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terça-feira, 21 de março de 2017

Tardes da Globo se tornaram mais interessantes que o horário "nobre"


A teledramaturgia brasileira vive uma fase cinzenta (em especial, a Globo). Não há uma novela que possa ser considerada grande sucesso de audiência e repercussão – seja no boca a boca do povo ou nas redes sociais. Em todas as emissoras, o índice das tramas no Ibope está apenas ok, nada mais do que isso. Falta empolgação popular. Há ausência de expectativa em relação aos desfechos.

Sempre que a TV aberta registra uma fase assim, e isso é mesmo cíclico, surge a hipótese do fim das novelas. "O telespectador teria se cansado do gênero?".

Não, não se cansou. Mas está cada vez menos interessado em enredos monótonos e repetitivos. A maioria das pessoas tem cada vez menos paciência para ficar uma hora diante da TV a fim de acompanhar um capítulo inteiro. Para dar prioridade à televisão, o público exige uma novela arrebatadora, que seja mais interessante do que o infindável menu dos canais pagos e as opções igualmente infinitas na internet. Se a trama vacilar, a atenção é desviada para um filme, uma série, uma transmissão ao vivo no Facebook, a timeline do Instagram, a interação ágil no Twitter, um vídeo besteirol qualquer do Youtube...

Fenômenos de audiência e mobilização virtual de outrora são cada vez mais necessários às emissoras, porém, difíceis de serem reproduzidos. Talvez, por isso, se explique o verdadeiro "Vale A Pena Ver de Novo" que virou a reexibição de Avenida Brasil (último grande sucesso que reuniu todas as tribos em frente a TV às 21hrs na Globo e última novela realmente boa do horário) no quadro Novelão do Vídeo Show. O quadro pega apenas a história principal da novela, conta tudo com uma narradora simpaticona e ilustra com uma ou outra cena da própria trama. Acontece que a edição ficou um poucããããão diferente no Novelão da saga de Nina e Carminha, pois a novela foi exibida quase na íntegra. Longas cenas que não faziam a história avançar foram exibidas, o texto da narração foi bem minimalista e exibiram até as tramas dos núcleos secundários. Foi quase uma exibição pro Vale a Pena Ver de Novo, só que dentro do Vídeo Show, demorando mais de um mês para o seu fim (quando deveria ter sido, no máximo, umas duas semanas).

DESAPEGA-AVENIDA-BRASIL

Falando no Vale a Pena Ver de Novo, se antes a faixa de reprises era visto como um tapa-buraco na programação, hoje possui importante relevância na média diária de audiência da Globo. Frequentemente, atrai três vezes mais público do que Record e SBT no mesmo horário. A reprise da deliciosa Cheias de Charme, que termina hoje (21) e foi outro fenômeno de 2012 junto com Carminha e cia, chega ao fim com média geral de 17 pontos. Um verdadeiro sucesso, tendo marcado em alguns capítulos mais de 20 pontos.


Para esticar a boa fase da faixa de reprises, a Globo escalou Senhora do Destino, a novela mais assistida dos anos 2000 e última trama realmente decente escrita pelo Aguinaldo Silva. A primeira reexibição na faixa vespertina, em 2009, alcançou média de 21 pontos, com alguns capítulos quase chegando aos 30. Basta uma pesquisa básica para constatar que as empreguetes e Nazaré Tedesco dominam os assuntos mais comentados e geram mais euforia nas redes sociais do que todas as novelas inéditas que estão no ar.

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Esse ótimo desempenho ressalta tanto o saudosismo dos noveleiros por tramas envolventes e carismáticas quanto a dificuldade das produções atuais em atender essa demanda básica. Nos últimos anos, o consumidor de teledramaturgia se mostrou mais exigente, enquanto as novelas parecem ter ficado menos interessantes. O formato não precisa ser reinventado. Basta deixar de ser previsível, entediante ou excessivamente inverossímil. E, acima de tudo, mostrar eficiência na pretensão de entreter, ao invés de irritar (cofcofALeiDoAmorcofcof) ou provocar nossa indiferença (cofcofSolNascentecofcof).

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

O Melhor e Pior da Dramaturgia em 2016



Pensaram que tinha esquecido a retrospectiva? Nananinanão! Curada completamente a minha ressaca do ano novo, hoje vou relembrar o que rolou de bom e ruim na dramaturgia em 2016 (lembrando que Rock Story e Carinha de Anjo, que estrearam no final de 2016, entrarão só na retrospectiva do ano que vem).


   O MELHOR DA DRAMATURGIA EM 2016   



13º lugar: Malhação - Pro Dia Nascer Feliz — É infinitamente melhor que a temporada passada, Seu Lugar no Mundo, sim ou com certeza? Com certeza! Embora tenha perdido um pouco de rumo nos últimos meses, o enredo central dessa Malhação é muito melhor estruturado, apresentando desdobramentos que despertam interesse, além de ter tipos mais simpáticos e uma vilã bem construída.

12º lugar: A Terra Prometida — Escapando da evangelização e da pregação, a trama impressionou pelo caráter folhetinesco, se mostrando mais novela e menos bíblica. A ação que predomina em grande parte da história, por exemplo, segue muito mais como uma saga épica do que como um drama bíblico, apesar de beber na fonte da Bíblia. Além disso, mostra uma evolução visível da Record neste segmento em relação a antecessora, Os Dez Mandamentos: sua produção é mais esmerada, reduzindo efeitos que beirem à tosquice (embora ainda haja algumas cenas assim), um elenco mais afinado e um texto mais natural.

