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domingo, 14 de fevereiro de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (7 à 13/02)



O MELHOR DA SEMANA


Despedida da Monica



Sabe aquela história de que a esperança é a última que morre? Pois eu tive até o último instante em relação à Monica Iozzi. Ela e Otaviano Costa passaram o programa dessa sexta (12/02) falando que tinham uma bomba e eu logo pensei: será que vão anunciar algo do tipo "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, digam ao povo que Iozzi fica"? Infelizmente, ela realmente apresentou pela última vez o Vídeo Show. E, tem que ser falado, foi uma baita burrada da Globo não segurar a moça ali no programa. Claro, tem todo o lado de que a própria Monica quis sair para se dedicar à carreira de atriz, então ficava meio difícil para a emissora mantê-la ali contra a vontade. Mas ela deu tão certo no Vídeo Show ao lado de Otaviano e ajudou a deixar a atração mais redonda depois do estrago causado por Zeca Camargo que a Globo tinha que ter dado um jeito de segurá-la ali. Enfim, ela deve saber o que está fazendo. Resta saber agora como ficará o programa a partir de amanhã com Joaquim Lopes substituindo a Moniquinha e formando dupla com o Otaviano na bancada. De qualquer forma, a despedida foi muito bonita e emocionante, com direito a homenagem ao contrário, muitas lágrimas e um dueto: Chegadas e Partidas. A escolha da música foi perfeita. Mas fica o pedido: VOLTA MONICA!

Maria é bem mais mocinha do que a Filó



Nota dez para a Bianca Bin em Eta Mundo Bom!. Ela é uma atriz consistente e está convencendo perfeitamente bem em todas as suas cenas dramáticas como a sofrida Maria. Está ofuscando a verdadeira mocinha da trama. Bem que o Walcyr Carrasco poderia causar uma reviravolta na novela fazendo com que Candinho (Sergio Guizé) se apaixonasse por ela, transformando-a na mocinha definitiva. Filomena é chata e a Débora Nascimento não convence. Leia mais sobre isso aqui.

Encontros do passado com o presente



O que você falaria se encontrasse com o seu "eu" de 20, 30 anos atrás? Parece loucura, né? No emocionante episódio dessa quinta-feira (11/02) de Pé na Cova, os moradores do Irajá passaram por essa situação. Da noite para o dia, todos começaram a enxergar os jovens Ruço (Rafael Canedo), Darlene (Paula Frascari), Luz Divina (Karen Brustolin), Floriano (João Carlos Ferreira) e Juscelino (Rafael Schimitt) perambulando pelas ruas do bairro. O encontro dos protagonistas do presente com seus fantasmas do passado, podendo mudar o curso de suas histórias, foi melancólico e, ao mesmo tempo, extremamente divertido. Incrível como a série passa do humor para a tristeza em questão de segundos. Além do texto sempre inspirado de Miguel Falabela, é impressionante a semelhança do elenco jovem com os atores mais velhos. Todas as caracterizações deles estão absurdamente iguais. Vale mencionar que as cenas finais de Ruço e Darlene são sempre reflexivas e tocantes. Parece até uma despedida semanal da Marília Pêra. Esse lirismo do texto é maravilhoso. Genial.

A virada de Zé Maria



A volta de Zé Maria como um homem íntegro após ser claro na trama que ele matou friamente as vítimas da chacina de Seropédica, mandou o filho para cadeia e tentou matar Tóia (Vanessa Giácomo) várias vezes poderia ter soado forçado ou incoerente se fosse escrito por outro autor ou interpretado por outro ator. Mas, assim como o texto de João Emanuel Carneiro consegue tornar tudo mais crível, Tony Ramos conseguiu imprimir diversas nuances em sua criação e deu uma cara nova ao vilão regenerado sem perder a sua essência: a frieza. Zé Maria não virou nenhum bonzinho, mas continua no mundo do crime por uma causa justa: libertar a esposa e a filha das mãos de Gibson (José de Abreu). Eu, pelo menos, conseguiu sentir verdade no reencontro dele com Adisabeba (Suzana Vieira) e na sua conversa de pai e filho com Juliano onde revelou querer destruir a facção. Ele, apesar dos pesares, realmente parece amar o filho, assim como também passa verdade o seu amor por Aninha e Kiki (Debora Evelyn). Fora isso, A Regra do Jogo segue imperdível e de tirar o fôlego.

