Não perca nenhum dos nossos posts

Mostrando postagens com marcador chiquititas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador chiquititas. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O Pior da Dramaturgia em 2015



E os 10 pontos negativos das novelas, séries, seriados ou minisséries de 2015 foram...

10º lugar: Tapas & Beijos

Após quatro anos no ar, Tapas & Beijos saiu do ar em setembro completamente desgastado, sem fôlego e perdendo sua identidade inicial. A história apresentou sinais claros de cansaço. As brigas, as trapalhadas que todos os personagens se envolviam, as idas e voltas amorosas entre os casais, enfim, tudo caiu na repetição. O que foi uma pena para uma série tão boa que teria deixado boas lembranças para os telespectadores se tivesse parado a dois anos atrás. Infelizmente, Tapas & Beijos chegou ao fim provando que já deu o que tinha que dar e deixando um gostinho de "já foi tarde".

09º lugar: Chiquititas

Chiquititas começou em julho de 2013 e só terminou em agosto de 2015, após 545 capítulos. Foram mais de dois anos no ar. Uma longa e exagerada duração que fez um grande mal para a história, que se arrastou e enrolou por vários meses. O SBT conseguiu estragar com esse remake da clássica versão brasileira de 1997. O texto de Chiquititas foi muito ruim de um modo geral. Os diálogos eram rápidos, sem profundidade até mesmo para questões cruciais da história. O elenco infantil era bastante irregular e os cenários bem mal feitos. Até meu irmão de oito anos sentia vergonha alheia quando via isso! E ainda teve um final doloroso, absolutamente sem graça. Parecia que o seu último capítulo foi produzido apenas para cumprir tabela. #CarrosselRainhaChiquititasNadinha

08º lugar: Chapa Quente

Nem mesmo dois dos melhores comediantes do Brasil (Ingrid Guimarães e Leandro Hassum), responsáveis pelos maiores sucessos de humor do cinema nacional dos últimos tempos, conseguiram salvar o péssimo roteiro de Chapa Quente. Com piadas sem graças e óbvias demais, os conflitos dos personagens eram desinteressantes e não provocavam empatia. Aquelas pessoas que protagonizam a trama pareciam cópias de outros tipos já vistos anteriormente em vários outros seriados e novelas. Sem falar que a grande maioria pecava pelo excesso de gritaria que chegava a dar dor nos ouvidos. Entretanto, por incrível que pareça, Chapa Quente rendeu bons índices de audiência para a Globo e ganhará uma segunda temporada em abril desse ano. Vamos ver se melhora, né?

07º lugar: Reta final de Império

Império começou muito bem, com pinta de uma nova Avenida Brasil, mas logo ganhou uma gigantesca barriga e só não naufragou graças ao tesão do Comendador (Alexandre Nero) e seus arranca-rabos com Maria Marta (Lilia Cabral) e às caras e bocas de Téo Pereira (Paulo Betti). Por volta do capítulo 100, Império quase morreu juntamente com o Comendador. Na reta final, como se tivesse um raio, o autor Aguinaldo Silva a despertou. Mas foi só botar os pés em 2015 que Império descambou de vez para o ridículo quando o Comendador tomou veneno e ressuscitou dentro do túmulo (??) e quando Cora foi para o spa como Drica Moraes e voltou como Marjorie Estiano após tomar um milagroso xixi de jacaré (???). E a história de José Pedro (Caio Blat) ser o misterioso Fabrício Melgaço foi a trama mais difícil de engolir dos últimos anos, ainda mais numa novela que parecia realista. Okay, ele tinha seus motivos, afinal, era constantemente esculhambado pelo pai. Mas isso era suficiente para odiar tanto o pai a ponto de preparar uma série de atentados contra ele e o matar no derradeiro capítulo? Por que José Pedro não se revelou esse vilão implacável antes? Por que não arrasou com José Alfredo e seu império quando o homem de preto vivia nas sombras, fingindo-se de morto? A combinação de fantasia com dramaturgia policial abusou da boa fé do telespectador. Se Aguinaldo Silva queria que um filho matasse o pai, deveria ter contado melhor essa história desde o início. Ele até foi ousado ao matar o protagonista pelas mãos do próprio filho, mas o surpreendente desfecho de Império e toda a sua reta final (de janeiro até março) não teve nexo com o restante da obra apresentada em 2014.

06º lugar: Reta final de Boogie Oogie e o Segredo da Carlota

Aconteceu o que tanto se temia: Boogie Oogie terminou sem conseguir manter o pique inicial. A trama de Rui Vilhena deixou uma ótima impressão em 2014 e começou causando alvoroço pelo ritmo dinâmico com o que o autor imprimia os acontecimentos. A cada semana, a novela dava uma guinada e virava de pernas pro ar. Rui conseguiu manter esse ritmo nos quatro primeiros meses. Vieram as festas de fim de ano e a história deu uma desacelerada. Voltou com força em janeiro, mas logo perdeu o dinamismo e se arrastou agonizando até o seu fim, em março, não lembrando em nada a novela ágil de antes. Era Segredo de Carlota pra cá, Segredo de Carlota pra lá... Tudo o que sobrou da história era descobrir o Segredo de Carlota, a megera interpretada (brilhantemente!) por Giulia Gam. Poucas foram as tramas paralelas que ainda interessavam ou que não citavam o Segredo de Carlota em suas falas. Em todos os núcleos, do mais importante ao mais desnecessário, não se falava em outra coisa: todo mundo queria descobrir o Segredo da Carlota e vivia em função disso. Pra culminar, o tal mistério era uma tremenda bobagem, com direito até a Carmen Miranda envolvida. Decepcionante!

