globo está mesmo acabando?


10 de novembro de 2015. Um dia histórico para a Record. O capítulo 167 de Os Dez Mandamentos apresentou a tão esperada sequência da abertura do Mar Vermelho, ponto épico do livro do Êxodo, e conquistou vitória inédita sobre a Globo, que, no período, entre 20h30 e 21h58, exibia o Jornal Nacional e o início de A Regra do Jogo. Durante esses quase trinta minutos em que se enfrentaram, a produção da Record chegou a 31 pontos contra apenas 19 da Globo. Com média de 28 pontos, Os Dez Mandamentos conseguiu um feito inédito: pela primeira vez, o programa mais assistido em todo o país nesta terça-feira foi uma produção da Record! A Regra do Jogo foi só a segunda maior audiência do dia, com média de 26. Isso mesmo, Brasil... A "Toda Poderosa" foi desbancada! O excelente desempenho de Os Dez Mandamentos ontem, com recorde de Ibope e em primeiro lugar nos Trending Topics Mundiais do Twitter, marca a ressurreição definitiva da teledramaturgia da emissora após anos de resultados pífios e deixa vários mistérios no ar. Será que a Record manterá todo esse mega sucesso? A supremacia da Globo está mesmo acabando?


A Record estreou sua novela bíblica uma semana após a Globo lançar Babilônia, que acabou massacrada pela opinião pública, amargando a menor audiência da história do horário nobre global. Parte desse público que desaprovou a trama de Babilônia endossou a história bíblica da concorrente. Outra parte ficou no SBT, com suas novelas infantis, ou em outros canais. Outra parte migrou para a TV a cabo. E outra simplesmente desligou a TV para acessar a internet, assistir séries ou para fazer qualquer outra coisa. A Globo antecipou o fim de Babilônia para tentar correr atrás do prejuízo e apostou todas as fichas em sua nova novela, A Regra do Jogo, do mesmo autor do fenômeno Avenida Brasil, como fez questão de salientar nas chamadas. A Record, por sua vez, mostrou-se preparada. Com os bons números que sua trama vinha obtendo (entre 13 e 16 pontos), reservou a melhor parte de Os Dez Mandamentos, com as pragas do Egito e a abertura do Mar Vermelho, ou seja, a que mais chamaria a atenção do público, para enfrentar a novidade global. E conseguiu derrotá-la. Verdade seja dita, seja lá qual fosse a novela das nove que estreasse nesse cenário conturbado para a emissora global, Os Dez Mandamentos venceria do mesmo jeito. A trama estava em seu momento de maior sucesso, onde seus índices saltaram para a casa dos 20 pontos, já com público cativo que não iria abandoná-la no auge para assistir uma nova atração.


É inegável também a existência de ruidosa torcida contra a Globo. Ou melhor, contra tudo o que ela representa: poder, liderança, status teoricamente inatingível, superioridade. Como quase tudo o que chega ao primeiro lugar, a emissora coleciona uma legião de desafetos anônimos que a atacam pelo simples fato de ela estar lá no topo. Outros críticos do canal a desaprovam por razões concretas: a posição política (assumida ou não) de seu telejornalismo, o liberalismo nos costumes em sua teledramaturgia, o poder de influência sobre significativa parcela da população e por aí segue. Essa animosidade contra a Toda Poderosa Rede Globo faz com que, mesmo quem não seja tão fã da Record, compartilhe notícias favoráveis à vice-líder, assim como dê eco às manchetes negativas e, em sua maioria, até sensacionalistas sobre a (ex?) Vênus Platinada.