11º lugar: Mister Brau — Tocando em feridas abertas como racismo, desigualdade social e preconceito, porém, de um jeito leve, inteligente, com muito humor, diálogos afiadíssimos e zero cara de merchandising. Muito mais do que o discurso social, a série tem seu mérito no entretenimento a que se propõe. Equilibrada, ela diverte e ao mesmo tempo não deixa de dar voz às diversidades brasileiras.

10º lugar: Conselho Tutelar — A série produzida pela Record mostrou casos de violência e abusos contra crianças afim de estimular denúncias a respeito com uma ótima consistência técnica e bem realista; e se destacou no cenário nacional, deixando a sensação de que merecia mais uma temporada (e vai ter).

09º lugar: Pé na Cova — Verdade seja dita, a série já estava mesmo na hora de parar. E com a morte de Marília Pêra, isso era inevitável. Com a última temporada já toda gravada, os momentos finais da trama ainda puderam contar com a presença da grandiosa atriz e, prevendo o que ocorreria, Miguel Falabella, com seu texto afiado, inteligente e poético, conduziu tudo em um tom tocante de despedida, melancolia e homenagem. Do início ao fim, o seriado caminhou muito bem nessa corda bamba entre o humor e o drama. Nesta última temporada, em especial, conseguiu extrair o nosso riso e o nosso choro, ao mesmo tempo.


08º lugar: Ligações Perigosas — Com ótima fotografia, estética luxuosa, boas atuações e erotismo sutil, a série fez 2016 começar o ano com pé direito no que diz respeito à dramaturgia. Ocorreram problemas com os ganchos antes dos comerciais e nos finais dos capítulos (sempre terminados de forma abrupta), mas acho que foi mais um problema de edição do que do roteiro. Os diálogos eram cativantes, sempre mesclando sedução, amoralidade, inocência e crueldade com extrema habilidade. A autora Manuela Dias conseguiu abrasileirar o clássico francês e, mesmo sem a nudez de corpos, a minissérie chocou mostrando o lado mais doentio do ser humano na arte de seduzir e de se deixar seduzir, despindo almas.

07º lugar: Eta Mundo Bom — Ou você embarcava na total despretensão da novela (deixando de lado os vícios do autor e de parte do elenco) e acabava se divertindo com o universo criado por Walcyr Carrasco ou fincava o pé no perfeccionismo e torcia o nariz para as inúmeras repetições e problemas que a trama apresentou. O público preferiu a primeira opção. E eu também. Walcyr pode até ter dado uma repetida na sua já tradicional fórmula de novela das seis repleta de tortada na cara, gente sendo jogada no chiqueiro, entre outros clichês seus, mas essa historinha água com açúcar alegre e otimista era a história que o Brasil precisava e queria ver em tempos de noticiário carregado de violência, tragédias e escândalos das mais variadas origens. Foi um "feijão com arroz" requentado que deliciamos como um manjar dos deuses.

06º lugar: Escrava Mãe — Gravada em 2015 e sucessivamente adiada, a história marcou a retomada da Record de produções fora do filão bíblico (aleluia!) e provou que a emissora estava muito errada em não tê-la exibido logo antes. A edição de cada capítulo é caprichadíssima e há cenas que parecem feitas para o cinema. Além disso, aposta fundo em ingredientes folhetinescos: não abre mão dos ganchos, nem tampouco de deixar bastante claro quem é bonzinho ou malvado na história. O maniqueísmo não cede espaço para nuances de caráter e ali também não há lugar para invencionices narrativas. É justamente aqui o ponto alto da história: sem fugir do feijão com arroz, Escrava Mãe mostra-se uma novela correta e uma boa referência de junção histórica e ficcional, sabendo entreter e retratar a escravidão na medida certa.

05º lugar: Liberdade Liberdade — Marcada pelo capricho estético (mostrando um Brasil imperial sem glamour, com uma realidade nua e crua em cenas pra lá de chocantes) e pela primeira cena de sexo gay entre dois homens na história da teledramaturgia, teve altos e baixos. Começou sonolenta e excessivamente didática, com uma trama que andava em círculos enquanto a história principal se desenvolvia lentamente. Só não caiu no tédio porque tinha ótimos trunfos na manga que faziam valer a pena. Quando finalmente se estabeleceu, entrou num ritmo alucinante e de tirar o fôlego, apresentando tudo aquilo que ficou devendo nos meses iniciais: uma trama ágil e coerente com ligação histórica. Terminou com um saldo positivo, mas deixou aquele gostinho de que poderia ter rendido muito mais.

04º lugar: Velho Chico — Um espetáculo em forma de novela; que já entrou para a história como uma das mais belas e inspiradas já produzidas na nossa dramaturgia. Pelo menos, tecnicamente falando. Texto sensível. Fotografia espetacular. Cenários belíssimos. Trilha instrumental fantástica. Direção esplendorosa. Atores (praticamente todos) impecáveis. Cenas (praticamente todas) memoráveis. O telespectador ficou encantado. Porém, "dramaturgicamente" falando, se mostrou irregular, vagarosa e angustiante, com um excessivo foco na política e questões sociais durante um bom momento. De qualquer forma, gostei que, mesmo com a audiência baixa, Velho Chico, ao contrário de c.e.r.t.a.s.n.o.v.e.l.a.s que estão nessa lista (leia mais embaixo), não se descaracterizou em momento algum por números no Ibope. Venceu a arte!