05º lugar: Núcleos paralelos e cômicos de A Regra do Jogo

As tramas centrais sempre foram o forte de João Emanuel Carneiro. Já as paralelas, sempre foram um problema mesmo nas novelas de grande sucesso do autor. Com A Regra do Jogo, não é diferente. Mas dessa vez ele errou rude, pois TODAS as tramas paralelas são de uma irrelevância e uma falta de graça gritante. O Morro da Macaca está para A Regra do Jogo como a Turquia estava para Salve Jorge. É claro que não daria para colocar no morro só personagens chaves. Os coadjuvantes também fazem parte. Mas poderiam ser em menor quantidade e ter alguma graça. Merlô e suas duas namoradas são de uma chatice tremenda. O quadrilátero amoroso Rui-Indira-Tina-Oziel são totalmente deslocados e sem graça nenhuma. Por falar em falta de graça, temos o núcleo do Feliciano. É um suplício aquele monte de personagens chatos em tão pouco espaço físico. A Regra do Jogo não é de todo mal, mas são as suas tramas paralelas que estragam todo o bom trabalho da trama central. Seria de bom grado que a facção jogasse uma bomba no Morro da Macaca e mandasse aquilo tudo para os ares, né?

04º lugar: Os Dez "Enrolamentos"

Nada mais natural do que esticar um produto que traz retorno financeiro e prestígio para prolongar o sucesso. Foi exatamente isso o que a Record fez com Os Dez Mandamentos, mas exagerou na dose. Em sua fase de maior sucesso e repercussão, a emissora esticou ao máximo as dez pragas do Egito para que a novela ficasse mais tempo no ar. Para se ter uma ideia, a primeira praga começou em agosto e só terminou em novembro. Aja enrolação, né?! Na cena da abertura do Mar Vermelho, por exemplo, a demora para mostrar as águas se dividindo e a caminhada do povo hebreu foi tamanha que daria tempo de abrir um oceano inteiro. A Record apelou para várias mecanismos, em uma clara tentativa de enrolar o público de casa: com cenas arrastadas, criando diálogos desnecessariamente longos, explorando ao máximo as despedidas entre os personagens quando alguém estava prestes a morrer, mostrando os personagens derramando um oceano de lágrimas uns sobre os outros, dedicando longos minutos exibindo flashbacks, abusando do 'slow motion' (câmera lenta), exibindo caminhadas longas de um lugar para outro, colocando mais de dez minutos dedicados a "cenas do capítulo anterior e do capítulo de amanhã"... Na boa, precisava de tanta enrolação? E ainda terminou em aberto para que a Record pudesse fazer uma continuação e um filme. Os Dez Mandamentos foi uma boa novela, mas tais esticamentos a tornaram um suplício.

03º lugar: I Love Paraisópolis

Quando entrou no ar, em maio de 2015, I Love despontava como uma trama promissora. Passados seis meses, o estouro de I Love ficou só na promessa. Os dilemas amorosos do quadrilátero Grego (Caio Castro), Mari (Bruna Marquezine), Ben (Maurício Destri) e Margot (Maria Casadevall) não se mostrou forte o bastante para sustentar a novela. Os autores se perderam em sua própria história, optando por saídas esdrúxulas e pela mudança radical na condução do roteiro. A novela virou um festival de cenas absurdas que acabaram se tornando toscas. Salva-se apenas a rica galeria de coadjuvantes, que carregaram a novela inteira nas costas. A audiência foi ótima, mas é como eu sempre digo: audiência nem sempre implica em qualidade. I Love é a prova viva disso.

02º lugar: Seu Lugar no Mundo

Sem a menor dúvida, a Seu Lugar no Mundo já pode ser considerada uma das piores temporadas da Malhação de todos os tempos. O seu enredo inicial era bem empolgante: a rivalidade entre dois colégios. Mas o autor preferiu dar mais destaque para outras tramas desinteressantes e a rivalidade entre os colégios acabou sendo ofuscada na novelinha teen. Mesmo optando em mostrar tramas mais verossímeis e se aproximar da realidade do jovem brasileiro, os personagens são rasos e sem um pingo de carisma, com o agravante de que as atuações do elenco jovem, de um modo geral, são bem medianas. Isso sem falar nos temas sociais, quase todos abordados de forma didática e desastrosa. Seu Lugar no Mundo é insuportável e o melhor que a Globo tinha que fazer era dar um impeachment nessa temporada e botar uma reprise da Malhação Sonhos (ou da temporada da Vagabanda) para assumi-la!

