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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

As Melhores Atrizes de 2015



E as atrizes que mais brilharam na telinha em 2015 foram...


15º lugar: Larissa Manoela

Larissa está muitíssimo bem na pele das protagonistas principais de Cúmplices de um Resgate e sua escalação foi um grande acerto. Ela consegue diferenciar perfeitamente por meio de trejeitos e expressões faciais quem é a Isabela, quem é a Manuela e, principalmente, quando a Isabela está se passando pela Manuela ou vice-versa. A menina tem talento de gente grande e o SBT fez muito bem em segurá-la no time após o sucesso da mimada Maria Joaquina em Carrossel. Pode ser que eu esteja exagerando, mas a interpretação da Larissa não deixa nada a desejar para a da Glória Pires em Mulheres de Areia.

14º lugar: Arlete Salles

Um dos poucos pontos positivos do trambolho Babilônia era a preconceituosa e arrogante Consuelo, vivida brilhantemente por Arlete Salles. A atriz finalmente ganhou uma boa personagem após ter sido tão desvalorizada em Fina Estampa e só ter feito pequenas participações desde então. Arlete esteve impecável e conseguia divertir com as tiradas dessa senhora que transbordava hipocrisia.

13º lugar: Ana Beatriz Nogueira

A intérprete da rancorosa e amargurada Emília é tão talentosa que fez a autora mudar o rumo de Além do Tempo. Isso porque a personagem morreria logo no início da primeira fase e só voltaria na segunda. Mas Ana agradou tanto que Elizabeth Jhin a manteve viva na trama. E essa decisão foi muito sábia. Afinal, a atriz foi levada a demonstração extrema de emoção (o que não foi pouco), presenteando o público diariamente com ótimas cenas.

12º lugar: Adriana Garambone

Enquanto não encontramos uma vilãzona daquelas no horário nobre global, a Record nos presenteou com a Yunet, a bruxa-mor de Os Dez Mandamentos. A vilã não existiu de verdade na história de Moisés. Foi inventada pela autora. Mas você há de concordar comigo que a trama não teria a mesma graça sem ela, né? Sem a Yunet, a autora jamais teria conseguido fazer a novela durar mais de 160 capítulos. E a Garambone segurou perfeitamente a peteca e provou ter talento e competência para enfrentar muito bem uma vilã que tinha tudo para cair na caricatura.

11º lugar: Camila Queiroz

A sua missão não era nada fácil: estrear logo de cara como protagonista em uma novela da Rede Globo num horário tardio que permite cenas mais ousadas e com bastante nudez. Um conjunto de fatores bem assustador para uma iniciante, não é mesmo? Mas, contrariando todas as desconfianças, Camila Queiroz tirou de letra o desafio e se tornou a grande revelação de Verdades Secretas. Me arrisco a dizer que a intérprete da Angel é um dos maiores achados da teledramaturgia dos últimos tempos.

10º lugar: Giovanna Antonelli

Um dos grandes acertos de A Regra do Jogo é a Atena. Ainda que seja uma vilã muito mais cômica do que cruel, ela encanta com seu charme, humor, leveza e tiradas, sendo a melhor personagem da trama. Não é exagero afirmar que o mérito do sucesso de Atena é inteiramente de Giovanna Antonelli, que, mais uma vez, rouba a novela para si, provando que desempenha com brilhantismo qualquer papel que lhe é proposto.

09º lugar: Paolla Oliveira

O bumbum do ano deixou os homens ba-ban-do e as mulheres morrendo de inveja. Na minissérie Felizes Para Sempre?, Paolla mostrou que sabe como poucas dosar talento e sensualidade a serviço de um papel. Pouco depois de despertar paixões e provocar estragos como a Danny Bond, a atriz ressurgiu tão impactante quanto na pele da vilã Melissa, em Além do Tempo, que vem expondo de forma primorosa o seu lado sombrio gradativamente, repetindo o traço de descontrole emocional da primeira fase. A atriz tem brilhado nas cenas, amadurecendo a cada trabalho. Após dois maus momentos vivendo duas mocinhas insossas que não agradaram (a Marina de Insensato Coração e a Pamonha de Amor A Vida), interpretar dois tipos diferentes esse ano fez bem pra ela. Está cada vez mais segura e convincente.

