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quinta-feira, 10 de março de 2016

Os 20 Melhores Vilões da Teledramaturgia



A dramaturgia nacional não é lá muito favorável às figuras masculinas como dotadas de grande maldade. Pare e pense: você se lembra em quantas novelas o vilão central era um homem? São raros os exemplos. Durante anos, a telenovela carregou o ranço de ser uma atração exclusivamente feminina, estigma que só foi perdendo a partir dos anos 70, com Irmãos Coragem, de Janete Clair, que trouxe, pela primeira vez, os homens para a frente da TV por causa de sua trama masculina que misturava faroeste e futebol. Embora já não seja mais exclusividade há décadas, ainda sim, as mulheres são, na maioria absoluta das vezes, o papel mais fundamental de toda trama. As histórias, claro, independem do gênero, mas são elas o centro da história. Principalmente, no quesito vilania. Carminha (Adriana Esteves), Flora (Patrícia Pillar), Nazaré (Renata Sorrah) e Odete Roitman (Beatriz Segall) que o digam. Por isso, quando surge um ator encarnando um vilão, ele tem uma chance única e enorme de brilhar. Vem comigo e acompanhe os 20 melhores vilões da dramaturgia nacional.

20º lugar: Conde Vlad de Vamp



De figura diabólica que faz um pacto com Natasha (Cláudia Ohana) a transformando em estrela do rock, o Conde Vladimir Polanski (Ney Latorraca) foi, aos poucos, ganhando traços cômicos seguindo o estilo de chanchada que foi tomando conta de Vamp. Sucesso entre o público infanto-juvenil, o vampiro-chefe da novela nutria um amor obsessivo de vidas passadas com Natasha. Acabou derrotado por Jonas (Reginaldo Faria), após invadir a Baía dos Anjos. Um dos personagens mais carismáticos dos anos 90, Vlad prometeu que um dia voltaria. Continuamos esperando…

19º lugar: Delegado Nogueira de Vidas Opostas



Antes de ser possuído pelo espírito do Crô, Marcelo Serrado já fazia sucesso muito antes de ir para a Globo como o perverso delegado Dênis Nogueira, perigoso psicopata que se escondia atrás de uma máscara de homem de bem e culto. Cruel com a esposa, a corrupção no trabalho era seu forte.

18º lugar: Filinto Guerra de Amor e Revolução



Não é só de remakes de novelas infantis baseadas em roteiros mexicanos que vive o SBT. Quer dizer, não há alguns anos atrás, quando produziu uma novela adulta 100% original: Amor e Revolução, que, apesar de ter sido um fracasso, abordou o nebuloso período da ditadura militar do nosso país de forma primorosa. E o grande destaque da novela foi o vilão Filinto Guerra (Nico Puig). Sociopata, sádico, abusivo e de péssimo caráter, ele era um dos representantes principais das trocentas cenas de tortura na novela. Uma das suas maldades marcantes foi quando ele supostamente matou sua própria mulher, Olívia (Patricia de Sabrit), que não morreu e voltou como Violeta para se vingar.

17º lugar: Ravengar de Que Rei Sou Eu?



O sinistro Ravengar (Antonio Abujamra) era o feiticeiro da corte da Rainha Valentine (Tereza Rachel). Era ele o idealizador dos planos nefastos para destruir Jean Piérre (Edson Celulari), o verdadeiro herdeiro da coroa, e impedir que o mesmo assumisse o trono. Obcecado por Madeleine (Marieta Severo), foi capaz de hipnotizá-la e a possuir sem sua vontade. Com o falso Rei Pichot (Tatu Gabus) morto e Jean Piérre coroado, no último capítulo, retornou a Avilan com nova identidade para destruir os rebeldes. Ravengar fez parte dos pesadelos de muita gente que cresceu nos anos 90.

16º lugar: Dom Jerônimo Taveira de A Muralha



Fanático religioso hipócrita na vila de São Paulo do século XVII, Dom Jerônimo Taveira era a personificação de sadismo e crueldade. Entre as vítimas do seu abuso, estavam Ana (Letícia Sabatella), uma jovem obrigada a se casar com o vilão, e a índia Motira (Maria Maya), que sofria nas mãos também do braço direto do tirano, Leonor (Ada Cheovov). Tomado pela loucura crescente, Jerônimo perseguia e condenava a morte na fogueira qualquer um que fosse contra suas ordens. Acabou por se suicidar ao se jogar em uma fogueira, após ser esfaqueado por Dom Guilherme (Alexandre Borges). Graças a excelente atuação de Tarcísio Meira, é um dos vilões mais asquerosos de todos os tempos.

15º lugar: Zé Maria de A Regra do Jogo



Tal qual a Flora (Patrícia Pillar) de A Favorita, Zé Maria enganou o público com sua cara de bom moço e seu discurso de inocente injustiçado, revelando-se um bandido impiedoso, capaz de sequestrar e matar friamente pessoas inocentes. Definido pelo próprio ator como um psicopata, Zé Maria é do tipo que não precisa berrar para botar medo. Tony Ramos, finalmente, deixou de lado a fama de bom moço que sempre o acompanhou em sua carreira durante anos e emplacou como um vilão de marca maior. Atena (Giovanna Antonelli) pode ter sido uma decepção, mas os homens não deixaram a desejar em A Regra do Jogo no quesito vilania e marcaram presença na nossa lista.

