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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Sucesso de Totalmente Demais prova que a Globo tem que parar de esnobar os jovens



Há bastante tempo, não se via uma trama do horário das sete como Totalmente Demais com níveis tão altos quanto os que estão sendo alcançados. A novela, inclusive, chega a superar Velho Chico em termos de audiência quase que diariamente. Um fenômeno. Tem se falado muito sobre como a trama constrói uma espécie de conto de fadas, fugindo de polêmicas e de histórias mais realistas, o que anda aproximando aquele telespectador que quer um momento de distração em meio ao caos do nosso país. No entanto, a trama tem outro mérito muito grande: uma aproximação com o público jovem. 

Rosane Svartman e Paulo Halm, os autores da novela, já haviam se destacado na ótima Malhação Sonhos, quando conseguiram tirar a novelinha teen da Globo de seu marasmo habitual e conversar de maneira mais eficiente com os jovens, trazendo temáticas e uma linguagem que aumentaram o engajamento desse público com a trama. O resultado? A temporada foi uma das de maior sucesso do formato nos últimos tempos. Um exemplo desse sucesso foi o engajamento nas redes sociais. A expressão Perina, por exemplo, foi criada para se referir ao casal queridinho do público, formado entre Pedro (Rafael Vitti) e Karina (Isabella Santoni). Séries americanas de sucesso costumam apresentar um fenômeno similar e as bases de seguidores jovens desses formatos são muito fortes.


Talvez o maior mérito dos autores seja entender a linguagem dos jovens, ou seja, entender de verdade como eles pensam e como se aproximar deles da maneira mais eficiente dentro dos limites impostos pela televisão aberta. O maior problema de Malhação é que a novela na maioria das vezes pinta a juventude com tintas que não lhe cabem, ou seja, cria um tom farsesco e distante da realidade de jovens "normais". Manter um folhetim voltado para adolescentes no horário da tarde não é uma tarefa fácil. Isso porque as restrições da classificação indicativa não dão tanta abertura para uma discussão mais clara e profunda a respeito de questões ligadas à sexualidade e às drogas, por exemplo. Talvez, por isso, as pitadas educativas sejam tão teóricas e, consequentemente, cansativas e repetitivas.

 Parece também que a emissora delega somente para ela a função de conversar com esse público e esquece as possibilidades que os outros horários possuem. Em Totalmente Demais, além de promover uma história agradável, os escritores ainda conseguem trazer o público jovem para as telas, promovendo uma maior interação com diferentes públicos. Goste ou não, o jovem de hoje será o telespectador de amanhã e se ele não for fidelizado ao formato das novelas, fica difícil manter a audiência e o futuro da dramaturgia. E claro que não basta colocar uma gíria ou duas desse universo dentro de uma trama. É preciso compreendê-lo e conversar com ele de verdade, sem maniqueísmo, algo que Totalmente Demais faz bem ao discutir temas como homofobia, relacionamentos por meio de aplicativos, preconceito, abuso sexual, entre outros, conquistando, assim, um enorme fã-clube.


Outra novela que exemplifica bem essa questão foi Verdades Secretas. A trama costurada por Walcyr Carrasco trouxe uma representação atual e próxima da realidade de jovens paulistanos, sem medo de mostrar elementos como drogas e sexo de forma incisiva. Mais uma vez, a novela foi um fenômeno tanto no Ibope, quanto nas redes sociais (o mais novo termômetro de sucesso do século XXI).

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Walcyr Carrasco: o Rei da Versatilidade e da Audiência



Uma máquina de fazer novelas. Assim podemos definir Walcyr Carrasco. O mais versátil dos autores da atualidade, já escreveu para todas as faixas de novelas e conseguiu emplacar sucessos em todos os horários. Tanto que é um dos escritores mais requisitados da Globo, que sempre encomenda várias novelas a ele, ao contrário do que ocorre com seus colegas, que têm um período de férias bastante longo quando terminam seus folhetins. No caso do escritor, é praticamente uma novela atrás da outra.



