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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Os Melhores Atores de 2015



E os 15 atores que mais brilharam na telinha em 2015 foram...


15º lugar: João Vitor Silva

Durante anos, o ator ficou marcado como o Pedrinho do inesquecível seriado Sítio do Picapau Amarelo. Mas com Verdades Secretas, João Vitor Silva apresentou uma nova faceta e mostrou maturidade e competência ao compor Bruno, jovem negligenciado pelo pai, ganhando seu merecido destaque nos momentos finais da trama. As cenas dele como dependente químico impressionaram.
14º lugar: Rainer Cadete

O ator mudou radicalmente para dar vida ao booker Visky em Verdades Secretas, totalmente diferente de seu último personagem, o delicado e correto advogado Rafael em Amor à Vida. Verdade seja dita, a atuação exagerada de Rainer (que era, justamente, o propósito do personagem) no início da trama chegava a ser insuportável, mas, com o tempo, o ator foi conseguindo divertir e, em alguns momentos, até emocionar na pele de uma bicha pra lá de afetada.
13º lugar: Frank Menezes

Os ótimos coadjuvantes roubaram a cena em I Love Paraisópolis. Frank Menezes, que viveu o mordomo Júnior (ou Juneca Purpurina, se preferirem), foi o que mais arrancou riso. Seu bordão "Favelaaaaaaada!" era um sucesso e suas brigas com a empregada Melodia (Olívia Araújo) e sua parceria com a patroa Soraya (Letícia Spiller) foram hilárias. Frank cumpriu muito bem a função de divertir. 
12º lugar: Lázaro Ramos

Interpretando o personagem-título da série Mister Brau, o ator protagoniza a história ao lado de Taís Araújo, que, além de ser sua esposa na vida real, interpreta Michele, a mulher do pop star. A dupla está muito bem afinada. Ele, em especial, está muito solto em cena e mostrando um lado musical muito forte. Seu personagem é extremamente cativante e, graças ao talento de Lázaro, já garantiu a popularidade e o carinho do público. 
11º lugar: Marcos Palmeira

Um dos poucos (talvez, único) pontos positivos de Babilônia era o núcleo do Aderbal Pimenta (Marcos Palmeira), o prefeito evangélico, homofóbico e corrupto, cujo lema era "O povo hétero unido jamais será vencido!". O personagem promovia alguns dos temas relevantes do atual momento do nosso país e incorporava quase todos os desvios indesejáveis a um político. Esses assuntos, ainda que espinhosos, receberam tratamento interessante dos autores de Babilônia, coroada por uma atuação espetacular de Marcos Palmeira. O ator conseguiu fazer desse prefeito antiético e demagogo a cara do Brasil de 2015! Foi o seu melhor papel na carreira desde o José Pedro de Renascer.

10º lugar: Caio Castro

Ele é um ator bem mediano, mas, justiça seja feita, Caio Castro se destacou positivamente em I Love Paraisópolis e não precisou ficar sem camisa para esbanjar talento e carisma. Na pele de Grego, o bandidão com coração bom que acabou roubando nossos corações, o ator dominou a novela e seu personagem jogou o mocinho Ben (Maurício Destri) para escanteio. Sua química com Maria Casadevall transformou Grego e Margot no casal sensação da história. Grego não só caiu no gosto do público como também ganhou ótimas cenas durante toda a novela, muitas delas exigindo forte carga dramática de Caio Castro, que correspondeu sim a altura.

09º lugar: Ghilherme Lobo

Aclamado no cinema por seu brilhante papel no filme Eu Não Quero Voltar Sozinho, Ghilherme Lobo foi uma das gratas revelações da TV em 2015 ao interpretar com maestria e sensibilidade o introspectivo Bernardo em Sete Vidas. Um personagem difícil até mesmo para atores veteranos. Ghilherme chegou pra ficar na TV!

08º lugar: Jayme Matarazzo

Jayme ganhou um ótimo personagem em Sete Vidas e soube aproveitar muito bem essa oportunidade. Por mais covarde e "bundão" que Pedro tenha se mostrado em algumas situações, não era possível julgá-lo. O ator teve um amadurecimento surpreendente na novela e mostrou que não conseguiu o perfil só porque era filho do diretor Jayme Monjardim, e sim porque fez por merecer. Considero o Pedro o melhor personagem da sua carreira, até então.
07º lugar: Emílio Dantas

Na pele do perigoso Pedro de Além do Tempo, o ator, desconhecido do grande público, porém, aclamado por seus trabalhos no teatro, mostrou que também domina perfeitamente as câmeras em um trabalho memorável. Ele construiu com perfeição um vilão psicopata como o Pedro, expondo o seu lado sombrio e doentio gradativamente, repetindo o traço de descontrole emocional do passado. Emílio Dantas tem brilhado em todas as cenas.