14º lugar: Donato Menezes de As Noivas de Copacabana



Com uma sexualidade controversa, o bem-sucedido Donato Menezes usava sua fachada de bom moço para seduzir mulheres e matá-las estranguladas na hora do ato sexual seguindo sempre um meticuloso ritual: vestidas de noiva. Ato em decorrência de um trauma do passado, por ter sido abandonado pela noiva. A minissérie fora baseada no caso real de Heraldo Madureira. Em ótima atuação, Miguel Falabella compôs com frieza Donato, o seu melhor momento como ator na televisão. Após ser preso e fugir do manicômio judiciário, Donato termina a série caçando uma nova vítima.

13º lugar: Edu de Dupla Identidade



O serial killer costuma ser o tipo de personagem dos sonhos de qualquer ator: rico em composição, imprevisível e, com sorte, sedutor o suficiente para assustar e conquistar a plateia ao mesmo tempo. Não é uma figura frequente na nossa teledramaturgia, mas com seu Eduardo Borges, Bruno Gagliasso, ator dos mais dedicados de sua geração, conseguiu inscrever na TV brasileira o tipo que mata por matar a granel, fazendo dos seus encantadores olhos azuis dois espelhos embaçados pela maldade. Entre assustador e sexy, Edu causava arrepios. E Bruno, novamente, deu um show como vilão.

12º lugar: Jackson de Vidas Opostas



Olha o Rei do Torto aí, geeeente! Heitor Martinez viveu seu melhor momento na carreira como Jackson, um bandidão temido que sai da prisão e volta ao morro onde morava liderando uma quadrilha de traficantes e toma numa batalha a boca de fumo do local, transformando-se o novo todo poderoso do Morro do Torto. Jackson mandava e desmandava e quem não obedecia suas ordens, "ia conversar com o capeta". Ele também queria ter Joana de qualquer jeito, para que ela more com ele e seja a Rainha do Torto. Mas, obviamente, Joana não quer essa vida, pois é a mocinha da novela. Um tipo tragicômico, Martinez assustava só com o olhar em sua atuação como o chefe do tráfico. M-E-D-A!

11º lugar: Félix de Amor À Vida



Um dos vilões mais cômicos da nossa lista, Félix ganhou o público com suas tiradas sarcásticas, frases de efeito e um bordão que foi ganhando inúmeras variações ao longo da trama. Além de "salgar a santa ceia", Félix (Matheus Solanno) jogou a sobrinha no lixo e fez de tudo para alcançar a presidência do hospital da família, tendo chegado até a conseguir a internação de Paloma (Paolla Oliveira), sua irmã, num manicômio, com direito a eletrochoque. Gay enrustido, ele começou a novela com um casamento de fachada, mas depois de ser desmascarado, perder tudo e se tornar vendedor de hot dog, assume a homossexualidade e engata um romance com Niko (Thiago Fragoso). Alcança a redenção no final da história e junto com Niko protagonizou o primeiro beijo gay da TV Globo, no último capítulo. Irônico, carismático e manipulador, Félix não podia ficar de fora dessa lista. Não é, meu doce?

10º lugar: Marco Aurélio de Vale Tudo



Canalha simpático, um tipo irresistível em novelas, ambicioso e corrupto, Marco Aurélio administrava o grupo empresarial de Odete Roitman (Beatriz Segall). Por conta de negociatas, reuniu uma grande fortuna guardada fora do Brasil. Criado por Gilberto Braga, o vilão muito bem defendido por Reginaldo Faria terminou numa boa, fugindo e mandando uma "banana" para o país.

09º lugar: Mario Liberato de Roda de Fogo



Intérprete de vilões memoráveis como Alex Kundera (de Top Model) e Adalberto Vasconcellos (de A Próxima Vítima), foi com Mário Liberato que Cecil Thiré conquistou seu espaço na galeria de grandes vilões da televisão. Advogado com meios pouco ortodoxos, sádico e corrupto, Mário servia aos interesses de Renato Villar (Tarcísio Meira). Sempre acompanhado por seu mordomo e amante Jacinto (Cláudio Curi), Liberato não media esforços para conseguir o poder, incluindo bater de frente com Villar, que era um protagonista "torto". Criado por Lauro Cesar Muniz, Mário Liberato foi o primeiro vilão homossexual da dramaturgia brasileira. O que causou grande polêmica na época.

08º lugar: Alexandre de A Viagem



Mesmo depois de morto e no além, Alexandre foi muito mais vilão do que muitos vivos. A Viagem tinha como tema central a vida após a morte. O personagem que conduzia as tramas era Alexandre (Guilherme Fontes, um delinquente que se mata na cadeia após ser condenado por roubo seguido de homicídio e, no Vale dos Suicidas, passa a infernizar a vida de todos que julgava responsáveis por seu trágico destino. No final, Alexandre se arrepende de todo mal que fez e passa para o lado branco da força, tornando-se um espírito de luz. Guilherme Fontes é lembrado até hoje por esse trabalho.