01º lugar: Babilônia

O maior fracasso do ano. O maior fracasso da história do horário nobre global. A pior novela do ano. A pior novela das nove de todos os tempos. A grande "estraga-prazer" no aniversário dos 50 anos da Rede Globo. Essa é Babilônia! Ao contrário de I Love Paraisópolis (uma trama muito ruim com uma audiência muito boa), a audiência de Babilônia fez jus ao que ela foi: uma novela pavorosa! A trama começou de forma eletrizante, com a explosão de um duelo de vilãs, Beatriz (Gloria Pires) e Inês (Adriana Esteves), que prometia ser histórico. Mas, do segundo capítulo em diante, a trama desandou. A mocinha Regina (Camila Pitanga), para quem, teoricamente, o público deveria torcer, acabou se revelando uma chata profissional e as vilãs, que se odiavam e prometiam grandes conflitos, passaram a viver num joguinho massante e repetitivo de gato e rato. A audiência despencou. Tudo bem que houve toda aquela campanha anti-Babilônia pelos telespectadores mais conservadores em virtude do beijo gay entre as personagens de Fernanda Montenegro e Nathália Timberg. Mas as falhas no roteiro começaram a ficar expostas rapidamente e o enredo da novela se revelou fraco e com poucos perfis atrativos.  Apedrejados por todos os lados, os autores se mobilizaram para tentar consertar a novela e torná-la "mais leve". E foi aí que Babilônia piorou de vez e se tornou um trambolho ruim demais. Todas as mudanças que começaram a ser feitas, para iniciar uma operação de salvamento, deixaram a produção ainda mais equivocada. Babilônia virou uma verdadeira colcha de retalhos muito mal remendada. O que estava ruim, ficou ainda pior! Definitivamente, é uma novela para ser esquecida para sempre!


Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Novelas que marcaram as crianças de todas as gerações





1968: A Pequena Órfã



A primeira novela diária infantil de grande repercussão foi A Pequena Órfã, de Teixeira Filho, exibida na TV Excelsior entre 1968 e 1969, com a então menina Patrícia Aires como protagonista. O sucesso foi tanto que até as outras emissoras passaram a investir no gênero. Foi quando houve um boom de novelas infantis na TV brasileira, entre o final da década de 1960 e início da década de 1970.



1972: A Patota




Na trama infantil, Neli (Débora Duarte), seu namorado Jorge (Mario Gomes) e o professor Simões (Marco Nanini) unem forças para ajudar as crianças Juliana (Rosana Garcia), Vicente (Fábio Mássimo), Pedro (Córis Júnior) e Tião (José Prata) a realizarem seu grande sonho: fazer uma viagem à África. As crianças moram todas na mesma vila, que mistura pobres e ricos. Enquanto isso, amores e namoricos recheavam a novela.




1983: Chispita




Com o sucesso da novela mexicana Os Ricos Também Choram, o SBT acreditou que novelas estrangeiras pudessem dar certo por aqui e trouxe a infantil Chispita (Lucero), cuja protagonista-título era uma menina encantadora, cheia de vida e alegria. Órfã desde a suposta morte dos pais, vivia num orfanato de freiras, onde todos a amavam muito. Com sua doçura, provou que o amor pode superar qualquer desafio. A trama no Brasil encantou o público e fez um grande sucesso (ainda maior que o da antecessora mexicana), sendo exibida em dois horários e, mais tarde, viria a ser reprisada sete vezes. A última reprise foi em 1992.





1985: A Gata Comeu



A comédia romântica teve uma grande aceitação do público infantil. Além de suas tramas espalhafatosas e de seu humor ingênuo e gostoso, A Gata Comeu tinha o tal clubinho formado pelas crianças Cuca, Adriana, Xande, Sueli, Nanato, Cecéu e Verinha, que incentivou de certa forma a todas as crianças da época a montarem o seu próprio clubinho na vida real.



1991: Carrossel

No início da década de 1990, uma telenovela infantil conseguiu o que poucas produções até hoje já alcançaram: sacudir a supremacia da Toda Poderosa Rede Globo, que precisou mexer em sua programação afim de frear a perda de audiência para o SBT naquela época. Antes de Carrossel, o SBT tinha apenas 6% da audiência contra 54% para o Jornal Nacional, seu concorrente direto no horário. Após a novelinha mexicana entrar no ar, o SBT subiu para a casa dos 27%, enquanto o jornal da concorrente caiu para 41%. O segredo do sucesso de Carrossel não era nenhum segredo. Num horário dominado por atrações oferecidas aos adultos, ela era uma novela para crianças, interpretada por crianças. Carrossel falava de problemas do dia-a-dia do público: do menino que não fez a lição de casa, do pai que não tem dinheiro para comprar uma bola de futebol pro filho, da menina que não consegue se enturmar na classe, do garoto frágil espezinhado pelo grandalhão na hora do recreio...

1991: Vamp






O mundo dos vampiros chegou à telenovela brasileira em 1991, trazendo uma linguagem de história em quadrinhos e muito humor. Essa nova empreitada de Antônio Calmon atingiu em cheio ao público infantil, que acompanhava fascinado a agitada e divertida novela das 7, Vamp.



