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quinta-feira, 10 de março de 2016

Os 20 Melhores Vilões da Teledramaturgia



A dramaturgia nacional não é lá muito favorável às figuras masculinas como dotadas de grande maldade. Pare e pense: você se lembra em quantas novelas o vilão central era um homem? São raros os exemplos. Durante anos, a telenovela carregou o ranço de ser uma atração exclusivamente feminina, estigma que só foi perdendo a partir dos anos 70, com Irmãos Coragem, de Janete Clair, que trouxe, pela primeira vez, os homens para a frente da TV por causa de sua trama masculina que misturava faroeste e futebol. Embora já não seja mais exclusividade há décadas, ainda sim, as mulheres são, na maioria absoluta das vezes, o papel mais fundamental de toda trama. As histórias, claro, independem do gênero, mas são elas o centro da história. Principalmente, no quesito vilania. Carminha (Adriana Esteves), Flora (Patrícia Pillar), Nazaré (Renata Sorrah) e Odete Roitman (Beatriz Segall) que o digam. Por isso, quando surge um ator encarnando um vilão, ele tem uma chance única e enorme de brilhar. Vem comigo e acompanhe os 20 melhores vilões da dramaturgia nacional.

20º lugar: Conde Vlad de Vamp



De figura diabólica que faz um pacto com Natasha (Cláudia Ohana) a transformando em estrela do rock, o Conde Vladimir Polanski (Ney Latorraca) foi, aos poucos, ganhando traços cômicos seguindo o estilo de chanchada que foi tomando conta de Vamp. Sucesso entre o público infanto-juvenil, o vampiro-chefe da novela nutria um amor obsessivo de vidas passadas com Natasha. Acabou derrotado por Jonas (Reginaldo Faria), após invadir a Baía dos Anjos. Um dos personagens mais carismáticos dos anos 90, Vlad prometeu que um dia voltaria. Continuamos esperando…

19º lugar: Delegado Nogueira de Vidas Opostas



Antes de ser possuído pelo espírito do Crô, Marcelo Serrado já fazia sucesso muito antes de ir para a Globo como o perverso delegado Dênis Nogueira, perigoso psicopata que se escondia atrás de uma máscara de homem de bem e culto. Cruel com a esposa, a corrupção no trabalho era seu forte.

18º lugar: Filinto Guerra de Amor e Revolução



Não é só de remakes de novelas infantis baseadas em roteiros mexicanos que vive o SBT. Quer dizer, não há alguns anos atrás, quando produziu uma novela adulta 100% original: Amor e Revolução, que, apesar de ter sido um fracasso, abordou o nebuloso período da ditadura militar do nosso país de forma primorosa. E o grande destaque da novela foi o vilão Filinto Guerra (Nico Puig). Sociopata, sádico, abusivo e de péssimo caráter, ele era um dos representantes principais das trocentas cenas de tortura na novela. Uma das suas maldades marcantes foi quando ele supostamente matou sua própria mulher, Olívia (Patricia de Sabrit), que não morreu e voltou como Violeta para se vingar.

17º lugar: Ravengar de Que Rei Sou Eu?



O sinistro Ravengar (Antonio Abujamra) era o feiticeiro da corte da Rainha Valentine (Tereza Rachel). Era ele o idealizador dos planos nefastos para destruir Jean Piérre (Edson Celulari), o verdadeiro herdeiro da coroa, e impedir que o mesmo assumisse o trono. Obcecado por Madeleine (Marieta Severo), foi capaz de hipnotizá-la e a possuir sem sua vontade. Com o falso Rei Pichot (Tatu Gabus) morto e Jean Piérre coroado, no último capítulo, retornou a Avilan com nova identidade para destruir os rebeldes. Ravengar fez parte dos pesadelos de muita gente que cresceu nos anos 90.

16º lugar: Dom Jerônimo Taveira de A Muralha



Fanático religioso hipócrita na vila de São Paulo do século XVII, Dom Jerônimo Taveira era a personificação de sadismo e crueldade. Entre as vítimas do seu abuso, estavam Ana (Letícia Sabatella), uma jovem obrigada a se casar com o vilão, e a índia Motira (Maria Maya), que sofria nas mãos também do braço direto do tirano, Leonor (Ada Cheovov). Tomado pela loucura crescente, Jerônimo perseguia e condenava a morte na fogueira qualquer um que fosse contra suas ordens. Acabou por se suicidar ao se jogar em uma fogueira, após ser esfaqueado por Dom Guilherme (Alexandre Borges). Graças a excelente atuação de Tarcísio Meira, é um dos vilões mais asquerosos de todos os tempos.

