Não perca nenhum dos nossos posts

domingo, 24 de janeiro de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (17 à 23/01)




O MELHOR DA SEMANA



Eta Estreia Boa!


Desde que Walcyr Carrasco anunciou que escreveria novamente para o horário das seis, previ que viria mais um sucesso por aí. E não foi diferente do que havia imaginado. Eta Mundo Bom! se mostrou despretensiosa, divertida e leve. Está ali com uma única função: entreter. A aceitação de cara do público e a audiência robusta (a maior do horário nos últimos cinco anos) não foi à toa. A novela é muito agradável. Da trilha sonora caipira ao charme da época, tudo conspira a seu favor. O autor conseguiu criar um enredo em que quem assiste entra naquele universo com muita facilidade. A direção de Jorge Fernando, acostumado a este tipo de trama, também ajuda muito.


No mais, a primeira semana da novela foi marcada sobretudo pela agilidade. Em apenas um bloco do primeiro capítulo, Eta Mundo Bom! concluiu sua primeira fase, que serviu para contextualizar a história de Anastácia (Nathalia Dill/Eliane Giardini), obrigada pela família a abrir mão do filho recém-nascido. A situação folhetinesca, usada à exaustão nas novelas, guiará a busca da trama: o reencontro de Candinho com a mãe. Já no primeiro capítulo, o protagonista foi expulso da fazenda e foi em busca da sua mãe na cidade grande, abandonando seu grande amor, Filomena (Débora Nascimento), que, por sua vez, caiu nas garras do sedutor e cafajeste Ernesto (Eriberto Leão). O casal protagonista mal se separou e já se reencontrou na cidade grande logo na primeira semana, assim como Anastácia também já encontrou pistas sobre o paradeiro do filho. Enrolação é para os fracos!

Contudo, Elizabeth Savalla está exageradamente um tom acima que os outros colegas. Chega a dar dor nos ouvidos quando a Cunegundes começa a berrar em cena com um sotaque caipira puxadíssimo. O lado bom é que como a novela ainda tem meses pela frente, a atriz tem a chance de corrigir esse tropeço inicial. Me incomodou também o filtro exageradamente amarelado da novela que saturam a imagem de tal forma que faz doer as vistas de quem vê. Assim também como a abertura, cuja música é ótima (O Sanfoneiro Só Tocava Isso, clássico das festas juninas cantada pela banda Suricato, com ótimos arranjos modernos), porém, não ornou com as colagens exibidas na abertura.

Preparem-se para nove meses de muitos banhos no chiqueiro e torta na cara. Não teve tortada no primeiro capítulo porque não deu tempo para a sobremesa, mas oportunidade é o que não vai faltar!

BBB16 promete ser a melhor edição do reality dos últimos tempos



Se nas edições anteriores priorizava-se peitos, bundas, músculos e beleza dos participantes, o que acabou gerando certo cansaço e desgaste do público, esta nova edição do Big Brother Brasil deu uma renovada e já começou com um grande acerto: a escolha dos brothers. Desta vez, o padrão é quebrado por completo e um misto de gerações compõe a nave. Dentro da casa tem gente novinha a idosa, pouca gente com muita beleza e muita gente desprovida de atrativos físicos. Tem até gente madura, culta e inteligente. Que progresso, não? O maior triunfo do reality está nas características internas de cada participante, que vem sendo reveladas com o passar dos dias. De fato, Bial não estava mentindo quando disse que nós íamos conhecer "pessoas comuns" nas chamadas do BBB. Cada um dos brothers tem algo a oferecer. Boas histórias e relações humanas mais sólidas e menos caricatas com certeza serão o destaque desta edição. Pedro Bial, o eterno e insubstituível apresentador, dessa vez se mostra bem empolgado com a nova proposta sociológica do reality e nem de longe lembra aquele carrancudo das outras edições. Outro destaque é a produção e qualidade na edição de imagens. Um show a parte. Espero não estar enganado, mas o BBB16 tem tudo para se tornar a melhor edição dos últimos tempos.

Tá no Ar volta com tudo!



