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sábado, 15 de outubro de 2016

O Melhor e o Pior de “Laços de Família”



Uma vez sucesso, sempre sucesso! A reprise de Laços de Família chegou ao fim no Canal Viva marcada pelos altos índices de audiência para o canal pago e com grande repercussão nas redes sociais. Rever o folhetim pela terceira vez (sim, eu vi em 2000 e no Vale a Pena Ver de Novo) serviu para sentir saudade dos áureos tempos em que Maneco sabia criar um novelão, atestar a excelência da trama, mas também para reavaliar alguns pontos comprometedores que passaram despercebidos naquela época. Por isso, listo aqui o melhor e o pior de Laços de Família.

     O MELHOR     


Texto


Sem sombra de dúvida, sua maior qualidade. Foi com essa novela que Maneco confirmou a excelência de seus diálogos e seu potencial em desenvolver tramas folhetinescas com boa dose de realismo, o que garantiu a audiência da trama, se firmando, de vez, como cronista do cotidiano. As falas dos personagens soam como poesia. Suas histórias, suas lições, seus devaneios... Laços de Família, mais do que ver, é boa de se ouvir (tanto pelos diálogos bem escritos, quanto pela trilha sonora maravilhosa)! Sem contar que a trama, que Maneco retirou de uma notícia de jornal (em 1990, nos Estados Unidos, uma mulher tinha uma filha que estava com leucemia; então, ela engravidou para salvar a menina e conseguiu o que pretendia), foi muito bem construída, garantindo emoções a toda semana e desempenhos irretocáveis do elenco, conduzido pela direção primorosa de Ricardo Waddington. Novelão clássico!

Trilha sonora


Uma das melhores de todos os tempos. União perfeita de música sofisticada com apelo popular. Tudo nessa trilha remetia à novela: desde as ensolaradas bossas-novas, passando pelos hits ensolarados até as baladas mais românticas. Tudo tinha cara de sol, mar, Leblon e combinava com cada personagem. Destaco “Como vai Você” (tema da protagonista Helena num belíssimo arranjo e uma interpretação tocante de Daniela Mercury), “Próprias Mentiras” (tema de Íris na voz de Deborah Blando), “Solamente Una Vez” (tema de Alma cantada por Nana Caymmi), “Baby” (tema de Camila na voz dos Mutantes), “Man, I feel like a woman” (delicioso country que foi tema de Cíntia), “Save me” (da banda Hanson que embalava as cenas românticas de Camila e Edu), “Spanish Guitar” (tema de Capitu na voz de Toni Braxton) e “Love By Grace” (canção de Lara Fabian imortalizada na icônica cena em que Camila raspa os cabelos).

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Helena


Regina Duarte que me perdoe, mas considero a (deusa) Vera Fisher a melhor Helena de todas as novelas do Maneco! A Helena de Laços de Família nunca ligou para isso de que “mulher depois de certa idade não pode fazer isso, não pode fazer aquilo” e foi muito humana, forte e decidida (inclusive, cheia de erros e imperfeições) e muito mãe ao abnegar certas coisas de sua vida e cometer algumas loucuras pela sua filha (que era um porre, mas era filha dela). Atraente e sensual, Vera foi a escolha perfeita para viver a protagonista, o que tornou crível seu romance tanto com o novinho Edu, quanto com o maduro Miguel. É o melhor trabalho na vida da Vera Fisher. Uma pena que, depois da Helena, tenha decaído tanto na carreira, chegando ao abismo com a Irina (aquela que só vivia sentada e só fazia a contabilidade em Salve Jorge).


Camila vs Íris


Totalmente compreensível a rejeição do público à personagem de Carolina Dieckmann, antes da doença que a humanizou (e a tornou mais digerível, embora ainda irritante com sua infantilidade e vitimização exacerbadas). Impossível torcer por ela e seu romance com Edu, tamanho era o cinismo com que se dirigia a mãe e a sem-vergonhice com que avançava sobre Edu quando este ainda namorava Helena. Por sorte, tivemos a espevitada Íris (melhor papel da Débora Secco) para colocar a “Judas” em seu devido lugar! Enquanto todo mundo na novela achava tudo lindo, fofo e romântico, Íris ficava chocada cada vez que via Edu e Camila juntos e jogava a verdade na cara dos dois pilantras, representando o público com louvor e dando graça a trama com suas picuinhas e provocações. Um perfil complexo, onde a maldade e a fragilidade se misturavam a todo momento. O seu amor e dedicação pelo machão Pedro também rendeu cenas hilárias.