15º lugar: Zé Maria de A Regra do Jogo



Tal qual a Flora (Patrícia Pillar) de A Favorita, Zé Maria enganou o público com sua cara de bom moço e seu discurso de inocente injustiçado, revelando-se um bandido impiedoso, capaz de sequestrar e matar friamente pessoas inocentes. Definido pelo próprio ator como um psicopata, Zé Maria é do tipo que não precisa berrar para botar medo. Tony Ramos, finalmente, deixou de lado a fama de bom moço que sempre o acompanhou em sua carreira durante anos e emplacou como um vilão de marca maior. Atena (Giovanna Antonelli) pode ter sido uma decepção, mas os homens não deixaram a desejar em A Regra do Jogo no quesito vilania e marcaram presença na nossa lista.

14º lugar: Donato Menezes de As Noivas de Copacabana



Com uma sexualidade controversa, o bem-sucedido Donato Menezes usava sua fachada de bom moço para seduzir mulheres e matá-las estranguladas na hora do ato sexual seguindo sempre um meticuloso ritual: vestidas de noiva. Ato em decorrência de um trauma do passado, por ter sido abandonado pela noiva. A minissérie fora baseada no caso real de Heraldo Madureira. Em ótima atuação, Miguel Falabella compôs com frieza Donato, o seu melhor momento como ator na televisão. Após ser preso e fugir do manicômio judiciário, Donato termina a série caçando uma nova vítima.

13º lugar: Edu de Dupla Identidade



O serial killer costuma ser o tipo de personagem dos sonhos de qualquer ator: rico em composição, imprevisível e, com sorte, sedutor o suficiente para assustar e conquistar a plateia ao mesmo tempo. Não é uma figura frequente na nossa teledramaturgia, mas com seu Eduardo Borges, Bruno Gagliasso, ator dos mais dedicados de sua geração, conseguiu inscrever na TV brasileira o tipo que mata por matar a granel, fazendo dos seus encantadores olhos azuis dois espelhos embaçados pela maldade. Entre assustador e sexy, Edu causava arrepios. E Bruno, novamente, deu um show como vilão.

12º lugar: Jackson de Vidas Opostas



Olha o Rei do Torto aí, geeeente! Heitor Martinez viveu seu melhor momento na carreira como Jackson, um bandidão temido que sai da prisão e volta ao morro onde morava liderando uma quadrilha de traficantes e toma numa batalha a boca de fumo do local, transformando-se o novo todo poderoso do Morro do Torto. Jackson mandava e desmandava e quem não obedecia suas ordens, "ia conversar com o capeta". Ele também queria ter Joana de qualquer jeito, para que ela more com ele e seja a Rainha do Torto. Mas, obviamente, Joana não quer essa vida, pois é a mocinha da novela. Um tipo tragicômico, Martinez assustava só com o olhar em sua atuação como o chefe do tráfico. M-E-D-A!

11º lugar: Félix de Amor À Vida



Um dos vilões mais cômicos da nossa lista, Félix ganhou o público com suas tiradas sarcásticas, frases de efeito e um bordão que foi ganhando inúmeras variações ao longo da trama. Além de "salgar a santa ceia", Félix (Matheus Solanno) jogou a sobrinha no lixo e fez de tudo para alcançar a presidência do hospital da família, tendo chegado até a conseguir a internação de Paloma (Paolla Oliveira), sua irmã, num manicômio, com direito a eletrochoque. Gay enrustido, ele começou a novela com um casamento de fachada, mas depois de ser desmascarado, perder tudo e se tornar vendedor de hot dog, assume a homossexualidade e engata um romance com Niko (Thiago Fragoso). Alcança a redenção no final da história e junto com Niko protagonizou o primeiro beijo gay da TV Globo, no último capítulo. Irônico, carismático e manipulador, Félix não podia ficar de fora dessa lista. Não é, meu doce?