O PIOR DA SEMANA


Transmissão das Escolas de Samba do RJ


Luís Roberto, Fátima Bernardes e Tiago Leifert no "Carnaval Globeleza"

A Globo começou a transmissão dos desfiles das Escolas de Samba do segundo dia do grupo Especial do Rio de Janeiro por volta das 22h45 dessa segunda (08/02), quando a Vila Isabel ainda passava pelo Sambódromo. A situação confundiu os narradores da emissora, Luis Roberto e Fátima Bernardes, já que eles se viram impedidos de descrever o final do desfile da escola de Martinho da Vila. A abertura com a Vila Isabel passou ao vivo somente pelo portal G1, mas sua apresentação acabou cerca de 20 minutos antes do fim, com ainda dois carros pra passar. Pra disfarçar, a Globo até exibiu na manhã do dia seguinte um compacto de cerca de 45 minutos do desfile da Vila Isabel, porém, encerrado abruptamente por Luis Roberto com uma imagem da atriz Aghata Moreira, sem mostrar o final da escola. Como previu Fátima Bernardes em um áudio vazado durante a transmissão, ficou estranho. Um tremendo desrespeito com o público e com as agremiações. Além disso, não sei porque a Globo ainda insiste em colocar Fátima Bernardes e Luís Roberto para serem comentaristas em uma função que eles desconhecem: escola de samba. Salvo apenas o Milton Cunha, esse sim um comentarista que entende do assunto e sempre com ótimos comentários. O resto parece até "alemão no samba". Sem falar que o Carnaval Globeleza deixa justamente o carnaval em segundo plano. A transmissão não mostra o esquenta das escolas. E não há momento mais emocionante para os foliões apaixonados do que o grito de guerra da escola, a cantoria dos sambas antigos, a bateria começando a esquentar... Enquanto isso está acontecendo, o programa fica mostrando como Deborah Secco está vivendo a maternidade (deve ser como qualquer mãe, né?) ou ouvindo a monossilábica irmã de Neymar (quem???) com cara de quem está odiando estar ali. A transmissão precisa focar mais no assunto principal, que são os desfiles. E deixar as celebridades para os programas que tratam disso.

Cissa e André no Mais Você



PELO AMOR DE DEUS, VOLTA ANA MARIA BRAGA!!! Não aguento mais ver o André Marques sempre com aquele ovo dentro da boca e a Cissa Guimarães eternamente adolescente no comando do Mais Você. Que escalassem substitutos menos chatos e falastrões. Fora as pautas desinteressantes.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

E se as novelas de 2015 virassem enredo de escola de samba?



Acabou o carnaval. Agora, é oficial: Feliz 2016! Enquanto você se recupera da ressaca do final de semana e vai se preparando psicologicamente para voltar ao trabalho ou para a escola com os quilinhos extras que ganhou nas férias, o Eu Critico Tu Criticas traz para todos vocês um especial com o nosso desfile fictício de carnaval homenageando as novelas que mais se destacaram (para o bem ou para o mal) em 2015. Então toca pra frente, que o tempo ruge e a Sapucaí é grande! Chora, cavaco!


Já abrimos o desfile fazendo uma releitura do duelo histórico de audiência entre A Regra do Jogo e Os Dez Mandamentos na comissão de frente, que ainda trouxe uma novidade: o mestre-sala e a porta-bandeira vieram juntos na comissão. O casal está bailando sob um tabuleiro de jogo de xadrez, quando surgem as pragas do Egito: rãs, moscas e gafanhotos tentando atrapalhá-los ao redor do tabuleiro. Em um determinado momento, homens simbolizando a sétima praga começam a lançar bolas de fogo em direção ao casal e elas caem na saia (que, obviamente, contém um tecido especial para não haver nenhum acidente) da porta-bandeira, que, mesmo com a saia pegando fogo, continua bailando lindamente, mostrando que nada supera a supremacia e a liderança da Toda Poderosa.


A facção que assola o país inteiro vem sendo representada logo no primeiro carro alegórico. Nele, estão presentes só o mais alto escalão dessa "grande família": o Pai Gibson, a mãe Dilma, o Tio Lula, a Tia Graça Foster, os Primos Cerveró e Eduardo Cunha... Todos usando uma faixa escrita "Vitória na Guerra". Infelizmente, o irmão Orlando não está presente porque já partiu dessa para a melhor (ou pior?) e os irmãos Romero e Genoino não receberam indulto da prisão para participarem do desfile.