06º lugar: Enrique Dias

Na minissérie Felizes para Sempre?, Claudio se mostrou um dos personagens mais odiáveis e cafajestes da telinha dos últimos anos. Personagem magistralmente elaborado pelo autor Euclydes Marinhos e perfeitamente desenvolvido pelo Enrique Dias, que lhe deu o tom exato, sem cair no caricato, raramente alterando o tom de voz e lançando seu olhar gélido que demonstrava o desprezo que sentia por todo mundo, inclusive por seus familiares. O cara era um sociopata e não fazia a menor questão de esconder isso.

05º lugar: Tonico Pereira

Após anos vivendo o mesmo personagem (Mendonça) no seriado A Grande Família, Tonico Pereira agora faz um personagem não tão distante do anterior, mas com uma interpretação original e desponta como uma grata surpresa em A Regra do Jogo, sempre ótimo em suas cenas e saindo-se muito bem nessa experiência em novelas. A genialidade e entrosamento com a sua parceira de cena, Giovanna Antonelli, é notória e, com isso, fazem dessa parceria um feliz encontro profissional. Ascânio depende muito da Atena para brilhar. Quase sempre interligados, os personagens têm protagonizado as melhores cenas cômicas da novela, ainda que esse não seja o propósito principal do núcleo. 

04º lugar: Rodrigo Lombardi

Rodrigo viveu seu melhor momento na carreira esse ano. O frio, calculista e manipulador Alex foi, sem dúvida, seu personagem mais controverso, complicado e desafiador. Após algumas atuações equivocadas e outras apenas regulares em trabalhos anteriores, o ator se destacou com todo mérito em Verdades Secretas. O mais impressionante é que Rodrigo soube manter o posto de galã, mesmo tendo vivido um dos vilões mais detestáveis dos últimos tempos.

03º lugar: Alexandre Nero

Depois de mostrar segurança e marcar os nossos corações na pele do inesquecível Comendador José Alfredo, mal terminou Império e, cinco meses depois, lá estava Alexandre Nero vivendo, novamente, outro protagonista de peso em uma novela das nove. Muita gente achou equivocada a sua escalação para A Regra do Jogo. O Romero Rômulo já pode ser considerado o protagonista mais ambíguo da história das nossas novelas. O ator, excelente no papel, em nada lembra o Comendador, confirmando o seu imenso talento em diferenciar totalmente no visual, trejeitos, entonação da fala, nas expressões faciais, enfim, diferenciando em tudo dois personagens tão dúbios em tão pouco tempo.

02º lugar: Domingos Montagner

Nada mais gratificante para um ator do que ganhar um perfil complexo para interpretar. Isso proporciona sempre grandes cenas para o intérprete, que precisa vivenciar todas as angústias e mostrar as nuances daquele personagem. E é o que aconteceu com Domingos Montagner na maravilhosa Sete Vidas. Ele ganhou um tipo desafiador, brilhantemente escrito pela autora. Miguel era averso aos diálogos e uma avalanche de inseguranças e angústias, onde os sentimentos entravam em conflito constantemente. Enquanto uma parte dele queria ser feliz e viver ao lado da mulher que amava e dos filhos, a outra queria um afastamento punitivo em virtude de um trauma do passado que não conseguia superar. Domingos Montagner ganhou um papel maravilhoso e já pode ser considerado o melhor da sua carreira, até então. Não é qualquer ator que conseguiria interpretar um tipo tão complexo quanto Miguel. Seria preciso muito domínio do papel, além de talento de sobra para expressar tudo o que é sentido e vivido apenas com o olhar. E o ator mostrou ter tudo isso.

01º lugar: Tony Ramos

Tal qual a Flora (Patrícia Pillar) de A Favorita, Zé Maria enganou o público com sua cara de bom moço e seu discurso de inocente injustiçado, revelando-se um bandido impiedoso. Tony imprimiu diversas nuances e soube diferenciar bem os sentimentos ambíguos do personagem em A Regra do Jogo. Seu olhar é um outro exemplo da composição acertada do ator: chega a ser diabólico quando o verdadeiro Zé Maria está em ação. O ator, experiente, soube extrair do subtexto de João Emanuel Carneiro tudo o que era necessário para construir um vilão de marca maior: sem exageros, sem caras e bocas. Definido pelo próprio ator como um psicopata, Zé Maria é do tipo que não precisa berrar para botar medo. Tony Ramos, finalmente, deixou de lado a fama de bom moço que sempre o acompanhou em sua carreira e emplacou como vilão, mostrando que foi o melhor ator de 2015 e confirmando que é um dos melhores atores brasileiros.


Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...

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