10º lugar: Marco Aurélio de Vale Tudo



Canalha simpático, um tipo irresistível em novelas, ambicioso e corrupto, Marco Aurélio administrava o grupo empresarial de Odete Roitman (Beatriz Segall). Por conta de negociatas, reuniu uma grande fortuna guardada fora do Brasil. Criado por Gilberto Braga, o vilão muito bem defendido por Reginaldo Faria terminou numa boa, fugindo e mandando uma "banana" para o país.

09º lugar: Mario Liberato de Roda de Fogo



Intérprete de vilões memoráveis como Alex Kundera (de Top Model) e Adalberto Vasconcellos (de A Próxima Vítima), foi com Mário Liberato que Cecil Thiré conquistou seu espaço na galeria de grandes vilões da televisão. Advogado com meios pouco ortodoxos, sádico e corrupto, Mário servia aos interesses de Renato Villar (Tarcísio Meira). Sempre acompanhado por seu mordomo e amante Jacinto (Cláudio Curi), Liberato não media esforços para conseguir o poder, incluindo bater de frente com Villar, que era um protagonista "torto". Criado por Lauro Cesar Muniz, Mário Liberato foi o primeiro vilão homossexual da dramaturgia brasileira. O que causou grande polêmica na época.

08º lugar: Alexandre de A Viagem



Mesmo depois de morto e no além, Alexandre foi muito mais vilão do que muitos vivos. A Viagem tinha como tema central a vida após a morte. O personagem que conduzia as tramas era Alexandre (Guilherme Fontes, um delinquente que se mata na cadeia após ser condenado por roubo seguido de homicídio e, no Vale dos Suicidas, passa a infernizar a vida de todos que julgava responsáveis por seu trágico destino. No final, Alexandre se arrepende de todo mal que fez e passa para o lado branco da força, tornando-se um espírito de luz. Guilherme Fontes é lembrado até hoje por esse trabalho.

07º lugar: Renato Mendes de Celebridade



Curiosamente, os maiores vilões das novelas foram criados por Gilberto Braga, o único autor a investir em homens como protagonistas e antagonistas. Em Celebridade, não foi diferente. Egocêntrico editor da revista de fofocas Fama, o jornalista Renato Mendes (Fábio Assunção) não poupava esforços para assumir o comando do poderoso Grupo Vasconcelos, de seu tio Lineu (Hugo Carvana). Renato aprontou tanto que acabou caindo nas garras da cachorrona Laura (Cláudia Abreu) e, principalmente, no carinho do público. Acabou preso após matar a vilã e o michê dela, Marcos (Márcio Garcia).

06º lugar: Gibson Stewart de A Regra do Jogo



Ele só foi revelado vilão no capítulo 100 da trama. Mas se Gibson já causava náuseas no público por ser extremamente reacionário, "coxinha", conservador e militarista, dizendo em alto e bom som não gostar de pobres, negros e gays, depois que foi revelado que ele era o Pai da facção, aí mesmo que nossa antipatia pelo milionário só aumentou. O personagem de José de Abreu já é um dos melhores e mais detestáveis vilões masculinos dos últimos tempos, sendo capaz de qualquer tipo de crueldade para manter sua organização criminosa e para que seus crimes não fossem descobertos, inclusive contra a própria família, chegando a internar a filha Nelita (Barbara Paz) num hospício e faze-la parecer louca e manter a outra filha Kiki (Deborah Evelyn) presa num cativeiro durante anos. Tudo, segundo ele, em nome de uma "causa" maior que julgava certa. Acabou assassinado misteriosamente com um tiro no peito após surtar e manter toda a família em refém. Derrota na guerra, Pai!

05º lugar: Marcos de Mulheres Apaixonadas



De todos da lista, Marcos é o que mais foge da linha clássica de um vilão e, talvez por isso, o torne absurdamente assustador. Marcos não elaborava planos maquiavélicos para conquistar seus objetivos ambiciosos. Ao contrário, ele era gente como a gente, aparentemente tranquilo, pacato, como muitos que se vê por aí. No entanto, sua esposa Raquel (Helena Ranaldi) sentia na pele o que os olhos dos outros não viam. Ciumento, possessivo e levemente psicótico, Marcos conseguiu lembrança devido a uma irrepreensível atuação de Dan Stulbach, o Tom Hanks brasileiro. Em uma das mais marcantes e chocantes cenas da novela, Marcos agredia a esposa com uma raquete de tênis. As fortes cenas de agressão da novela fizeram a sociedade discutir o problema da violência doméstica, principalmente contra a mulher. Saudades da época de grande momento de inspiração criativa do Maneco...