08º lugar: Alinne Moraes


A atriz vem honrando o posto de heroína na história de Elizabeth Jhin. A personagem é a típica mocinha sofredora, que padece a história inteira enfrentando os mais diversos tipos de dificuldades, principalmente emocionais. Entretanto, apesar de carregar todos os clichês possíveis do gênero, Lívia não é um perfil que irrita e nem se mostra uma passiva idiotizada. Alinne soube aproveitar todos os dilemas da sua mocinha para mostrar o seu talento e tem brilhado sempre que aparece em cena.

07º lugar: Marieta Severo

Após quase quinze anos afastada das novelas, Marieta teve um retorno triunfal em Verdades Secretas. O talento dessa veterana atriz é tão admirável que todos os traços da carismática Dona Nenê na série A Grande Família foram aniquilados logo na primeira cena em que a prepotente cafetina Fanny Richard apareceu em cena. O papel foi um grande presente do autor Walcyr Carrasco para esta fantástica profissional e também para os telespectadores.

06º lugar: Isabelle Drummond

Viver mocinhas não é fácil. Mas assim como a Alinne Moraes com a sua Lívia, Isabelle Drummond também superou muito bem esse desafio. Júlia foi uma das personagens mais importantes de Sete Vidas, responsável por todo o desenvolvimento da história. Ela foi o grande elo de ligação de todas as pontas do enredo tão bem construído pela Lícia Manzo. E, por ironia, era a única dos sete irmãos que não tinha qualquer laço sanguíneo com o Miguel (Domingos Montagner), o que deixou a trajetória da personagem ainda mais atrativa e rica dramaturgicamente. O grau de dificuldade deste papel era muito alto e qualquer atriz mais limitada não conseguiria fazê-lo com tanta competência. Entretanto, Isabelle o fez com total competência e, com toda certeza, a Júlia foi o melhor papel da sua carreira.

05º lugar: Débora Bloch

Em Sete Vidas, Débora foi muito exigida pela autora Lícia Manzo, que escreveu inúmeras cenas complicadas e cheias de sentimentos que precisavam ser expostas pela atriz. E ela convenceu em todas as sequências e não é exagero constatar que Débora viveu um grande momento profissional como a correta Lígia. Há tempos que eu não via a Débora Bloch viver um tipo tão rico e complexo, que exigiu tanto da sua capacidade dramática. Há mais de 30 anos na televisão, a atriz sempre foi lembrada mais por seus personagens cômicos. E só agora teve a oportunidade de ganhar uma personagem tão importante e densa.

04º lugar: Drica Moraes

Depois do mico que pagou em Império como Cora, a vilã cheiradora de cuecas e soltadora de puns que até rejuvenesceu na Marjorie Estiano, Drica voltou a trabalhar com Walcyr Carrasco, o autor que mais a valorizou, e ganhou um papel a altura do seu talento. A Carolina de Verdades Secretas parecia ter sido escrita especialmente para a atriz, que a interpretou magnificamente.

03º lugar: Cássia Kis

Cássia ficou só até o capítulo 43 em A Regra do Jogo, mas se apresentou como uma das personagens mais interessantes e queridas da novela. Mais do que isso, a intérprete de Djanira entregava-se em todas as suas cenas e emocionava o público, o que contribuiu para impulsionar o início da trama. Foram muitos momentos dramáticos e Cássia protagonizou todos com extrema maestria. Até hoje não perdoo o João Emanuel Carneiro por ter tirado a Cássia Kis tão precocemente da novela.
02º lugar: Irene Ravache

Irene é o maior destaque de Além do Tempo. Quando a história se passava no século XIX, ela conseguiu expor com maestria todo o ódio de uma vilã fria, arrogante e cruel como a Condessa Vitória, assim como também teve uma habilidade incrível para exibir um lado mais frágil, sensível e carente dessa dura mulher, fazendo com que o público nutrisse certo carinho por ela. Agora, na segunda fase, Irene, mais uma vez, conseguiu provocar a piedade e a torcida do público, protagonizando cenas emocionantes. Irene Ravache conseguiu dar uma outra cara à megera nos dias atuais, mas sem perder a essência da personagem, que segue com boas tiradas ácidas e irônicas e, vira e mexe, continua destilando seu amargor. Só mesmo uma atriz grandiosa do porte de Irene para conseguir essa façanha.

