Nesse blog, o melhor da TV será exaltado e o pior será humilhado. Sem dó nem piedade. Sem bajulação. Com bastante acidez e uma pitada de ironia. Entre. Fique a vontade. E critique também. Afinal, eu critico, tu criticas.
Ideia de gênio juntar Chaplin e Tom Jobim. Enquanto Chaplin como Hitler em "O Grande Ditador" (1940) brincava com um grande globo terrestre, o globo trazia imagens de mulheres sensuais, numa alusão às conquistas do diabólico cirurgião Felipe Barreto (Antonio Fagundes). Jobim canta "Querida", música menos conhecida dele e que é pura luxúria.
14º lugar: Cordel Encantado
Com a música “Minha Princesa” de Gilberto Gil e Roberta Sá, a abertura mostra, em forma de cordel, imagens do sertão do Brasil, contando a história dos personagens principais; Açucena (Bianca Bin) e Jesuíno (Cauã Reymond). Tudo de forma bem fofa.
13º lugar:O Rei do Gado
Embalada na música “Rei do Gado” do grupo Orquestra da Terra, a abertura mostra a vida dos peões com o gado e também Antônio Fagundes montado no cavalo, representando o Rei do Gado.
12º lugar:Caminho das Índias
A novela trouxe imagens caleidoscópicas que se tornaram icônicas na cultura indiana. Retilizados, os símbolos de arquitetura, religião, música e dança formaram uma bela homenagem à Índias.
11º lugar:Tieta
Embalada na música “Tieta” de Luiz Caldas, a abertura misturava elementos da natureza com a beleza feminina, representada pela modelo Isadora Ribeiro. Hans Donner e a sua equipe fotografaram o litoral de Mangue Seco, no norte da Bahia. Através de recursos de computação gráfica, vários elementos da natureza, como pedras, árvores e folhas, davam forma ao corpo da modelo. No final da abertura, aparecia o logotipo escrito na areia.
10º lugar: A Indomada
A então desconhecida Maria Fernanda Cândido se transformava em fogo, água e pedra em efeitos especiais inimagináveis em estúdios brasileiros no ano de 1997. Uma baita revolução gráfica que impressionou a todos na época!
09º lugar: Pecado Mortal
Embalada na música “Street Life” de Randy Newman e os Crusaders, com os personagens parados, é possível ver os detalhes e os elementos dos anos 70, onde é ambientada a trama.
08º lugar:Por Amor
Regina Duarte disse que chorou emocionada na primeira vez que viu a abertura de Por Amor, que reunia fotos antigas dela com a filha, Gabriela Duarte, em que uma se fundia na outra. Mãe e filha na vida real e na trama da novela também, cuja história tratava de Maternidade. Como não se emocionar? Ainda mais tendo a bela canção “Falando de Amor” ao fundo!
07º lugar:Cheias de Charme
Excelente essa animação inspirada em teatro de marionetes, mas com muita cor, brilho e diversão, já que se trata de uma novela das sete com foco no popular, música, shows e brega.
06º lugar:Vale Tudo
Sim, a melhor novela de todos os tempos tinha também uma das melhores aberturas de todos os tempos. Na melhor tradição tropicalista, a voz potente de Gal Costa cantando "Brasil", o grande hino crítico de Cazuza a toda a esculhambação nacional, vinha acompanhado de um turbilhão de imagens-clichês associadas ao nosso país: bandeira, arara, tucano, futebol, caju, estátua de Aleijadinho, banana, borboleta... Isso tudo em menos de um minuto!
05º lugar:Dancin' Days
Impressionante como a abertura da novela samba na cara de qualquer novela nova que a Globo esteja passando. As Frenéticas, os letreiros de neon e os rostos espocando em meio à balada soam moderno ainda hoje (imagine, então, naquela época?!)
04º lugar:A Regra do Jogo
E o que dizer de A Regra do Jogo, que mal estreou e já tem uma abertura arrebatadora, que mostra uma batalha épica de xadrez em 3D? Tudo ao som da canção "Juízo Final", na voz potente de Alcione (com alguns ótimos efeitos sonoros que deram um tom sombrio ao samba).
03º lugar:A Favorita
Uma abertura levada pelo inesquecível tango eletrônico da Bajofondo. Completamente maniqueísta, também se utiliza da animação para dar o tom da novela que fez tanto sucesso e é lembrada com frequência até hoje. Há quem crie teorias de conspiração e afirme que a abertura já dava indícios de que Flora (Patrícia Pillar) é que era a grande vilã da trama!