04º lugar: Felipe Barreto de O Dono do Mundo



Arrogante, mesquinho, debochado, egoísta, sexista e inescrupuloso, são algumas das "qualidades" do cirurgião plástico Felipe Barreto, cuja falta de ética, na época, irritou diversos cirurgiões, que chegaram a protestar junto a Globo. No entanto, o carisma de seu intérprete, Antonio Fagundes, fez com que o público não acreditasse que a mocinha Márcia, de Malu Mader, iria se vingar dele. As maldades de Felipe foram inúmeras: apostou que tiraria a virgindade de Márcia, noiva de um de seus funcionários, antes da lua-de-mel; conseguiu a proeza e causou o suicídio do marido traído. Durante boa parte da novela, se fez de santo para conquistar de vez a jovem. Ao menos nisso, não teve sucesso. No final da trama, tentou seduzir uma moça mais nova ainda e, claro, debochando da cara do público que tinha acreditado em sua regeneração ressaltando que a esposa era virgem. Ou seja, um canalha.

03º lugar: Olavo de Paraíso Tropical



Wagner Moura é um dos atores mais proeminentes da geração atual e encontrou no ótimo texto de Gilberto Braga a chance ideal para brilhar ainda mais. Sua atuação histriônica conquistou o público e a crítica, fazendo do vilão Olavo um dos mais amados pelos telespectadores. Entre suas maldades, tentou de todas as formas manchar a reputação do bom-moço Daniel (Fábio Assunção) para conquistar seu cargo no Grupo Cavalcanti. Além das tramoias contra o mocinho da trama, Olavo é lembrado pelo tórrido romance com Bebel (Camila Pitanga), uma prostituta cheia de "catiguria". A química entre os dois era tanta que o casal se destacou mais que os insossos protagonistas.

02º lugar: Barão de Montserrat de Direito de Amar



Poderoso banqueiro no Rio de Janeiro do início do século 20, o Barão de Montserrat controlava tudo e todos por conta de seu poder. Entre as maldades do vilão, estão manter a esposa trancada num quarto de sua mansão para fingir ser viúvo e exigir a jovem Rosália (Gloria Pires) como pagamento de uma dívida. Montserrat é, sem dúvida, o maior papel da carreira de Carlos Vereza e o mais importante dos vilões do autor Walter Negrão, que teve como base a radionovela de Janete Clair, A Noiva das Trevas.

01º lugar: Leôncio de A Escrava Isaura



Os novinhos que acompanharam a versão da Record para o clássico escrito por Bernardo Guimarães podem achar o Leôncio de Leopoldo Pacheco um cara mau. Isso porque muitos não presenciaram a força imagética produzida pela presença de Rubens de Falco em cena. Para ter uma ideia, o simples nome de Falco em uma novela se esperava um personagem carrasco. Rubens de Falco era sinônimo de horror puro. E tudo isso se deve a Leôncio Almeida, na versão escrita por Gilberto Braga. Inescrupuloso e cruel, o fazendeiro era completamente apaixonado pela escrava branca Isaura (Lucélia Santos). Antes de morrer, a mãe de Isaura deixou pra filha uma carta de alforria, mas o vilão escondeu o documento para manter a jovem consigo. Inconformado com a rejeição da doce Isaura, Leôncio atormentou a moça, a obrigando a trabalhar na fazenda e chegou a amarrá-la no tronco. Depois de tantas maldades, ele teve um triste fim: falido e sem o amor de Isaura, se matou. Saiu da vida e entrou para a história como o maior vilão da nossa teledramaturgia de todos os tempos.

Qual o seu vilão masculino favorito? Esqueci de mais algum? Diz aí!


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Novelas que marcaram as crianças de todas as gerações





1968: A Pequena Órfã



A primeira novela diária infantil de grande repercussão foi A Pequena Órfã, de Teixeira Filho, exibida na TV Excelsior entre 1968 e 1969, com a então menina Patrícia Aires como protagonista. O sucesso foi tanto que até as outras emissoras passaram a investir no gênero. Foi quando houve um boom de novelas infantis na TV brasileira, entre o final da década de 1960 e início da década de 1970.



