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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O Pior da Dramaturgia em 2015



E os 10 pontos negativos das novelas, séries, seriados ou minisséries de 2015 foram...

10º lugar: Tapas & Beijos

Após quatro anos no ar, Tapas & Beijos saiu do ar em setembro completamente desgastado, sem fôlego e perdendo sua identidade inicial. A história apresentou sinais claros de cansaço. As brigas, as trapalhadas que todos os personagens se envolviam, as idas e voltas amorosas entre os casais, enfim, tudo caiu na repetição. O que foi uma pena para uma série tão boa que teria deixado boas lembranças para os telespectadores se tivesse parado a dois anos atrás. Infelizmente, Tapas & Beijos chegou ao fim provando que já deu o que tinha que dar e deixando um gostinho de "já foi tarde".

09º lugar: Chiquititas

Chiquititas começou em julho de 2013 e só terminou em agosto de 2015, após 545 capítulos. Foram mais de dois anos no ar. Uma longa e exagerada duração que fez um grande mal para a história, que se arrastou e enrolou por vários meses. O SBT conseguiu estragar com esse remake da clássica versão brasileira de 1997. O texto de Chiquititas foi muito ruim de um modo geral. Os diálogos eram rápidos, sem profundidade até mesmo para questões cruciais da história. O elenco infantil era bastante irregular e os cenários bem mal feitos. Até meu irmão de oito anos sentia vergonha alheia quando via isso! E ainda teve um final doloroso, absolutamente sem graça. Parecia que o seu último capítulo foi produzido apenas para cumprir tabela. #CarrosselRainhaChiquititasNadinha

08º lugar: Chapa Quente

Nem mesmo dois dos melhores comediantes do Brasil (Ingrid Guimarães e Leandro Hassum), responsáveis pelos maiores sucessos de humor do cinema nacional dos últimos tempos, conseguiram salvar o péssimo roteiro de Chapa Quente. Com piadas sem graças e óbvias demais, os conflitos dos personagens eram desinteressantes e não provocavam empatia. Aquelas pessoas que protagonizam a trama pareciam cópias de outros tipos já vistos anteriormente em vários outros seriados e novelas. Sem falar que a grande maioria pecava pelo excesso de gritaria que chegava a dar dor nos ouvidos. Entretanto, por incrível que pareça, Chapa Quente rendeu bons índices de audiência para a Globo e ganhará uma segunda temporada em abril desse ano. Vamos ver se melhora, né?

07º lugar: Reta final de Império

Império começou muito bem, com pinta de uma nova Avenida Brasil, mas logo ganhou uma gigantesca barriga e só não naufragou graças ao tesão do Comendador (Alexandre Nero) e seus arranca-rabos com Maria Marta (Lilia Cabral) e às caras e bocas de Téo Pereira (Paulo Betti). Por volta do capítulo 100, Império quase morreu juntamente com o Comendador. Na reta final, como se tivesse um raio, o autor Aguinaldo Silva a despertou. Mas foi só botar os pés em 2015 que Império descambou de vez para o ridículo quando o Comendador tomou veneno e ressuscitou dentro do túmulo (??) e quando Cora foi para o spa como Drica Moraes e voltou como Marjorie Estiano após tomar um milagroso xixi de jacaré (???). E a história de José Pedro (Caio Blat) ser o misterioso Fabrício Melgaço foi a trama mais difícil de engolir dos últimos anos, ainda mais numa novela que parecia realista. Okay, ele tinha seus motivos, afinal, era constantemente esculhambado pelo pai. Mas isso era suficiente para odiar tanto o pai a ponto de preparar uma série de atentados contra ele e o matar no derradeiro capítulo? Por que José Pedro não se revelou esse vilão implacável antes? Por que não arrasou com José Alfredo e seu império quando o homem de preto vivia nas sombras, fingindo-se de morto? A combinação de fantasia com dramaturgia policial abusou da boa fé do telespectador. Se Aguinaldo Silva queria que um filho matasse o pai, deveria ter contado melhor essa história desde o início. Ele até foi ousado ao matar o protagonista pelas mãos do próprio filho, mas o surpreendente desfecho de Império e toda a sua reta final (de janeiro até março) não teve nexo com o restante da obra apresentada em 2014.