07º lugar: Renato Mendes de Celebridade



Curiosamente, os maiores vilões das novelas foram criados por Gilberto Braga, o único autor a investir em homens como protagonistas e antagonistas. Em Celebridade, não foi diferente. Egocêntrico editor da revista de fofocas Fama, o jornalista Renato Mendes (Fábio Assunção) não poupava esforços para assumir o comando do poderoso Grupo Vasconcelos, de seu tio Lineu (Hugo Carvana). Renato aprontou tanto que acabou caindo nas garras da cachorrona Laura (Cláudia Abreu) e, principalmente, no carinho do público. Acabou preso após matar a vilã e o michê dela, Marcos (Márcio Garcia).

06º lugar: Gibson Stewart de A Regra do Jogo



Ele só foi revelado vilão no capítulo 100 da trama. Mas se Gibson já causava náuseas no público por ser extremamente reacionário, "coxinha", conservador e militarista, dizendo em alto e bom som não gostar de pobres, negros e gays, depois que foi revelado que ele era o Pai da facção, aí mesmo que nossa antipatia pelo milionário só aumentou. O personagem de José de Abreu já é um dos melhores e mais detestáveis vilões masculinos dos últimos tempos, sendo capaz de qualquer tipo de crueldade para manter sua organização criminosa e para que seus crimes não fossem descobertos, inclusive contra a própria família, chegando a internar a filha Nelita (Barbara Paz) num hospício e faze-la parecer louca e manter a outra filha Kiki (Deborah Evelyn) presa num cativeiro durante anos. Tudo, segundo ele, em nome de uma "causa" maior que julgava certa. Acabou assassinado misteriosamente com um tiro no peito após surtar e manter toda a família em refém. Derrota na guerra, Pai!

05º lugar: Marcos de Mulheres Apaixonadas



De todos da lista, Marcos é o que mais foge da linha clássica de um vilão e, talvez por isso, o torne absurdamente assustador. Marcos não elaborava planos maquiavélicos para conquistar seus objetivos ambiciosos. Ao contrário, ele era gente como a gente, aparentemente tranquilo, pacato, como muitos que se vê por aí. No entanto, sua esposa Raquel (Helena Ranaldi) sentia na pele o que os olhos dos outros não viam. Ciumento, possessivo e levemente psicótico, Marcos conseguiu lembrança devido a uma irrepreensível atuação de Dan Stulbach, o Tom Hanks brasileiro. Em uma das mais marcantes e chocantes cenas da novela, Marcos agredia a esposa com uma raquete de tênis. As fortes cenas de agressão da novela fizeram a sociedade discutir o problema da violência doméstica, principalmente contra a mulher. Saudades da época de grande momento de inspiração criativa do Maneco...

04º lugar: Felipe Barreto de O Dono do Mundo



Arrogante, mesquinho, debochado, egoísta, sexista e inescrupuloso, são algumas das "qualidades" do cirurgião plástico Felipe Barreto, cuja falta de ética, na época, irritou diversos cirurgiões, que chegaram a protestar junto a Globo. No entanto, o carisma de seu intérprete, Antonio Fagundes, fez com que o público não acreditasse que a mocinha Márcia, de Malu Mader, iria se vingar dele. As maldades de Felipe foram inúmeras: apostou que tiraria a virgindade de Márcia, noiva de um de seus funcionários, antes da lua-de-mel; conseguiu a proeza e causou o suicídio do marido traído. Durante boa parte da novela, se fez de santo para conquistar de vez a jovem. Ao menos nisso, não teve sucesso. No final da trama, tentou seduzir uma moça mais nova ainda e, claro, debochando da cara do público que tinha acreditado em sua regeneração ressaltando que a esposa era virgem. Ou seja, um canalha.

03º lugar: Olavo de Paraíso Tropical



Wagner Moura é um dos atores mais proeminentes da geração atual e encontrou no ótimo texto de Gilberto Braga a chance ideal para brilhar ainda mais. Sua atuação histriônica conquistou o público e a crítica, fazendo do vilão Olavo um dos mais amados pelos telespectadores. Entre suas maldades, tentou de todas as formas manchar a reputação do bom-moço Daniel (Fábio Assunção) para conquistar seu cargo no Grupo Cavalcanti. Além das tramoias contra o mocinho da trama, Olavo é lembrado pelo tórrido romance com Bebel (Camila Pitanga), uma prostituta cheia de "catiguria". A química entre os dois era tanta que o casal se destacou mais que os insossos protagonistas.

02º lugar: Barão de Montserrat de Direito de Amar



Poderoso banqueiro no Rio de Janeiro do início do século 20, o Barão de Montserrat controlava tudo e todos por conta de seu poder. Entre as maldades do vilão, estão manter a esposa trancada num quarto de sua mansão para fingir ser viúvo e exigir a jovem Rosália (Gloria Pires) como pagamento de uma dívida. Montserrat é, sem dúvida, o maior papel da carreira de Carlos Vereza e o mais importante dos vilões do autor Walter Negrão, que teve como base a radionovela de Janete Clair, A Noiva das Trevas.