A primeira novela dele foi no SBT, quando escreveu Cortina de Vidro (1989). Na década de 90, foi para a TV Manchete, onde escreveu três minisséries: Rosa dos Rumos (1990), Filhos do Sol (1991) e O Guarani (1991). Mas seu grande sucesso mesmo na extinta emissora foi a polêmica Xica da Silva (1996), que o despontou como autor. O folhetim era extremamente forte e, apostando alto no erotismo, trouxe de volta à Rede Manchete o segundo lugar no ranking de audiência da televisão, fazendo com que a extinta emissora recobrasse seu prestígio depois de anos de crise (pena que, dois anos depois, faliu). Xica da Silva foi uma novela empolgante, caprichada, sensual, realista e não poupou em cenas de violência explícita. São inúmeras as sequências de assassinatos, execuções, torturas e até mesmo bruxarias. Vários foram os destaques do elenco. Além de Taís Araújo, a primeira protagonista negra da história da nossa teledramaturgia, revelada nessa novela, destacou-se também Drica Moraes, ao interpretar a diabólica vilã Violante, um papel marcante e o melhor da carreira da atriz.



Vale lembrar que Walcyr assinou a obra sob o pseudônimo de Adamo Rangel, pois era contratado do SBT na época. Descoberto, Silvio Santos obrigou Carrasco a escrever uma novela para o SBT, como punição: Fascinação (1998). Com o estilo de novelas mexicanas melodramáticas e filmes água com açúcar, a novela teve uma boa audiência: 10 pontos, quando se esperava 7. Parece pouco, mas competia com a novela das nove, Torre de Babel, em sua fase de rejeição com o público (leia aqui).



Já em 2000, o autor foi contratado pela Globo, onde está até hoje. Sua estreia foi em grande estilo. Ele simplesmente escreveu, em parceria com Mário Teixeira, um dos maiores e mais lembrados sucessos das seis: O Cravo e a Rosa, comédia romântica leve e divertida que alavancou a audiência no horário das seis como poucas vezes se viu. Baseada no clássico A Megera Domada, de William Shakespeare, a trama conquistou o público e foi brilhantemente protagonizada por Adriana Esteves e Eduardo Moscóvis. Catarina e Petruchio eram um casal apaixonante e hilário. Ney Latorraca, Maria Padilha, Drica Moraes, Luís Mello, Pedro Paulo Rangel, Suely Franco, Eva Todor, Sueli Franco e Taumaturgo Ferreira, entre outros do elenco, também mostraram um ótimo lado cômico em cena.

Depois desse grande acerto, o autor teve seu primeiro tropeço na carreira. Um dos poucos. Talvez, o único. Empolgada com o êxito da primeira novela dele na emissora, a Globo encomendou logo outro trabalho e veio, em 2001, A Padroeira. O tema central foi a devoção à imagem de Nossa Senhora da Aparecida, encontrada por pescadores. Mas a história morna foi rejeitada pelo público e teve baixa audiência. Sofreu inúmeras modificações na história e na personalidade dos personagens. Parte do elenco original saiu e novos personagens foram criados para dar mais "vida" à história. Reformulada por completo, apresentou uma ligeira melhora no Ibope, mas terminou como um fiasco.

Em 2002, ele foi chamado às pressas para assumir a péssima Esperança, que estava naufragando o horário nobre. Conseguiu melhorar os índices com as alterações no roteiro, mas não fez milagre.



Foi apenas em 2003 que Walcyr fez as pazes com o sucesso com um acerto e tanto. Novamente de volta ao horário das seis, o autor escreveu a deliciosa Chocolate com Pimenta. O folhetim esteve nas alturas e é o segundo maior Ibope do horário das 18 horas desse século. Vários fatores contribuíram para o sucesso: um par de atrizes jovens, bonitas e talentosas nos postos de heroína e vilã (Mariana Ximenes e Priscila Fantin, respectivamente), veteranos de renome em papéis cômicos, uma excelente reconstituição de época e a direção inspirada de um especialista em humor, Jorge Fernando, marcando o início da boa parceira com o Walcyr. Esta foi também a primeira trama do escritor que abusou das guerras de comida, virando uma de suas marcas principais em histórias mais leves.