01º lugar: Grazi Massafera

Se alguém ainda tinha dúvidas do talento de Grazi, a sua performance dramática em Verdades Secretas serviu para acabar de vez com essa desconfiança. A entrega incondicional ao papel de uma modelo decadente que se torna dependente de crack, com direito a muitas cenas terrivelmente angustiantes e assustadoras, comprovou a evolução do talento da atriz. Larissa foi um grande divisor na carreira da atriz. Depois de ter sido desprezada por crítica e público e até por atores da Globo, que viam nela tão somente uma mulher de sorte que foi alçada ao sucesso unicamente pela beleza após sair do BBB, Grazi mandou os desafetos para o paredão e os fuzilou com beijinhos no ombro. Nunca que a gente poderia imaginar que, um dia, Grazi Massafera seria mais merecedora ao posto de melhor atriz do ano do que a Irene Ravache e a Cássia Kis, né? 


Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...



terça-feira, 5 de janeiro de 2016

O Melhor da Dramaturgia em 2015



E os pontos positivos das novelas, séries, seriados ou minisséries de 2015 foram...


13º lugar: Cúmplices

Cúmplices De Um Resgate comprova que o SBT caminha para se tornar referência não só no Brasil, mas internacionalmente, em teledramaturgia infantil. Com qualidade ímpar em cenografia, figurino, maquiagem, iluminação e sonoplastia, o remake mexicano adaptado por Iris Abravanel é a melhor novela infantil da emissora no quesito produção. Mais adulta que Carrossel e Chiquititas, Cúmplices aborda temas como religião, sexualidade, troca de bebês e adoção, mas tudo isso de maneira leve, colorida e com bastante música. As atuações são corretas, nada surpreendente, mas coerentes com a proposta da novela. A direção de Reynaldo Boury capricha em detalhes e o texto de Iris Abravanel enriquece a versão brasileira, comparada ao original mexicano.

12º lugar: Mister Brau

Dois atores de muito talento e carisma, um ótimo texto e uma direção bem conduzida. Eis a receita para o sucesso de Mister Brau. Lázaro Ramos, como o personagem título, e sua mulher Taís Araújo, como a dançarina Michele, formam uma dupla muito afinada. Ele, em especial, está muito solto em cena e mostrando um lado musical muito forte. O humor de Jorge Furtado, que assina o roteiro final, e sua equipe é ácido e rápido, cheia de boas tiradas. Investindo na música e no glamour para falar sobre fama e tolerância, Mister Brau consegue fazer crítica social e divertir. Já espero ansiosamente a segunda temporada!

11º lugar: Malhação Sonhos

Falar de Malhação é um caso sério. A novelinha teen já exibiu uma avalanche de temáticas e histórias por mais de vinte anos que, involuntariamente, são novamente contadas, mas de um jeito diferente. Por isso, sempre há um grande risco de cair naquela repetição cansativa e deixar o público com a falsa impressão de que é mais do mesmo. Entretanto, os autores de Malhação Sonhos, Rosane Svartman e Paulo Halm, conseguiram construir uma história repleta de bons dramas, casais cativantes, ótimo elenco e personagens carismáticos. Recuperando o prestígio dos anos gloriosos, tendo sido um enorme sucesso nas redes sociais e deixando milhares de órfãos, Malhação Sonhos foi uma das melhores temporadas da novelinha teen de todos os tempos.

10º lugar: Alto Astral

Novela despretensiosa, que começou como quem não queria nada e foi me conquistando, mesmo repleta dos mais batidos clichês do folhetim: personagens maniqueístas, vilões doentios que se deram mal no final, amores impossibilitados, vinganças, duplas identidades, segredos do passado, disfarces, mistérios, a vida além da morte... Sem novidade alguma! Nada além de tudo já visto e esperado por uma novela. Entretanto, ainda que a sua proposta tenha sido cursar pela simplicidade e a leveza, foi bem produzida e dirigida, com bom elenco, roteiro bem escrito e um humor que levemente remeteu aos áureos tempos do horário das sete da década de 1980.