Na prática, a Globo ainda mantém uma posição confortável e inabalável no ranking de audiência. A média diária de Ibope do canal é de 14 pontos. A Record registra apenas 8. E o SBT, 7. O excelente desempenho de Os Dez Mandamentos ressuscitou a força da teledramaturgia da Record, que não provocava tanto barulho assim desde a trama de ficção científica e efeitos toscos Os Mutantes, que chegou a marcar 24 pontos de média. Empatar ou até pontuar acima do novelão das 21h era algo improvável para a emissora dos bispos até meses atrás. Hoje, a Record é um concorrente forte da Globo na principal faixa do horário nobre, a vitrine preferida dos maiores anunciantes. A supremacia da Globo pode parecer que está sendo abalada. Mas não está. Dados inéditos de audiência obtidos pela coluna de Ricardo Feltrin mostraram o tamanho da hegemonia da Globo não em pontos de Ibope, nem em participação no universo de TVs ligadas (share), mas sim em minutos de liderança isolada. Entre 1º de janeiro e 31 de agosto desse ano, passaram-se exatos 349.920 minutos. Acontece que, desses 349.920 minutos, a Globo foi líder isolada, sozinha, inconteste em meros 333.750 minutos. Ou seja, a TV Globo em 2015 ficou isolada em primeiro lugar em audiência por nada menos que 95,37% do tempo. Surpreendentemente, a despeito do sucesso atual da novela bíblica da Record, a segunda emissora que mais tempo ficou como líder isolada foi o SBT, com 9.093 minutos em 1º lugar (2,59% do ano). Nota: a maior parte desses milhares de minutos se deve a uma atração com nome e sobrenome: Programa Silvio SantosA Record vem apenas em terceiro lugar, com 7.010 minutos (2,02%) em primeiro lugar. E muitos desses minutos são obtidos não em horário nobre, mas às tardes, com o Balanço Geral e o Cidade Alerta, por exemplo.


É claro que, após anos instáveis duelando décimo a décimo contra o SBT pela vice-liderança no ranking de audiência, ter consolidado o segundo lugar e roubado por alguns minutos a liderança no horário de principal faixa de audiência, faturamento e repercussão midiática já é motivo de muita comemoração. Mas a Record ainda vai ter que comer "muito arroz e feijão" se quiser roubar a supremacia da Globo, que continua sim sendo a Toda Poderosa. Não vai ser só com uma novela que a Record vai se tornar líder. Até porque, quando Os Dez Mandamentos acaba, há uma fuga de quase 60% de toda a sua audiência, onde cerca de 37% desses pontos vão para A Regra do Jogo. É como se estivéssemos assistindo a um duelo entre Davi e Golias. Qual será o próximo round?


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

AUDIÊNCIA VS QUALIDADE


Se para as emissoras de TV a função de uma novela é dar lucro (ou seja, audiência), para o público ela, unicamente, serve como uma forma de entretenimento. Mas tem vezes que o público tá mais preocupado com a audiência do que as próprias emissoras. Possivelmente, você já deve ter visto nas redes sociais alguém enaltecendo e defendendo com unhas e dentes uma novela só porque ela é um sucesso ou detonando outra só porque ela é um fracasso. Muitas pessoas ainda usam os números de audiência para afirmar se tal novela é boa ou não, como se audiência significasse qualidade. Nem todo sucesso tem que ser, necessariamente, um primor, assim como nem todo fracasso é uma novela horrorosa. Claro que tem novelas de sucesso que foram maravilhosas (Vale Tudo, Tieta, A Gata Comeu, Mulheres de Areia, Avenida Brasil...) e fracassos de gostos duvidosos que mereceram sua baixa audiência (Babilônia, Negócio da China, Tempos Modernos...), mas audiência e qualidade nem sempre andam juntas. Não acredita? Então vamos provar!




        FRACASSOS DE AUDIÊNCIA QUE FORAM NOVELAS MARAVILHOSAS        



Meu Pedacinho de Chão
(meta 25 pontos; média 18)

Uma trama leve e divertida, aliada a uma direção de arte impecável, com uma estética totalmente diferente de tudo que já se viu em toda a teledramaturgia, com ares lúdicos de contos de fadas.


Pecado Mortal
(meta 10 pontos; média 6)

Com uma história concisa, enxuta, diálogos rápidos, cenas impactantes, reviravoltas incríveis e anti-heróis carismáticos, é uma das melhores novelas já produzidas pela Record. Destaque para Jussara Freire, que brilhou como a vilã Donana.

A Vida da Gente
(meta 25 pontos; média 22)

Com sua capacidade única de focar mais nas relações humanas do que na ação, Lícia Manzo criou uma trama realista e sensível sem cair no tédio ou no marasmo. Não chegou a ser um fracasso, mas teve uma audiência aquém do esperado.




Amor E Revolução
(meta 8 pontos; média 5)

Se hoje o SBT só produz remakes de novelas infantis, saibam que a emissora de Silvio Santos já investiu em grandes produções. É o caso de 'Amor E Revolução', que retratou de forma primorosa uma fase nebulosa do Brasil: a ditadura militar (1964/85).