Dois anos depois, Walcyr conseguiu superar a si mesmo. Isso porque, se mantendo na faixa das 18h, escreveu o maior fenômeno do horário do século: Alma Gêmea (2006). Sua audiência foi estrondosa, já que ultrapassava a audiência da catastrófica novela das sete, Bang Bang, e, vez ou outra, a novela das nove, Belíssima. Assim como Chocolate com Pimenta e O Cravo e a Rosa, era ambientada nos anos 20 e arrebatou o público com uma trama espírita folhetinesca ao extremo (uma mocinha muito sofredora, vilãs muito más e núcleos cômicos bem divertidos) e de grande apelo popular. Destaque para as vilãs vividas por Ana Lúcia Torre e Flávia Alessandra, Débora e Cristina, mãe e filha. Alma Gêmea consagrou de vez Walcyr como autor de novelas e lhe rendeu a fama de ser o Rei das Seis.



A princípio, parecia que Walcyr ficaria limitado ao horário. Mas logo foi transferido para a faixa das sete, como experimentação. Não deu certo inicialmente. Sete Pecados (2007), cujo enredo era voltado para os sete pecados capitais, foi uma novela problemática e ele ainda teve um bloqueio criativo, pedindo ajuda ao colega Silvio de Abreu. A trama não foi um fracasso, mas passou longe de ser um sucesso. Parecia que o escritor não tinha se adaptado bem ao novo desafio. Porém, sua versatilidade começou a ser exposta dois anos depois. De narrativa rápida e humor escrachado, Caras & Bocas (2009) foi um dos maiores sucessos da faixa das 19h e, na época, chegou a ter mais audiência que Viver a Vida, a novela das nove. O autor ousou ao colocar um macaco como protagonista (Xico) e conquistou o telespectador com uma gama de personagens atrativos e carismáticos.



Em 2011, o autor emplacou outro sucesso, após um início conturbado. Morde & Assopra tinha uma proposta ousada, mostrando que o escritor nunca teve medo de sair da mesmice. O pano de fundo era o avanço da ciência, através do personagem Ícaro (Mateus Solano), que construía vários robôs, incluindo um clone da sua esposa desaparecida, e a pesquisa de arqueólogos em busca de fósseis de dinossauros. A trama enfrentou problemas de audiência no começo, mas, após algumas pequenas mudanças, o folhetim caiu nas graças do público. Muito por causa do carisma da doce e ignorante Dulce (vivida magistralmente por Cássia Kiss), que virou, praticamente, a protagonista da história.



Depois de ter emplacado sucessos da faixa das seis e das sete, o autor foi escolhido para escrever o remake de Gabriela (2012), a segunda novela da, até então, nova faixa das onze. Missão novamente cumprida com sucesso. A produção foi um grande acerto e teve boa repercussão. Walcyr imprimiu à esta adaptação suas marcas registradas: diálogos ferinos e espirituosos, frases no imperativo, personagens caricatos em situações engraçadinhas, camas quebradas, tortas na cara, etc. Até um bichinho de estimação arrumou para Gabriela (Juliana Paes). Ao mesmo tempo, Gabriela teve cenas densas, seja pela violência ou pela emoção. O elenco de primeira e a direção primorosa de Mauro Mendonça Filho ajudaram bastante. Uma bela novela, bela de se ver, numa produção requintada.


E eis que, em 2013, Walcyr Carrasco, finalmente, recebeu o premio de escrever uma novela das nove: Amor À Vida, que apresentou o primeiro beijo gay entre homens na história da teledramaturgia. Um sucesso que divide opiniões. Os meses iniciais de Amor À Vida foram movimentados. A atração causou espanto pela direção que imprimiu agilidade na narrativa e pelas tomadas de tirar o fôlego. Mas logo a novela entrou no ritmo normal de um tradicional folhetim do autor, com todas as qualidades, vícios e problemas característicos do novelista. Só não teve torta na cara! Aliás, falando em problemas, é bom lembrar que Walcyr Carrasco possui um grande defeito que incomoda até mesmo em seus maiores sucessos: o texto didático, cujos diálogos são artificiais demais e lembram muito jograis, com muita recitação teatral. E ai de quem não declamar o texto exatamente como está escrito no roteiro! O autor tem a fama de ser vingativo com os atores que colocam "cacos" no seu texto e é totalmente avesso ao improviso. Não é a toa que o seu sobrenome é carrasco, né?