06º lugar: Reta final de Boogie Oogie e o Segredo da Carlota

Aconteceu o que tanto se temia: Boogie Oogie terminou sem conseguir manter o pique inicial. A trama de Rui Vilhena deixou uma ótima impressão em 2014 e começou causando alvoroço pelo ritmo dinâmico com o que o autor imprimia os acontecimentos. A cada semana, a novela dava uma guinada e virava de pernas pro ar. Rui conseguiu manter esse ritmo nos quatro primeiros meses. Vieram as festas de fim de ano e a história deu uma desacelerada. Voltou com força em janeiro, mas logo perdeu o dinamismo e se arrastou agonizando até o seu fim, em março, não lembrando em nada a novela ágil de antes. Era Segredo de Carlota pra cá, Segredo de Carlota pra lá... Tudo o que sobrou da história era descobrir o Segredo de Carlota, a megera interpretada (brilhantemente!) por Giulia Gam. Poucas foram as tramas paralelas que ainda interessavam ou que não citavam o Segredo de Carlota em suas falas. Em todos os núcleos, do mais importante ao mais desnecessário, não se falava em outra coisa: todo mundo queria descobrir o Segredo da Carlota e vivia em função disso. Pra culminar, o tal mistério era uma tremenda bobagem, com direito até a Carmen Miranda envolvida. Decepcionante!

05º lugar: Núcleos paralelos e cômicos de A Regra do Jogo

As tramas centrais sempre foram o forte de João Emanuel Carneiro. Já as paralelas, sempre foram um problema mesmo nas novelas de grande sucesso do autor. Com A Regra do Jogo, não é diferente. Mas dessa vez ele errou rude, pois TODAS as tramas paralelas são de uma irrelevância e uma falta de graça gritante. O Morro da Macaca está para A Regra do Jogo como a Turquia estava para Salve Jorge. É claro que não daria para colocar no morro só personagens chaves. Os coadjuvantes também fazem parte. Mas poderiam ser em menor quantidade e ter alguma graça. Merlô e suas duas namoradas são de uma chatice tremenda. O quadrilátero amoroso Rui-Indira-Tina-Oziel são totalmente deslocados e sem graça nenhuma. Por falar em falta de graça, temos o núcleo do Feliciano. É um suplício aquele monte de personagens chatos em tão pouco espaço físico. A Regra do Jogo não é de todo mal, mas são as suas tramas paralelas que estragam todo o bom trabalho da trama central. Seria de bom grado que a facção jogasse uma bomba no Morro da Macaca e mandasse aquilo tudo para os ares, né?

04º lugar: Os Dez "Enrolamentos"

Nada mais natural do que esticar um produto que traz retorno financeiro e prestígio para prolongar o sucesso. Foi exatamente isso o que a Record fez com Os Dez Mandamentos, mas exagerou na dose. Em sua fase de maior sucesso e repercussão, a emissora esticou ao máximo as dez pragas do Egito para que a novela ficasse mais tempo no ar. Para se ter uma ideia, a primeira praga começou em agosto e só terminou em novembro. Aja enrolação, né?! Na cena da abertura do Mar Vermelho, por exemplo, a demora para mostrar as águas se dividindo e a caminhada do povo hebreu foi tamanha que daria tempo de abrir um oceano inteiro. A Record apelou para várias mecanismos, em uma clara tentativa de enrolar o público de casa: com cenas arrastadas, criando diálogos desnecessariamente longos, explorando ao máximo as despedidas entre os personagens quando alguém estava prestes a morrer, mostrando os personagens derramando um oceano de lágrimas uns sobre os outros, dedicando longos minutos exibindo flashbacks, abusando do 'slow motion' (câmera lenta), exibindo caminhadas longas de um lugar para outro, colocando mais de dez minutos dedicados a "cenas do capítulo anterior e do capítulo de amanhã"... Na boa, precisava de tanta enrolação? E ainda terminou em aberto para que a Record pudesse fazer uma continuação e um filme. Os Dez Mandamentos foi uma boa novela, mas tais esticamentos a tornaram um suplício.

