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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

O Melhor e Pior da Dramaturgia em 2016



Pensaram que tinha esquecido a retrospectiva? Nananinanão! Curada completamente a minha ressaca do ano novo, hoje vou relembrar o que rolou de bom e ruim na dramaturgia em 2016 (lembrando que Rock Story e Carinha de Anjo, que estrearam no final de 2016, entrarão só na retrospectiva do ano que vem).


   O MELHOR DA DRAMATURGIA EM 2016   



13º lugar: Malhação - Pro Dia Nascer Feliz — É infinitamente melhor que a temporada passada, Seu Lugar no Mundo, sim ou com certeza? Com certeza! Embora tenha perdido um pouco de rumo nos últimos meses, o enredo central dessa Malhação é muito melhor estruturado, apresentando desdobramentos que despertam interesse, além de ter tipos mais simpáticos e uma vilã bem construída.

12º lugar: A Terra Prometida — Escapando da evangelização e da pregação, a trama impressionou pelo caráter folhetinesco, se mostrando mais novela e menos bíblica. A ação que predomina em grande parte da história, por exemplo, segue muito mais como uma saga épica do que como um drama bíblico, apesar de beber na fonte da Bíblia. Além disso, mostra uma evolução visível da Record neste segmento em relação a antecessora, Os Dez Mandamentos: sua produção é mais esmerada, reduzindo efeitos que beirem à tosquice (embora ainda haja algumas cenas assim), um elenco mais afinado e um texto mais natural.

11º lugar: Mister Brau — Tocando em feridas abertas como racismo, desigualdade social e preconceito, porém, de um jeito leve, inteligente, com muito humor, diálogos afiadíssimos e zero cara de merchandising. Muito mais do que o discurso social, a série tem seu mérito no entretenimento a que se propõe. Equilibrada, ela diverte e ao mesmo tempo não deixa de dar voz às diversidades brasileiras.

10º lugar: Conselho Tutelar — A série produzida pela Record mostrou casos de violência e abusos contra crianças afim de estimular denúncias a respeito com uma ótima consistência técnica e bem realista; e se destacou no cenário nacional, deixando a sensação de que merecia mais uma temporada (e vai ter).

09º lugar: Pé na Cova — Verdade seja dita, a série já estava mesmo na hora de parar. E com a morte de Marília Pêra, isso era inevitável. Com a última temporada já toda gravada, os momentos finais da trama ainda puderam contar com a presença da grandiosa atriz e, prevendo o que ocorreria, Miguel Falabella, com seu texto afiado, inteligente e poético, conduziu tudo em um tom tocante de despedida, melancolia e homenagem. Do início ao fim, o seriado caminhou muito bem nessa corda bamba entre o humor e o drama. Nesta última temporada, em especial, conseguiu extrair o nosso riso e o nosso choro, ao mesmo tempo.


08º lugar: Ligações Perigosas — Com ótima fotografia, estética luxuosa, boas atuações e erotismo sutil, a série fez 2016 começar o ano com pé direito no que diz respeito à dramaturgia. Ocorreram problemas com os ganchos antes dos comerciais e nos finais dos capítulos (sempre terminados de forma abrupta), mas acho que foi mais um problema de edição do que do roteiro. Os diálogos eram cativantes, sempre mesclando sedução, amoralidade, inocência e crueldade com extrema habilidade. A autora Manuela Dias conseguiu abrasileirar o clássico francês e, mesmo sem a nudez de corpos, a minissérie chocou mostrando o lado mais doentio do ser humano na arte de seduzir e de se deixar seduzir, despindo almas.

07º lugar: Eta Mundo Bom — Ou você embarcava na total despretensão da novela (deixando de lado os vícios do autor e de parte do elenco) e acabava se divertindo com o universo criado por Walcyr Carrasco ou fincava o pé no perfeccionismo e torcia o nariz para as inúmeras repetições e problemas que a trama apresentou. O público preferiu a primeira opção. E eu também. Walcyr pode até ter dado uma repetida na sua já tradicional fórmula de novela das seis repleta de tortada na cara, gente sendo jogada no chiqueiro, entre outros clichês seus, mas essa historinha água com açúcar alegre e otimista era a história que o Brasil precisava e queria ver em tempos de noticiário carregado de violência, tragédias e escândalos das mais variadas origens. Foi um "feijão com arroz" requentado que deliciamos como um manjar dos deuses.