03º lugar: Totalmente Demais — Egressos de duas temporadas de Malhação, Rosane Svartman e Paulo Halm fizeram sua estreia novelística com a novela mais empolgante do ano. Totalmente Demais possuia uma trama das mais simples e despretensiosas, com a atualização de um conto de fadas mais do que conhecido (o da gata borralheira). Entretanto, logo foi ganhando público, se tornando um fenômeno de audiência e repercussão e o maior sucesso do horário das sete desde Cheias de CharmeA novela veio atolada na fantasia, reunindo velhos clichês do folhetim numa roupagem moderna, bonita e atraente, com a leveza e comicidade que o horário pede, repleta de personagens carismáticos e casais apaixonantes.

02º lugar: Reprise de Cheias de Charme — Está sendo um prazer rever atualmente uma das melhores novelas dos últimos tempos no Vale a Pena Ver de Novo. Marcada pelo humor, criatividade e originalidade, a trama parodia os pequenos dramas humanos através de personagens cativantes e queridos e tramas alegres intercaladas com o mais puro dramalhão. "Levo vida de empreguete, eu pego às sete"...

01º lugar: Justiça — Inovadora, ousada, inteligente, imprevisível... Me faltam palavras para descrevê-la. Do texto à direção, passando pela performance sensacional dos atores, fotografia, figurino, maquiagem, cenários e trilha sonora. Tudo esteve em seu devido lugar em Justiça, que se traduziu na melhor das melhores produções que a televisão brasileira já realizou nos últimos anos. Mostrando um jeito diferente de se ver TV ao fugir da lógica da narrativa linear, com quatro histórias fortes e diferentes sobre os limites do ser humano na busca pela justiça se interligando a todo momento, Justiça teve o raríssimo mérito de combinar audiência e repercussão com qualidade, que traz o público para dentro da tela e o faz pensar, se questionar, se colocar no lugar dos personagens, refletir sobre suas ações. É verdade que algumas histórias se perderam e outras tiveram muitos furos, mas isto não comprometeu o bom resultado.


   O PIOR DA DRAMATURGIA EM 2016   



12º lugar: Haja Coração — Pode ter mantido o sucesso da sua antecessora, Totalmente Demais, trazendo elementos típicos de comedia romântica que o horário das sete pede, porém, a história decepcionou devido ao péssimo desenvolvimento de tramas promissoras, à falta de função de personagens, os momentos (que não foram poucos) que extrapolaram o mantra "Vamos voar" de Glória Perez em Salve Jorge e por ter pesado a mão tanto no melodrama, quanto na comédia, atirando para todos os lados.

11º lugar: A Lei do Amor — Após três meses, a novela ainda não emplacou e já pode ser considerada mais uma decepção. Com baixa audiência, uma força tarefa foi montada para salvar o folhetim do iminente fracasso. Corta daqui, corta dali, muda aqui, muda ali, tira personagem, cria personagem, adia trama, adianta trama... E o que se tornou A Lei do Amor, novela com título que não faz jus a história que tem? Uma bomba! De um amor impossível, a trama virou policial. São tantos personagens e tantas tramas paralelas que quem assiste ficou perdido e alguns personagens mudam de personalidade como quem muda de roupa. A trama vai ao ar, provavelmente, até meados de abril e, sinceramente, não vejo mais salvação...

10º lugar: Reprise de A Usurpadora — Que fique bem claro: A Usurpadora é a minha novela mexicana favorita. Já vi inúmeras vezes, sempre dizia que não ia assistir de novo e lá estava eu vendo novamente, mas com apenas um ano e alguns meses da última reprise não dá. Paola e Paulina mereciam um bom descanso na grade do SBT. Calculo uns 5 anos. Se, pelo menos, esse prazo fosse respeitado, sempre marcariam uma audiência satisfatória. A milionésima volta de A Usurpadora é mais uma intervenção louca de Silvio Santos na grade do SBT e acabou fracassando no Ibope, além de ter desgastado um clássico.

09º lugar: Cúmplices de um Resgate — Não é só a Record que espreme um produto até a última gota. O SBT também está no mesmo caminho (ou até pior) com as suas novelinhas infantis. Além de ter tido uma duração exagerada (357 capítulos), 90% de cada capítulo era pura enrolação, com trocentos clipes musicais, intervalos a todo momento e cenas do próximo capítulo que duravam uma eternidade. Sei que ela é destinada ao público infanto-juvenil, mas prefiro preservar a saúde mental das minhas crianças.


08º lugar: Supermax — Partindo de uma premissa interessante e marcando o investimento da Globo em um novo nicho (o terror), a sua ousadia e pioneirismo, infelizmente, não foram recompensados como se esperava e se revelaram um misto de confusão com decepção na prática. Foi, sem dúvida, uma grande ideia, perdida nos equívocos gerados por uma grande euforia (entre outros equívocos, mencionados AQUI).

07º lugar: Nada Será Como Antes A série tinha como ponto de partida abordar uma visão ficcional do início da televisão no Brasil. Os bastidores da TV seriam um prato cheio para um produto de alta qualidade, porém, o que se viu nos episódios seguintes foi que a história se transformou em um drama amoroso qualquer. Os conflitos dos personagens ofuscaram completamente o contexto histórico, fazendo com que a série perdesse o sentido de existir (apesar da produção caprichada e do elenco afinado). Outro grande erro que prejudicou o seu andamento foi a exibição semanal, quebrando o ritmo da história.