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Capitu


Mãe solteira, a bela se prostituía as escondidas para sustentar a família e o filho e fugia daquele esteriótipo de que toda garota de programa era uma maníaca sexual malvada e louca por dinheiro. Capitu foi uma personagem tão do bem e sofredora que acabou se tornando uma das personagens mais queridas da trama. Ela passou por uma verdadeira via-crúcis, que incluiu as investidas do obcecado Orlando (Henri Pagnoncelli perfeito), as ameaças do marginal e pai de seu filho Maurinho, a falsiane Simone e era atazanada pela despeitada Clara (Regiane Alves maravilhosa), que não admitia perder o marido, Fred, para ela. Embora tenha tomado algumas decisões equivocadas e até meio incoerentes (alguém sabe explicar porque, após Clara revelar seu ofício para todo mundo, Capitu se sujeitou a um casamento com o pior de seus clientes, Orlando, ao invés de ser feliz com Fred?!), esse foi o primeiro papel de grande destaque da Giovanna Antonelli, que a fez alçar voos maiores, tornando-se a mais nova estrela global. 

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Alma


Belíssimo trabalho de Marieta Severo (que lhe rendeu até prêmio de melhor atriz). Alma fez de tudo pelos sobrinhos órfãos, Edu e Estela. Por trás de tanta dedicação, no entanto, havia inúmeros segredos. Foi a pedrinha no sapato de Helena e implicou com a Camila, quando esta ficou doente. A atuação da megera e as suas artimanhas para fazer com que as pessoas dançassem conforme a sua música foi um dos grandes destaques da trama.

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Miguel


Um plot muito poético da trama foi a exploração da solidão de Miguel, após perder a esposa e ter que criar de dois filhos jovens, Ciça (Julia Feldens) e Paulo (Flávio Silvino), este último com sequelas físicas do acidente que vitimara a mãe e, curiosamente, viveu na trama o drama que o próprio ator vive na realidade para tentar se reintegrar à sociedade. A relação de Miguel com Ciça foi uma delícia, transbordando amor e sintonia. Ela, com sua espontaneidade e sinceridade nas palavras, conseguia quebrar toda a formalidade dele. Tony conseguiu nos passar, por meio de um texto muito bem escrito, o vazio do personagem, que se enterrara nos livros e poemas para fugir da vida real. A sua paixão por Helena também rendeu belas cenas, apresentando um amor platônico e idealizado. E eu torci MUITO pelos dois (apesar dele ter sido compreensivo até demais com a Helena, que, verdade seja dita, brincou com os sentimentos dele).

Leucemia



Eu achei a Camila chata? Eu achei a Camila chata! Mas é preciso destacar o talento de Carolina Dieckmann, que apenas exerceu (muitíssimo bem) aquilo que lhe foi proposto, emocionando em cenas de forte carga dramática depois da virada que a sua personagem teve com a descoberta da leucemia. No capítulo em que Camila teve seu cabelo raspado por causa da doença (exibido originalmente em 11/12/2000, ao som de “Love By Grace”), 79% dos televisores ligados do país estavam sintonizados na novela. A produção trouxe para a tela uma sequência real, em que a atriz, aos prantos, tem as suas madeixas loiras tosadas na frente das câmeras, se tornando uma das cenas mais memoráveis e emocionantes da história da nossa teledramaturgia.

Essas imagens, inclusive, foram usadas posteriormente numa campanha da Globo sobre a doação de medula. Por essa campanha, a emissora foi a ganhadora do “BitC Awards for Excellence 2001”, na categoria “Global Leadership Award”, o mais importante prêmio de responsabilidade social do mundo. Isso só confirma a habilidade do Maneco em aliar uma boa narrativa com merchandising social. Nenhuma novela mostrou tão bem o tratamento do câncer passo a passo como Laços de Família. E isso se refletiu na vida real. De novembro de 2000 a janeiro de 2001 (enquanto a novela esteve no ar), a média de cadastrados no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) saltou de vinte para novecentos por mês (um crescimento de 4.400%). Um ótimo serviço prestado pela novela!