01º lugar: Leôncio de A Escrava Isaura



Os novinhos que acompanharam a versão da Record para o clássico escrito por Bernardo Guimarães podem achar o Leôncio de Leopoldo Pacheco um cara mau. Isso porque muitos não presenciaram a força imagética produzida pela presença de Rubens de Falco em cena. Para ter uma ideia, o simples nome de Falco em uma novela se esperava um personagem carrasco. Rubens de Falco era sinônimo de horror puro. E tudo isso se deve a Leôncio Almeida, na versão escrita por Gilberto Braga. Inescrupuloso e cruel, o fazendeiro era completamente apaixonado pela escrava branca Isaura (Lucélia Santos). Antes de morrer, a mãe de Isaura deixou pra filha uma carta de alforria, mas o vilão escondeu o documento para manter a jovem consigo. Inconformado com a rejeição da doce Isaura, Leôncio atormentou a moça, a obrigando a trabalhar na fazenda e chegou a amarrá-la no tronco. Depois de tantas maldades, ele teve um triste fim: falido e sem o amor de Isaura, se matou. Saiu da vida e entrou para a história como o maior vilão da nossa teledramaturgia de todos os tempos.

Qual o seu vilão masculino favorito? Esqueci de mais algum? Diz aí!


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Gilberto Braga: o Rei da Polêmica



Como a própria arte e por ter alcance nacional, as novelas acabam contribuindo na discussão dos costumes da sociedade. Neste contexto, não é exagero dizer que Gilberto Braga é o autor que mais tem desafiado o público ao longo de sua carreira de 40 anos na televisão. Sem pudores na decisão de substituir alguns dos clichês folhetinescos por situações mais cruas e atuais, as tramas do Gilberto tocam o dedo nas feridas da sociedade, causando, assim, furor entre os telespectadores mais conservadores. Relembre abaixo 8 das maiores polêmicas levadas ao ar pelo autor:


Água Viva (1980)


Todo o esplendor solar do Rio de Janeiro serviu como pano de fundo para uma história de disputa familiar em Água Viva, que Gilberto escreveu com Manoel Carlos. Numa bela crônica da sociedade de então, entrou para a história a sequência em que Stella Simpson, personagem da diva Tônia Carrero, faz um topless na praia e causa tumulto e, ainda, a cena em que um cigarro de maconha apareceu pela primeira vez na televisão brasileira (sendo enrolado por Alfredo, personagem de Fernando Eiras).

Brilhante (1981)


A trama discutiu a aceitação da homossexualidade. A prepotente Chica Newman (Fernanda Montenegro) fazia questão de não perceber a orientação sexual do filho, Inácio, uma corajosa interpretação do, hoje diretor, Dennis Carvalho, que vivia o auge dos tempos como galã. Depois de tentar promover uma "cura gay", armando seu casamento com Luiza (Vera Fischer) e, depois, com a ambiciosa Leonor (Renata Sorrah), a ricaça foi obrigada a ver o filho ir embora com o namorado, que, para todos os efeitos, era apenas um "amigo".

Corpo a Corpo (1984)


A novela foi marcada pelo pior exemplo de racismo que já se viu na história da nossa televisão. Acredite: parte dos telespectadores se revoltou contra o romance entre Sônia (Zezé Motta), uma negra de classe média, e um jovem branco de família rica, Cláudio (Marcos Paulo). O ator, um dos homens mais bonitos da TV na época, chegou a receber ameaças por causa do papel. Pasmem: alguns telespectadores chegaram a fazer um abaixo-assinado pedindo que a personagem de Zezé Motta fosse morta porque achavam um absurdo uma negra beijando um galã branco na TV!!! Felizmente, a personagem não morreu na trama e o casal terminou, sim, juntos e felizes.

Vale Tudo (1988)


Filha que não respeitava a mãe e chegou a deixá-la no meio da rua ao vender a casa onde moravam, socialite que desprezava e não poupava insultos ao próprio país sem a menor cerimônia, negociatas, prostituição, corrupção, impunidade e alcoolismo foram alguns dos temas delicados tratados por Gilberto, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères em Vale Tudo. Retrato fiel e sem disfarces do Brasil durante a abertura política do final dos anos 80, a novela causou estranhamento no começo, mas terminou como o mais retumbante sucesso da teledramaturgia brasileira, fenômeno de público e crítica. Curioso que, mesmo tendo se passado mais de vinte anos, o Brasil atual ainda lembra muito o de Vale Tudo...