02º lugar: Elas por Elas
Embalada por “Elas por Elas” do The Fevers, foi uma das mais criativas já feita para a TV. Exibia uma festa da década de 60, em preto e branco. A imagem de uma jovem da festa era congelada após um efeito de flash de câmera fotográfica. A cena se transformava numa foto e a moça fotografada saía desta foto, se fundindo com a imagem da atriz, na atualidade, já colorida.
01º lugar:Deus nos Acuda
E é com muito prazer que dou o título de maior abertura de novela de todos os tempos para Deus nos Acuda! Nunca uma novela se tornou tão real com essa abertura bem feita e idêntica a situação atual do nosso país, cheio de corrupção e desonestidade. Só mesmo Deus para nos acudir...
Joyce (Carla Marins) vivia uma relação conflituosa com a mãe, Helena (Regina Duarte). A jovem fazia um cursinho preparatório para o vestibular no intuito de cursar história, mas era uma estudante muito desinteressada. Joyce também era muito inconstante, não sabia o que queria, berrava com todo mundo e vivia brigando com o namorado, Caio (Ângelo Paes Leme), de quem engravida. Mas é só com a ajuda da mãe que ela leva adiante a gestação pra isso a mãe, serve, né?.
No final da novela, Joyce descobre que a irmã de Helena teve um romance com seu pai, o que resultou em uma gravidez. Só que a mulher morreu em um acidente quando o bebê tinha apenas três meses de vida. Esse bebê era Joyce, que Helena assumiu e cuidou como se fosse sua filha. E o que Joyce faz? Fica transtornada com a descoberta, revolta-se contra Helena, humilha ela e põe a mulher que lhe criou a vida toda pra fora de casa. Quanta ingratidão, viu...
Só no penúltimo capítulo que Joyce perdoa a mãe e as duas fazem as pazes.
Mas nem assim Joyce abaixa a crista. Ao contrário das outras filhas ingratas e mimadas da lista, Joyce se mantém insuportável, chata e arrogante do início ao fim. Aja saco, viu!
Por isso, em uma escala de vinte palmatórias que a Joyce
merecia ter levado quando criança, quanto odiei:
Maria Eduarda de Por Amor
Maria Eduarda (Gabriela Duarte) era daquelas que queria que o mundo todo cedesse às suas vontades. As únicas pessoas que gostavam dela na novela era sua mãe Helena (Regina Duarte), seu namorado Marcelo (Fábio Assunção) e seu ex-namorado César (Marcelo Serrado), um médico que continua apaixonado por Eduarda apesar dela não querer nada com ele. Branca (a diva soberana Suzana Vieira), a mãe de Marcelo, não curte nada o romance entre ele e a moça e dá a maior força para que a psicótica Laura (Vivianne Pasmanter) reconquiste Marcelo. Apesar de todos os esforços das duas, Maria Eduarda e Marcelo acabam casando mesmo assim. Eduarda engravida na mesma época que Helena e as duas vão pra maternidade juntas. Durante o parto, o útero de Eduarda se rompe e o bebê morre. Helena, desesperada, pede pra que César troque os bebês pra que ela finja que o filho dela morra, enquanto o de Eduarda continuou vivo. César acaba concordando, porque ama Eduarda e porque ela nunca mais ia poder ter filhos. Eles trocam os bebês e a farsa demora um tempo pra ser descoberta. Enquanto isso, a vida da mocinha continua sendo infernizada por Laura, que arma planos mirabolantes para separá-la de Marcelo. A única vez que Eduarda toma alguma atitude é a vez que ela fica tão brava com Laura (que tinha engravidado de gêmeos de Marcelo) que joga ela de cadeira de rodas e tudo dentro da piscina.