De volta ao horário das onze, Walcyr escreveu a polêmica Verdades Secretas, novela de maior repercussão e audiência do horário, chegando a alcançar 30 pontos em plena madrugada, sucesso absoluto nas redes sociais. Sem dúvidas nenhuma, foi o maior sucesso de 2015, fazendo o público ir dormir mais tarde para acompanhar os nudes e as verdades secretas de personagens amorais em uma ousada história de um homem que se casa com uma mulher apenas para ser amante da filha dela. O submundo da moda serviu como pano de fundo para discutir temas como prostituição de luxo (o chamado book rosa), drogas, bissexualidade e alcoolismo de forma primorosa e chocante.



Depois de dois sucessos seguidos no horário nobre, muitos autores se sentiriam rebaixados se fossem escalados para um horário menos nobre como o das 19h e 18h. O que é uma grande besteira. Autor bom de verdade escreve novela boa em qualquer horário. E Walcyr não se incomoda com isso. Tanto é que, em menos de quatro meses desde o fim de Verdades Secretas, já voltou para o ar com mais uma comédia leve e romântica dos anos 20 aos moldes de O Cravo e a Rosa, Chocolate com Pimenta e Alma GêmeaEta Mundo Bom! já é a maior audiência das seis desde 2010 e, apesar de ainda ter um longo caminho pela frente, ao que indica, será mais um sucesso para a carreira do autor.

A imensa versatilidade de Walcyr Carrasco é incontestável. O autor é o único que transita com maestria por diferentes universos e estilos, seja rurais ou urbanos, comédias ou dramas, de época ou contemporâneas, pesadas ou leves, das 23h ou das 18h, da Globo ou não. Com uma coleção diversificada de sucessos e personagens que caíram na boca do povo, o autor é o verdadeiro coringa da Globo, principalmente em tempos de dificuldades de audiência. Sua capacidade para criar novas histórias, em um curto intervalo de tempo, impressiona muito. Que bom seria se todos os autores fossem assim. Adoraria, por exemplo, ver um João Emanuel Carneiro da vida escrevendo de novo uma novela das sete, um Manoel Carlos novamente no horário das seis, ou um Aguinaldo Silva e uma Glória Perez se aventurando numa novela das onze... Nem sempre a novela das nove é a melhor.

Vida longa ao Walcyr Carrasco!


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

E se as novelas de 2015 virassem enredo de escola de samba?



Acabou o carnaval. Agora, é oficial: Feliz 2016! Enquanto você se recupera da ressaca do final de semana e vai se preparando psicologicamente para voltar ao trabalho ou para a escola com os quilinhos extras que ganhou nas férias, o Eu Critico Tu Criticas traz para todos vocês um especial com o nosso desfile fictício de carnaval homenageando as novelas que mais se destacaram (para o bem ou para o mal) em 2015. Então toca pra frente, que o tempo ruge e a Sapucaí é grande! Chora, cavaco!


Já abrimos o desfile fazendo uma releitura do duelo histórico de audiência entre A Regra do Jogo e Os Dez Mandamentos na comissão de frente, que ainda trouxe uma novidade: o mestre-sala e a porta-bandeira vieram juntos na comissão. O casal está bailando sob um tabuleiro de jogo de xadrez, quando surgem as pragas do Egito: rãs, moscas e gafanhotos tentando atrapalhá-los ao redor do tabuleiro. Em um determinado momento, homens simbolizando a sétima praga começam a lançar bolas de fogo em direção ao casal e elas caem na saia (que, obviamente, contém um tecido especial para não haver nenhum acidente) da porta-bandeira, que, mesmo com a saia pegando fogo, continua bailando lindamente, mostrando que nada supera a supremacia e a liderança da Toda Poderosa.