O Dono do Mundo (1991)


Nesta produção, Gilberto teve um embate dolorido com o público. O Ibope do horário despencou diante da ideia de fazer um vilão de protagonista (e que vilão!). Felipe Barreto (Antonio Fagundes) apostou com um amigo a virgindade da ingênua Márcia (Malu Mader), que estava prestes a se casar. E a Família Brasileira ficou chocada quando a mocinha da trama se deixou seduzir pelo canalha em plena noite de núpcias. A baixa audiência, que fez a novela das nove ser ultrapassada pela infantil mexicana Carrossel do SBT, forçou uma mudança na trama, que passou a apresentar um Felipe aparentemente regenerado. Entretanto, no final, o crápula mostrou que fingiu o tempo todo, deixando os telespectadores mais conservadores de cabelo em pé.

Anos Rebeldes (1992)


Gilberto Braga escreveu com Sérgio Marques a minissérie Anos Rebeldes, que abordava a sociedade durante a ditadura militar (1964-1985). Heloísa, patricinha que se engaja no movimento estudantil, tornou-se musa dos caras-pintadas que foram às ruas pedir o impeachment do então presidente Fernando Collor. A cena em que a personagem de Claudia Abreu foi assassinada causou enorme comoção nacional e é uma das mais fortes de toda a nossa teledramaturgia.

Pátria Minha (1994)


Citada antes esporadicamente em algumas novelas, foi em Pátria Minha a primeira vez em que uma favela, de fato, ganhou importância numa novela. Na história, a idealista estudante Alice (Claudia Abreu) entra em guerra contra o empresário Raul Pellegrini (Tarcísio Meira), que comete uns crimes impunemente e depois ainda manda desapropriar uma favela. Luta de classes, ética, racismo, suborno e uma, até então, surpreendente conversa entre pai e filho sobre sexo e uso de preservativos também chamaram a atenção na trama. Mais uma vez, Cláudia Abreu serviu de inspiração para os movimentos estudantis da época. Mas o público em geral resistiu: a média geral foi de 43 pontos, bem ruim para aquele momento, chegando a ser ultrapassada pela novela das sete, A Viagem.

Babilônia (2015)


De cara, sem aviso prévio, logo no primeiro capítulo, um beijo carinhoso e demorado entre duas senhorinhas lésbicas vividas por duas das maiores atrizes do Brasil, Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg. No segundo capítulo, outra cena que deu o que falar: uma filha (Sophie Charlotte) dando um tapa na cara da própria mãe (Adriana Esteves). Ao longo da primeira semana, foi só "tiro, porrada e bomba": violência doméstica, assassinatos a sangue frio, filho ameaçando pai de morte, Glória Pires ninfomaníaca pegando um homem diferente a cada cena... Os autores não pouparam o público e o público não perdoou. A audiência foi despencando semana após semana. Para piorar, foi criada uma campanha anti-Babilônia pelos telespectadores mais conservadores. Apedrejados por todos os lados, os autores se mobilizaram para tentar consertar a novela e torná-la "mais leve". E foi aí que Babilônia piorou de vez e se tornou um trambolho ruim demais. As alterações descaracterizaram a história e vários personagens. Gilberto Braga, o Rei das Polêmicas, infelizmente, acabou se curvando diante da pressão da Família Brasileira em Babilônia. Mas, no último capítulo, deu o troco: exibiu DOIS beijos gays.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

As 15 Melhores Aberturas de Novelas de Todos os Tempos



15º lugar: O Dono do Mundo



Ideia de gênio juntar Chaplin e Tom Jobim. Enquanto Chaplin como Hitler em "O Grande Ditador" (1940) brincava com um grande globo terrestre, o globo trazia imagens de mulheres sensuais, numa alusão às conquistas do diabólico cirurgião Felipe Barreto (Antonio Fagundes). Jobim canta "Querida", música menos conhecida dele e que é pura luxúria.



14º lugar: Cordel Encantado


Com a música “Minha Princesa” de Gilberto Gil e Roberta Sá, a abertura mostra, em forma de cordel, imagens do sertão do Brasil, contando a história dos personagens principais; Açucena (Bianca Bin) e Jesuíno (Cauã Reymond). Tudo de forma bem fofa.



13º lugar: O Rei do Gado




Embalada na música “Rei do Gado” do grupo Orquestra da Terra, a abertura mostra a vida dos peões com o gado e também Antônio Fagundes montado no cavalo, representando o Rei do Gado.



12º lugar: Caminho das Índias



A novela trouxe imagens caleidoscópicas que se tornaram icônicas na cultura indiana. Retilizados, os símbolos de arquitetura, religião, música e dança formaram uma bela homenagem à Índias.


11º lugar: Tieta




Embalada na música “Tieta” de Luiz Caldas, a abertura misturava elementos da natureza com a beleza feminina, representada pela modelo Isadora Ribeiro. Hans Donner e a sua equipe fotografaram o litoral de Mangue Seco, no norte da Bahia. Através de recursos de computação gráfica, vários elementos da natureza, como pedras, árvores e folhas, davam forma ao corpo da modelo. No final da abertura, aparecia o logotipo escrito na areia.



10º lugar: A Indomada


A então desconhecida Maria Fernanda Cândido se transformava em fogo, água e pedra em efeitos especiais inimagináveis em estúdios brasileiros no ano de 1997. Uma baita revolução gráfica que impressionou a todos na época!