06º lugar: Escrava Mãe — Gravada em 2015 e sucessivamente adiada, a história marcou a retomada da Record de produções fora do filão bíblico (aleluia!) e provou que a emissora estava muito errada em não tê-la exibido logo antes. A edição de cada capítulo é caprichadíssima e há cenas que parecem feitas para o cinema. Além disso, aposta fundo em ingredientes folhetinescos: não abre mão dos ganchos, nem tampouco de deixar bastante claro quem é bonzinho ou malvado na história. O maniqueísmo não cede espaço para nuances de caráter e ali também não há lugar para invencionices narrativas. É justamente aqui o ponto alto da história: sem fugir do feijão com arroz, Escrava Mãe mostra-se uma novela correta e uma boa referência de junção histórica e ficcional, sabendo entreter e retratar a escravidão na medida certa.

05º lugar: Liberdade Liberdade — Marcada pelo capricho estético (mostrando um Brasil imperial sem glamour, com uma realidade nua e crua em cenas pra lá de chocantes) e pela primeira cena de sexo gay entre dois homens na história da teledramaturgia, teve altos e baixos. Começou sonolenta e excessivamente didática, com uma trama que andava em círculos enquanto a história principal se desenvolvia lentamente. Só não caiu no tédio porque tinha ótimos trunfos na manga que faziam valer a pena. Quando finalmente se estabeleceu, entrou num ritmo alucinante e de tirar o fôlego, apresentando tudo aquilo que ficou devendo nos meses iniciais: uma trama ágil e coerente com ligação histórica. Terminou com um saldo positivo, mas deixou aquele gostinho de que poderia ter rendido muito mais.

04º lugar: Velho Chico — Um espetáculo em forma de novela; que já entrou para a história como uma das mais belas e inspiradas já produzidas na nossa dramaturgia. Pelo menos, tecnicamente falando. Texto sensível. Fotografia espetacular. Cenários belíssimos. Trilha instrumental fantástica. Direção esplendorosa. Atores (praticamente todos) impecáveis. Cenas (praticamente todas) memoráveis. O telespectador ficou encantado. Porém, "dramaturgicamente" falando, se mostrou irregular, vagarosa e angustiante, com um excessivo foco na política e questões sociais durante um bom momento. De qualquer forma, gostei que, mesmo com a audiência baixa, Velho Chico, ao contrário de c.e.r.t.a.s.n.o.v.e.l.a.s que estão nessa lista (leia mais embaixo), não se descaracterizou em momento algum por números no Ibope. Venceu a arte!


03º lugar: Totalmente Demais — Egressos de duas temporadas de Malhação, Rosane Svartman e Paulo Halm fizeram sua estreia novelística com a novela mais empolgante do ano. Totalmente Demais possuia uma trama das mais simples e despretensiosas, com a atualização de um conto de fadas mais do que conhecido (o da gata borralheira). Entretanto, logo foi ganhando público, se tornando um fenômeno de audiência e repercussão e o maior sucesso do horário das sete desde Cheias de CharmeA novela veio atolada na fantasia, reunindo velhos clichês do folhetim numa roupagem moderna, bonita e atraente, com a leveza e comicidade que o horário pede, repleta de personagens carismáticos e casais apaixonantes.

02º lugar: Reprise de Cheias de Charme — Está sendo um prazer rever atualmente uma das melhores novelas dos últimos tempos no Vale a Pena Ver de Novo. Marcada pelo humor, criatividade e originalidade, a trama parodia os pequenos dramas humanos através de personagens cativantes e queridos e tramas alegres intercaladas com o mais puro dramalhão. "Levo vida de empreguete, eu pego às sete"...

