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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Em meio ao sensacionalismo barato das concorrentes, Tamanho Família prova que é possível divertir e emocionar sem apelação



Acompanhando a programação da Record, a impressão que eu tenho é que, hoje, só existe um único diretor para todos os seus programas, porque o modelo é único: o sensacionalismo disfarçado de assistencialismo. A cada edição, atrações do canal, como o Domingo Show e o Gugu, apostam suas fichas em pautas praticamente integrais de apelo emocional. Difícil não vermos uma edição desses programas que não tenham realização de sonhos, reencontros de pessoas que não se veem a tantos anos e outras coisas do gênero se transformando em uma espécie de padrão na emissora (com exceção de poucos, como o LegendáriosPrograma da Sabrina e até mesmo o programa da Xuxa, que, mal ou bem, apostam no entretenimento do começo ao fim). A proposta da Record parece clara: tentar fisgar o telespectador pela emoção.

Parece que a emissora muda apenas os apresentadores, porque não existe variação nenhuma no conteúdo de um programa para outro. Veja o caso do Rodrigo Faro. Antes ele fazia um sábado alegre, animado, sempre pra cima, se fantasiando e dançando. Na mudança para o domingo, entrou na onda do excesso de pieguice, com assistencialismo e choro o tempo todo. Caiu no mais do mesmo. Uma pena, porque é um ótimo e carismático apresentador (quando Rodrigo vai ao Troféu Imprensa, sempre forma uma dobradinha impagável com o mito Silvio Santos).

O que mais me impressiona é que esse gênero de pauta garante ótimos índices de audiência para a Record (quase sempre, leva a emissora à liderança no Ibope). Vai entender o público...


Só para ressaltar que esta crítica não é totalmente em cima do assistencialismo em si, já que, apesar de alguns pontos negativos, de alguma maneira, os programas geralmente auxiliam e tornam possível o sonho de algumas pessoas, muitas carentes. A crítica é feita com um olhar apontado especialmente para a televisão e se sustenta em cima do apelo e da exploração exagerada que as atrações fazem em cima desse tema. É evidente que o abuso do assistencialismo não surgiu agora. Quem acompanha TV há mais tempo, sabe que esse tema já foi utilizado com exaustão em pautas de programas de outras emissoras e em outras épocas.

E nem é uma característica exclusiva da Record. Taí o Domingo Legal que não me deixa mentir. Como um programa pode ter o nome de Domingo Legal se, em vez de tentar ser alegre, também caiu na linha do chororô barato? O dominical apresentado por Celso Portiolli no SBT foi transformado em rascunho do Domingo Show na tentativa de derrotar o rival. Não deu certo. Continua com índices baixíssimos. Mas antes da reformulação, ao menos, fazia jus ao título.

Por tudo isso, ao se diferenciar completamente na forma e conteúdo deu seus concorrentes no horário, o Tamanho Família acabou se tornando, disparadamente, a melhor opção nas tardes de domingo. E nele se vê, com ampla e completa nitidez, a diferença de um programa que tem direção por trás de outro que não tem ou só tem para cumprir o regulamento. Algo que tem tudo a ver com o sucesso (de audiência e nas redes sociais) que alcançou merecidamente.

Um dos grandes desafios dos apresentadores dos programas diurnos é fazer uma atração que agrade a toda a família. Ainda mais aos domingos, dia em que, tradicionalmente, toda a família está em casa e geralmente se reúne no sofá durante o almoço. Imaginem algo que agrade aos pais, mães, filhos e até aos avós? Tarefa difícil. Tamanho Família cumpre bem esse objetivo. O apresentador, aliás, continua afiado e muito seguro com o microfone na mão. Popular e fanfarrão, no estilo de quem não tem vergonha, Marcio Garcia, realmente, fez falta na função.

Tamanho Família é daqueles programas que dá para assistir com os parentes todos reunidos no sofá. Não há a pretensão de fazer pensar, incitar discussão, levantar polêmica. Seu único objetivo é divertir e emocionar. E até mesmo quando entra numa fase mais chororô (quase sempre nos momentos finais, em que as famílias dos artistas preparam uma homenagem para eles), seu script é completamente outro. Sem apelação. Sem exageros. Taí uma qualidade da Globo. Pode-se acusá-la de muitas coisas, mas nunca de se ancorar no sensacionalismo barato.