A facção que assola o país inteiro vem sendo representada logo no primeiro carro alegórico. Nele, estão presentes só o mais alto escalão dessa "grande família": o Pai Gibson, a mãe Dilma, o Tio Lula, a Tia Graça Foster, os Primos Cerveró e Eduardo Cunha... Todos usando uma faixa escrita "Vitória na Guerra". Infelizmente, o irmão Orlando não está presente porque já partiu dessa para a melhor (ou pior?) e os irmãos Romero e Genoino não receberam indulto da prisão para participarem do desfile.

Olha o Bonde dos Trouxas aí, geeeeeeeente! A primeira ala do nosso desfile vem sendo composta apenas pelos personagens mais otários e que mais foram enganados na teledramaturgia em 2015. E não foram poucos, viu. Só de A Regra do Jogo, vieram a Tóia, o Juliano, o Dante, a Djanira, a Adisabeba, a Domingas... A Carolina de Verdades Secretas ocupa posição de destaque na ala.

A segunda ala é composta por todos os fãs das novela Babilônia.



Deixa eu contar quantos são. Peraí... Ehr... Ninguém! Pra que chorar, pra que sofrer, se a audiência despencou e o público dela já se esqueceu, não é mesmo? Infelizmente, nossa escola perderá alguns pontos no quesito evolução, pois criou-se um buraco enorme entre a primeira ala e o próximo carro.

E o próximo carro vem fazendo uma perfeita reconstituição do Morro da Macaca, da Babilônia e de Paraisópolis, todos juntos e misturados. Afinal de contas, só em 2015, tivemos três novelas seguidas trazendo a favela como cenário principal. Os bandidos de Grego estão fazendo um "Salve Geral" bem lúdico contra os bandidos da máfia italiana de Dom Pepino. Não sei porque, mas o povo da arquibancada está vaiando esse caro e tacando um monte de objetos nele. Será que é por causa do ótimo show que o MC Merlô está fazendo com as suas Merlozetes? Ou do divertidíssimo quadrilátero Rui-Indira-Oziel-Tina? Ou por causa da carismática Regina, que está sambando com uma cervejinha na mão debaixo de uma barraca de praia? "Parem com isso, seus playbas", gritou Regina.



A ala de número 3 do nosso desfile vem homenageando a Larissa de Verdades Secretas em sua fase na cracolândia. Quer dizer, não sabemos bem se é uma homenagem para ela, pois os componentes da ala estão vestidos de zumbis de The Walking Dead e outros de Caveira do He Man, mas deu no mesmo.

Assistir à Sete Vidas era como participar de uma interminável (porém, deliciosa) DR. O diálogo era o grande protagonista da trama. Por isso, a próxima ala vem trazendo casais acorrentados nas mãos impossibilitados de mexerem no celular e sendo obrigados a conversar olho no olho.

Com um número de ilusionismo, o terceiro carro do nosso desfile vem fazendo uma alusão à passagem de tempo na novela Alem do Tempo. Saídas de uma parreira gigante de uvas, bailarinas trocam as roupas de época por roupas mais modernas em apenas alguns segundos, cobertas rapidamente por tecidos em forma de tubo, panos e também papel picado. A coreografia é repetida inúmeras vezes pelas bailarinas, que mostram até seis figurinos diferentes em dois minutos.



O que não faltou em Verdades Secretas foram os nudes. Por isso, eles vem sendo representados na ala seguinte. Obviamente, todos os integrantes não estão pelados (é pintura corporal), senão nossa escola seria penalizada e perderia vários pontos. Mas teve uma louca que jogou a parte de cima da fantasia no chão e deixou os seios à mostra pra fazer protesto, então tivemos que expulsá-la do desfile.