Olha o Bonde dos Trouxas aí, geeeeeeeente! A primeira ala do nosso desfile vem sendo composta apenas pelos personagens mais otários e que mais foram enganados na teledramaturgia em 2015. E não foram poucos, viu. Só de A Regra do Jogo, vieram a Tóia, o Juliano, o Dante, a Djanira, a Adisabeba, a Domingas... A Carolina de Verdades Secretas ocupa posição de destaque na ala.

A segunda ala é composta por todos os fãs das novela Babilônia.



Deixa eu contar quantos são. Peraí... Ehr... Ninguém! Pra que chorar, pra que sofrer, se a audiência despencou e o público dela já se esqueceu, não é mesmo? Infelizmente, nossa escola perderá alguns pontos no quesito evolução, pois criou-se um buraco enorme entre a primeira ala e o próximo carro.

E o próximo carro vem fazendo uma perfeita reconstituição do Morro da Macaca, da Babilônia e de Paraisópolis, todos juntos e misturados. Afinal de contas, só em 2015, tivemos três novelas seguidas trazendo a favela como cenário principal. Os bandidos de Grego estão fazendo um "Salve Geral" bem lúdico contra os bandidos da máfia italiana de Dom Pepino. Não sei porque, mas o povo da arquibancada está vaiando esse caro e tacando um monte de objetos nele. Será que é por causa do ótimo show que o MC Merlô está fazendo com as suas Merlozetes? Ou do divertidíssimo quadrilátero Rui-Indira-Oziel-Tina? Ou por causa da carismática Regina, que está sambando com uma cervejinha na mão debaixo de uma barraca de praia? "Parem com isso, seus playbas", gritou Regina.



A ala de número 3 do nosso desfile vem homenageando a Larissa de Verdades Secretas em sua fase na cracolândia. Quer dizer, não sabemos bem se é uma homenagem para ela, pois os componentes da ala estão vestidos de zumbis de The Walking Dead e outros de Caveira do He Man, mas deu no mesmo.

Assistir à Sete Vidas era como participar de uma interminável (porém, deliciosa) DR. O diálogo era o grande protagonista da trama. Por isso, a próxima ala vem trazendo casais acorrentados nas mãos impossibilitados de mexerem no celular e sendo obrigados a conversar olho no olho.

Com um número de ilusionismo, o terceiro carro do nosso desfile vem fazendo uma alusão à passagem de tempo na novela Alem do Tempo. Saídas de uma parreira gigante de uvas, bailarinas trocam as roupas de época por roupas mais modernas em apenas alguns segundos, cobertas rapidamente por tecidos em forma de tubo, panos e também papel picado. A coreografia é repetida inúmeras vezes pelas bailarinas, que mostram até seis figurinos diferentes em dois minutos.



O que não faltou em Verdades Secretas foram os nudes. Por isso, eles vem sendo representados na ala seguinte. Obviamente, todos os integrantes não estão pelados (é pintura corporal), senão nossa escola seria penalizada e perderia vários pontos. Mas teve uma louca que jogou a parte de cima da fantasia no chão e deixou os seios à mostra pra fazer protesto, então tivemos que expulsá-la do desfile.


Por trazer a imagem de duas senhorinhas se beijando, o nosso próximo carro sofreu boicote da Família Brasileira, que conseguiu uma liminar na justiça para impedi-lo de entrar no desfile porque tem crianças assistindo. Tivemos que mudar a alegoria toda. Felizmente, o carro entrou sim na Sapucaí, mas coberta por sacos plásticos arco íris e uma faixa com a mensagem “Mesmo proibido, olhai por nós”. Fernandona e Nathálião estão presentes no carro e, ao som da primeira paradinha da bateria, elas e vários casais gays deram um selinho como um basta ao preconceito. Ainda não foi confirmado o número exato, mas a Família Brasileira teve um infarto em casa assistindo.

Nossa Rainha de Bateria tem mais de cinquenta anos de TV Globo, tem uma casa de seis andares, só não é mais poderosa do que Deus, é alegre, verdadeira, senhora do seu destino, feliz, livre, trabalhadora, talentosa, bonita, gostosa, não tem paciência para quem tá começando, tem um cabelo de seis mil reais e é amada por milhões de brasileiros. Vem, Suzaninha! A Sapucaí é toda sua!