Fora essa vez, Eduarda estava sempre reclamando e com aquela cara de enfezada pra tudo que acontecia próximo a ela. Mais pro fim da novela, ela finalmente descobre a farsa da troca dos bebês ao ler o diário da mãe e, ao invés de entender que o que a mãe fez foi um ato de amor, tem uma briga ridícula com Helena e rompe relações com ela. Além desse monte de problemas, ela também tinha uma relação bem conflituosa com o pai, Orestes (Paulo José), que sofria com o alcoolismo. Eduarda morria de vergonha dele e fazia de tudo pra esconder que ele era seu pai. No fim da novela, ela faz as pazes com Helena e Orestes e termina feliz ao lado de Marcelo. O fato é que Eduarda era tão chata que criaram um site de ódio à personagem intitulado "Eu Odeio a Eduarda". Isso em 1997, uma época em que era difícil encontrar alguém que vivia na internet e nas redes sociais (já que não eram esse fenômeno todo que é hoje em dia). Por isso, em uma escala de vinte Brancas que em nada tem haver com essa matéria, mas por ter sido interpretada pela diva soberana da Suzana Vieira eu vou colocar aqui sim e ai de quem reclamar, quanto odiei:
Camila de Laços de Família
Em um belo dia, Helena (Vera Fisher) estava dirigindo calmamente pelas ruas do Leblon quando bate no carro de Edu (Reynaldo Gianecchini). Ela, que não é boba nem nada, se apaixona pelo bonitão. Por conta da questão da diferença de idade, Alma (Marieta Severo), a tia controladora de Edu, detesta o romance e não vê a hora de separar seu sobrinho querido da senhora com a qual ele está se envolvendo. Pra piorar um pouco a situação, Camila (Carolina Dieckmann), a filha de Helena, volta do Japão e dá de cara com o namorado jovem e bonito da mãe em sua casa. O inevitável acontece: Camila se apaixona por Edu, que acaba se apaixonando por ela também e Helena aceita o romance porque é burra é mãe. Camila e Edu se casam, Helena encontra um novo amor, Miguel (Tony Ramos), mas a felicidade não dura muito. Além de Camila ter que lidar com a meia-irmã da mãe, Íris (Deborah Secco), que passa a morar no Rio depois da morte de sua mãe e faz de sua vida um inferno, cheio de brigas nas quais Íris grita JUUUUUUDAS, pouco tempo depois do casamento, Camila descobre estar com leucemia e tem que começar o tratamento do câncer. Em uma das cenas mais lembradas e marcantes de toda a nossa teledramaturgia, Camila corta o cabelo ao som de Love By Grace da Lara Fabian. Na boa, como não se emocionar assistindo essa cena abaixo, não é mesmo? Já peguei até um lencinho porque não consigo parar de chorar!
No final, após muito sofrimento, tudo fica bem. Precisando urgentemente de um doador de medula, já que Camila e o meio-irmão Fred não são filhos do mesmo pai, querendo salvar a filha da doença, Helena recusa o pedido de casamento de Miguel e faz um filho com Pedro (José Mayer) para salvar Camila. Vitória, a filha de Helena, nasce e consegue curar Camila, que termina feliz com Edu. Helena ainda se acerta com Miguel e os dois se casam. O fato é que Camila só foi salva da rejeição total do público pela história que veio a seguir, na qual era diagnosticada com leucemia. Antes da doença, chegava a dar vontade de dar uma surra nela tamanha a sua prepotência. O pior de tudo é que Camila era sonsa e hipócrita. Se achava a melhor pessoa do mundo e vivia dizendo que Íris não valia nada, mas não mediu esforços para conquistar Edu usando como justificativa que "no amor, vale tudo". Não estamos falando de pegar o boy da amiga na balada, queridinha (o que já é horrível, diga-se de passagem), e sim pegar o boy da própria mãe debaixo do teto dela se insinuando para ele!!! Por isso, em uma escala de vinte meninas lindas com leucemia, quanto odiei:
Luciana de Viver A Vida
Até mesmo a Helena da Taís Araújo (a única das Helenas que não era mãe) teve uma enteada chata pra aturar. Filha mais velha de Marcos (José Mayer) e Teresa (Lília Cabral), muito mimada pelos pais, Luciana (Alinne Moraes) sonhava com o glamour e o sucesso no mundo da moda, mas não tinha o apoio da mãe, que conhecia as desilusões que a profissão podia causar. Quem também não gosta da carreira escolhida por ela é seu namorado, Jorge (Mateus Solano), que faz tudo para que ela desista da ideia. Confiante, Luciana corre atrás de todas as oportunidades para ver sua carreira decolar. Enquanto isso, Helena, uma top model de renome internacional, no auge da carreira, decide largar a profissão para se casar com o sedutor Marcos, empresário do ramo hoteleiro, por quem se apaixona perdidamente. Após se casar com ele, Helena tem de enfrentar o rancor de Teresa (que, embora tenha optado pelo divórcio por estar cansada das traições do marido, ainda o ama) e também a rivalidade de Luciana, que inveja sua posição no mundo da moda. Além disso, Luciana não a aceita como madrasta, principalmente por ciúmes do pai.
A relação de Helena e Luciana é conflituosa. Enquanto a primeira tenta se aproximar da enteada, esforçando-se por ignorar seus comentários agressivos e infantis, Luciana não perde a oportunidade de maltratá-la. É graças a Helena que Luciana é selecionada para fazer seu primeiro trabalho fora do Brasil. Em Jordânia, madrasta e enteada conhecem os aventureiros Bruno (Thiago Lacerda) e Felipe (Rodrigo Hilbert), dois amigos brasileiros que rodam o mundo em busca de novas experiências Traduzindo: são riquinhos, porque se tivessem um tanque cheio de roupa pra lavar ia acabar com a graça dos dois rapidinho. Luciana se encanta por Bruno. Ele se interessa por Helena, mas acaba trocando um beijo com Luciana, que fica encantada. As duas têm uma forte discussão no dia do retorno para o Brasil e Helena fica tão perturbada pelas duras palavras de Luciana que lhe dá um tapa na cara e recusa-se a viajar no mesmo carro que ela, obrigando a filha de Marcos a dividir o ônibus com as outras modelos. Rola um acidente com esse ônibus e, em uma cena emocionante, Luciana descobre que perdeu os movimentos dos braços e das pernas.