Uma pena que o Tamanho Família deixará a grade da Globo (temporariamente) para dar lugar ao péssimo EXXXXXXquenta, com uma Regina Casé canastrona tentando ser do povão. Por que a Globo ainda insiste nisso?! Como diria a minha amada Carminha, "toca pro inferno, motorista"!

domingo, 17 de julho de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (10 à 16/7)




   O MELHOR DA SEMANA   



Primeira cena de sexo gay na teledramaturgia brasileira



De grão em grão, a TV brasileira vai quebrando um tabu. Nesta terça (12/07), finalmente foi ao ar a primeira cena de sexo gay explícita da nossa teledramaturgia, entre Tolentino (Ricardo Pereira) e André (Caio Blat), em‪ Liberdade Liberdade‬, mas ao contrário do que muitos pensavam, a cena não teve nada de "polêmica", nem escandalizou a família brasileira. Pelo contrário. Ela muito mais insinuou do que mostrou, explorando os sentimentos dos dois homens de forma intensa e delicada, muito bem dirigida. Ricardo Pereira e Caio Blat merecem todos os elogios e se entregaram pra valer. Em uma época onde a homossexualidade era crime de lesa-majestade e a saliva substituía o lubrificante, André foi um guerreiro e fez história com Tolentino.

Tamanho Família



Finalmente, o Márcio Garcia ganhou o seu tão prometido e sonhado programa na Globo. O Tamanho Família é um game show onde dois famosos se enfrentam com suas respectivas famílias (a estreia foi entre as atrizes Juliana Paes e Bruna Marquezine). Entretanto, bem mais do que um game show, o programa mostra curiosidades sobre a intimidade dos famosos e consegue emocionar e fazer chorar (mas sem a apelação barata e sensacionalista do Domingo Show e do Domingo Legal, concorrentes no horário). O programa parece mais uma mistura do Vídeo Game (que a Angélica apresentava dentro do Vídeo Show) com o Arquivo Confidencial do Faustão, essa é a verdade, mas foi uma estreia bem descontraída. Márcio Garcia tem carisma e desenvoltura no palco, funciona muito mais como apresentador do que como ator. Os quadros foram bem elaborados, o papo seguiu entrosado, divertido, foi gostoso de assistir. E levantou a audiência do horário na Globo. Ótima opção para assistir em família aos domingos na TV.

Candinho na rádio-novela dentro de Eta Mundo Bom


Candinho arruma problema em primeiro dia de trabalho na rádio (Foto: TV Globo)

Walcyr Carrasco é uma verdadeira máquina de criar várias histórias. Eta Mundo Bom é um grande exemplo disso. Toda vez que eu acho que não tem mais da onde vir uma coisa nova, chega uma. A última da vez foi colocar Candinho para entrar na rádio-novela Herança de Ódio, onde aprontou muita confusão. Hilário! Aliás, após uma impressão inicial incômoda com uma caricatura desnecessária, Sérgio Guizé encontrou o tom perfeito e compôs um Candinho tão querido, carismático e doce que é impossível não se afeiçoar e torcer por ele. O caipira ingênuo coube perfeitamente na figura do ator, que conseguiu incorporá-lo de forma impressionante.
 

Braz, Severo e Diana


Diana e Braz revela romance a Severo (Foto: TV Globo)

Finalmente, a história envolvendo a vingança de Braz (Rômulo Neto) contra Severo (Tarcísio Filho) e Diana (Priscila Fantin) deixou de andar em círculos e ganhou uma boa movimentada nos últimos capítulos. Os três personagens são bem complexos e cheios de possibilidades.

Tancinha vs Fedora


Tancinha e Fedora se atracam no alto da escada e acabam despencando (Foto: Isabella Pinheiro/Gshow)

Nota 10 para o capítulo de quinta (17) de Haja Coração, focado nas divertidas cenas da confusão entre Fedora e Tancinha. Tatá Werneck e (quem diria!) Mariana Ximenes estiveram ótimas. Foi uma sequência de briga generalizada totalmente pastelão, porém, divertidíssima. E não é isso que importa numa comédia romântica, fazer rir?! Aliás, não é só com o Beto (João Baldasserini) que a Tancinha fica mais atrativa e digerível do que o entediante "tapas e beijos" com o chatíssimo Apolo (Malvino Salvador). Sua dobradinha com Fedora também rende.

Miguel e Olívia



Desde que Miguel e Olívia se conheceram, gostei da química entre os dois atores e me juntei a turma de telespectadores (que vem crescendo a cada dia) que torcem para que eles não sejam irmãos e fiquem juntos. Vale destacar que o bom desenvolvimento da atriz Giullia Buscácio na pele da Olívia ajudou muito para a maior parte do público se apaixonar pelo casal. Os dois juntos deixa o Miguel menos chato, fugindo do perfil que o personagem vinha seguindo até então (embora Gabriel Leone tenha tido ótimos momentos em Velho Chico). Já estou shippando!