Lado A Lado
(meta 25 pontos; média 18)

Poucas vezes um período histórico foi tão bem retratado na nossa teledramaturgia. Uma belíssima reconstituição de época, quase beirando a perfeição, que ganhou até o Emmy Internacional de Melhor Telenovela em 2013, desbancando, inclusive, o fenômeno 'Avenida Brasil'.



                 SUCESSOS DE AUDIÊNCIA QUE FORAM NOVELAS RUINS                 



Trilogia 'Os Mutantes'
(meta 13 pontos; média 15)

Uma trama completamente over e maluca com cenários pobres, péssimas atuações e efeitos especiais pra lá de toscos. Pura vergonha alheia! Entretanto, é um dos maiores sucessos da Record e chegou até a incomodar 'A Favorita', a novela das nove da Globo na época, na audiência. 



Kubanacan
(meta 35 pontos; média 35)

Um samba do crioulo doido. Assim podemos defini-la. A história era pra lá de bizarra: um pescador parrudo que tinha amnésia porque ele veio do futuro (?) através de uma máquina do tempo (??) para impedir uma tragédia. Detalhe: a gente só veio saber disso tudo no último capítulo!

América
(meta 45 pontos; média 49)

É a segunda maior audiência do horário das nove dos anos 2000, perdendo só para 'Senhora do Destino'. Entretanto, passou longe de ser considerada uma grande novela. Na época, a novela foi massacrada pela crítica, que diariamente apontava erros e incoerências no roteiro.
Caminho das Índias
(meta 40 pontos, média 39)

Tudo o que vimos na Marrocos de 'O Clone', Glória Perez fez um CTRL+C CTRL+V na Índia de 'Caminho das Índias', com dancinhas constrangedoras a todo momento e expressões indianas fora de hora que já não encantavam mais e despertavam a atenção quanto antes.

Fina Estampa
(meta 40 pontos; média 39)

Engana-se quem pensa que 'Avenida Brasil' é a novela de maior audiência da década 2010. De fato, ela foi um fenômeno e a mais repercutida dos últimos tempos, mas, por uma diferença de quase 30 décimos (39.03 vs 38.71), quem leva o título é 'Fina Estampa'. Entretanto, a novela de Aguinaldo Silva é uma das piores de todos os tempos! 'Fina Estampa' era para girar em torno da discussão entre imagem e caráter, entre o parecer e o ser, mas isso desapareceu logo nos primeiros meses. Aguinaldo Silva, pra variar, se perdeu totalmente em seu mote inicial, deixando o desenvolvimento da novela de lado e priorizando situações ridículas que mais pareciam ter saído de um quadro do 'Zorra Total'. Seu desfecho, então, foi um dos piores e mais incoerentes de toda a história da teledramaturgia mundial!



Tem alguma novela que você amou, mas que foi um fracasso? Tem alguma novela que você detestou, mas que foi um sucesso? Diz aí nos comentários!

quinta-feira, 28 de maio de 2015

7 sucessos do passado que seriam fracassos de audiência se fossem exibidos atualmente




História: Tatuapu é um jovem loiro que foi criado por índios e depois de muito tempo é encontrado e precisa aprender a viver na civilização. Em paralelo, Baldochi é um homem que tem sérias dificuldades em vestir uma camiseta e que simulou a própria morte para defender sua família.
Por que não faria sucesso se fosse exibida atualmente: Por mais que existam casos reais de crianças criadas por selvagens e depois indo parar no mundo moderno, ninguém acharia a novela verossímil nem se colocassem a bunda do Claudio Heinrich em todas as cenas da trama.

O que os críticos internautas comentariam:
Crítico 1 - Aff's, um índio loiro??? KKKkkkkk
Crítico 2 - Muita gente seminu e pouca história.
Crítico 3 - Prefiro as tramas de antigamente, que eram mais verossímeis e realistas.
Crítico 4 - Volta Cheias de Charme!



História: João Medeiros é um fotógrafo com a cara do Tarcísio Meira que ganha uma nova chance na vida quando um anjo chamado Rafael o convence a fazer boas ações para as pessoas ao seu redor.
Por que não faria sucesso se fosse exibida atualmente: Novamente, a questão da fantasia. Dane-se o fato de que novela precisa ser ficção e não seguir rigorosamente a realidade. Só o fato do protagonista ser um anjo faria o nariz de muita gente torcer por aí. Isso sem contar que uma certa emissora faria campanha negativa porque seria uma afronta à religião daquele canal e blá blá blá.