1996: Luz Clarita








Estrelada pela atriz mirim Daniela Luján, Luz Clairta é um remake de ChispitaE, novamente, uma história tão simples e inocente foi um grande êxito e todos se apaixonaram pela história da órfã que só queria levar felicidade a todos.








1996: Caça Talentos

Num primeiro momento, a novela era exibida logo depois do fim do Angel Mix (que era o programa que a Angélica apresentava quando era apresentadora infantil), mas tempos depois ela começou a ser apresentada dentro do Angel Mix mesmo porque perceberam que a novela dava mais audiência do que o próprio programa. Caça Talentos fez um enorme sucesso entre a criançada da época (junto com Chiquititas) e era muito difícil não encontrar uma criança que não quisesse fazer magia copiando o gesto que a inesquecível fada Bela (Angélica) tinha com os dedos ou que não batesse na testa todas as vezes que falava "Honorável Kelvin".


1997: Chiquititas

Um orfanato, um triângulo amoroso e crianças felizes cantando, dançando e aprontando várias aventuras. Essa foi a fórmula criada em 1995 na Argentina pela produtora Cris Morena e que foi batizada de Chiquititas. Uma fórmula de tão grandioso êxito que, mais tarde, em 1997, viria a ser utilizada pelo SBT na produção da versão brasileira da novela, repetindo o sucesso e revelando grandes estrelas: Fernanda Souza, Bruno Gagliasso, Débora Falabella, entre outros.


2000: O Diário de Daniela


Produzida pela Televisa, veio ao Brasil através do SBT em 2000, para cobrir as férias da telenovela Chiquititas. A novela foi feita sob medida para o mesmo público: o infanto-juvenil. O Diário de Daniela tinha como principal objetivo despertar nas crianças sentimentos e atitudes que iriam ajudá-las a valorizar o ser humano. A importância da amizade, a solidariedade e o respeito ao próximo são alguns dentre os muitos exemplos que foram mostrados através da história de Daniela e seus amigos.

2001: Gotinha de Amor






Para substituir o grande sucesso Chiquititas em 2001, o SBT atacou mais uma vez com um dramalhão mexicano. A novela Gotinha de Amor foi escolhida a dedo pela emissora de Silvio Santos para não perder o público que conseguiu reunir. Assim, Gotinha de Amor tinha uma trama muito parecida com a antecessora, explorando o sofrimento infantil, e, consequentemente, foi um estouro de audiência.







2001: Carinha de Anjo







A historia se desenvolveu entre risos, lágrimas e travessuras. A pequena Dulce Maria, com sua alegria inocente e espontânea, trouxe ternura a todos os que tiveram a sorte de fazer parte da vida dela ou de simplesmente assisti-la.



2002: Cúmplices de um Resgate



Cúmplices de um Resgate foi um grande sucesso protagonizado pela atriz e cantora Belinda. A novela foi exibida no horário nobre, em 2002, e nas tardes do SBT, em 2006. Na história, Belinda interpretava as gêmeas Mariana e Silvana, que não se conheciam e viviam em mundos opostos. Vale destacar que um ponto baixo da novela foi a substituição de Belinda pela atriz Daniela Luján.



2002: O Beijo do Vampiro




Antônio Calmon trouxe de volta vampiros como tema principal e, novamente, obteve uma ótima aceitação do público infantil. A abertura em desenho animado já era uma premissa de que público, principalmente, a novela pretendia atingir. Calmon trouxe de volta o bom humor de Vamp, os personagens caricatos e vampiros mirins



2005: Floribella


A Band foi até a Argentina atrás de um formato que fez sucesso na América Latina e na Europa. A versão brasileira de Floribella chegou a marcar oito pontos de audiência na Band. Para uma emissora que, antes da novelinha, não conseguia chegar nem a um ponto de audiência, é claro que foi um fenômeno, não é mesmo? Tanto é que a Band providenciou até uma segunda temporada de Floribella.


2005: Rebelde


Era difícil prever a repercussão da novela aqui no Brasil. Os índices de audiência (pelo menos, no começo) foram elevadíssimos e a vinda da banda RBD (formada pelos atores) quase destruiu o estacionamento de um shopping pelo excesso de fãs. Infelizmente, saiu até morte no meio dessa confusão toda. Rebelde (a versão mexicana) foi um fenômeno mundial. O número de produtos vendidos aqui no nosso país também surpreendeu: CDs, DVDs, revistas, livros… ufa!

2012: Cheias de Charme

Cheias de Charme não foi uma novela infantil (nem crianças tinha), mas, mesmo assim, conseguiu atingir em cheio as crianças (não só elas, mas o público em geral). Não tinha como não se divertir com essa trama tão bem costurada, alto astral, colorida e que nos remetia às deliciosas comédias das sete dos anos 80. Uma vilã de história em quadrinhos, divertida, exagerada e que sempre se dava mal em suas vilanias para acabar com um trio musical, As Empreguetes, cujas músicas vieram a se tornar uma febre tanto na ficção quanto na realidade. Com certeza, as crianças da nova geração foram marcadas por Cheias de Charme e devem viver cantando o "Vida de Empreguete".