Por trazer a imagem de duas senhorinhas se beijando, o nosso próximo carro sofreu boicote da Família Brasileira, que conseguiu uma liminar na justiça para impedi-lo de entrar no desfile porque tem crianças assistindo. Tivemos que mudar a alegoria toda. Felizmente, o carro entrou sim na Sapucaí, mas coberta por sacos plásticos arco íris e uma faixa com a mensagem “Mesmo proibido, olhai por nós”. Fernandona e Nathálião estão presentes no carro e, ao som da primeira paradinha da bateria, elas e vários casais gays deram um selinho como um basta ao preconceito. Ainda não foi confirmado o número exato, mas a Família Brasileira teve um infarto em casa assistindo.

Nossa Rainha de Bateria tem mais de cinquenta anos de TV Globo, tem uma casa de seis andares, só não é mais poderosa do que Deus, é alegre, verdadeira, senhora do seu destino, feliz, livre, trabalhadora, talentosa, bonita, gostosa, não tem paciência para quem tá começando, tem um cabelo de seis mil reais e é amada por milhões de brasileiros. Vem, Suzaninha! A Sapucaí é toda sua!




O último carro do desfile traz o grande protagonista de Os Dez Mandamentos... Moisés? É claro que não! Estou falando do Extintor de Incêndio, que apareceu em apenas uma cena, mas chamou a atenção e conseguiu atuar melhor que muita gente do elenco da novela cofcofSergioMaronecofcof. Levando as arquibancadas à loucura, o Extintor encerrou o nosso desfile com chave de ouro.


Que nota a Unidos do Eu Critico Tu Criticas merece, hein?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Retrospectiva Especial | 1 ano de Eu Critico Tu Criticas



Há um ano atrás, o Eu Critico Tu Criticas nascia. Desde pequeno, eu sempre fui fã de televisão, principalmente de novelas. Me lembro  que aos nove anos de idade eu tinha um caderno onde criava minhas próprias novelas e catalogava tudo o que assistia na televisão. Com a Internet, meus registros novelísticos e minhas opiniões sobre o que acontece na TV brasileira migraram para a rede. No finado Noveleiros de Plantão, famoso grupo de novelas no facebook no qual participei desde 2012, sempre fui uma figura conhecida e polêmica. Alguns, inclusive, me chamavam de Téo Pereira (aquela jornalista bicha má interpretada por Paulo Betti em Império), por sempre destilar o meu veneno com bom humor. Minha fama no grupo foi crescendo tanto que colecionei muitas amizades (algumas inimizades também, confesso) que pediam para eu criar mais posts e até sugeriram que eu criasse um site. Na época, eu estava bastante atarefado tendo que conciliar escola e cursinho preparatório. Até que, finalmente, no dia 4 de fevereiro de 2015, o Eu Critico Tu Criticas saiu do papel e foi lançado oficialmente no facebook. O negócio cresceu tanto que dois meses depois criei esse blog para poder falar sobre a TV de forma mais aprofundada, já que não dá para criar textos enormes em um post de facebook. E para ter mais cliques, é claro, afinal, não me chamam de Téo Pereira a toa.

Um anos depois, não sei o quanto que estou agradando, mas estou muito contente e me esforço diariamente para trazer aos leitores matérias e notícias comentadas de uma forma mais descontraída e menos didática. Não tenho palavras para agradecer as leituras e compartilhadas de vocês (são mais de três mil curtidas no facebook e mais de mil visualizações por dia no blog), fora os comentários sempre inspirados (mesmo os que me mandam tomar naquele lugar onde não bate sol ou vivem me acusando). E para que essa matéria pareça ainda mais uma autobajulação, vamos relembrar nossas matérias mais antigas e memoráveis. Vai que você não leu e decide dar mais cliques...


Essa matéria deu o que falar e me rendeu meus primeiros cliques. Os comentários viraram um campo de guerra. De um lado, os fãs do Comendador acusando a Maria Marta de ser uma pilantra. Do outro, os fãs da Maria Marta acusando o Comendador de ser um canalha. E esse redator que vos fala rindo de tudo isso. Relembre aqui.




Esse infográfico explicou direitinho toda a trama de Felizes para Sempre?.



O Brasil estava passando por uma crise hídrica histórica há algum tempo atrás e nós descobrimos quem foi a grande culpada disso. Relembre aqui.