01º lugar: Justiça — Inovadora, ousada, inteligente, imprevisível... Me faltam palavras para descrevê-la. Do texto à direção, passando pela performance sensacional dos atores, fotografia, figurino, maquiagem, cenários e trilha sonora. Tudo esteve em seu devido lugar em Justiça, que se traduziu na melhor das melhores produções que a televisão brasileira já realizou nos últimos anos. Mostrando um jeito diferente de se ver TV ao fugir da lógica da narrativa linear, com quatro histórias fortes e diferentes sobre os limites do ser humano na busca pela justiça se interligando a todo momento, Justiça teve o raríssimo mérito de combinar audiência e repercussão com qualidade, que traz o público para dentro da tela e o faz pensar, se questionar, se colocar no lugar dos personagens, refletir sobre suas ações. É verdade que algumas histórias se perderam e outras tiveram muitos furos, mas isto não comprometeu o bom resultado.


   O PIOR DA DRAMATURGIA EM 2016   



12º lugar: Haja Coração — Pode ter mantido o sucesso da sua antecessora, Totalmente Demais, trazendo elementos típicos de comedia romântica que o horário das sete pede, porém, a história decepcionou devido ao péssimo desenvolvimento de tramas promissoras, à falta de função de personagens, os momentos (que não foram poucos) que extrapolaram o mantra "Vamos voar" de Glória Perez em Salve Jorge e por ter pesado a mão tanto no melodrama, quanto na comédia, atirando para todos os lados.

11º lugar: A Lei do Amor — Após três meses, a novela ainda não emplacou e já pode ser considerada mais uma decepção. Com baixa audiência, uma força tarefa foi montada para salvar o folhetim do iminente fracasso. Corta daqui, corta dali, muda aqui, muda ali, tira personagem, cria personagem, adia trama, adianta trama... E o que se tornou A Lei do Amor, novela com título que não faz jus a história que tem? Uma bomba! De um amor impossível, a trama virou policial. São tantos personagens e tantas tramas paralelas que quem assiste ficou perdido e alguns personagens mudam de personalidade como quem muda de roupa. A trama vai ao ar, provavelmente, até meados de abril e, sinceramente, não vejo mais salvação...

10º lugar: Reprise de A Usurpadora — Que fique bem claro: A Usurpadora é a minha novela mexicana favorita. Já vi inúmeras vezes, sempre dizia que não ia assistir de novo e lá estava eu vendo novamente, mas com apenas um ano e alguns meses da última reprise não dá. Paola e Paulina mereciam um bom descanso na grade do SBT. Calculo uns 5 anos. Se, pelo menos, esse prazo fosse respeitado, sempre marcariam uma audiência satisfatória. A milionésima volta de A Usurpadora é mais uma intervenção louca de Silvio Santos na grade do SBT e acabou fracassando no Ibope, além de ter desgastado um clássico.

09º lugar: Cúmplices de um Resgate — Não é só a Record que espreme um produto até a última gota. O SBT também está no mesmo caminho (ou até pior) com as suas novelinhas infantis. Além de ter tido uma duração exagerada (357 capítulos), 90% de cada capítulo era pura enrolação, com trocentos clipes musicais, intervalos a todo momento e cenas do próximo capítulo que duravam uma eternidade. Sei que ela é destinada ao público infanto-juvenil, mas prefiro preservar a saúde mental das minhas crianças.


08º lugar: Supermax — Partindo de uma premissa interessante e marcando o investimento da Globo em um novo nicho (o terror), a sua ousadia e pioneirismo, infelizmente, não foram recompensados como se esperava e se revelaram um misto de confusão com decepção na prática. Foi, sem dúvida, uma grande ideia, perdida nos equívocos gerados por uma grande euforia (entre outros equívocos, mencionados AQUI).

07º lugar: Nada Será Como Antes A série tinha como ponto de partida abordar uma visão ficcional do início da televisão no Brasil. Os bastidores da TV seriam um prato cheio para um produto de alta qualidade, porém, o que se viu nos episódios seguintes foi que a história se transformou em um drama amoroso qualquer. Os conflitos dos personagens ofuscaram completamente o contexto histórico, fazendo com que a série perdesse o sentido de existir (apesar da produção caprichada e do elenco afinado). Outro grande erro que prejudicou o seu andamento foi a exibição semanal, quebrando o ritmo da história.