2012: Carrossel

Remake da versão mexicana, mais uma vez a Professora Helena e sua turma do terceiro ano agradaram o público. Carrossel tornou-se um verdadeiro fenômeno de audiência para os padrões do SBT. Sua alta repercussão refletia a carência das crianças de programação infantil no horário nobre da TV aberta brasileira. A novela conseguiu atrair um público que estava nos canais pagos ou até mesmo longe da televisão. O SBT não teve dúvida e, após o êxito de Carrossel, continuou investindo em remakes de tramas infantis de sucesso, com a volta de Chiquititas e Cúmplices de um Resgate.



Faltou mais alguma na lista? Qual dessas é a sua favorita? Diz aí nos comentários!

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Chiquititas chega ao fim com missão de dever cumprido e evidencia melhora nas produções do SBT

Link permanente da imagem incorporada

Após o bem-sucedido remake de Carrossel (que veio a ser um fenômeno instantâneo), o SBT, que não é bobo nem nada, logo providenciou outra novela nos mesmos moldes para manter a alta audiência: o remake de Chiquititas, fenômeno dos anos 90 que estreou há 15 anos na emissora de Silvio Santos, já oriunda da obra original argentina. Dessa vez, sem a força da novela anterior, mas, pelo menos, garantindo a preferência da molecada. Mas já era de se esperar... Foram mais de dois anos no ar! Uma longa e exagerada duraçãoChiquititas começou a ser exibida em 15 de julho de 2013 e só terminou ontem, 14 de agosto de 2015, após 545 capítulos exibidos (tornando-se, então, a segunda telenovela brasileira de maior duração ininterrupta, perdendo apenas para a novela Redenção, da extinta TV Excelsior, que teve 596 capítulos). Só que nesse caso fez um grande mal para a história de Chiquititas, que acabou criando centenas de barrigas (momento em que nada acontece), perdeu o folego inicial e começou a se arrastar e enrolar o público botando milhares de clipes em um só capítulo. Entretanto, tal esticamento só é motivo de festa para o SBT. Principalmente, no quesito comercial, com milhares de CDs, DVDs e produtos vendidosO sucesso também chegou às redes sociais. Seu canal oficial no YouTube teve mais de 628 milhões de visualizações e a página no Facebook superou os 5,4 milhões de seguidores. Apesar da boa audiência, a novela passou a enfrentar a dura concorrência de Os Dez Mandamentos nos últimos cinco meses. O resultado foi a perda da vice-liderança absoluta, o que não aconteceu com Carrossel (que terminou com média de 14 pontos contra 11 de Chiquititas). Mesmo assim, tudo leva a crer que Cúmplices de um Resgate manterá o público utilizando, basicamente, a mesma fórmula.


O clássico sucesso de 1997 que lançou nomes como Bruno Gagliasso, Fernanda Souza, Débora Falabella, entre tantos outros, foi devidamente atualizado. Agora a internet, o mundo dos blogs e as modernidades que já fazem parte do cotidiano dos jovens estiveram presentes e foram incorporados na nova versão. Mas a essência da história foi a mesma: a rotina do orfanato Raio de Luz e os conflitos vividos pelas crianças e adolescentes que moravam naquele casarão e que precisaram enfrentar vários dilemas típicos da idade e alguns dramas tipicamente novelescos.


É fato que Carrossel dá de dez a zero em ChiquititasMas, comparada à trama da Professora Helena (Rosane Mullholand), devo admitir que ela é mais bem acabada, possui cenários mais amplos e mais bonitos, possui clipes musicais mais bem produzidos e uma qualidade da direção superior (apesar de ambas estarem bem longe de serem consideradas algo primoroso). Claro, tem alguns exageros. Os cenários estão maiores, mas o quarto das órfãs e a cozinha possuem um excesso de cores e objetos por toda parte. O saguão do Raio de Luz, contudo, é pequeno demais e a escadaria um pouco exagerada (nem parece um orfanato). O enorme vitral parece nada apropriado e a fachada é um pouco sombria. Um contraste com o que se vê em alguns ambientes internos. Desnecessário mesmo foi colocar até pijamas iguais nas protagonistas.


O texto de Chiquititas é muito ruim de um modo geral. Os diálogos são rápidos, sem profundidade até mesmo para questões cruciais da história, e várias vezes todos falam ao mesmo tempo. O elenco infantil é bastante irregular. Enquanto o elenco de veteranos parece à vontade, as crianças, em seu maioria, são inexpressivas e seguem declamando o texto. Mas é novela infantil e, para criança, isso não importa nem faz a menor diferença. O público-alvo de Chiquititas não quer saber de texto de qualidade, histórias interessantes ou conflitos reais. Por isso, tornou-se um grande sucesso. Entre os bons destaques da novela estão Giovanna Grigio (Mili), uma grata revelação, Manuela do Monte (Carolina), João Acaiabe (Chico), Valéria Sândalo (Glorinha), Sandra Pêra (Valentina), Gabriel Santana (Mosca), Filipe Cavalcanti (Rafa), Giovanna Gold (Carmen), Olívia Araújo (Shirley), que agora está vivendo a Melodia em I Love Paraisópolis, Carla Fiorini (Ernestina/Matilde), Liza Vieira (Sofia), Lisandra Parede (Maria Cecília), Rayssa Chaddad (Bia) e Júlia Gomes (Marian), o grande destaque da novela. Sua vilã mirim deu um banho em muita vilã adulta do horário nobre global cofcofCORAcofcof. Para se ter uma ideia, Marian já tentou matar a Mili duas vezes (a primeira, eletrocutada, e depois do penhasco) e ainda fez a protagonista cair do cavalo e ficar cega, entre outras maldades!!! Isso porque ela é só uma CRIANÇA!!!