O Eu Critico Tu Criticas surgiu beeeeeem depois de Amor A Vida, mas nem por isso deixamos de falar dos seus profissionais nada corretos. Relembre aqui.




Quem foi que disse que as novelas mexicanas são todas caretas, cafonas e antiquadas? O Eu Critico Tu Criticas provou o contrário! Relembre aqui.




Se você está precisando de uma empregada, aqui tem as melhores candidatas.




Relembre nossa homenagem a Raposa Loira e Felpuda aqui.




E quando eu achei que Babilônia seria um novelão? Fui trouxa! Relembre aqui.



Se você quer matar sua inimiga queimada, leia essa matéria bem aqui. Mas se for presa depois ou acabar morrendo, não venha colocar a culpa em mim, viu?



José Pedro? Que nada! O verdadeiro Fabrício Melgaço em Império foi a Maria Marta. É verdade! E o Eu Critico Tu Criticas provou isso bem aqui.



Lembram do "Gugu na Minha Cela", onde ele entrevistava presos famosos? E se o Gugu entrevistasse os personagens presidiários das novelas? Confira aqui.



Nem toda mocinha é songamonga e desperta a nossa antipatia. Relembre aqui.




Nossa primeira matéria no blog foi sobre a icônica cena de Maria do Bairro em que Soraya Montenegro surta com tudo mundo. Relembre aqui.




Relembre nosso TOP 10 com as mães mais desnaturadas da telinha bem aqui.



Relembre aqui nossa linha do tempo das novelas sobre os 50 anos da Globo.



Relembre aqui uma época quando eu ainda defendia e brincava com Babilônia.



As vilãs reais de Lícia Manzo. Veja aqui.



E se os personagens de Amor A Vida fossem mutantes? Confira aqui.



Relembre a novela da vida real da nossa eterna La Usurpadora bem aqui.



Relembre aqui as vilãs das nove que prometiam muito e entregaram pouco



7 sucessos do passado que flopariam hoje em dia: veja aqui.



Relembre os protagonistas songomongos de Sete Vidas bem aqui.



A Favorita vs Avenida Brasil? Qual é a melhor? Decida aqui.



Não é só de Helenas que vivem as novelas do Manoel Carlos. Relembre as filhas ingratas e mimadas das Helenas bem aqui.



Cobras & Lagartos foi uma novela maravilhosa e um dos seus principais atrativos foi o duelo pra lá de divertido entre Leona e Ellen, duas vilãs loiras, incríveis e memoráveis. Mas qual das duas foi a melhor? Isso você confere bem aqui.



Verdades Secretas foi, sem dúvida nenhuma, a novela que eu mais gostei de comentar porque tinha bafão todo dia e sempre rendia muitos cliques. E uma das minhas resenhas mais famosas e polemicas da trama foi essa aqui.



Se os mexicanos tem a Trilogia das Marias da Thalía, nós brasileiros temos é a Trilogia das Mocinhas Songamongas interpretadas pela Paola Oliveira. Mas qual das suas três protagonistas foi a mais chata? Vem conferir aqui.



Vítima ou algoz? Chegou a hora do juízo final para a Angel de Verdades Secretas e ainda dá tempo de você dar a sua sentença bem aqui.



EXTRA! Confira aqui o final inédito de Verdades Secretas que não foi ao ar!



Relembre aqui o dia em que as pragas do Egito assombraram o Projac.



Será que acertamos as teorias da novela? Relembre aqui.


Aos invejosos de plantão, aviso que o Eu Critico Tu Criticas segue firme e forte na missão de divertir e informar sobre o mundo da TV e, se Deus quiser, ainda teremos mais dois, três, mil anos pela frente. Não poderia aqui escrever todos os nomes dos nossos leitores mais fiéis porque são muitos e do jeito que a minha memória é ~ótima~ acabaria esquecendo de muita gente. Por isso, pra você que lê, curte, comenta ou compartilha o Eu Critico Tu Criticas todos os dias, o meu muito obrigado!!!



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