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domingo, 17 de janeiro de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (10 à 16/01)



O MELHOR DA SEMANA



Final de Além do Tempo



Uma nova chance para mudar o passado. Essa foi a grande mensagem de Além do Tempo. O último capítulo da trama mostrou desfechos já esperados e previsíveis, mas não sem emoções e de tirar o fôlego. Desta vez, com um final feliz para Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso) e uma linda mensagem em áudio de Chico Xavier, enquanto os créditos subiam, para fechar com chave de ouro a melhor obra de toda a carreira da autora Elizabeth Jhin. A morte de Alberto (Juca de Oliveira), que cai das escadas, pedindo perdão para a filha, não resistindo e morrendo, foi emocionante. A cena da perseguição de Felipe a Pedro (Emílio Dantas) foi ótima e o momento em que o mocinho coloca a sua caminhonete na frente do jatinho do vilão muito bem dirigido. E a melhor cena foi a alusão ao desfecho da primeira fase, mas com resultados bem diferentes. Tomado pelo ódio, Pedro tentou se vingar de Lívia e Felipe, mas, diferente do desfecho anterior, Melissa (Paolla Oliveira) não o ajudou. Pelo contrário, ela evitou o pior. À beira do mesmo precipício, Pedro ameaçou o casal com uma arma até que atira em Felipe e o casal cai. Agarrados em uma pedra, foram salvos por Melissa, que antes havia impedido Pedro de os jogar de lá e acabou morrendo com um tiro após lutar com a vilã. Uma ótima inversão de jogo, já que, na primeira fase, a vítima foi ela. Impressionante como Elizabeth Jhin conseguiu fazer uma cena final tão linda e arrebatadora quanto a que encerrou a primeira fase de sua história. Melissa, com a ajuda divina do anjo Ariel (Michel Melamed), salvando o casal de mocinhos do precipício já entrou para a história como uma das mais eletrizantes dos últimos tempos. O final ainda teve Vitória (Irene Ravache) e Emília (Ana Beatriz Nogueira), enfim, fazendo as pazes, em um acerto de contas memorável. Foi a vitória do amor e do perdão sobre o ódio, o rancor e a vingança como o grande resultado desse enredo tão lindo. O final perfeito para dar a mensagem que a novela desejava: a de que todos têm a chance de mudar coisas que aconteceram em outras vidas, aprender com os erros e de serem felizes. Definitivamente, Além do Tempo vai deixar saudades!

Semana final de Ligações Perigosas




Após uma primeira semana bem morna, Ligações Perigosas ganhou uma semana final de tirar o fôlego e saiu de cena como um dos primeiros acertos da TV brasileira em 2016.

Primeiro, desejo elogiar o texto preciso da iniciante roteirista Manuela Dias. Ocorreram problemas com os ganchos antes dos comerciais e nos finais dos capítulos (sempre terminados de forma abrupta), mas acho que foi mais um problema de edição do que do roteiro. Os diálogos eram cativantes, sempre mesclando sedução, amoralidade, inocência e crueldade com extrema habilidade. Manuela Dias conseguiu abrasileirar o clássico francês e, mesmo sem a nudez de corpos, a minissérie chocou mostrando o lado mais doentio do ser humano na arte de seduzir e de se deixar seduzir.

Esteticamente, Ligações Perigosas era um luxo que só. A direção cativou em todos os sentidos, com figurinos e cenários que remetiam à década de 20 do século passado, realçados por uma fotografia surpreendente e tomadas de cenas com extrema profundidade e rica em detalhes. 



Com um ótimo elenco, a minissérie mostrou atores totalmente entregues à seus personagens. Destaque absoluto para Marjorie Estiano, irrepreensível como a devota Mariana. Ela protagonizou as melhores e mais fortes cenas da produção, como a primeira noite de amor com Augusto, o auge do desespero quando ela corta os pulsos e a recaída, quando amarrada à cama, tenta novamente se mutilar, mostrando toda a dor que a personagem sentia depois de ter se apaixonado pela primeira vez e tão covardemente enganada, e, principalmente, em sua morte, onde, já definhando na cama de um convento, desiste de viver, falecendo após descobrir que o amado morreu. Impressionante a entrega incondicional de Marjorie. Sem dúvida nenhuma, foi a melhor atuação da minissérie.

Mas a grande cereja do bolo de Ligações Perigosas foi a química entre Selton Mello e Patrícia Pillar, na pele dos protagonistas Augusto e Isabel. Num jogo de cena incrível e uma troca de talento que enriqueceu muito a produção, o duelo de poder entre os personagens atiçava. A composição e caracterização dos personagens foi desde o figurino até a imposição de voz de ambos, que revelava o lado psicológico e doentio de cada um. Selton esteve excelente na morte de seu personagem, que, desiludido com a vida e arrependido de não ter fugido com Mariana, se deixa matar em um duelo de tiros por Felipe (Jesuíta Barbosa, que, de longe, foi o pior do elenco, com uma atuação fraca e sem graça). Já Patrícia Pillar imortalizou sua Isabel, nossa Glenn Close. Acho que não é exagero dizer a atriz não ficou devendo em nada na interpretação da atriz americana na versão cinematográfica. Curioso que, desde a Flora de A Favorita, Patrícia só interpreta vilãs: Constância (Lado A Lado), Angela Mahler (O Rebu), Isabel... Mas a atriz conseguiu diferenciar todas elas. Fantástica!