1972: A Patota




Na trama infantil, Neli (Débora Duarte), seu namorado Jorge (Mario Gomes) e o professor Simões (Marco Nanini) unem forças para ajudar as crianças Juliana (Rosana Garcia), Vicente (Fábio Mássimo), Pedro (Córis Júnior) e Tião (José Prata) a realizarem seu grande sonho: fazer uma viagem à África. As crianças moram todas na mesma vila, que mistura pobres e ricos. Enquanto isso, amores e namoricos recheavam a novela.




1983: Chispita




Com o sucesso da novela mexicana Os Ricos Também Choram, o SBT acreditou que novelas estrangeiras pudessem dar certo por aqui e trouxe a infantil Chispita (Lucero), cuja protagonista-título era uma menina encantadora, cheia de vida e alegria. Órfã desde a suposta morte dos pais, vivia num orfanato de freiras, onde todos a amavam muito. Com sua doçura, provou que o amor pode superar qualquer desafio. A trama no Brasil encantou o público e fez um grande sucesso (ainda maior que o da antecessora mexicana), sendo exibida em dois horários e, mais tarde, viria a ser reprisada sete vezes. A última reprise foi em 1992.





1985: A Gata Comeu



A comédia romântica teve uma grande aceitação do público infantil. Além de suas tramas espalhafatosas e de seu humor ingênuo e gostoso, A Gata Comeu tinha o tal clubinho formado pelas crianças Cuca, Adriana, Xande, Sueli, Nanato, Cecéu e Verinha, que incentivou de certa forma a todas as crianças da época a montarem o seu próprio clubinho na vida real.



1991: Carrossel

No início da década de 1990, uma telenovela infantil conseguiu o que poucas produções até hoje já alcançaram: sacudir a supremacia da Toda Poderosa Rede Globo, que precisou mexer em sua programação afim de frear a perda de audiência para o SBT naquela época. Antes de Carrossel, o SBT tinha apenas 6% da audiência contra 54% para o Jornal Nacional, seu concorrente direto no horário. Após a novelinha mexicana entrar no ar, o SBT subiu para a casa dos 27%, enquanto o jornal da concorrente caiu para 41%. O segredo do sucesso de Carrossel não era nenhum segredo. Num horário dominado por atrações oferecidas aos adultos, ela era uma novela para crianças, interpretada por crianças. Carrossel falava de problemas do dia-a-dia do público: do menino que não fez a lição de casa, do pai que não tem dinheiro para comprar uma bola de futebol pro filho, da menina que não consegue se enturmar na classe, do garoto frágil espezinhado pelo grandalhão na hora do recreio...

1991: Vamp






O mundo dos vampiros chegou à telenovela brasileira em 1991, trazendo uma linguagem de história em quadrinhos e muito humor. Essa nova empreitada de Antônio Calmon atingiu em cheio ao público infantil, que acompanhava fascinado a agitada e divertida novela das 7, Vamp.



1996: Luz Clarita








Estrelada pela atriz mirim Daniela Luján, Luz Clairta é um remake de ChispitaE, novamente, uma história tão simples e inocente foi um grande êxito e todos se apaixonaram pela história da órfã que só queria levar felicidade a todos.








1996: Caça Talentos

Num primeiro momento, a novela era exibida logo depois do fim do Angel Mix (que era o programa que a Angélica apresentava quando era apresentadora infantil), mas tempos depois ela começou a ser apresentada dentro do Angel Mix mesmo porque perceberam que a novela dava mais audiência do que o próprio programa. Caça Talentos fez um enorme sucesso entre a criançada da época (junto com Chiquititas) e era muito difícil não encontrar uma criança que não quisesse fazer magia copiando o gesto que a inesquecível fada Bela (Angélica) tinha com os dedos ou que não batesse na testa todas as vezes que falava "Honorável Kelvin".


1997: Chiquititas

Um orfanato, um triângulo amoroso e crianças felizes cantando, dançando e aprontando várias aventuras. Essa foi a fórmula criada em 1995 na Argentina pela produtora Cris Morena e que foi batizada de Chiquititas. Uma fórmula de tão grandioso êxito que, mais tarde, em 1997, viria a ser utilizada pelo SBT na produção da versão brasileira da novela, repetindo o sucesso e revelando grandes estrelas: Fernanda Souza, Bruno Gagliasso, Débora Falabella, entre outros.