06º lugar: Malhação - Seu Lugar no Mundo — Histórias afetadas pela falta de bons conflitos, personagens perdendo função, situações forçadas, temas importantes (como o assédio, a gravidez na adolescência, a AIDS e o uso de drogas) sendo abordados de forma equivocada... ZZZZZZZZ Dormi!

05º lugar: Chapa Quente — Juro que, por inúmeras vezes, tentei assistir a série. Mas a quantidade de caretas, gritaria, situações bizarras e humor batido espantaram-me a ponto da chapa esfriar e não suportar concluir um único episódio do início ao fim nessas duas sofríveis temporadas. O texto e interpretações apelaram exageradamente para o humor popular ao estilo do finado Zorra Total. Já foi tarde!


03º lugar: A Garota da Moto — Qualquer coisa que não seja mexicana, reprise ou tenha uma pirralhada protagonizando uma produção na dramaturgia do SBT, de cara, já é um imenso progresso e vale pela tentativa de sair da mesmice. Mas A Garota da Moto foi ruim demais. Pra começar, o recurso utilizado pela série com os personagens principais dialogando com o público e explicando a história, como se o pessoal de casa fosse burro a ponto de não entender, foi irritante. Soma-se a isso as atuações sofríveis (com destaque para a vilã extremamente caricata vivida pela Daniela Escobar), o roteiro raso, previsível e repleto de clichês, a direção capenga e as tramas paralelas que de cômicas não tiveram nada.

02º lugar: Os Dez Mandamentos - Nova Temporada — Se fazer uma segunda temporada do maior sucesso da teledramaturgia da Record em 2015 já tinha se mostrado um equívoco tremendo, os efeitos especiais para as cenas de impacto (como as da abertura da terra e das batalhas sangrentas sem nenhuma gota de sangue) foram, no mínimo, constrangedores. Um festival de closes nas caras e bocas dos atores, com fundo em chroma key malfeito. E o que dizer da maquiagem de envelhecimento (eleito, inclusive, pelos leitores o mico do ano na nossa premiação)? Atores e atrizes envelhecidos artificialmente. Até tentaram apostar na interpretação, mas as barbas e cabelos postiços criaram um ruído perturbador no vídeo. O cuidado e o esmero da novela do ano passado contrastaram com o ar amador desta continuidade, que perdeu sua essência bíblica e virou um verdadeiro besteirol. Triste fim para a saga de Moisés...

01º lugar: Sol Nascente — Sem dúvidas, o maior erro da dramaturgia em 2016. A novela já causou polêmica antes mesmo da estreia, ao entregar os protagonistas japoneses da obra a dois atores caucasianos, Giovanna Antonelli e Luis Melo. Alice, personagem de Giovanna, é filha adotiva, mas nada justifica Tanaka ter a cara de Melo, por melhor ator que ele seja. E, como se não bastasse tudo isso, Sol Nascente entrou no ar com um fiapo de história, trama principal fraca e batida (e paralelas piores ainda), personagens rasos que não causam nenhuma emoção ou empatia, mau uso de clichês e ritmo arrastado e lentíssimo. Além disso, reforça estereótipos de japoneses e italianos, povos que, a princípio, seriam "homenageados" no folhetim; provocando só a indiferença do público, o que às vezes é pior que uma rejeição. Nada funcionou ali. Apenas serviu como um ótimo antídoto para quem sofre de insônia.

Confira a retrospectiva das melhores e piores atuações femininas em 2016.

Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse humilde redator que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...


domingo, 17 de julho de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (10 à 16/7)




   O MELHOR DA SEMANA   



Primeira cena de sexo gay na teledramaturgia brasileira



De grão em grão, a TV brasileira vai quebrando um tabu. Nesta terça (12/07), finalmente foi ao ar a primeira cena de sexo gay explícita da nossa teledramaturgia, entre Tolentino (Ricardo Pereira) e André (Caio Blat), em‪ Liberdade Liberdade‬, mas ao contrário do que muitos pensavam, a cena não teve nada de "polêmica", nem escandalizou a família brasileira. Pelo contrário. Ela muito mais insinuou do que mostrou, explorando os sentimentos dos dois homens de forma intensa e delicada, muito bem dirigida. Ricardo Pereira e Caio Blat merecem todos os elogios e se entregaram pra valer. Em uma época onde a homossexualidade era crime de lesa-majestade e a saliva substituía o lubrificante, André foi um guerreiro e fez história com Tolentino.