06º lugar: Malhação - Seu Lugar no Mundo — Histórias afetadas pela falta de bons conflitos, personagens perdendo função, situações forçadas, temas importantes (como o assédio, a gravidez na adolescência, a AIDS e o uso de drogas) sendo abordados de forma equivocada... ZZZZZZZZ Dormi!

05º lugar: Chapa Quente — Juro que, por inúmeras vezes, tentei assistir a série. Mas a quantidade de caretas, gritaria, situações bizarras e humor batido espantaram-me a ponto da chapa esfriar e não suportar concluir um único episódio do início ao fim nessas duas sofríveis temporadas. O texto e interpretações apelaram exageradamente para o humor popular ao estilo do finado Zorra Total. Já foi tarde!


03º lugar: A Garota da Moto — Qualquer coisa que não seja mexicana, reprise ou tenha uma pirralhada protagonizando uma produção na dramaturgia do SBT, de cara, já é um imenso progresso e vale pela tentativa de sair da mesmice. Mas A Garota da Moto foi ruim demais. Pra começar, o recurso utilizado pela série com os personagens principais dialogando com o público e explicando a história, como se o pessoal de casa fosse burro a ponto de não entender, foi irritante. Soma-se a isso as atuações sofríveis (com destaque para a vilã extremamente caricata vivida pela Daniela Escobar), o roteiro raso, previsível e repleto de clichês, a direção capenga e as tramas paralelas que de cômicas não tiveram nada.

02º lugar: Os Dez Mandamentos - Nova Temporada — Se fazer uma segunda temporada do maior sucesso da teledramaturgia da Record em 2015 já tinha se mostrado um equívoco tremendo, os efeitos especiais para as cenas de impacto (como as da abertura da terra e das batalhas sangrentas sem nenhuma gota de sangue) foram, no mínimo, constrangedores. Um festival de closes nas caras e bocas dos atores, com fundo em chroma key malfeito. E o que dizer da maquiagem de envelhecimento (eleito, inclusive, pelos leitores o mico do ano na nossa premiação)? Atores e atrizes envelhecidos artificialmente. Até tentaram apostar na interpretação, mas as barbas e cabelos postiços criaram um ruído perturbador no vídeo. O cuidado e o esmero da novela do ano passado contrastaram com o ar amador desta continuidade, que perdeu sua essência bíblica e virou um verdadeiro besteirol. Triste fim para a saga de Moisés...

01º lugar: Sol Nascente — Sem dúvidas, o maior erro da dramaturgia em 2016. A novela já causou polêmica antes mesmo da estreia, ao entregar os protagonistas japoneses da obra a dois atores caucasianos, Giovanna Antonelli e Luis Melo. Alice, personagem de Giovanna, é filha adotiva, mas nada justifica Tanaka ter a cara de Melo, por melhor ator que ele seja. E, como se não bastasse tudo isso, Sol Nascente entrou no ar com um fiapo de história, trama principal fraca e batida (e paralelas piores ainda), personagens rasos que não causam nenhuma emoção ou empatia, mau uso de clichês e ritmo arrastado e lentíssimo. Além disso, reforça estereótipos de japoneses e italianos, povos que, a princípio, seriam "homenageados" no folhetim; provocando só a indiferença do público, o que às vezes é pior que uma rejeição. Nada funcionou ali. Apenas serviu como um ótimo antídoto para quem sofre de insônia.

Confira a retrospectiva das melhores e piores atuações femininas em 2016.

Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse humilde redator que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...


sábado, 4 de junho de 2016

Os melhores shippers das novelas que não terminaram juntos (na MINHA opinião)



Sabe aquele casal de novela que a gente shippa com paixão e, no final, eles não terminam juntos? É, meus queridos, eu já sofri muito com isso. Por isso, listo aqui os meus casais favoritos da teledramaturgia que não tiveram um final feliz. Que fique bem claro: é a MINHA opinião. Quem gostou, gostou; quem não gostou, vai ter que segurar a marimba. Confira:

Julipe (Sete Vidas)



E não é que a Júlia preferiu o indeciso, chato, insuportável, vacilão, egoísta, turrão e bobo do Pedro ao argentino pintoso e gente boa do Felipe?! NÃO FOI A GENTE QUE PEDIU!!!

Dunat (Malhação Sonhos)



O casal Duanca pode ter sido o protagonista, mas foi Dunat quem roubou a cena. Fim.

Arliza (Totalmente Demais)



Não satisfeitos em terem destruídos Dunat, Rosane Svartman e Paulo Halm foram lá e destruíram Arliza também. Euzinho fiz uma matéria todinha dando 5 motivos que a Eliza deveria ter terminado com o Arthur e não com o carrapato do Jonatas. É só clicar BEM AQUI.

Heledu (Laços de Família)



Não foi a toa que o público odiou a Camila. Todo mundo gostava da Helena com o Edu. Ela não tinha nada que se meter ali no meio roubando o boy da mãe. Como diria Íris, JUUUUUUUDAS!!!

Fredel (Mulheres Apaixonadas)



Tinha um marido que a batia com raquetes de tênis, se apaixonou por um aluno que é bem mais novo que ela, os pais do garoto são contra e, no final, o marido dela se mata com o garoto. Meu Deus, a vida da Raquel era um verdadeiro dramalhão mexicano, coitada... Nessa época, nem existia o termo shippar, mas eu já shippava mesmo assim a Raquel com o Fred.

Crozar (Fina Estampa)



Como eu queria que o Baltazar se revelasse gay e terminasse com o Crô. Adorava!

Penhotto (Cheias de Charme)



Não me conformo e não engulo até hoje a Penha ter dispensado um homem bacana e maravilhoso como o Otto pra ficar com o ex-marido Sandro, que sempre enrolou ela a vida inteira.