2000: O Diário de Daniela


Produzida pela Televisa, veio ao Brasil através do SBT em 2000, para cobrir as férias da telenovela Chiquititas. A novela foi feita sob medida para o mesmo público: o infanto-juvenil. O Diário de Daniela tinha como principal objetivo despertar nas crianças sentimentos e atitudes que iriam ajudá-las a valorizar o ser humano. A importância da amizade, a solidariedade e o respeito ao próximo são alguns dentre os muitos exemplos que foram mostrados através da história de Daniela e seus amigos.

2001: Gotinha de Amor






Para substituir o grande sucesso Chiquititas em 2001, o SBT atacou mais uma vez com um dramalhão mexicano. A novela Gotinha de Amor foi escolhida a dedo pela emissora de Silvio Santos para não perder o público que conseguiu reunir. Assim, Gotinha de Amor tinha uma trama muito parecida com a antecessora, explorando o sofrimento infantil, e, consequentemente, foi um estouro de audiência.







2001: Carinha de Anjo







A historia se desenvolveu entre risos, lágrimas e travessuras. A pequena Dulce Maria, com sua alegria inocente e espontânea, trouxe ternura a todos os que tiveram a sorte de fazer parte da vida dela ou de simplesmente assisti-la.



2002: Cúmplices de um Resgate



Cúmplices de um Resgate foi um grande sucesso protagonizado pela atriz e cantora Belinda. A novela foi exibida no horário nobre, em 2002, e nas tardes do SBT, em 2006. Na história, Belinda interpretava as gêmeas Mariana e Silvana, que não se conheciam e viviam em mundos opostos. Vale destacar que um ponto baixo da novela foi a substituição de Belinda pela atriz Daniela Luján.



2002: O Beijo do Vampiro




Antônio Calmon trouxe de volta vampiros como tema principal e, novamente, obteve uma ótima aceitação do público infantil. A abertura em desenho animado já era uma premissa de que público, principalmente, a novela pretendia atingir. Calmon trouxe de volta o bom humor de Vamp, os personagens caricatos e vampiros mirins



2005: Floribella


A Band foi até a Argentina atrás de um formato que fez sucesso na América Latina e na Europa. A versão brasileira de Floribella chegou a marcar oito pontos de audiência na Band. Para uma emissora que, antes da novelinha, não conseguia chegar nem a um ponto de audiência, é claro que foi um fenômeno, não é mesmo? Tanto é que a Band providenciou até uma segunda temporada de Floribella.


2005: Rebelde


Era difícil prever a repercussão da novela aqui no Brasil. Os índices de audiência (pelo menos, no começo) foram elevadíssimos e a vinda da banda RBD (formada pelos atores) quase destruiu o estacionamento de um shopping pelo excesso de fãs. Infelizmente, saiu até morte no meio dessa confusão toda. Rebelde (a versão mexicana) foi um fenômeno mundial. O número de produtos vendidos aqui no nosso país também surpreendeu: CDs, DVDs, revistas, livros… ufa!

2012: Cheias de Charme

Cheias de Charme não foi uma novela infantil (nem crianças tinha), mas, mesmo assim, conseguiu atingir em cheio as crianças (não só elas, mas o público em geral). Não tinha como não se divertir com essa trama tão bem costurada, alto astral, colorida e que nos remetia às deliciosas comédias das sete dos anos 80. Uma vilã de história em quadrinhos, divertida, exagerada e que sempre se dava mal em suas vilanias para acabar com um trio musical, As Empreguetes, cujas músicas vieram a se tornar uma febre tanto na ficção quanto na realidade. Com certeza, as crianças da nova geração foram marcadas por Cheias de Charme e devem viver cantando o "Vida de Empreguete".

2012: Carrossel

Remake da versão mexicana, mais uma vez a Professora Helena e sua turma do terceiro ano agradaram o público. Carrossel tornou-se um verdadeiro fenômeno de audiência para os padrões do SBT. Sua alta repercussão refletia a carência das crianças de programação infantil no horário nobre da TV aberta brasileira. A novela conseguiu atrair um público que estava nos canais pagos ou até mesmo longe da televisão. O SBT não teve dúvida e, após o êxito de Carrossel, continuou investindo em remakes de tramas infantis de sucesso, com a volta de Chiquititas e Cúmplices de um Resgate.



Faltou mais alguma na lista? Qual dessas é a sua favorita? Diz aí nos comentários!

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