Tamanho Família



Finalmente, o Márcio Garcia ganhou o seu tão prometido e sonhado programa na Globo. O Tamanho Família é um game show onde dois famosos se enfrentam com suas respectivas famílias (a estreia foi entre as atrizes Juliana Paes e Bruna Marquezine). Entretanto, bem mais do que um game show, o programa mostra curiosidades sobre a intimidade dos famosos e consegue emocionar e fazer chorar (mas sem a apelação barata e sensacionalista do Domingo Show e do Domingo Legal, concorrentes no horário). O programa parece mais uma mistura do Vídeo Game (que a Angélica apresentava dentro do Vídeo Show) com o Arquivo Confidencial do Faustão, essa é a verdade, mas foi uma estreia bem descontraída. Márcio Garcia tem carisma e desenvoltura no palco, funciona muito mais como apresentador do que como ator. Os quadros foram bem elaborados, o papo seguiu entrosado, divertido, foi gostoso de assistir. E levantou a audiência do horário na Globo. Ótima opção para assistir em família aos domingos na TV.

Candinho na rádio-novela dentro de Eta Mundo Bom


Candinho arruma problema em primeiro dia de trabalho na rádio (Foto: TV Globo)

Walcyr Carrasco é uma verdadeira máquina de criar várias histórias. Eta Mundo Bom é um grande exemplo disso. Toda vez que eu acho que não tem mais da onde vir uma coisa nova, chega uma. A última da vez foi colocar Candinho para entrar na rádio-novela Herança de Ódio, onde aprontou muita confusão. Hilário! Aliás, após uma impressão inicial incômoda com uma caricatura desnecessária, Sérgio Guizé encontrou o tom perfeito e compôs um Candinho tão querido, carismático e doce que é impossível não se afeiçoar e torcer por ele. O caipira ingênuo coube perfeitamente na figura do ator, que conseguiu incorporá-lo de forma impressionante.
 

Braz, Severo e Diana


Diana e Braz revela romance a Severo (Foto: TV Globo)

Finalmente, a história envolvendo a vingança de Braz (Rômulo Neto) contra Severo (Tarcísio Filho) e Diana (Priscila Fantin) deixou de andar em círculos e ganhou uma boa movimentada nos últimos capítulos. Os três personagens são bem complexos e cheios de possibilidades.

Tancinha vs Fedora


Tancinha e Fedora se atracam no alto da escada e acabam despencando (Foto: Isabella Pinheiro/Gshow)

Nota 10 para o capítulo de quinta (17) de Haja Coração, focado nas divertidas cenas da confusão entre Fedora e Tancinha. Tatá Werneck e (quem diria!) Mariana Ximenes estiveram ótimas. Foi uma sequência de briga generalizada totalmente pastelão, porém, divertidíssima. E não é isso que importa numa comédia romântica, fazer rir?! Aliás, não é só com o Beto (João Baldasserini) que a Tancinha fica mais atrativa e digerível do que o entediante "tapas e beijos" com o chatíssimo Apolo (Malvino Salvador). Sua dobradinha com Fedora também rende.

Miguel e Olívia



Desde que Miguel e Olívia se conheceram, gostei da química entre os dois atores e me juntei a turma de telespectadores (que vem crescendo a cada dia) que torcem para que eles não sejam irmãos e fiquem juntos. Vale destacar que o bom desenvolvimento da atriz Giullia Buscácio na pele da Olívia ajudou muito para a maior parte do público se apaixonar pelo casal. Os dois juntos deixa o Miguel menos chato, fugindo do perfil que o personagem vinha seguindo até então (embora Gabriel Leone tenha tido ótimos momentos em Velho Chico). Já estou shippando!


   O PIOR DA SEMANA   



Atuação de Yara Charry



Yara Charry é linda, mas ainda está bem travada na pele da Sophie. Em meio a um elenco tão fabuloso como o da novela das nove, chega a ser destoante. Fica difícil torcer para ela ganhar o coração de Miguel diante do carisma de Giullia Buscacio (como disse anteriormente).