Ursulano (Cordel Encantado)



Ainda bem que, em Sete Vidas, Domingos Montagner e Débora Bloch puderam repetir essa química arrebatadora que foi o cangaceiro Herculano com a vilã Úrsula.

Olavel (Paraíso Tropical)



Esse foi outro casal de vilões que não valia nada, mas a gente gostava do mesmo jeito porque tinha muita catiguria e muito tesão. E põe tesão nisso. Muito mexxxxxxxxxxmo.

Anigo (A Vida da Gente)



Sempre achei que o Rodrigo ficou com a Manu mais por gratidão e pena do que por amor.

Vanderlina (A Favorita)



Catarina era uma das personagens mais legais de A Favorita. Só dela ter se livrado do ogro do Léo, já foi de bom tamanho. Mas meu coração sempre foi do Vanderlei. Aquela Estela nunca me desceu.

Malfred (Império)



E mais uma vez, Lília Cabral e Alexandre Nero transbordam química em cena. E mais uma vez, seus personagens não terminam juntos. Na próxima, já pode pedir música no Fantástico!

Concorda com a minha lista? Fique a vontade para discordar ou até selecionar outros casais de novelas que você amou e que não terminou junto.





Visite a nossa fan page para assistir A Favorita, que está sendo exibida de segunda à sábado, sempre ao meio dia. Clique na foto para ver os capítulos:


terça-feira, 17 de novembro de 2015

A ascensão das favelas na nossa dramaturgia


Só em 2015, tivemos três novelas da Globo cujo cenário principal era uma favela. São elas: I Love Paraisópolis, cujo título se refere de forma tão amorosa a uma das maiores e mais violentas favelas de São Paulo, Babilônia, que tinha seu nome emprestado de uma favela no Leme, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro; A Regra do Jogo, que se passa no fictício Morro da Macaca, também no Rio. As três, no entanto, mostraram uma visão diferente do subúrbio. A primeira trama não mostrou absolutamente nada a respeito de criminalidade ou tráfico de drogas, a segunda tinha muito mais cenas rodadas no "asfalto" no que no morro e esta última mostra uma favela que é point cultural, frequentada pelos moradores, pelo pessoal do "asfalto" e até mesmo pela "alta sociedade". Mas você sabe como foi que as favelas começaram a ter um destaque maior nas novelas?


Para começo de conversa, nesta matéria optei por usar o termo "favela" ao invés de um eufemismo 'politicamente correto' como "comunidade", até porque a palavra está longe de ser considerada pejorativa. Segundo o dicionário 'Houaiss', por exemplo, favela é "um conjunto de moradias precárias, situada em morros e onde vive a população de baixa renda dos centros urbanos". Curiosamente, embora sempre presente na sociedade brasileira, tal localidade quase nunca era abordada na nossa dramaturgia televisiva. O oposto acontece no cinema, onde temos até um boom de filmes com esse tipo de temática (podemos citar Cidade de Deus, Tropa de Elite e Alemão).


Citada antes esporadicamente em algumas novelas, a primeira vez em que uma favela de fato ganhou importância numa novela foi em Pátria Minha (1994). Na história, Claudia Abreu interpretava Alice, uma estudante super correta que entra em guerra contra o empresário Raul (Tarcísio Meira), que comete uns crimes impunemente e depois ainda manda desapropriar uma favela. Quase uma década se passou até uma favela voltar a ter importância em uma nova trama. Em 2004, Senhora do Destino apresentou a Comunidade da Pedra Lascada, uma região subdesenvolvida do subúrbio carioca que visava conseguir uma emancipação. A tal comunidade tinha grande destaque porque a protagonista Maria do Carmo (Susana Vieira) tinha um forte laço afetivo com o local e sempre ajudava seus moradores, de quem era amiga e respeitada por todos.

Nos últimos 12 anos, o Brasil passou por alguns processos políticos que visaram dividir melhor a renda e isso gerou a ascensão da classe C, um novíssimo público consumidor que virou a menina dos olhos de ouro do mercado publicitário e o pesadelo das emissoras acostumadas a produzir dramaturgia só pensando nos núcleos mais ricos. Nesta última década, os personagens mais pobres foram conseguindo mais destaque e as tramas passaram a se deslocar dos bairros ricos para o subúrbio. Não que isso seja inédito, já que Rainha da Sucata e outras novelas mais antigas também davam voz aos mais pobres, mas tornou-se mais comum nos últimos anos.


Podemos dizer que a primeira novela a colocar uma favela em papel de destaque foi Vidas Opostas (2006), da Record, que aproveitou a explosão do tema no cinema e produziu uma novela que misturava um núcleo rico com moradores de uma favela, com direito a muito "tiro, porrada e bomba". Muitas cenas, inclusive, foram gravadas em uma comunidade real. Na Globo, devido ao sucesso da concorrente, a trama que marcou o destaque absoluto de uma favela veio logo depois, em 2007, com Duas Caras, ambientada na fictícia Portelinha e que também mostrou a diferença social colocando uma comunidade pobre localizada ao lado de um empreendimento de luxo. 