O último carro do desfile traz o grande protagonista de Os Dez Mandamentos... Moisés? É claro que não! Estou falando do Extintor de Incêndio, que apareceu em apenas uma cena, mas chamou a atenção e conseguiu atuar melhor que muita gente do elenco da novela cofcofSergioMaronecofcof. Levando as arquibancadas à loucura, o Extintor encerrou o nosso desfile com chave de ouro.


Que nota a Unidos do Eu Critico Tu Criticas merece, hein?

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Como cometer um homicídio em pleno desfile de carnaval e sair impune: relembre o carnaval nonsense de Império


Pois é, queridos leitores, o carnaval chegou! De tão importante que é para o Brasil, esta grande festa já foi assunto nas nossas novelas por diversas vezes. O último grande carnaval de novela aconteceu em Império, no ano passado. A novela, que ganhou o Emmy Internacional, era protagonizada pelo inesquecível Comendador José Alfredo de Medeiros (Alexandre Nero). E foi justamente o Comendador quem recebeu uma homenagem na novela e teve sua história transformada em samba-enredo de carnaval. Até hoje, as vezes, me pego cantando o refrão do samba-enredo: Santa Teresa vai passar O talimã a nos guiar Um diamante de segredos e mistérios É o comendador e seu Império.


Mas vocês se lembram o que aconteceu nesse memorável desfile de carnaval em Império? Bem, Maurílio (Carmo Della Vechia) decidiu assassinar o Comendador para se vingar de todas as maldades que esse homem fez para o misterioso Fabrício Melgaço, inimigo oculto que queria destruir Zé Alfredo. Para realizar a morte, Maurílio decidiu escolher o momento mais discreto possível, que é quando Zé estivesse no meio de um desfile de carnaval diante de milhares de pessoas e de uma transmissão HD feita pela Globo. Sua fantasia, então, foi mais discreta ainda: de Mister M.

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Começa o desfile e Maurílio se infiltra dentro do carro alegórico sem ninguém perceber. Essa poderia ser a cena mais sem sentido do desfile, mas não: Cora novinha (Marjorie Estiano) percebe a movimentação suspeita e também sobe dentro do carro alegórico sem que ninguém da diretoria da escola de samba visse. Essa é a cena mais sem sentido? Também não, porque Cora e Maurílio estavam escondidos no mesmo lugar dentro do mesmo carro alegórico. Qualquer um imaginaria que ela iria tentar impedir o Mister M ou então eles iam sair na porrada, mas o que acontece é... NADA! Pois é... Cora e Maurílio ficaram lá paradinhos só esperando o clímax do capítulo. E ele demora para acontecer, porque deu tempo de mostrar todos os figurantes e personagens secundários na avenida e até do Milton Cunha dar mais um coice numa displicente intervenção de Fátima Bernardes.


Comendador e Maria Marta (Lilia Cabral) aparecem logo de cara fantasiados de enfeites de bolo de casamento. P.S.: Até hoje não supero o fato do casal Malfred não ter ficado junto no final!!!


Temos a ala dos filhos do Comendador, mais essa ruiva avulsa que eu sempre achei chata pra cacete!


E temos também a Xana (Ailton Graça), que foi de cosplay daquela arara azul do Filme Rio


Eis que chega a hora em que Maurílio sobe no carro alegórico para matar José Alfredo e atira nele. Cora, no entanto, que teve a artrite curada pelo rejuvenescimento via xixi de jacaré, com a agilidade de uma integrante dos Vingadores, se jogou na frente do mozão, levando o tiro em seu lugar.

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Que horror! Aconteceu um crime diante de milhares de pessoas e transmitido pela Globo para vários países em HD. E o que acontece logo depois? Bem, primeiro o Comendador beija a Cora, que morre.


Depois, Maurílio consegue o impossível: fugir de um carro alegórico no meio de um desfile de carnaval sem que qualquer um dos milhares de foliões e carnavalescos consiga capturá-lo. Ao contrário da polícia brasileira, que é mais incompetente que o Dante de A Regra do Jogo, o Eu Critico Tu Criticas investigou e conseguiu descobrir porque o Mister M assassino não foi visto por ninguém durante o homicídio de Cora. Reparem que não havia uma alma viva no fundo ou nas arquibancadas.

Montagem: Redação POP

E o que acontece depois? Gritaria? Correria? Confusão? Todo mundo em pânico? Nada disso! Então sobe o som, todo mundo sambando e rindo loucamente de novo como se nada tivesse acontecido, como se uma pessoa baleada no meio da Sapucaí não paralisasse um desfile de carnaval.