09º lugar: Trama central de A Regra do Jogo

A Regra do Jogo apresenta uma trama policial sólida e próspera, de tirar o fôlego. É, por excelência, uma novela de João Emanuel Carneiro, com todas as características já vistas em A Favorita e Avenida Brasil. Entre elas, o fato da história de amor ser menos importante e estar em segundo plano. No caso de A Regra, o que vale é a história policial. Entretanto, existe um abismo gigantesco entre a trama central e as paralelas "cômicas" da novela (todas desnecessárias e massantes), que acabam comprometendo seu resultado. A Regra do Jogo é uma boa novela. Tem na receita muito mais suspense e ação do que drama e romance, deixa o público intrigado e sedento por revelações e uma dinâmica inovadora muito parecida com a de seriados americanos. Como eu já disse milhões de vezes, se fosse uma série ou uma novela das 23h só focada na facção o resultado seria bem melhor.

08º lugar: Os Dez Mandamentos

Após anos acumulando tiros n'água, a Record finalmente encontrou seu rumo na teledramaturgia ao narrar, em formato de novela, a saga de Moisés. Mesclando fatos bíblicos e tramas próprias, a autora Vivian de Oliveira soube chamar a atenção do público para a versão desta tão conhecida história da Bíblia, que teve uma bela direção e produção e efeitos especiais convincentes. O resultado: a novela fez história ao ser líder de audiência por diversas vezes e bateu de igual para igual com a Globo em seu principal horário de novelas. Não é pouca coisa! Tudo bem que o texto era ruim, o elenco irregular e teve uma "barriga" gigantesca com várias enrolações e esticamentos. Mas que Os Dez Mandamentos foi o verdadeiro "furacão" de 2015, isso ninguém pode negar.

07º lugar: Pé na Cova

Pé na Cova voltou com tudo nesta quarta temporada. O melhor do seriado é o seu texto ácido e recheado de sarcasmo proferido por inúmeros personagens nada normais. E a poesia no final é linda. O seriado caminha muito bem nessa corda bamba entre o humor e o drama. Uma tragicomédia! O texto de Miguel Falabella ficou ainda mais inspirado, afiado e inteligente.
06º lugar: Amorteamo

Fazia tempo que eu não me apegava a uma série igual aconteceu com Amorteamo. A série mais parecia um filme e uma novela ao mesmo tempo. Com a mesma delicadeza que tratava do tema morte, ela também fazia os olhinhos brilharem quando o assunto era o amor. A Globo caprichou nessa série. Mesclando drama, comédia e fantasia, ela encantou com sua trama fantástica e uma estética lúdica e primorosa. Amorteamo foi um verdadeiro show de direção, fotografia, cenografia, produção e elenco.

05º lugar: Além do Tempo

A aposta da autora Elizabeth Jhin era ambiciosa: para falar sobre reencarnação, trabalha com duas fases distintas, separadas por um salto de mais de 100 anos no tempo. Uma ideia que daria muito certo ou muito errado. No caso, deu certo. A primeira fase de Além do Tempo, que se passava no século XIX, foi impecável e encantadora. Fora o cuidado, o capricho e a beleza do material com toda a bela produção que se via no ar, a novela foi capaz de prender o telespectador apesar da narrativa um pouco mais lenta. Era o chamado novelão! Na segunda fase, que se passa nos dias atuais, a novela deu uma caidinha, perdeu um pouco do ritmo e do encanto, embora ainda há muitos conflitos e mistérios e eles acabam gerando bons ganchos. De qualquer forma, Além do Tempo já entrou para a história da teledramaturgia por sua ousada passagem de tempo em que virou "duas novelas em uma".

04º lugar: Os Experientes

Com quatro histórias independentes ligadas pelo tema do envelhecimento, a série abriu espaço para um timaço de atores veteranos brilharem. Os Experientes conseguiu fazer uma boa combinação de direção, edição, texto, trilha sonora e elenco, tudo funcionando muito bem para contar histórias emocionantes, sem ser piegas, tratando de pequenos dramas com pitadas de humor e auto-ironia. Merecia mais episódios!

03º lugar: Felizes para Sempre?

As minisséries de janeiro da Globo são sempre esplendorosas. Taí Felizes Para Sempre? que não me deixa mentir. Sua principal marca foi a ousadia. E não me refiro só pelas cenas calientes, a recorrente nudez de Paolla Oliveira ou do sexo lésbico na cama de trampolim, mas pelos diálogos adultos e inteligentes, a direção ágil e a trilha sonora que misturava ritmos diversos. Existia audácia em cada sequência, algo que envolvia, absorvia o telespectador, o fazia se importar e se sentir imerso naquela realidade. A história também era pra lá de interessante. Retratar diferentes fases da união foi realmente um trunfo da produção, pois tornou o enredo dinâmico e não tendencioso. Inevitavelmente, o telespectador acabou se identificando com algum dos personagens, todos construídos de forma bem realista e coerente. Realmente, uma belíssima produção nacional.