Atualmente, muitas novelas já mostram favelas pareando em importância com bairros mais ricos, algumas vezes até superando as antigas localidades de destaque. Avenida Brasil e Cheias de Charme, por exemplo, acertaram em cheio ao mostrar um subúrbio mais alegre e divertido, enquanto Salve Jorge foi a pioneira em colocar como protagonista uma mãe solteira moradora do Complexo do Alemão, um tipo que provavelmente seria apenas coadjuvante em novelas do passado. E para mostrar que não se trata de um fenômeno pontual, podemos lembrar de um exemplo ainda mais recente: Em Família foi escrita por Manoel Carlos, autor conhecido por colocar suas histórias apenas em bairros ricos do Rio de Janeiro (Leblon), mas mesmo assim precisou se adequar às novas necessidades da emissora e até incluiu uma "favela" improvisada com um personagem, Jairo (Marcelo Melo Jr.), que conseguiu um destaque maior que o esperado.


Entretanto, parece que a fórmula exaltada até pouco tempo atrás não está dando muito certo. Desde sua estreia, A Regra do Jogo ainda não empolgou na audiência e acumula, até o momento, média de 25 pontos (a meta para o horário das nove é de 35), mesma marca de sua antecessora, Babilônia, tida como o maior fracasso do horário nobre global de todos os tempos. Curioso que as duas têm em comum a ambientação em favelas. Com isso, várias questões vem sendo levantadas: será que duas novelas simultâneas focadas em favelas não são um pouco demais? Será que não está na hora da Globo buscar novos cenários para as suas novelas, afinal, o Brasil é muito maior do que isso? O público está cansado de tramas que se passam nas favelas?


Babilônia foi uma trama rejeitada pela maior parte do público e boicotada por evangélicos pelas cenas polêmicas iniciais, por sua trama mal remendada e pelas mil e uma mudanças que a trama e os personagens sofreram para "agradar a Família Brasileira", deixando-a ainda mais equivocada e perdendo sua identidade. Mas em nenhum momento o fato dela ter se passado na favela foi o motivo da sua baixa audiência. E cá entre nós, até onde me lembro, nunca havia ouvido falar de alguma reclamação do público que novelas seguidas na Globo eram todas centradas em bairros ricos do Rio de Janeiro! Mas se o problema são mesmo as favelas, então porque I Love Paraisópolis teve uma boa audiência? Estranho, não!? Pelo visto, com o passar dos anos teremos cada vez menos distinção entre as áreas mais ricas e mais pobres das cidades, até porque sabemos que o primordial de uma novela não é o cenário, e sim sempre contar uma boa história.


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Novelas que marcaram as crianças de todas as gerações





1968: A Pequena Órfã



A primeira novela diária infantil de grande repercussão foi A Pequena Órfã, de Teixeira Filho, exibida na TV Excelsior entre 1968 e 1969, com a então menina Patrícia Aires como protagonista. O sucesso foi tanto que até as outras emissoras passaram a investir no gênero. Foi quando houve um boom de novelas infantis na TV brasileira, entre o final da década de 1960 e início da década de 1970.



1972: A Patota




Na trama infantil, Neli (Débora Duarte), seu namorado Jorge (Mario Gomes) e o professor Simões (Marco Nanini) unem forças para ajudar as crianças Juliana (Rosana Garcia), Vicente (Fábio Mássimo), Pedro (Córis Júnior) e Tião (José Prata) a realizarem seu grande sonho: fazer uma viagem à África. As crianças moram todas na mesma vila, que mistura pobres e ricos. Enquanto isso, amores e namoricos recheavam a novela.




1983: Chispita




Com o sucesso da novela mexicana Os Ricos Também Choram, o SBT acreditou que novelas estrangeiras pudessem dar certo por aqui e trouxe a infantil Chispita (Lucero), cuja protagonista-título era uma menina encantadora, cheia de vida e alegria. Órfã desde a suposta morte dos pais, vivia num orfanato de freiras, onde todos a amavam muito. Com sua doçura, provou que o amor pode superar qualquer desafio. A trama no Brasil encantou o público e fez um grande sucesso (ainda maior que o da antecessora mexicana), sendo exibida em dois horários e, mais tarde, viria a ser reprisada sete vezes. A última reprise foi em 1992.





1985: A Gata Comeu



A comédia romântica teve uma grande aceitação do público infantil. Além de suas tramas espalhafatosas e de seu humor ingênuo e gostoso, A Gata Comeu tinha o tal clubinho formado pelas crianças Cuca, Adriana, Xande, Sueli, Nanato, Cecéu e Verinha, que incentivou de certa forma a todas as crianças da época a montarem o seu próprio clubinho na vida real.



1991: Carrossel

No início da década de 1990, uma telenovela infantil conseguiu o que poucas produções até hoje já alcançaram: sacudir a supremacia da Toda Poderosa Rede Globo, que precisou mexer em sua programação afim de frear a perda de audiência para o SBT naquela época. Antes de Carrossel, o SBT tinha apenas 6% da audiência contra 54% para o Jornal Nacional, seu concorrente direto no horário. Após a novelinha mexicana entrar no ar, o SBT subiu para a casa dos 27%, enquanto o jornal da concorrente caiu para 41%. O segredo do sucesso de Carrossel não era nenhum segredo. Num horário dominado por atrações oferecidas aos adultos, ela era uma novela para crianças, interpretada por crianças. Carrossel falava de problemas do dia-a-dia do público: do menino que não fez a lição de casa, do pai que não tem dinheiro para comprar uma bola de futebol pro filho, da menina que não consegue se enturmar na classe, do garoto frágil espezinhado pelo grandalhão na hora do recreio...

1991: Vamp






O mundo dos vampiros chegou à telenovela brasileira em 1991, trazendo uma linguagem de história em quadrinhos e muito humor. Essa nova empreitada de Antônio Calmon atingiu em cheio ao público infantil, que acompanhava fascinado a agitada e divertida novela das 7, Vamp.