Mantendo o frescor das outras edições (e, principalmente, o humor inteligente e debochado), a terceira temporada do Tá no Ar voltou com tudo e fez uma estreia divertidíssima. Os hilários quadros do Jardim Urgente e do Militante Revoltado voltaram ainda mais inusitados. O Te Prendi na TV, que satiriza o programa do João Kléber, foi uma ótima novidade. Corajoso, ainda cutucou os programas de pastores evangélicos no Quarteto Fanático, uma esquete no qual quatro fieis de uma igreja se tornam super-heróis "contra qualquer tipo de vício, a favor da família tradicional e pelo fim das seitas do diabo". Impagável! O musical final da carteirada e do "jeitinho brasileiro" foi uma bela homenagem e, ao mesmo tempo, um "tapa na cara" da nossa sociedade. O Tá no Ar manteve sua essência e continua acertando na proposta de mexer com a concorrência, na autocrítica e no uso de metalinguagem. Tudo é muito bem encaixado e fragmentado, numa zapeada frenética por diversos canais. As esquetes são de fácil entendimento e ao mesmo tempo estimula o pensamento crítico. Com exceção de algumas tiradas que exigem um pouco de esforço, bom entendedores captarão a mensagem de primeira. Os preguiçosos acharão sem graça e sem sentido. Eu adoro! Pena que é tão rápido, né?

Amor & Sexo & Muita Diversão


João Miguel Junior/TV Globo

Tirem a família tradicional brasileira da sala nos sábados a noite, porque o Amor & Sexo voltou ainda mais picante! A atração deixou para trás um tipo de iconoclastia: a busca de romper tabus relacionados aos temas indicados por seu título. O amor e o sexo agora são só pretextos para outro show. A guinada, positiva, vai ser a marca dessa temporada, que veio para abraçar de vez a causa da diversidade e a comunidade LGBT. Não que o programa fosse ruim antes, pelo contrário. Mas esse era um pulo do gato necessário para evitar o esgotamento. Amor & Sexo continua surpreendendo. Mas faz isso desviando da tentação de repetir expedientes do passado. Só na estreia teve beijo gay, beijo lésbico, show de transformistas e André Marques se atracando com uma garota. Mas a atenção, na verdade, esteve o tempo todo concentrada no elenco que atua como júri. O time é bem escalado e cada um ocupa um lugar-chave ali. As intervenções poéticas, inteligentes e espirituosas cabem a Xico Sá; Otaviano Costa faz humor, assim como os ótimos Mariana Santos e José Loreto. E ainda tem a presença da especialista Regina Navarro Lins, que explica e informa sem parecer cansativa ou didática. Além disso, Fernanda Lima é uma excelente apresentadora. Conquistou com muito mérito o bom lugar que tem hoje na televisão. Amor & Sexo soube se renovar e merece a sua atenção. 


O PIOR DA SEMANA 



Repetição de roupa no Kids



Eu sei que as seletivas do The Voice Kids foram todas gravadas em um único dia, já que os jurados tem muitos compromissos e já precisariam estar ao vivo diversos domingos na Globo para as outras fases do programa. Mas nada impediria que o elenco do dominical trocasse de roupa para cada programa, né? Nem mesmo o apresentador Tiago Leifert se deu a esse trabalho. Quem mais chama a atenção mesmo é a Ivete Sangalo, talvez pela cor escolhida para o figurino. Já faz três semanas que Veveta tá usando o mesmo terno roxo! Já pode pedir música no Fantástico! Será que custa muito parar as gravações por uns dez minutinhos para os técnicos trocarem de roupa e voltarem a gravar só pra fingir que as audições foram feitas em dias diferentes? Ou será que é preguiça mesmo da Rede Globo?

Caldeirão da Apelação



Geraldo Luís e Gugu que se cuidem! Luciano Huck está quase chegando ao topo na escala da apelação de histórias tristes pela audiência. O Caldeirão do Huck, atração que é marca registrada nas tardes de sábado da Globo, em nada lembra o formato divertido dos anos 2000. Só a nareba do Luciano é o mesmo! De uns tempos para cá, ele tem apostado em "contar boas histórias" através do quadro Herói Por Um Dia, série baseada em "flagrantes" realizados por câmeras de vídeo pelo mundo todo buscando reconhecer heróis anônimos, para os quais o programa presta uma homenagem e ainda premia com uma medalha simbólica. Proposta bacana e interessante. Infelizmente, com aquele "pé" no sensacionalismo barato que chega a causar constrangimento em quem assiste. Acompanhado por uma recriação do caso e com atores e música melosa para tocar o coração do telespectador, a pieguice toma conta da tela. A diferença é que o Caldeirão tem glamour e melhor acabamento nas suas simulações, mas por pouco pensei que estava assistindo a algum programa da Record.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Bora comentar, pessoal!

Poderá gostar também de

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...