09º lugar: Pecado Mortal



Embalada na música “Street Life” de Randy Newman e os Crusaders, com os personagens parados, é possível ver os detalhes e os elementos dos anos 70, onde é ambientada a trama.




08º lugar: Por Amor



Regina Duarte disse que chorou emocionada na primeira vez que viu a abertura de Por Amor, que reunia fotos antigas dela com a filha, Gabriela Duarte, em que uma se fundia na outra. Mãe e filha na vida real e na trama da novela também, cuja história tratava de Maternidade. Como não se emocionar? Ainda mais tendo a bela canção “Falando de Amor” ao fundo!



07º lugar: Cheias de Charme



Excelente essa animação inspirada em teatro de marionetes, mas com muita cor, brilho e diversão, já que se trata de uma novela das sete com foco no popular, música, shows e brega.



06º lugar: Vale Tudo




Sim, a melhor novela de todos os tempos tinha também uma das melhores aberturas de todos os tempos. Na melhor tradição tropicalista, a voz potente de Gal Costa cantando "Brasil", o grande hino crítico de Cazuza a toda a esculhambação nacional, vinha acompanhado de um turbilhão de imagens-clichês associadas ao nosso país: bandeira, arara, tucano, futebol, caju, estátua de Aleijadinho, banana, borboleta... Isso tudo em menos de um minuto!




05º lugar: Dancin' Days



Impressionante como a abertura da novela samba na cara de qualquer novela nova que a Globo esteja passando. As Frenéticas, os letreiros de neon e os rostos espocando em meio à balada soam moderno ainda hoje (imagine, então, naquela época?!)




04º lugar: A Regra do Jogo



E o que dizer de A Regra do Jogo, que mal estreou e já tem uma abertura arrebatadora, que mostra uma batalha épica de xadrez em 3D? Tudo ao som da canção "Juízo Final", na voz potente de Alcione (com alguns ótimos efeitos sonoros que deram um tom sombrio ao samba).



03º lugar: A Favorita



Uma abertura levada pelo inesquecível tango eletrônico da Bajofondo. Completamente maniqueísta, também se utiliza da animação para dar o tom da novela que fez tanto sucesso e é lembrada com frequência até hoje. Há quem crie teorias de conspiração e afirme que a abertura já dava indícios de que Flora (Patrícia Pillar) é que era a grande vilã da trama!




02º lugar: Elas por Elas


Embalada por “Elas por Elas” do The Fevers, foi uma das mais criativas já feita para a TV. Exibia uma festa da década de 60, em preto e branco. A imagem de uma jovem da festa era congelada após um efeito de flash de câmera fotográfica. A cena se transformava numa foto e a moça fotografada saía desta foto, se fundindo com a imagem da atriz, na atualidade, já colorida.



01º lugar: Deus nos Acuda



E é com muito prazer que dou o título de maior abertura de novela de todos os tempos para Deus nos Acuda! Nunca uma novela se tornou tão real com essa abertura bem feita e idêntica a situação atual do nosso país, cheio de corrupção e desonestidade. Só mesmo Deus para nos acudir...


sábado, 18 de abril de 2015

Novelas que penaram no início para conquistar o público e terminaram como sucessos de audiência




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - Caminhos do Coração, que era uma merda, mas por incrível que pareça fazia o maior sucesso na época. E a Record botou o último capítulo da primeira temporada da novela no mesmo horário que o primeiro capítulo de A Favorita, fazendo com que a trama global amargasse o título de pior audiência de uma estreia do horário das nove de todos os tempos (título este que já foi superado por Babilônia); 2 - A trama inovou em não revelar logo de cara quem era mocinha e quem era vilã. Mas o que era pra causar aquele suspense, confundiu a maioria dos telespectadores; 3 - Faltava humor. A trama era séria demais, muito "preta e branca".

Como conseguiu se recuperar: O autor planejava levar esse mistério sobre quem era mocinha e quem era vilã até o final, mas, devido a baixa audiência, antecipou para o capítulo 56 a grande revelação: Flora (Patrícia Pillar) é que era a grande vilã e assassina da história. A partir daí, com novos mistérios e reviravoltas, a novela finalmente cativou o público (enquanto Os Mutantes derrocava na audiência) e engrenou de vez, se tornando um grande fenômeno. Claro, o carisma da Patrícia Pillar (que fez de Flora uma das maiores vilãs de todos os tempos), aliado a um ótimo texto, também contribui e muito para isso.




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - O protagonista, Valdomiro (José Wilker), era arrogante e soberdo demais e o público passou a torcer o nariz para ele; 2 - Grupos gays não gostaram do tratamento recebido pelo personagem Edilberto (Luís Carlos Tourinho), verdadeiro saco de pancada dos outros personagens; 3 - A criticada atuação de Letícia Spiller como a vilã Maria Regina, cujas maldades e atitudes, de tão caricata que era, chegavam a serem risíveis.