Obviamente, a União de Santa Teresa perdeu muuuuuitos pontos, não é mesmo? Errado! A escola conseguiu subir para o grupo especial. E esse foi o novelão realista prometido por Aguinaldo Silva...

sábado, 6 de fevereiro de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (31/01 à 06/02)



O MELHOR DA SEMANA


A virada de Tóia e a derrocada de Romero



Como diria Maísa, meu mundo caiiiuuuuu... Assistir os capítulos mais recentes de A Regra do Jogo foi ver o mundo dos personagens desabando. Primeiro foi Dante (Marco Pigossi), que descobriu a verdade sobre Romero (Alexandre Nero) e a facção. Agora chegou a vez de Tóia ficar sabendo que sempre foi enganada pelo ex-vereador e, claro, de Vanessa Giácomo dar seu show de atuação. Ela foi, sem dúvida nenhuma, o grande nome da novela essa semana. Apesar de ter sido uma chatóia durante toda a novela em alguns momentos cruciais, foi de partir o coração vê-la sentindo a dor de descobrir que acreditou em cada palavra do pilantra desde o início, mesmo quando a própria mãe dele, Djanira (Cassia Kiss), insistia em dizer que Romero não prestava. Tóia não só acreditou, mas se deixou seduzir pelo pilantra, brigou com o grande amor da sua vida, Juliano (Cauã Reymond), não acreditando nele e até se casou com Romero sem enxergar o que estava bem debaixo de seu nariz. Pra completar, está grávida do homem que destruiu sua vida, roubou, enganou e foi indiretamente responsável por várias mortes. Vi muita gente nas redes sociais dizendo que Giácomo estava exagerada, berrando demais. Pelamordedeus, acho que diante de tudo que ela viveu, essa fúria foi totalmente justificada e compreensível. Qualquer um que tivesse no lugar dela faria o mesmo. Ou até pior!


A sequência de Tóia, desesperada, com Dante proporcionou um grande momento para o público (que sabia do golpe que ela sofreu da facção quando criança), para a personagem (que sofreu uma grande virada, mudando seus status de passiva para vingativa) e para a sua intérprete (que ganhou a chance de brilhar e passou a ser responsável pela grande parte da movimentação da história). No bloco seguinte, a chance foi de Alexandre Nero e José de Abreu. Gibson ameaçou Romero através da "roleta russa" para que ele se mante-se fiel à facção. Romero implorou para não morrer. Gibson tripudiou. A cena foi de tirar o fôlego. Não foi só Romero quem foi torturado psicologicamente. O público também.


O mais difícil foi esperar o momento certo, mantendo o sangue frio e a falsidade diante de Romero. A cena em que Tóia precisou segurar a raiva diante do canalha e quase matou o marido a tesouradas, enquanto o mesmo dormia, foi excepcional. A atriz brilhou absoluta, assim como na sequência em que ela corta os cabelos e declara guerra ao inimigo diante do espelho, adotando um novo visual. Tóia mudou por fora e por dentro. O ódio, a decepção e o desejo de vingança "mataram" a Tóia alegre que existia. E isso pôde ser percebido até mesmo na emocionante cena em que ela pede desculpas a Juliano, o cara mais injustiçado a novela inteira. Virou uma mulher fria, calculista, com possibilidades de ser má. Esse é o maior trunfo de A Regra do Jogo. O improvável conduz o desenrolar da trama e nem tudo é o que parece ser. Os personagens podem tomar atitudes inesperadas a qualquer momento, fazendo com que a novela não fique previsível nunca e tenha várias reviravoltas.


A derrocada de Romero, em plena inauguração do hospital, diante de todo o povo e a imprensa, onde foi humilhado pela esposa e algemado pelo próprio filho, foi o momento mais esperado da trama e correspondeu a toda expectativa. Tóia, Dante e Juliano possuem histórias de vida totalmente entrelaçadas, afinal, os dois primeiros tiveram seus pais assassinados pelas mãos do pai deste último. Chorei de emoção vendo as duas crianças mais prejudicadas pela facção no Massacre da Seropédica, ao lado de Juliano, fazerem justiça juntos, como adultos. Romero nunca foi um bom moço e seu maior erro foi tentar se iludir do contrário. Iludir as pessoas ao redor é uma coisa, mas tentar se enganar sempre é um tiro no pé de qualquer um. Ao contrário do que pensava, sim, fiquei com um pouco de pena dele. Por mais que Romero tenha feito muita coisa ruim, não consigo odiar. Primeiro, teve o momento tocante que marcou a despedida de Romero e Ascânio (Tonico Pereira), onde demonstrou um evidente afeto pelo homem que cuidou dele a vida toda e até deu um abraço no trambiqueiro, que também ficou sentido. Depois, teve o embate de Romero e Dante na cadeia. De um lado, o filho, destruído por ter passado a vida inteira admirando um falso herói, diante do pai, destruído por ter magoado justo da pessoa que ele mais ama nesse mundo (ou diz amar). Do outro, o público com o coração partido. Culpa tua, Alexandre Nero! Criou um lobo em pele de cordeiro magistral.