Por fim, Chiquititas evidenciou uma melhora nas produções do SBT. A longa jornada dos órfãos do Raio de Luz chega ao fim com missão de dever cumprido por ter entretido, conquistado seu público alvo (o infanto-juvenil) e mantido a audiência da faixa. Resta saber até quando essa fórmula "remake de sucesso infantil do passado com um número prolongado de capítulos" vai funcionar...


Minha nota para Chiquititas: 7


Que nota você dá para Chiquititas?
10 (excelente)
9 (Muito boa)
8 - 7 (boa)
6 - 5 (mediana)
4 - 1 (ruim)
0 (péssima)

sábado, 6 de junho de 2015

Alguns momentos recentes das novelas brasileiras que ~misteriosamente~ não chocaram os defensores da Tradicional e Conservadora Família Brasileira


O capítulo de estreia de Babilônia chegou com tudo enfiando os dois pés no peito do conservadorismo brasileiro colocando duas personagens lésbicas se beijando. E não são só lésbicas, mas são duas senhorinhas muito fofas interpretadas por Fernanda Montenegro e Nathália Timberg. Não tem como odiar, certo? Errado! O nível de chorume na página da Globo no Facebook era quase incalculável. Muita gente mesmo destilou preconceito disfarçado de opinião dizendo que aquilo era uma afronta, uma abominação e se perguntavam o que vai acontecer com as crianças que estavam vendo à novela (e que não deveriam, afinal a classificação etária está aí pra isso). A repercussão foi tão negativa que, devido ao boicote e a baixa audiência, a Globo promoveu trocentas mudanças na trama. Uma delas é que o personagem gay do Marcos Pasquim virou hétero de uma hora pra outra e essas duas senhorinhas citadas anteriormente não podem mais demonstrar nenhum tipo de contato físico, desde um beijo e carícias à um simples aperto de mão.



E eis que recentemente tivemos uma situação bem parecida com o que ocorreu no início de Babilônia. Essa propaganda acima da empresa de cosméticos O Boticário, em que várias pessoas - incluindo casais homossexuais - aparecem presenteando seus respectivos amados, foi alvo de muitas críticas negativas nas redes sociais e pedido de boicote à empresa. Houve até quem escrevesse no site de reclamações ReclameAqui pedindo a retirada da campanha publicitária do ar. Em nota, a companhia afirmou que incentiva "todas as formas de amor, independentemente de idade, raça, gênero ou orientação sexual". Só que nem todos pensam assim. E adivinhem só quem é que está liderando esse boicote? Sim, ele mesmo: Silas Malafaia... Que olha só que coincidência! também liderou o boicote contra Babilônia pedindo que seus fiéis desligassem a TV durante a novela; e agora pede que seus fiéis não comprem nenhum tipo de produto da marca O Boticário:



Essa desnecessária mega polêmica - que dominou entre os assuntos mais buscados pelos brasileiros no Google na semana passada e chegou até a ocupar o primeiríssimo lugar nos Trends Topics Mundiais (assuntos mais comentados do twitter no mundo) - só reafirma o que eu disse aqui no nosso blog a alguns dias atrás de que a TV encaretou de uma forma terrivelmente absurda em nome dessa tal entidade que é a Tradicional e Conservadora Família BrasileiraComo não quero insultar os olhos desses leitores maravilhosos que nos acompanham diariamente na nossa page oficial do Eu Critico Tu Criticasdecidi mostrar algumas coisas que rolaram nas novelas e ~MISTERIOSAMENTE~ todas essas pessoas que demonstraram toda a sua hipocrisia e preconceito disfarçados de indignação coletiva e se incomodaram com um simples beijo lésbico ou um gay dando um presente para o seu amado no Dias dos Namorados não falaram um só piu:



A ~família brasileira~ não se chocou com I Love Paraisópolis quando Soraya tentou matar Margot, que estava em coma no hospital, tapando o fluxo de ar no tubo de respiração que mantinha a moça viva em pleno horário das sete... Das sete, pessoal!!!


Tampouco se importou quando o Comendador foi assassinado pelo próprio filho com um tiro nas costas no último capítulo de Império.


Essa entidade que é a ~família brasileira~ não achou uma abominação quando a Patrícia e o Michel se pegavam e faziam sexo selvagem em todo santo não tão santo assim capítulo de Amor A Vida nos mais diferentes locais: no elevador, pelos consultórios do hospital, no estacionamento, em provador de loja de roupa...


Também ninguém pensou nas crianças assistindo novela de noite e o quanto elas poderiam serem influenciadas quando a Marian, que é uma criança, tentou MATAR a Mili três vezes!!! Isso porque Chiquititas é uma novela infantil, hein...