02º lugar: Verdades Secretas

Sem dúvida nenhuma, Verdades Secretas foi o produto que mais gerou repercussão em 2015. Temas polêmicos, uma abordagem ousada, personagens carismáticos e infames e uma trama recheada de reviravoltas, que alcançou êxito em inovar e ao mesmo tempo criar um apelo popular. Uma novela que começou cheia de clichês e assim que o público foi fisgado, mostrou a que veio e, assim como os personagens, revelou suas verdades secretas. Sem firulas, a trama tocou fundo em temas como a prostituição no mundo da moda (o famoso "book rosa") e drogas, abusando de cenas fortes, impactantes e sensualidade, incluindo muitos nudes... E põe nudes nisso! O texto didático do autor não tirou o brilho de Verdades Secretas, uma trama forte e memorável que deu o que falar do início ao fim.

01º lugar: Sete Vidas


Uma poesia diária, uma aula de dramaturgia da mais altíssima qualidade. Essa foi Sete Vidas, a melhor novela do ano. Partindo de uma premissa das mais modernas (novas configurações familiares formadas com o encontro de meios-irmãos gerados a partir de um doador anônimo), Lícia Manzo trouxe a tona uma discussão muito pertinente nos dias atuais, mas pouco discutida. Seu grande mérito foi o texto delicado e sutil ao abordar um tema que poderia ser de difícil entendimento para o tradicional público do horário das seis. Também foi discutido o preconceito contra famílias formadas por casais do mesmo sexo, mas sem ser didático e levantar bandeiras, nem chocar a Família Brasileira. Sete Vidas emulava a realidade com abordagens verossímeis, mas, acima de tudo, era folhetim puro. Só que sem vilões e mocinhos, sem gente sendo morta, sem baixarias e sem mocinha sofrendo porque o grande amor da sua vida lhe abandonou. Tinha sim gente que errava e acertava, que amava e perdoava, gente um pouco boa e um pouco má, homens que botam os pés pelas mãos, mulheres que seguravam a barra da própria vida, assim como vemos na nossa família, nos nossos amigos, em todo lugar. Os personagens tinham alma, tinham vida e eram movidos pela emoção. Não é a toa que o público criou empatia, se envolveu e se identificou. As situações, conversas e discussões foram sempre exibidas de forma emocionante. #LíciaManzoNoHorárioDasNoveJá


Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Amigo Secreto do Eu Critico Tu Criticas



Uma das brincadeiras mais divertidas (e clichês) do Natal e do Ano Novo é o Amigo Secreto. Todo ano é a mesma coisa: chegam as festas de fim de ano e alguém puxa aquela ideia "E aí, vai ou não vai rolar um amigo secreto?". Na família, entre amigos, na escola ou na firma, a brincadeira pode ser muito divertida... Ou muito constrangedora. Depende de quem se tira. E, principalmente, do que se ganha. Porque dar de presente um iPhone e ganhar de volta um par de meias é a treva, né? Nesse clima de despedida de 2015, o Eu Critico Tu Criticas selecionou alguns personagens das novelas desse ano para participarem do nosso Amigo Secreto. Só que quem vai ter que adivinhar quem é quem são vocês, caros leitores, a partir de algumas dicas que eu vou dar. Preparado para a brincadeira?


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Novelas que marcaram as crianças de todas as gerações





1968: A Pequena Órfã



A primeira novela diária infantil de grande repercussão foi A Pequena Órfã, de Teixeira Filho, exibida na TV Excelsior entre 1968 e 1969, com a então menina Patrícia Aires como protagonista. O sucesso foi tanto que até as outras emissoras passaram a investir no gênero. Foi quando houve um boom de novelas infantis na TV brasileira, entre o final da década de 1960 e início da década de 1970.