Como conseguiu se recuperar: Suave Veneno só não naufragou tanto porque a Globo resolveu adiantar as pesquisas de opinião e pode consultar o telespectador a tempo. Com isso, várias mudanças na sinopse original foram feitas, como o misterioso assassinato da advogada Clarisse (Patrícia França), que deveria ir até o fim quando seria revelado que Valdomiro era seu pai. Edilberto tornou-se um personagem extremamente desajeitado, que vivia caindo e esbarrando nas coisas, virando um "alívio cômico" na trama. A mocinha Lavínia (Glória Pires) teve de passar por mais dificuldades e virou camelô. Valdomiro perdeu tudo e abriu um negócio no subúrbio para começar do zero, valente, batalhador, do jeito que o povo gosta. A novela se reergueu rapidamente, apresentando uma das maiores recuperações de audiência.




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - O casal protagonista, Marina (Paola Oliveira) e Pedro (Eriberto Leão), que não demonstravam química alguma em sua ridícula história de amor e acabou entrando para o rol dos casais mais chatos de toda a teledramaturgia; 2 - Os autores apostaram em uma estrutura narrativa desconexa marcada por temas fortes e realistas, ou seja, não havia uma história central bem definida e sim várias. Esse monte de tramas paralelas nascendo, evoluindo e morrendo ao longo da trama, marcando a saída e a entrada de vários personagens, foi um grande mal para Insensato Coração, pois negava ao telespectador se identificar com os personagens e acompanhar sua evolução. 3 - Lázaro Ramos, que não engrenou como o galã pegador André e foi o mais rejeitado na primeira pesquisa de opinião da novela.

Como conseguiu se recuperar: Norma (Glória Pires) foi a única personagem que tinha uma história cujo fio se podia seguir inteiro na novela e despertou o interesse do público. Por causa disso, o casal protagonista foi deixado um pouco de lado e Norma passou a ganhar ares de protagonista-vilã. Foi a partir do centésimo capítulo, quando Norma saiu da cadeia e iniciou seu plano de vingança contra Léo (Gabriel Braga Nunes), que a novela engrenou de vez. Não chegou a ser um sucessão de audiência, mas conquistou o público.




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - Sol (Débora Secco), uma das mocinhas mais insuportáveis de todos os tempos; 2 - Falta de química entre o casal protagonista, Sol e Tião (Murilo Benício); 3 - Cleptomania, rodeios, deficiência visual, homossexualidade, imigração, o perigo da pedofilia na internet, entre outros temas polêmicos, assustou e confundiu o público; 4 - Boicote dos defensores dos animais contra a autora, Glória Perez, por abordar o universo dos rodeios de forma "glamourosa" e mentirosa; 5 - Boicote das autoridades dos Estados Unidos, que acusaram a novela de incentivar a entrada ilegal de brasileiros no país graças a história da mocinha; 6 - Desentendimentos e incompatibilidade de ideias entre a autora e o diretor de núcleo, Jayme Monjardim; 7 - Havia uma rejeição maior quando os dramas dos personagens se passavam nos Estados Unidos aos invés no solo brasileiro.

Como conseguiu se recuperar: Jayme saiu e em seu lugar entrou Marcos Schechtman, que deu mais dinamismo à trama. Também trocaram a abertura: sai a sofrida música Órfãos do Paraíso, de Milton Nascimento, e entra Soy Loco Por Ti América, da diva Ivete Sangalo. O diretor musical, Marcus Vianna, também foi afastado e as bucólicas trilhas incidentais foram trocadas por músicas mais alegres. Com algumas alterações na sinopse original e com a maior parte da trama se passando definitivamente no Brasil, América caiu de vez no gosto popular e se tornou a SEGUNDA MAIOR AUDIÊNCIA DA DÉCADA 2000, só perdendo para Senhora do Destino. Que superação, hein!!!




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - O ritmo super ágil da trama acabou confundindo o público, que veio com frases do tipo "Não estou entendendo nada" ou "essa novela é rápida demais". Perder uma cena da novela era como se tivesse perdido o capítulo inteiro; 2 - As falas com sotaque e sem tradução dos personagens italianos também confundiu e irritou bastante; 3 - Diana (Carolina Dieckmann), cujo índice nas pesquisas de opinião alcançavam mais de 90%... De rejeição!!! A mocinha era apática, songamonga ao extremo, chata pra cacete e não tinha química alguma com nenhum dos seus dois interesses amorosos, Gerson (Marcello Antony) e Mauro (Rodrigo Lombardi).  

Como conseguiu se recuperar: Diana era tão rejeitada pelo público que imploraram pela morte dela. E conseguiram - a personagem morreu após dar a luz. Para solucionar o problema do ritmo super ágil, Passione ganhou cenas repetitivas e flashbacks. Os capítulos também passaram a exibir um resumo corrido do que se desenrolou no dia anterior. Mas foi a partir do capítulo 100 que a novela engrenou de vez e ganhou contornos policiais. A morte do vilão Saulo (Werner Schünemann) levantou a audiência da novela. Desde então, a rede de intrigas que envolveu treze suspeitos de terem cometido o crime monopolizou a trama. Todos teriam motivo para matar Saulo, nenhum tinha um álibi consistente, todos desconfiavam de todos, todos mentiam.