Caso Verdade



Essa é mais uma prova de que o Vídeo Show está completamente perdido. Na edição desta quinta (14), estreou um quadro que se chama Caso Verdade, cuja proposta é pegar uma história contada numa novela e fazer um paralelo com uma história parecida que tenha acontecido na vida real. O programa usou a trama de Senhora do Destino, que mostrou o rapto de uma criança. Ao mesmo tempo, a produção encontrou um caso real de uma mãe que passou pelo mesmo problema exibido na novela. De fato, é um drama, algo horrível que nunca deveria acontecer com família alguma. A questão aqui é que o quadro em si é uma tragédia. Ele foi ao ar num tom todo errado, com um dramalhão e muito choro que não teve absolutamente nada a ver com o que é o Vídeo Show. Mais do que isso, foi a vergonha alheia de ver Otaviano Costa se debulhando em lágrimas. Em nenhum momento deu para acreditar que aquela comoção toda dele era real. Pareceu super forçada. Até porque ele é um ator, né? Esse Caso Verdade foi uma clara demonstração de que o Vídeo Show está mesmo desesperado por audiência, apelando para aquilo que uma certa emissora bíblica sabe fazer muito bem: sensacionalismo barato. Pena! 

Datena e sua "finesse" 



Não só pela forma agressiva de responder ao autor Aguinaldo Silva no ar ao vivo (os dois estão em pé de guerra, confira AQUI), mas pelo preguiçoso discurso de que "novela é o mal do país", "meu programa só mostra o que é real". O programa dele é só um entre tantos outros que explora a tragédia e a desgraça alheia de forma sensacionalista por audiência.

A Garota da Moto



Só o fato da emissora de Silvio Santos sair do comodismo e da linha infantil e investir em produtos próprios na dramaturgia, já é um fato e tanto para ser comemorado. Mas não é por isso que A Garota da Moto (série em 26 capítulos produzida pelo SBT em parceria com a Fox Life e a produtora Mixer) escapará ilesa das críticas, pois é constrangedora, da pior qualidade.

Em seu episódio inicial, a série tratou logo de deixar claro para o público do que se trata a sua história e o que está por vir nos próximos meses. A protagonista Joana (Chris Ubach) foi apresentada como uma super heroína da vida real, enquanto sua antagonista, Bernarda (Daniela Escobar), como uma vilã digna de um dramalhão mexicano. Talvez, por isso, Daniela esteve muitos tons acima. Joana fugiu do Rio de Janeiro levando o filho Nico (Enzo Barone) após sofrer um atentado a mando de Bernarda, viúva do milionário Duda, assassinado pela própria, com quem Joana teve um relacionamento e um filho. A vilã quer acabar com a vida da mocinha e do herdeiro que pode levar parte de sua fortuna. Após a fuga, já na cidade de São Paulo, Joana vive na casa do pai e trabalha como motogirl, enfrentando os perigos das ruas e avenidas da metrópole, enquanto tenta proteger o filho das garras de Bernarda e não ser morta.

A Garota da Moto tem até uma história bacana e interessante, porém, muito mal desenvolvida. Para uma série de ação e suspense, deixa muito a desejar por ser óbvia demais. A série vem exibindo suas tramas e personagens de forma extremamente didática, com os personagens entrando em meio aos acontecimentos e dando depoimentos olhando para a câmera explicando detalhadamente a história, suas ações, o que está pensando. O público não é burro. Não precisava disso. Constrangedor. Com sonoplastia e edição problemáticas, a série perde mais força ainda com sequências de lutas mal dirigidas, curtas e sem impacto e sequências de paisagens de São Paulo sem sentido, que servem apenas para "passar o tempo". E o que dizer do núcleo cômico daquela Motópolis?! A ideia é divertir usando situações do dia a dia, no entanto, os personagens são cansativos e nenhum pouco importantes para a trama.

Valeu pela intenção do SBT de sair da sua zona de conforto, mas a série é sofrível demais.


Visite a nossa fan page para assistir Cuna de Lobos, que está sendo exibida todos os dias, sempre ao meio dia. Clique na foto para ver os capítulos:



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