1996: Luz Clarita








Estrelada pela atriz mirim Daniela Luján, Luz Clairta é um remake de ChispitaE, novamente, uma história tão simples e inocente foi um grande êxito e todos se apaixonaram pela história da órfã que só queria levar felicidade a todos.








1996: Caça Talentos

Num primeiro momento, a novela era exibida logo depois do fim do Angel Mix (que era o programa que a Angélica apresentava quando era apresentadora infantil), mas tempos depois ela começou a ser apresentada dentro do Angel Mix mesmo porque perceberam que a novela dava mais audiência do que o próprio programa. Caça Talentos fez um enorme sucesso entre a criançada da época (junto com Chiquititas) e era muito difícil não encontrar uma criança que não quisesse fazer magia copiando o gesto que a inesquecível fada Bela (Angélica) tinha com os dedos ou que não batesse na testa todas as vezes que falava "Honorável Kelvin".


1997: Chiquititas

Um orfanato, um triângulo amoroso e crianças felizes cantando, dançando e aprontando várias aventuras. Essa foi a fórmula criada em 1995 na Argentina pela produtora Cris Morena e que foi batizada de Chiquititas. Uma fórmula de tão grandioso êxito que, mais tarde, em 1997, viria a ser utilizada pelo SBT na produção da versão brasileira da novela, repetindo o sucesso e revelando grandes estrelas: Fernanda Souza, Bruno Gagliasso, Débora Falabella, entre outros.


2000: O Diário de Daniela


Produzida pela Televisa, veio ao Brasil através do SBT em 2000, para cobrir as férias da telenovela Chiquititas. A novela foi feita sob medida para o mesmo público: o infanto-juvenil. O Diário de Daniela tinha como principal objetivo despertar nas crianças sentimentos e atitudes que iriam ajudá-las a valorizar o ser humano. A importância da amizade, a solidariedade e o respeito ao próximo são alguns dentre os muitos exemplos que foram mostrados através da história de Daniela e seus amigos.

2001: Gotinha de Amor






Para substituir o grande sucesso Chiquititas em 2001, o SBT atacou mais uma vez com um dramalhão mexicano. A novela Gotinha de Amor foi escolhida a dedo pela emissora de Silvio Santos para não perder o público que conseguiu reunir. Assim, Gotinha de Amor tinha uma trama muito parecida com a antecessora, explorando o sofrimento infantil, e, consequentemente, foi um estouro de audiência.







2001: Carinha de Anjo







A historia se desenvolveu entre risos, lágrimas e travessuras. A pequena Dulce Maria, com sua alegria inocente e espontânea, trouxe ternura a todos os que tiveram a sorte de fazer parte da vida dela ou de simplesmente assisti-la.



2002: Cúmplices de um Resgate



Cúmplices de um Resgate foi um grande sucesso protagonizado pela atriz e cantora Belinda. A novela foi exibida no horário nobre, em 2002, e nas tardes do SBT, em 2006. Na história, Belinda interpretava as gêmeas Mariana e Silvana, que não se conheciam e viviam em mundos opostos. Vale destacar que um ponto baixo da novela foi a substituição de Belinda pela atriz Daniela Luján.



2002: O Beijo do Vampiro




Antônio Calmon trouxe de volta vampiros como tema principal e, novamente, obteve uma ótima aceitação do público infantil. A abertura em desenho animado já era uma premissa de que público, principalmente, a novela pretendia atingir. Calmon trouxe de volta o bom humor de Vamp, os personagens caricatos e vampiros mirins



2005: Floribella


A Band foi até a Argentina atrás de um formato que fez sucesso na América Latina e na Europa. A versão brasileira de Floribella chegou a marcar oito pontos de audiência na Band. Para uma emissora que, antes da novelinha, não conseguia chegar nem a um ponto de audiência, é claro que foi um fenômeno, não é mesmo? Tanto é que a Band providenciou até uma segunda temporada de Floribella.


2005: Rebelde


Era difícil prever a repercussão da novela aqui no Brasil. Os índices de audiência (pelo menos, no começo) foram elevadíssimos e a vinda da banda RBD (formada pelos atores) quase destruiu o estacionamento de um shopping pelo excesso de fãs. Infelizmente, saiu até morte no meio dessa confusão toda. Rebelde (a versão mexicana) foi um fenômeno mundial. O número de produtos vendidos aqui no nosso país também surpreendeu: CDs, DVDs, revistas, livros… ufa!

2012: Cheias de Charme

Cheias de Charme não foi uma novela infantil (nem crianças tinha), mas, mesmo assim, conseguiu atingir em cheio as crianças (não só elas, mas o público em geral). Não tinha como não se divertir com essa trama tão bem costurada, alto astral, colorida e que nos remetia às deliciosas comédias das sete dos anos 80. Uma vilã de história em quadrinhos, divertida, exagerada e que sempre se dava mal em suas vilanias para acabar com um trio musical, As Empreguetes, cujas músicas vieram a se tornar uma febre tanto na ficção quanto na realidade. Com certeza, as crianças da nova geração foram marcadas por Cheias de Charme e devem viver cantando o "Vida de Empreguete".