Motivos para a baixa audiência no início: 1 - A novela falava um pouco sobre o submundo cruel e obscuro da prostituição e muitas donas de casa não gostaram da forma pesada como o tema era abordado; 2 - Assim como estão fazendo atualmente com Babilônia, reclamava-se muito do excesso de maldades na novela. A grande maioria dos personagens eram maus, corruptos e desonestos, enquanto os poucos personagens de bom caráter na trama eram bonzinhos e corretos demais, ou seja, chatos pra cacete.

Como conseguiu se recuperar: O tema da prostituição foi suavizado e muitos personagens maus sofreram pequenas alterações. As cenas de sexo da prostituta Bebel (Camila Pitanga), por exemplo, foram cortadas e apostaram mais no humor da personagem. O resultado deu super certo. Com seu bordão "catiguria", Bebel virou sucesso e, ao lado do vilão Olavo (Wagner Moura), conquistou o público e ganhou fãs - apesar de todas as trapaças e atitudes nadas corretas que os dois faziam. Paraíso Tropical não foi um grande sucesso, mas não deixou nada a desejar e até foi indicada ao Emmy Internacional de Melhor Telenovela.




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - Torre de Babel foi lançada como uma novela "forte, verdadeira, emocionante". Tão forte que afugentou os telespectadores, não acostumados a ver no tão tradicional horário das oito tanta violência e temas fortes, tais como drogas, assassinatos frios, violência dentro do lar, homossexualismo, entre outros; 2 - O casal lésbico Rafaela e Leila sofreram com o preconceito da sociedade na época dentro e fora da novela, com índices grandiosos de rejeição nas pesquisas de opinião. 

Como conseguiu se recuperar: O autor Silvio de Abreu foi obrigado a mudar toda a estrutura da história para reconquistar o público perdido, tornando a trama mais "leve". E conseguiu. A novela, que despencou na audiência em sua primeira fase, conseguiu ótimos índices na fase final. Até o tema de abertura foi mudado. Saiu a retumbante música instrumental e entrou a suave "Pra Você", interpretada por Gal Costa. Mas foi com a explosão do shopping center que a trama decolou de vez, iniciando um grande mistério que aguçou a curiosidade do público: quem explodiu o shopping center? Essa explosão serviu também para eliminar alguns personagens que o público rejeitava, como o drogado Guilherme (Marcello Antony) e as sapatonas Rafaela e Leila.




Motivos para a baixa audiência no início: 1 - Assim como em Torre de Babel, a novela apresentava temas fortes, violentos e polêmicos demais para o horário e romance e personagens bons e honestos de menos, afugentando, assim, os telespectadores; 2 - Carrossel, que foi um grande fenômeno aqui no Brasil. A trama mexicana exibida no SBT apresentava ao público o oposto de O Dono do Mundo: uma trama leve, infantil, engraçada e emocionante. As duas não chegavam a serem concorrentes no horário, mas se enfrentavam durante o último bloco da novelinha mexicana.O desinteresse do público pela trama das nove da Globo em face ao sucesso de Carrossel chegou a ser capa da Revista Veja; 3 - Pesquisas de opinião na época apontavam que ninguém suportava as vitórias do protagonista-vilão Felipe Barreto (Antonio Fagundes) e do excessivo número de personagens maus e desonestos; 4 - Mesmo em plenos anos 90, a virgindade feminina ainda era um grande tabu. E como Márcia ofereceu sua virgindade tão facilmente para Felipe, o público torceu o nariz para a mocinha. Não só por isso, mas também pela falta de lealdade dela com o noivo. É que depois de criar dezenas de situações e intrigas para afastar o noivo de Márcia e transar com ela, Felipe não conseguiu o que desejava e chegou inclusive a desistir do plano. Foi nesse momento que Márcia bateu à porta do quarto do hotel de Felipe se oferecendo para ele. Foi Márcia quem escolheu Felipe para tirar sua virgindade e traiu o próprio noivo em plena lua de mel!!!

Como conseguiu se recuperar: Essa novela foi a que mais deu dor de cabeça para a Globo. Por mais que o autor, Gilberto Braga, fizesse milhares e milhares de modificações para tentar reconquistar o público, a audiência continuava lá embaixo. Em determinado momento da trama, num momento de fúria, Márcia agride Felipe com um bisturi e vai parar na cadeia. Foi uma das primeiras alterações inseridas pelo autor para que o público ficasse do lado de Márcia. É que o charme de Antônio Fagundes e a degradação dos princípios morais faziam com que os telespectadores não se indignassem com as suas armações, o que comprometia a espinha da trama - a vingança de Márcia. Convidado a colaborar na reformulação da história, Silvio de Abreu deu maior agilidade à ação, além de introduzir mudanças substanciais no perfil de alguns personagens. Aos poucos, a novela foi recuperando público, mas penou, viu...





Ou não, né? Porque Em Família foi MISSION FAILED!!!

Morra de tédio ao som da minha flauta


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