A veracidade das cenas foi tão impressionante que sofri junto com ela a cada dificuldade e vibrei a cada conquista. A personagem, que começou a novela mimada e egoísta, sofreu uma mudança radical após a tragédia que a deixou tetraplégica, mostrando que o sofrimento ensina muito e humaniza as pessoas. Luciana recupera os movimentos dos braços, mas termina a novela paraplégica. Ela termina feliz ao lado de Miguel (Mateus Solano) e faz as pazes com Helena, que fica com Bruno porque era o que tinha pra hoje!. Por isso, em uma escala de vinte Taís Araújos chorando por ter sido completamente ofuscada nessa novela pela Alinne Moraes, quanto odiei:
Luiza de Em Família
Helena (Bruna Marquezine) foi criada em Goiás para conquistar a audiência daquele estado brasileiro onde os índices da Globo são vergonhosos e, desde pequena, gostava de andar pelos campos floridos ao lado do primo, Laerte (Guilherme Leicam), um belo jovem com um sério problema de insegurança aliado a um descontrole emocional bem forte. Tão forte que ele foi contra todas as campanhas de saúde e fez um pacto de sangue com a amada. Helena tinha uma necessidade muito grande de se sentir desejada. E por causa desse desejo, flertava com Virgílio (Nando Rodrigues), que nutria uma paixão secreta por ela. O tempo passou, Laerte foi ficando ainda mais psicopata e conseguiu convencer a amada a se casar com ele. Porém, durante a despedida de solteiro, acidentalmente o órgão reprodutor de Laerte foi aparecer dentro do órgão reprodutor de uma prostituta contratada para a festa Olha só como são essas coisas da vida! e Virgílio viu. Resultado: os dois brigaram e Laerte enterrou o amigo vivo. E bora lá casar! Laerte foi preso, o pai de Helena sofre um infarto na igreja e morre e Helena, sentindo-se culpada, aproveitou o vestido de noiva e a vontade de juntar as escovas de dente para se casar com Virgílio.
Vinte anos depois e muitos pontos de audiência a menos, Helena se transforma na Julia Lemmertz, Virgílio vira o Humberto Martins com uma cicatriz horrorosa em forma de varizes na cara e a filha dos dois foi estudar na Europa. Lá no velho continente, Luiza (Bruna Marquezine) conhece Laerte (Gabriel Braga Nunes) e os dois se apaixonam perdidamente. Não satisfeita em só namorar Laerte, o homem que infernizou a vida de sua mãe no passado e quase matou seu pai, Luiza dá o seu melhor como a garota mimada que é e desafiava a família com suas provocações: "Eu não tenho culpa se você gosta do mesmo homem que eu e se você tem inveja de mim", disse ela para Helena quando mãe e filha se confrontaram por causa do namoro relâmpago de Luiza e Laerte. Nossa, quem precisa de inimiga pra roubar teu boy com uma filha dessas, não é mesmo?
Iludida pelos olhos azuis e a lábia infalível de Laerte, Luiza realmente acreditou que estava vivendo um conto de fadas e fez de tudo para que todos os outros personagens pensassem o mesmo e embarcassem com ela nesse carrossel onde o mundo faz de conta e a terra é quase o céu. Prestes a se casar com o músico, ela obrigou o pai a receber o casal em seu apartamento para que ele pudesse dar a bênção à união. "Ainda tenho esperanças de que ele entre na igreja comigo", dizia ela, simplesmente ignorando o fato de que seu querido noivo enterrou seu pai vivo durante a juventude dos dois!!! Tem como torcer por uma personagem dessas? Absolutamente, não!
Felizmente, Luiza e Laerte não terminam felizes no final porque uma figurante loira mata o flautista com um tiro no dia do casamento na saída da igreja. Sorte da Luiza, porque depois do casamento ela ia ver o que é bom pra tosse. Por isso, em uma escala de vinte flautas MALDITAS, quanto odiei:
E o resultado da nossa Escala de Ódio ficou assim:
5º lugar - Luciana de Viver A Vida
4º lugar - Camila de Laços de Família
3º lugar - Luiza de Em Família
2º lugar - Maria Eduarda de Por Amor
1º lugar - Joyce de História de Amor
Parabéns, Joyce! Você é a mais insuportável de todas! Gostou do resultado?