O último capítulo serviu para fechar o enredo sem correrias. A melhor cena foi o vexame público de Isabel, que viu o advogado Otávio se vingar de tudo o que sofreu expondo todos os seus crimes e indecências em um teatro lotado. Mesmo vaiada, humilhada e no fundo do poço, ela não perdeu a posse diante de todos. Patrícia Pillar divina. Vale mencionar ainda a sequência do casamento de Cecília com Heitor, deixando sublinhado que a sonsa menina estava se transformando em uma nova Isabel. Alice Wegmann e Leopoldo Pacheco defenderam muito bem seus respectivos personagens.

O momento mais impactante do grand finale ficou por conta do estado degradante de Isabel, dois anos depois, após ter perdido tudo o que tinha. A cruel mulher contraiu varíola, perdeu toda a sua beleza e, praticamente, se transformou em uma bruxa. Tudo de ruim que a personagem tinha por dentro e que era bem escondido atrás da sua figura exuberante foi exposto no seu físico. Palmas para a equipe de caracterização e, novamente, para Patrícia Pillar, que nem precisou de texto para se destacar.


Aracy Balabanian, nos capítulos finais, viu sua personagem se transformar no elo que tentava maquiar os acontecimentos, evitando ainda mais tragédias na trama. Ela foi a responsável pelo brilhante encerramento da produção, onde sua Consuelo comentava em áudio sobre as tragédias que acometeram a vida de todas aquelas pessoas. Foi um bom momento para a carreira da atriz, que há tempos (acho que desde Passione) não ganhava uma personagem a sua altura do seu talento.

Ligações Perigosas pode não ter mandado nudes despindo corpos, mas, com personagens amorais que usavam a paixão e o desejo, ou a fuga deles, para destruir e brincar com os sentimentos das pessoas que o cercavam pelo puro prazer do poder da sedução, foi muito mais além: despiu almas!

Ivete Sangalo


 

 Espontânea, inteligente e engraçada, Ivete Sangalo foi autora da melhor tirada no segunda dia do The Voice Kids (que segue sendo um ótimo reality e muito mais interessante que a versão adulta). Ao notar que um menino que escolheu estava frustrado por não ter chamado a atenção de Victor & Léo, ela disse: "Você queria os meninos, né? Mas eu sirvo!". Em outro momento, quando percebeu que Victor & Léo e uma dupla de garotos estavam no maior entrosamento, disparou: "Eu quero dizer pra vocês que eu também virei a cadeira", arrancando risos de todos. Sei que isso não é nenhuma novidade, mas, tanto nas conversas com as crianças quanto na interação com os outros jurados, Veveta voltou a mostrar porque é uma das melhores e mais carismáticas artistas brasileiras. Rainha, né mores?


O PIOR DA SEMANA



A facção incompetente de A Regra



Sério, se eu fosse o Pai da facção de A Regra do Jogo, Zé Maria (Tony Ramos) já teria sido demitido ou morto a muito tempo. Não, não sou um carrasco, mas o número de imbecilidades que ele já fez justificam qualquer uma das duas ações. Zé, desde que virou o Tio da organização criminosa, é um verdadeiro show de erros e trapalhadas. Olha só a listinha que levantei de cabeça: 1 - Não conseguiu matar Romero (Alexandre Nero) quando foi pedido; 2 - Deixou Tóia (Vanessa Giácommo) escapar; 3 - Impediu que a facção matasse seu filho, Juliano (no que estava certo, mas jogou contra o time); 4 - Levou um baita de um "chapéu" de Atena (Giovanna Antonelli); 5 - Demorou para cumprir várias ordens do Pai. E, pior de tudo, deixou escapar Kiki (Débora Evelyn), sua mulher e filha sequestrada pelo próprio Pai, que fugiu do cativeiro na maior facilidade. Isso aconteceu no capítulo de terça (12/01) e Gibson deu uma mega bronca, chamou Zé de burro, idiota, incompetente, berrou, ameaçou matá-lo e tal. Mas, surpreendentemente, não o demitiu. Vai entender. Esses bandidos são muito pangarés! Agora, fiquei em dúvida: quem é mais incompetente? A facção ou o Dante (Marco Pigossi)?

Um fato banal alçado à drama


Sem ter um assunto mais violento para explorar, o Cidade Alerta dedicou quase quarenta minutos do seu tempo nesta terça (12/01) à história do cão que apareceu na pista de pouso do aeroporto de Congonhas (São Paulo) e deu um baita "olé" na equipe da Infraero. Luiz Bacci fez a narração da cobertura, ora dramático, ora cômico. Quando um cachorro na pista de um aeroporto é notícia de destaque num programa jornalístico e a cena é repetida dezenas de vezes, melhor desligar a TV...

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