1972: A Patota




Na trama infantil, Neli (Débora Duarte), seu namorado Jorge (Mario Gomes) e o professor Simões (Marco Nanini) unem forças para ajudar as crianças Juliana (Rosana Garcia), Vicente (Fábio Mássimo), Pedro (Córis Júnior) e Tião (José Prata) a realizarem seu grande sonho: fazer uma viagem à África. As crianças moram todas na mesma vila, que mistura pobres e ricos. Enquanto isso, amores e namoricos recheavam a novela.




1983: Chispita




Com o sucesso da novela mexicana Os Ricos Também Choram, o SBT acreditou que novelas estrangeiras pudessem dar certo por aqui e trouxe a infantil Chispita (Lucero), cuja protagonista-título era uma menina encantadora, cheia de vida e alegria. Órfã desde a suposta morte dos pais, vivia num orfanato de freiras, onde todos a amavam muito. Com sua doçura, provou que o amor pode superar qualquer desafio. A trama no Brasil encantou o público e fez um grande sucesso (ainda maior que o da antecessora mexicana), sendo exibida em dois horários e, mais tarde, viria a ser reprisada sete vezes. A última reprise foi em 1992.





1985: A Gata Comeu



A comédia romântica teve uma grande aceitação do público infantil. Além de suas tramas espalhafatosas e de seu humor ingênuo e gostoso, A Gata Comeu tinha o tal clubinho formado pelas crianças Cuca, Adriana, Xande, Sueli, Nanato, Cecéu e Verinha, que incentivou de certa forma a todas as crianças da época a montarem o seu próprio clubinho na vida real.



1991: Carrossel

No início da década de 1990, uma telenovela infantil conseguiu o que poucas produções até hoje já alcançaram: sacudir a supremacia da Toda Poderosa Rede Globo, que precisou mexer em sua programação afim de frear a perda de audiência para o SBT naquela época. Antes de Carrossel, o SBT tinha apenas 6% da audiência contra 54% para o Jornal Nacional, seu concorrente direto no horário. Após a novelinha mexicana entrar no ar, o SBT subiu para a casa dos 27%, enquanto o jornal da concorrente caiu para 41%. O segredo do sucesso de Carrossel não era nenhum segredo. Num horário dominado por atrações oferecidas aos adultos, ela era uma novela para crianças, interpretada por crianças. Carrossel falava de problemas do dia-a-dia do público: do menino que não fez a lição de casa, do pai que não tem dinheiro para comprar uma bola de futebol pro filho, da menina que não consegue se enturmar na classe, do garoto frágil espezinhado pelo grandalhão na hora do recreio...

1991: Vamp






O mundo dos vampiros chegou à telenovela brasileira em 1991, trazendo uma linguagem de história em quadrinhos e muito humor. Essa nova empreitada de Antônio Calmon atingiu em cheio ao público infantil, que acompanhava fascinado a agitada e divertida novela das 7, Vamp.



1996: Luz Clarita








Estrelada pela atriz mirim Daniela Luján, Luz Clairta é um remake de ChispitaE, novamente, uma história tão simples e inocente foi um grande êxito e todos se apaixonaram pela história da órfã que só queria levar felicidade a todos.








1996: Caça Talentos

Num primeiro momento, a novela era exibida logo depois do fim do Angel Mix (que era o programa que a Angélica apresentava quando era apresentadora infantil), mas tempos depois ela começou a ser apresentada dentro do Angel Mix mesmo porque perceberam que a novela dava mais audiência do que o próprio programa. Caça Talentos fez um enorme sucesso entre a criançada da época (junto com Chiquititas) e era muito difícil não encontrar uma criança que não quisesse fazer magia copiando o gesto que a inesquecível fada Bela (Angélica) tinha com os dedos ou que não batesse na testa todas as vezes que falava "Honorável Kelvin".


1997: Chiquititas

Um orfanato, um triângulo amoroso e crianças felizes cantando, dançando e aprontando várias aventuras. Essa foi a fórmula criada em 1995 na Argentina pela produtora Cris Morena e que foi batizada de Chiquititas. Uma fórmula de tão grandioso êxito que, mais tarde, em 1997, viria a ser utilizada pelo SBT na produção da versão brasileira da novela, repetindo o sucesso e revelando grandes estrelas: Fernanda Souza, Bruno Gagliasso, Débora Falabella, entre outros.