A ~família brasileira~ deve ter achado super normal um homem casado com três mulheres, afinal de contas, bigamia no nosso país não é crime mesmo e o Cadinho nunca foi preso por ser bígamo em Avenida Brasil, não é mesmo?


Muito menos se chocou quando, em pleno horário da sete hora que todo mundo tá jantando, Marcos agrediu a esposa grávida e ameaçou estuprá-la em Alto Astral.


Mas, em compensação, a ~família brasileira~ achou abominável que duas senhorinhas se beijem e demonstrem todo o seu amor e carinho...


...Ou que duas pessoas do mesmo sexo que se amam se presenteiem!



Minha resposta ao Silas Malafaia:


domingo, 31 de maio de 2015

Duelo de novelas: Carrossel x Chiquititas


Chegou a hora da maior batalha de todos os tempos com dois grandes sucessos infantiafinal, é só isso que a emissora do Tio Silvio sabe fazer do SBT. De um lado, temos as confusões das crianças do terceiro ano da Escola Mundial em Carrossel. Do outro, as confusões das crianças do orfanato Raio de Luz em Chiquititas. Para decidirmos qual das duas é a melhor novela infantil, se liga no nosso duelo de novelas que será decidido em diversas categorias. Que vença a melhor!!!




Todo grupo de crianças tem um destaque que funciona como líder. Em Carrossel, a mandante era Valéria (Maysa) só porque a apresentadora, atriz e cantora é a favorita do dono da emissora, mas não conta isso pra ninguém, tá?. Ela ditava as ordens comportamentais na Escola Mundial, decidia quem devia ser excluído do círculo de amizades e era, na maioria das vezes, a "cabeça" por trás das artimanhas das crianças. Já Mili (Giovanna Grigio) é a representante das crianças órfãs de Chiquititas. Ela conta histórias para as meninas com o intuito de ensinar lições de moral, canta, dança e blá blá blá e conseguiu se curar de uma cegueira adquirida após cair de um cavalo (?) graças a um beijo (??) apaixonado do grande amor (???), tornando Mili uma versão feminina de um messias religioso. Por ser cagadora de regras demais e por transcender o nosso conhecimento de mundo, Mili leva só um coraçãozinho, enquanto Valéria leva três porque era mais divertida e porque alegrava as minhas noites de domingo aprontando todas com o Silvio Santos. Então fica assim:


Em Carrossel, a vilã mirim era Maria Joaquina (Larissa Manoela que só tem 14 anos, mas tem uma vida sentimental mais resolvida e agitada do que a minha), a garota esnobe e preconceituosa. Do alto de seu ego superior, Maria Joaquina humilhava Cirilo (Jean Paulo) como quem troca de roupa e todos os outros personagens dos núcleos desfavorecidos monetariamente. Se fosse mais crescidinha e participasse do BBB, seria eliminada logo na primeira semana, isso sem nem ao menos ser indicada ao paredão. Mas nada se compara ao demônio que é Marian (Júlia Gomes) em Chiquititas. Gente, ela tentou matar a Mili TRÊS VEZES mas infelizmente não conseguiu!!! Sua primeira tentativa de assassinato foi armar todo um plano para que ela morresse eletrocutada no chafariz do orfanato; Depois, tentou empurrá-la de um penhasco; Pra terminar, foi ela a responsável por Mili ter ficado cega, já que esta caiu do cavalo porque Marian afrouxou a cela. Com um currículo desses, Marian é melhor que muita vilã de novela das nove... Fica assim: Marian leva cinco coraçõezinhos enquanto Maria Joaquina só leva quatro por ter ficado boazinha ao longo da trama e eu detesto quando uma vilã maravilhosa e incrível se regenera no final... Né, Carminha?.
Agora vamos analisar as mentoras das crianças. Em Carrossel, tinha a doce Professora Helena (Rosanne Mulholland que de doce não tem nada e se tiver mais de 18 anos é só ver um filme que ela fez peladinha fazendo sexo selvagem clicando bem aqui). Já em Chiquititas temos a Carol (Manuela do Monte), que... Ehr... Olha, nada contra, Carol, mas eu adoraria ter a Helena como professora porque seria muito divertido trollar ela e fazer ela de boboca o tempo todo era muito amiga e companheira dos alunos. Por isso, Helena leva um coraçãozinho a mais que Carol.
Toda novela infantil precisa também de uma chata especializada em descontar as frustrações da vida tratando as crianças com severidade. O papel em Carrossel era de Olívia (Noemi Gerbelli), a diretora com cara de sapo e constantemente abanada por um leque roubado do closet da Nanny People.da Escola Mundial que detestava Helena. A outra grande pedra no sapato era Suzana (Lívia Andrade que só integrou o elenco da novela porque é a queridinha do Silvio Santos, depois da Maysa, é claro!), a professora substituta que queria roubar o boy da Helena. Mas a Olívia tava mais pra velha rabujenta do que pra vilã e a atuação da Lívia Andrade era tão caricata e superficial que chegava a ser risível as suas expressões tentando ser má. Já em Chiquititas temos a Carmen (Giovanna Gold) e a Matilde (Carla Fiorini), que aprontam tantos crimes e maldades que as vezes nem parece que é uma novela infantil. Portanto, as vilãs adultas de Chiquititas vão levar três coraçõezinhos, enquanto eu vou dar apenas um coraçãozinho pra Suzana só porque sou generoso e porque adoro a Lívia Andrade zoando com o Silvio Santos no Jogo dos Pontinhos.
Além de serem novelas infantis, Carrossel e Chiquititas também são novelas musicais, com várias músicas de sucessos e outras nem tão sucesso assim. que fazem os olhos do Silvio Santos brilhar com o tanto de CDs e DVDs que vendem bastante. Mas nem vou me prolongar muito porque esse quesito é fácil de decidir por um simples motivo: quem é "Beijo, Beijinho, Beijão" no cenário musical brasileiro quando temos "CORAÇÃO COM BURAQUINHOS" escrita em caps lock por causa da imensa contribuição cultural à música infantil brasileira? Chiquititas leva só três estrelinhas porque, mesmo que a música seja um clássico, estragaram com o clipe musical nessa nova versão.
É fato que as novelas infantis têm o poder de incentivar as crianças. Se a Maria Joaquina aparecesse na tela do SBT e ordenasse a todas as crianças do Brasil a comer espinafre porque é a coisa mais legal do mundo, íamos ter uma falência coletiva de todas as redes de Fast Foods porque as crianças seriam influenciadas pela menina. Carrossel vendeu a ideia de ser muito legal ser aluno de uma escola, algo muito bom para o desenvolvimento do país, além de mostrar os dramas de uma criança. Contudo, Chiquititas vende a glamourização dos órfãos. Minha afilhada mesmo acha muito legal aquela vida colorida cheia de danças e cantorias que a gente sabe muito bem que não é assim na vida real, sem reparar que se tratam de crianças abandonadas pelos pais biológicos à espera de uma nova chance de ser feliz. E Chiquititas não faz o menor sentido, porque os vizinhos do orfanato também abandonam os pais só para morar naquele orfanato como se aquele lugar fosse uma casa feita de doces. Por vender uma ideia deturpada da vida, enquanto Carrossel emocionou mais e abordou perfeitamente o preconceito, a diferença social e o bullying infantil gente, eu chorei muito quando a vaca da Maria Joaquina amassou as flores que o Cirilo lhe deu na cara dele e jogou no chão, Chiquititas vai levar dois coraçõezinhos a menos que a rival.
Vamos para os números de audiência: Carrossel teve média geral de 12.36 pontos, enquanto Chiquititas, até o momento, tem média geral de 10.92. Ou seja: houve uma queda de 1,44 pontos (não chega a ser uma queda tão grande assim, mas caiu). Ok, Chiquititas ainda tem mais uns 50 capítulos pela frente, então pode ser que ela de uma guinada e cresça nessa reta final - o que acho muito difícil, pois agora ela tem duas grandes concorrentes no horário que estão roubando pontos preciosos da trama das órfãs: Mil e Uma Noites, na Band, e Os Dez Mandamentos, na Record (concorrência essa que não tinha na época de Carrossel, diga-se de passagem). Só que a trama da Professora Helena é tão fodástica que está sendo reprisada atualmente pelo SBT e tá dando mais audiência que na sua versão original Babilônia está desmaiada! e mais até que Chiquititas!!! Sendo assim, tem nem o que pestanejar, pessoal: toma mais um coraçãozinho, Carrossel! Em contrapartida, o faturamento de Chiquititas foi 20% maior que a rival, ultrapassando a marca de 200 milhões de reais e mais de 300 produtos licenciados vendidos Silvio Santos nunca vai ficar pobre!!!
E agora chegamos a última categoria do nosso duelo. Caso não saibam, a autora que escreveu Carrossel é a mesma autora que está escrevendo Chiquititas: Íris Abravanel a esposa do Silvio Santos. Olha o nepotismo de novo aí geeente!. Quando Carrossel estreou, ninguém da emissora esperava que a novelinha fosse se tornar um fenômeno (o que explica o fato do faturamento de Chiquititas ser maior que o de Carrossel, já que eles tiveram mais tempo para já vender produtos antes mesmo da trama das órfãs estrear). Com os índices e o faturamento lá no topo, é claro que Silvio Santos, que não é bobo nem nada, mandou esticar a trama até não poder mais, o que provocou uma imensa barriga na metade para o final. Ao todo, Carrossel teve 310 capítulos. Mas nada se compara ao lenga-lenga que tá sendo Chiquititas. Já tem um bom tempo que a trama, em um todo, não evolui. Silvio Santos mandou esticá-la tanto, mais tanto, mais tanto, que já está no ar a mais de DOIS ANOS!!! Está prestes a roubar o título de Redenção, da extinta TV Excelsior, e se tornar a novela interrupta mais longa de toda a teledramaturgia brasileira. Por estar enrolado mais, Chiquititas perderá cinco coraçõezinhos, enquanto Carrossel perderá quatro:

Resultado final: Carrossel 20 x Chiquititas 18

Parabéns, Carrossel! Você venceu nosso duelo e é melhor que Chiquititas!!!

Poderá gostar também de

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...