É preciso deixar claro que, apesar da situação nada favorável de sua mocinha, Vanessa sempre convenceu em todas as complicadas sequências de uma heroína sofrida que chora muito. O problema é que, após a morte de Djanira (Cassia Kis), Tóia tomou um chá de emburrecimento. Ela, que começou tão sagaz, sendo capaz de roubar para salvar a vida da mãe, e indo atrás da verdade, do nada, virou uma palerma, enganada por todos e politicamente correta ao extremo nível Regina de Babilônia. João Emanuel Carneiro tem agora a missão de fazer Tóia voltar a ser aquela heroína pela qual a gente torcia no início da novela. Deve isso aos telespectadores e, principalmente, a intérprete.

P.S.: Achei corajoso o João Emanuel Carneiro reservar a grande reviravolta da sua novela para uma sexta-feira e sábado de carnaval. Talvez, após o período da festa, renderia um recorde de audiência para a novela (quiçá, até chegaria aos sonhados 40 pontos). De qualquer forma, reservar um momento tão importante dentro da trama para um sábado pode indicar bala na agulha para mais fortes emoções na próxima semana. Então se você for cair na folia nesse carnaval e só curar a ressaca na próxima quarta-feira, saiba que até lá A Regra do Jogo já terá sofrido mil e uma reviravoltas.

Clã caipira é uma novela dentro da própria novela


Romeu pede a mão de Mafalda (Foto: Felipe Monteiro / Gshow)

Depois que Candinho e Filomena (Sergio Guizé e Débora Nascimento) se mudaram para a cidade, a família de CUnegundes segue avulsa e distante à história principal, porém, com todos os ingredientes de um bom romance caipira que fazem desse núcleo o melhor de Eta Mundo Bom. Um bom exemplo foi a ótima cena desta semana que reuniu Elizabeth Savala (Cunegundes), Camila Queiroz (Mafalda) e Rosi Campos (Eponina). As três tiveram aquela clássica conversa entre mãe e filha sobre sexo, virgindade e de onde vem os bebês. De um lado, a filha romântica e inocente querendo casar. Do outro, a mãe interesseira que queria jogar a filha para os braços do rapaz rico a qualquer custo, mas disfarçava sua intenção. "Antes de casar é do pescoço pra cima, depois de casar é do pescoço pra baixo", foi uma das pérolas soltadas por CUnegundes na cena. Sutileza pra que, né? Embora o texto do Walcyr Carraso seja no estilo jogral, quase teatral, ele combina muito com a proposta da novela e realmente diverte. A entrada de Romeu (Klebber Toledo), um golpista que está se passando pelo rico comprador da fazenda e que está encantado por Mafalda, deu um novo gás ao clã caipira. Assim como a entrada da empregada Dita (Jennifer Nascimento), que, ao contrário da tia, Manoela (Dhu Moraes), não tem medo de enfrentar a Dona Boca de Fogo. Está sendo divertido acompanhar as aventuras e desventuras dessa família em vender a fazenda decadente de qualquer jeito. Impagável!

Bastidores do Carnaval é pura vergonha alheia, mas diverte


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Sem os mesmos recursos que as grandes emissoras e sem interesse de competir com Globo, Band e SBT, a RedeTV! oferece anualmente uma alternativa nada ortodoxa a quem se interessa por Carnaval, mas não tem paciência para as transmissões de suas concorrentes. O Bastidores do Carnaval, apresentado por Nelson Rubens e Flavia Noronha, aposta no escracho. Em um cenário extremamente tosco, com duas bailarinas seminuas sambando por duas horas sem parar, eles comandam uma atração que faz a alegria daqueles que gostam de rir das situações absurdas que o programa mostra. Sim, porque colocar Geyse Arruda, Val Marchiori e Fábio Arruda para serem comentaristas de carnaval é a mesma coisa que chamar o Nego do Borel para ser comentarista de música lírica! O trio avalia, por exemplo, se determinado "porta-malas", como dizem, é natural ou tem silicone. Também palpitam se o drama da modelo que teve a fantasia furtada é real ou jogada de marketing.