O que os críticos internautas comentariam:

Crítico 1 - O autor comeu cocô pra colocar um anjo de protagonista?
Crítico 2 - Que anjo será esse? O Robson Caetano do Raul Gil? KKKkkkk
Crítico 3 - Prefiro as tramas de antigamente, que eram mais verossímeis e realistas.
Crítico 4 - Volta Cheias de Charme!



História: Se passando três anos antes da Revolução Francesa, lá no século XIX, Jean Pierre tenta assumir seu lugar no trono do fictício reino de Avilan e impedir as crueldades do bruxo Ravengar.
Por que não faria sucesso se fosse exibida atualmente: É um caso muito parecido de da novela Bang Bang: personagens com nomes nada brasileiros em um tipo de narrativa que é comum em filmes, não em novelas. Só que na década de 1980 fez sucesso e já o faroeste de Mario Prata afundou em audiência porque as pessoas, como diria Glória Perez, "não sabem voar".

O que os críticos internautas comentariam:

Crítico 1 - Não entendi esses nomes confusos...
Crítico 2 - Essa novela vai fracassar porque não tem classe C
Crítico 3 - Prefiro as tramas de antigamente, que eram mais verossímeis e realistas.
Crítico 4 - Volta Cheias de Charme!




História: Um cientista maluco faz um clone de um ser humano e uma
gata muçulmana fica dividida entre esses dois amores: o original e a cópia.
Por que não faria sucesso se fosse exibida atualmente: Cara, é só ler essa breve sinopse pra logo perceber que ninguém engoliria essa novela hoje em dia. Tudo parece forçado demais e aquela centena de personagens e danças étnicas seriam criticadas frequentes nas redes sociais.

O que os críticos internautas comentariam:
Crítico 1 - Clones não existem dãããããã
Crítico 2 - Não aguento mais essas cenas de dancinhas.
Crítico 3 - Prefiro as tramas de antigamente, que eram mais verossímeis e realistas.
Crítico 4 - Volta Avenida Brasil!!!




História: Após 17 anos, Roque Santeiro reaparece na cidade de Asa Branca para revelar o falso milagre que as autoridades criaram para lucrar com a morte dele, ameaçando, também, o romance de Sinhozinho Malta com Porcina, a "viúva" de Roque que foi sem nunca ter sido.

Por que não faria sucesso se fosse exibida atualmente: Bom, já foi reprisada três vezes: duas no "Vale A Pena Ver de Novo" (em 1991 e em 2000) e uma vez, na íntegra, no canal "Viva" (em 2011); e, em todas essas três reprises, foi um fracasso de audiência, então...



História: Um vampiro chamado Bóris perde o amor de sua vida séculos atrás e nos anos 2000, além de ir atrás da reencarnação de sua antiga amada, também tenta resgatar seu filho, um Kayke Brito de 11 anos que desfilava em todo santo capítulo de cueca sem o volumão de hoje, é claro.
Por que não faria sucesso se fosse exibida atualmente: A tal da "Vampiromania" era uma coisa ultra-tosca na época porque ninguém comprou essa história de romantismo com vampiros (isso porque dez anos depois veio o filme Crepúsculo). Hoje em dia, a novela seria um fracasso justamente por ser considerada plágio da ~genialidade~ da história dos vampiros.


O que os críticos internautas comentariam:
Crítico 1 - Olha a Globo copiando de novo coisa do exterior
Crítico 2 - Crepúsculo Made In Brazil AFFFFF Essa Globo só copia e mente!
Crítico 3 - Prefiro as tramas de antigamente, que eram mais verossímeis e realistas.


Crítico 4 - Volta Cheias de Charme!!!



História: A cidade de Bole-Bole sofre uma disputa política para mudar seu nome para Saramandaia, enquanto os moradores da cidade exibem poderes únicos bem estranhos e esquisitos, como explodir de tanto comer, espirrar formiga pelo nariz, lobisomens, entre outros.
Por que não faria sucesso se fosse exibida atualmente: 
Bom... Fizeram um remake dela que passou atualmente e não fez sucesso!


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