2012: Carrossel

Remake da versão mexicana, mais uma vez a Professora Helena e sua turma do terceiro ano agradaram o público. Carrossel tornou-se um verdadeiro fenômeno de audiência para os padrões do SBT. Sua alta repercussão refletia a carência das crianças de programação infantil no horário nobre da TV aberta brasileira. A novela conseguiu atrair um público que estava nos canais pagos ou até mesmo longe da televisão. O SBT não teve dúvida e, após o êxito de Carrossel, continuou investindo em remakes de tramas infantis de sucesso, com a volta de Chiquititas e Cúmplices de um Resgate.



Faltou mais alguma na lista? Qual dessas é a sua favorita? Diz aí nos comentários!

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

As 15 Melhores Aberturas de Novelas de Todos os Tempos



15º lugar: O Dono do Mundo



Ideia de gênio juntar Chaplin e Tom Jobim. Enquanto Chaplin como Hitler em "O Grande Ditador" (1940) brincava com um grande globo terrestre, o globo trazia imagens de mulheres sensuais, numa alusão às conquistas do diabólico cirurgião Felipe Barreto (Antonio Fagundes). Jobim canta "Querida", música menos conhecida dele e que é pura luxúria.



14º lugar: Cordel Encantado


Com a música “Minha Princesa” de Gilberto Gil e Roberta Sá, a abertura mostra, em forma de cordel, imagens do sertão do Brasil, contando a história dos personagens principais; Açucena (Bianca Bin) e Jesuíno (Cauã Reymond). Tudo de forma bem fofa.



13º lugar: O Rei do Gado




Embalada na música “Rei do Gado” do grupo Orquestra da Terra, a abertura mostra a vida dos peões com o gado e também Antônio Fagundes montado no cavalo, representando o Rei do Gado.



12º lugar: Caminho das Índias



A novela trouxe imagens caleidoscópicas que se tornaram icônicas na cultura indiana. Retilizados, os símbolos de arquitetura, religião, música e dança formaram uma bela homenagem à Índias.


11º lugar: Tieta




Embalada na música “Tieta” de Luiz Caldas, a abertura misturava elementos da natureza com a beleza feminina, representada pela modelo Isadora Ribeiro. Hans Donner e a sua equipe fotografaram o litoral de Mangue Seco, no norte da Bahia. Através de recursos de computação gráfica, vários elementos da natureza, como pedras, árvores e folhas, davam forma ao corpo da modelo. No final da abertura, aparecia o logotipo escrito na areia.



10º lugar: A Indomada


A então desconhecida Maria Fernanda Cândido se transformava em fogo, água e pedra em efeitos especiais inimagináveis em estúdios brasileiros no ano de 1997. Uma baita revolução gráfica que impressionou a todos na época!



09º lugar: Pecado Mortal



Embalada na música “Street Life” de Randy Newman e os Crusaders, com os personagens parados, é possível ver os detalhes e os elementos dos anos 70, onde é ambientada a trama.




08º lugar: Por Amor



Regina Duarte disse que chorou emocionada na primeira vez que viu a abertura de Por Amor, que reunia fotos antigas dela com a filha, Gabriela Duarte, em que uma se fundia na outra. Mãe e filha na vida real e na trama da novela também, cuja história tratava de Maternidade. Como não se emocionar? Ainda mais tendo a bela canção “Falando de Amor” ao fundo!



07º lugar: Cheias de Charme



Excelente essa animação inspirada em teatro de marionetes, mas com muita cor, brilho e diversão, já que se trata de uma novela das sete com foco no popular, música, shows e brega.



06º lugar: Vale Tudo




Sim, a melhor novela de todos os tempos tinha também uma das melhores aberturas de todos os tempos. Na melhor tradição tropicalista, a voz potente de Gal Costa cantando "Brasil", o grande hino crítico de Cazuza a toda a esculhambação nacional, vinha acompanhado de um turbilhão de imagens-clichês associadas ao nosso país: bandeira, arara, tucano, futebol, caju, estátua de Aleijadinho, banana, borboleta... Isso tudo em menos de um minuto!




05º lugar: Dancin' Days



Impressionante como a abertura da novela samba na cara de qualquer novela nova que a Globo esteja passando. As Frenéticas, os letreiros de neon e os rostos espocando em meio à balada soam moderno ainda hoje (imagine, então, naquela época?!)




04º lugar: A Regra do Jogo



E o que dizer de A Regra do Jogo, que mal estreou e já tem uma abertura arrebatadora, que mostra uma batalha épica de xadrez em 3D? Tudo ao som da canção "Juízo Final", na voz potente de Alcione (com alguns ótimos efeitos sonoros que deram um tom sombrio ao samba).



03º lugar: A Favorita



Uma abertura levada pelo inesquecível tango eletrônico da Bajofondo. Completamente maniqueísta, também se utiliza da animação para dar o tom da novela que fez tanto sucesso e é lembrada com frequência até hoje. Há quem crie teorias de conspiração e afirme que a abertura já dava indícios de que Flora (Patrícia Pillar) é que era a grande vilã da trama!




02º lugar: Elas por Elas


Embalada por “Elas por Elas” do The Fevers, foi uma das mais criativas já feita para a TV. Exibia uma festa da década de 60, em preto e branco. A imagem de uma jovem da festa era congelada após um efeito de flash de câmera fotográfica. A cena se transformava numa foto e a moça fotografada saía desta foto, se fundindo com a imagem da atriz, na atualidade, já colorida.



01º lugar: Deus nos Acuda



E é com muito prazer que dou o título de maior abertura de novela de todos os tempos para Deus nos Acuda! Nunca uma novela se tornou tão real com essa abertura bem feita e idêntica a situação atual do nosso país, cheio de corrupção e desonestidade. Só mesmo Deus para nos acudir...


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