03º lugar: I Love Paraisópolis

Quando entrou no ar, em maio de 2015, I Love despontava como uma trama promissora. Passados seis meses, o estouro de I Love ficou só na promessa. Os dilemas amorosos do quadrilátero Grego (Caio Castro), Mari (Bruna Marquezine), Ben (Maurício Destri) e Margot (Maria Casadevall) não se mostrou forte o bastante para sustentar a novela. Os autores se perderam em sua própria história, optando por saídas esdrúxulas e pela mudança radical na condução do roteiro. A novela virou um festival de cenas absurdas que acabaram se tornando toscas. Salva-se apenas a rica galeria de coadjuvantes, que carregaram a novela inteira nas costas. A audiência foi ótima, mas é como eu sempre digo: audiência nem sempre implica em qualidade. I Love é a prova viva disso.

02º lugar: Seu Lugar no Mundo

Sem a menor dúvida, a Seu Lugar no Mundo já pode ser considerada uma das piores temporadas da Malhação de todos os tempos. O seu enredo inicial era bem empolgante: a rivalidade entre dois colégios. Mas o autor preferiu dar mais destaque para outras tramas desinteressantes e a rivalidade entre os colégios acabou sendo ofuscada na novelinha teen. Mesmo optando em mostrar tramas mais verossímeis e se aproximar da realidade do jovem brasileiro, os personagens são rasos e sem um pingo de carisma, com o agravante de que as atuações do elenco jovem, de um modo geral, são bem medianas. Isso sem falar nos temas sociais, quase todos abordados de forma didática e desastrosa. Seu Lugar no Mundo é insuportável e o melhor que a Globo tinha que fazer era dar um impeachment nessa temporada e botar uma reprise da Malhação Sonhos (ou da temporada da Vagabanda) para assumi-la!

01º lugar: Babilônia

O maior fracasso do ano. O maior fracasso da história do horário nobre global. A pior novela do ano. A pior novela das nove de todos os tempos. A grande "estraga-prazer" no aniversário dos 50 anos da Rede Globo. Essa é Babilônia! Ao contrário de I Love Paraisópolis (uma trama muito ruim com uma audiência muito boa), a audiência de Babilônia fez jus ao que ela foi: uma novela pavorosa! A trama começou de forma eletrizante, com a explosão de um duelo de vilãs, Beatriz (Gloria Pires) e Inês (Adriana Esteves), que prometia ser histórico. Mas, do segundo capítulo em diante, a trama desandou. A mocinha Regina (Camila Pitanga), para quem, teoricamente, o público deveria torcer, acabou se revelando uma chata profissional e as vilãs, que se odiavam e prometiam grandes conflitos, passaram a viver num joguinho massante e repetitivo de gato e rato. A audiência despencou. Tudo bem que houve toda aquela campanha anti-Babilônia pelos telespectadores mais conservadores em virtude do beijo gay entre as personagens de Fernanda Montenegro e Nathália Timberg. Mas as falhas no roteiro começaram a ficar expostas rapidamente e o enredo da novela se revelou fraco e com poucos perfis atrativos.  Apedrejados por todos os lados, os autores se mobilizaram para tentar consertar a novela e torná-la "mais leve". E foi aí que Babilônia piorou de vez e se tornou um trambolho ruim demais. Todas as mudanças que começaram a ser feitas, para iniciar uma operação de salvamento, deixaram a produção ainda mais equivocada. Babilônia virou uma verdadeira colcha de retalhos muito mal remendada. O que estava ruim, ficou ainda pior! Definitivamente, é uma novela para ser esquecida para sempre!


Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...


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