Como todo ano, os repórteres entrevistam mulheres de pouca ou nenhuma relevância no mundo artístico abaixo do que podemos chamar do termo sub-celebridades com um único objetivo: fazer elas mostrarem a pouca fantasia que exibirão na avenida. Entre ex-panicats e candidatas ao Miss Bumbum, eventualmente surge também alguma passista anônima, que dá aquela "sambadinha" para a câmera. Resumindo: vergonha alheia total! Mas muito da graça do programa vem do fato de que ninguém leva aquilo muito a sério. O Bastidores do Carnaval só é bom porque é muito ruim.


O PIOR DA SEMANA


Pânico até tenta, mas não consegue se renovar



O Pânico na Band provou na estreia da temporada 2016 que é um humorístico sem rumo. Com exceção ao "Bela Gel" (sátira feita pelo hilário Carioca aos programas de culinária de Bela Gil) e à pegadinha do taxista metrossexual (uma provocação aos civilizados profissionais que agora controlam o direito de ir e vir dos cidadãos), o programa não demonstrou o menor resquício de criatividade.

Contratado em janeiro, Lucas Salles estreou com uma entediante reportagem sobre exame de próstata. Ou o pauteiro da atração tem parente urologista ou o tema desperta algum tipo de fixação do elenco. A adaptação do "Carpool Karaoke", destaque do Late Late Show With James Corden, foi embaraçosa. A simulação do "Teste de Fidelidade", ancorada pelo personagem Marcelo Sem Dente, foi preguiçosa. Sucesso nos tempos áureos da RedeTV!, o "Afogando o Ganso" ganhou um escorregador extra e um novo sistema de competição. Tudo em nome da multiplicação dos closes. Outra tradição, as reportagens com famosos estão cada vez piores. Baianinha não conseguiu entrevistar a cantora do hit "Metralhadora". Amanda e Mendigata não conseguiram cobrir nem a festa da Vogue, nem a briga entre taxistas e motoristas do Uber. Nem mesmo seu rival Encrenca (tão péssimo quanto) escapou da metralhadora giratória do Pânico. Exibido quase no encerramento do programa, o quadro "Wesley Veadão" tem o mesmo propósito das "Cantadas do Carlão". Faltou o CPF na nota.

Novo integrante da trupe, Julio Cocielo surgiu no quadro "Bate ou Regaça", que é ruim até para os padrões da geração YouTube. Repatriado, Fabio Rabin acompanhou Daniel Zukerman em Portugal. O custo da passagem só foi justificado graças ao apresentador Geraldo Luís, que sempre cai nas pegadinhas dos humoristas. Quadro emocional da noite, o "Tunando Minha Carroça" serviu para o público lembrar os vícios dos programas dominicais. E deixar claro que o Pânico agora está do outro lado do balcão, trocando a influência pela dependência. Acho que já passou da hora de terminar.

Gugu comprova que é capaz de absolutamente tudo pela audiência


O Gugu voltou e com ele trouxe uma das coisas mais absurdas da história da TV nacional. Em seu programa de estreia, o apresentador resolveu mexer com o corpo de Dercy Gonçalves, que faleceu em 2008 aos 101 anos após se destacar como uma das maiores humoristas do país por seu jeito irreverente, desbocado e cativante.

O animador, em seu retorno ao ar, tinha como propósito descobrir se a artista realmente foi enterrada em pé, como desejava. Passou a primeira hora e meia da atração com esse questionamento. Julinho do Carmo (cabeleireiro de Dercy que se tornou amigo dela), Decimar Martins Senra (sua filha), outras pessoas próximas e a população de Santa Maria Madalena (onde Dercy nasceu e foi enterrada) foram perguntadas a respeito.

O problema é que isso não ficou restrito às palavras. O mausoléu construído por Dercy foi aberto para que Gugu visse com seus próprios olhos em que posição estava o caixão dela. Após todo o esforço do pessoal do cemitério local, foi constatado que Dercy não teve seu desejo respeitado. Depois do caixão ser colocado na posição vertical (no enterro), optou-se por deixá-lo na horizontal. A questão é: qual a necessidade disso? Pra que mexer com quem descansa e deveria estar em paz? Será possível que uma pessoa não pode ter esse direito nem após a morte? 