2000: O Diário de Daniela


Produzida pela Televisa, veio ao Brasil através do SBT em 2000, para cobrir as férias da telenovela Chiquititas. A novela foi feita sob medida para o mesmo público: o infanto-juvenil. O Diário de Daniela tinha como principal objetivo despertar nas crianças sentimentos e atitudes que iriam ajudá-las a valorizar o ser humano. A importância da amizade, a solidariedade e o respeito ao próximo são alguns dentre os muitos exemplos que foram mostrados através da história de Daniela e seus amigos.

2001: Gotinha de Amor






Para substituir o grande sucesso Chiquititas em 2001, o SBT atacou mais uma vez com um dramalhão mexicano. A novela Gotinha de Amor foi escolhida a dedo pela emissora de Silvio Santos para não perder o público que conseguiu reunir. Assim, Gotinha de Amor tinha uma trama muito parecida com a antecessora, explorando o sofrimento infantil, e, consequentemente, foi um estouro de audiência.







2001: Carinha de Anjo







A historia se desenvolveu entre risos, lágrimas e travessuras. A pequena Dulce Maria, com sua alegria inocente e espontânea, trouxe ternura a todos os que tiveram a sorte de fazer parte da vida dela ou de simplesmente assisti-la.



2002: Cúmplices de um Resgate



Cúmplices de um Resgate foi um grande sucesso protagonizado pela atriz e cantora Belinda. A novela foi exibida no horário nobre, em 2002, e nas tardes do SBT, em 2006. Na história, Belinda interpretava as gêmeas Mariana e Silvana, que não se conheciam e viviam em mundos opostos. Vale destacar que um ponto baixo da novela foi a substituição de Belinda pela atriz Daniela Luján.



2002: O Beijo do Vampiro




Antônio Calmon trouxe de volta vampiros como tema principal e, novamente, obteve uma ótima aceitação do público infantil. A abertura em desenho animado já era uma premissa de que público, principalmente, a novela pretendia atingir. Calmon trouxe de volta o bom humor de Vamp, os personagens caricatos e vampiros mirins



2005: Floribella


A Band foi até a Argentina atrás de um formato que fez sucesso na América Latina e na Europa. A versão brasileira de Floribella chegou a marcar oito pontos de audiência na Band. Para uma emissora que, antes da novelinha, não conseguia chegar nem a um ponto de audiência, é claro que foi um fenômeno, não é mesmo? Tanto é que a Band providenciou até uma segunda temporada de Floribella.


2005: Rebelde


Era difícil prever a repercussão da novela aqui no Brasil. Os índices de audiência (pelo menos, no começo) foram elevadíssimos e a vinda da banda RBD (formada pelos atores) quase destruiu o estacionamento de um shopping pelo excesso de fãs. Infelizmente, saiu até morte no meio dessa confusão toda. Rebelde (a versão mexicana) foi um fenômeno mundial. O número de produtos vendidos aqui no nosso país também surpreendeu: CDs, DVDs, revistas, livros… ufa!

2012: Cheias de Charme

Cheias de Charme não foi uma novela infantil (nem crianças tinha), mas, mesmo assim, conseguiu atingir em cheio as crianças (não só elas, mas o público em geral). Não tinha como não se divertir com essa trama tão bem costurada, alto astral, colorida e que nos remetia às deliciosas comédias das sete dos anos 80. Uma vilã de história em quadrinhos, divertida, exagerada e que sempre se dava mal em suas vilanias para acabar com um trio musical, As Empreguetes, cujas músicas vieram a se tornar uma febre tanto na ficção quanto na realidade. Com certeza, as crianças da nova geração foram marcadas por Cheias de Charme e devem viver cantando o "Vida de Empreguete".

2012: Carrossel

Remake da versão mexicana, mais uma vez a Professora Helena e sua turma do terceiro ano agradaram o público. Carrossel tornou-se um verdadeiro fenômeno de audiência para os padrões do SBT. Sua alta repercussão refletia a carência das crianças de programação infantil no horário nobre da TV aberta brasileira. A novela conseguiu atrair um público que estava nos canais pagos ou até mesmo longe da televisão. O SBT não teve dúvida e, após o êxito de Carrossel, continuou investindo em remakes de tramas infantis de sucesso, com a volta de Chiquititas e Cúmplices de um Resgate.



Faltou mais alguma na lista? Qual dessas é a sua favorita? Diz aí nos comentários!

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