   O PIOR DA SEMANA   



Atuação de Yara Charry



Yara Charry é linda, mas ainda está bem travada na pele da Sophie. Em meio a um elenco tão fabuloso como o da novela das nove, chega a ser destoante. Fica difícil torcer para ela ganhar o coração de Miguel diante do carisma de Giullia Buscacio (como disse anteriormente).

Caso Verdade



Essa é mais uma prova de que o Vídeo Show está completamente perdido. Na edição desta quinta (14), estreou um quadro que se chama Caso Verdade, cuja proposta é pegar uma história contada numa novela e fazer um paralelo com uma história parecida que tenha acontecido na vida real. O programa usou a trama de Senhora do Destino, que mostrou o rapto de uma criança. Ao mesmo tempo, a produção encontrou um caso real de uma mãe que passou pelo mesmo problema exibido na novela. De fato, é um drama, algo horrível que nunca deveria acontecer com família alguma. A questão aqui é que o quadro em si é uma tragédia. Ele foi ao ar num tom todo errado, com um dramalhão e muito choro que não teve absolutamente nada a ver com o que é o Vídeo Show. Mais do que isso, foi a vergonha alheia de ver Otaviano Costa se debulhando em lágrimas. Em nenhum momento deu para acreditar que aquela comoção toda dele era real. Pareceu super forçada. Até porque ele é um ator, né? Esse Caso Verdade foi uma clara demonstração de que o Vídeo Show está mesmo desesperado por audiência, apelando para aquilo que uma certa emissora bíblica sabe fazer muito bem: sensacionalismo barato. Pena! 

Datena e sua "finesse" 



Não só pela forma agressiva de responder ao autor Aguinaldo Silva no ar ao vivo (os dois estão em pé de guerra, confira AQUI), mas pelo preguiçoso discurso de que "novela é o mal do país", "meu programa só mostra o que é real". O programa dele é só um entre tantos outros que explora a tragédia e a desgraça alheia de forma sensacionalista por audiência.

A Garota da Moto



Só o fato da emissora de Silvio Santos sair do comodismo e da linha infantil e investir em produtos próprios na dramaturgia, já é um fato e tanto para ser comemorado. Mas não é por isso que A Garota da Moto (série em 26 capítulos produzida pelo SBT em parceria com a Fox Life e a produtora Mixer) escapará ilesa das críticas, pois é constrangedora, da pior qualidade.

Em seu episódio inicial, a série tratou logo de deixar claro para o público do que se trata a sua história e o que está por vir nos próximos meses. A protagonista Joana (Chris Ubach) foi apresentada como uma super heroína da vida real, enquanto sua antagonista, Bernarda (Daniela Escobar), como uma vilã digna de um dramalhão mexicano. Talvez, por isso, Daniela esteve muitos tons acima. Joana fugiu do Rio de Janeiro levando o filho Nico (Enzo Barone) após sofrer um atentado a mando de Bernarda, viúva do milionário Duda, assassinado pela própria, com quem Joana teve um relacionamento e um filho. A vilã quer acabar com a vida da mocinha e do herdeiro que pode levar parte de sua fortuna. Após a fuga, já na cidade de São Paulo, Joana vive na casa do pai e trabalha como motogirl, enfrentando os perigos das ruas e avenidas da metrópole, enquanto tenta proteger o filho das garras de Bernarda e não ser morta.

A Garota da Moto tem até uma história bacana e interessante, porém, muito mal desenvolvida. Para uma série de ação e suspense, deixa muito a desejar por ser óbvia demais. A série vem exibindo suas tramas e personagens de forma extremamente didática, com os personagens entrando em meio aos acontecimentos e dando depoimentos olhando para a câmera explicando detalhadamente a história, suas ações, o que está pensando. O público não é burro. Não precisava disso. Constrangedor. Com sonoplastia e edição problemáticas, a série perde mais força ainda com sequências de lutas mal dirigidas, curtas e sem impacto e sequências de paisagens de São Paulo sem sentido, que servem apenas para "passar o tempo". E o que dizer do núcleo cômico daquela Motópolis?! A ideia é divertir usando situações do dia a dia, no entanto, os personagens são cansativos e nenhum pouco importantes para a trama.

Valeu pela intenção do SBT de sair da sua zona de conforto, mas a série é sofrível demais.


Visite a nossa fan page para assistir Cuna de Lobos, que está sendo exibida todos os dias, sempre ao meio dia. Clique na foto para ver os capítulos:



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