Ok fazer barulho em torno de Dercy estar ou não enterrada em pé. Porém, quando Gugu se sujeita a desenterrá-la, ele prova que entrevistar criminosos como se fossem celebridades queridas não foi suficiente. Por audiência, vale tudo, até ter um comportamento no mesmo nível do escândalo da entrevista falsa com "integrantes do PCC", em 2003, quando ainda estava no Domingo Legal, que até hoje mancha sua trajetória. O animador nunca vai conseguir se livrar disso por evidenciar que não mudou. Joga sujo, porque o que vale é vencer o Ratinho e superar a Globo. E conseguiu. A volta de Gugu registrou 12 pontos de média em São Paulo, deixando a Record em segundo lugar com folga sobre o SBT, que marcou 9 pontos de média no horário (22h05 à 0h11), e ainda liderou por alguns minutos. Nessas, de quem é a culpa: do Gugu (que não tem limites quando o assunto é audiência), da Record (que permitiu que uma matéria de extremo mau gosto dessas fosse ao ar), da família da Dercy (que permitiu tamanha exploração com a imagem da humorista) ou do público (que ainda dá audiência para um lixo desses)? Aliás, tenho sugestões para as próximas edições do programa:


Quando pensamos que a TV já atingiu o fundo do poço, Gugu provou que os segredos do Você na TV não são nada comparado a isso e ainda é possível sim cavar mais um pouco. Lastimável!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Dicas de fantasias de novelas para o Carnaval


Axé pra quem é de axé. Aleluia pra quem é de aleluia. Netflix pra quem é de netflix. O carnaval chegou! Já faz um mês praticamente, afinal, Brasil é assim, natal, ano novo e pula pra carnaval. Mas agora é oficial! Os crentes vão pro retiro, os foliões vão pra folia e os nerds vão assistir série. Ou seja, carnaval é bom pra todo mundo, não precisa ficar de mimimi nas redes sociais reclamando dos dias de festa. E neste clima alegre desse redator que vos fala de quem vai beber todas nesse carnaval (como se no resto do ano eu só tomasse água), na matéria de hoje darei dicas para você se fantasiar de seu personagem de novela favorito. Então prepara sua tesoura sem ponta e a criatividade porque você será o cosplay campeão e o grande destaque das festas de carnaval (nem que seja por estar ridículo).


Gibson (A Regra do Jogo)


Itens necessários: 1 terno preto, 1 símbolo do PT
Como fazer: Cumprimente as pessoas com "Vitória na Guerra"

Flora (A Favorita)


Itens necessários: 1 vestido prateado, 1 troféu de música sertaneja
Como fazer: Vista a roupa, segure o troféu e cante "Beijinho Doce"

Totó (Passione)


Itens necessários: 1 professora de sotaques do Projac, 1 tapete
Como fazer: Enrole-se no tapete e force o sotaque
Obs: Funciona para qualquer papel do Tony Ramos

Viúva Porcina (Roque Santeiro)


Itens necessários: 1 Regina Duarte
Como fazer: como você não é a Regina Duarte, NUNCA ficará parecendo a Viúva Porcina


Foguinho (Cobras & Lagartos)


Itens necessários: 1 bigode tipo Tom Selleck, 1 vidro de água oxigenada
Como fazer: Faça uma descoloração de seu bigode e aja como se você fosse escolhido como o presidente de uma empresa que você sabe que não foi destinada a você

Nazaré (Senhora do Destino)


Itens necessários: 1 pele de raposa felpuda, 1 tesoura, 1 escada
Como fazer: Se você viu todos os itens acima e não sabe ainda
como ser a Nazaré, seu lado novelístico está vergonhoso

Laerte (Em Família)


Itens necessários: 1 flauta, 1 novinha
Como fazer: coloque a flauta na boca e a boca da
novinha na sua flauta de baixo (entendedores entenderão)


Ramsés (Os Dez Mandamentos)


Itens necessários: Acessórios da 25 de março, alegorias de escola de samba
Como fazer: Misture tudo isso e imite as expressões do Sergio Canastrone

Danny Bond (Felizes para Sempre?)


Itens necessários: 1 biquíni fio-dental
Como fazer: Se você não tiver a bunda da Paolla Oliveira, nem tente!

Homem/Mulher Invisível


Itens necessários: Audiência da Xuxa
Como fazer: Vista-se da audiência da Xuxa e ninguém irá ver você


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