         O PIOR         



Machismo velado


A reprise de Laços de Família serviu para que eu pudesse notar a construção de estereótipos machistas velados, incapazes de serem percebidos por mim quando a vi pela primeira vez.

José Mayer é o galã desejado por dez entre dez telespectadoras. Mas é inadmissível que uma mulher se submeta ao tratamento machista do Pedro e, principalmente, que o personagem tenha sido considerado o galã-mor da trama na época. Pedro, na verdade, por preferir a companhia dos bichos e ser um personagem recluso, acabou se tornando uma besta fera irracional, uma composição de machismos hediondos. Maneco construiu o Pedro como se ele fosse tudo que um homem gostaria de ser: é másculo, viril, tem uma amante independente, tenta seduzir a prima e ainda tem na cola uma ninfeta que se “guardou” para ele. E absolutamente o tempo todo ele é perdoado, justificado e até admirado. A única pessoa que poderia contradizê-lo, que seria a Cíntia (Helena Ranaldi), acaba confirmando-o. Ficou a ideia de que, no fundo, toda mulher tem mesmo é tesão pelo homem que a maltrata, a humilha e lhe agarra a força. Um horror!

Danilo (Alexandre Borges) e Ritinha (Juliana Paes) em Laços de Família

Outro deslize calcado no machismo foi em relação a morte de Rita (Juliana Paes), que teve um caso com Danilo (Alexandre Borges), marido de Alma. A empregada morreu durante o parto e deixou os filhos gêmeos para que Alma criasse. Puniu-se a mulher, empregada que se “ofereceu” para o patrão. E perdoa-se o marido infiel, que, mais uma vez, “por ser homem”, teve apenas um “deslize”. Apresentado como inconsequente e imaturo e uma espécie de alívio cômico, tudo voltou a ser como era antes: Danilo terminou a novela outra vez na mansão da esposa, sem evoluir um milímetro de caráter, com os filhos sustentados por Alma e, muito provavelmente, com uma nova empregada, do tipo que aceitará de boa o assédio do patrão. Lamentável!

Em uma determinada cena, Silvia resolveu trocar as fechaduras de casa. O porteiro do prédio estava fazendo a troca, quando entram duas vizinhas pelo elevador. O seguinte diálogo acontece:

– Está trocando as fechaduras? Tentaram entrar? – Perguntam as vizinhas.
– Não, mas nunca se sabe. – Responde Silvia.
– Entraram no apartamento de um dos vizinhos, uma coisa horrível.
– Sim, eu li no jornal.
– Ainda por cima estupraram a empregada.

O porteiro, então, no alto de sua sabedoria, diz:
– Mas aquela ali também, usava umas saias curtíssimas. Estava procurando.

Silvia, então, faz uma cara de quem está com pressa e resmunga um “É”. Pronto, corte. Do lado de cá fiquei eu, esperando um momento onde alguma das TRÊS mulheres presentes falariam algo contra o machismo hediondo incutido na fala do porteiro. O que não aconteceu.

E teve vários outros momentos da trama que exalaram machismo e, em nenhum momento, Maneco sinalizou que era uma crítica a ser discutida. Como quando Ingrid ficava incomodada com o comportamento espevitado de Íris e dizia que a filha tinha puxado o gênio difícil do pai, mas que ele era homem (reticências impediram que ela completasse com “era homem e podia, meninas precisam ser recatadas”). Ou quando Dona Emma dizia para Capitu que ela deveria “casar na igreja, de branco, véu e grinalda, como toda moça direita e decente deve casar”.


Tratamento dado a Zilda


Mais uma vez, valeu a pena ver o quanto evoluímos em dezesseis anos. Em 2000, os elogios concedidos a Zilda (Thalma de Freitas) como "fiel escudeira e amiga da família" me faziam realmente acreditar que ela era bem quista pela patroa Helena e por todos com que com ela se relacionavam de alguma forma. Ledo engano! Zilda era tratada, praticamente, como uma escrava. Do início ao fim, passou 24 horas por dia vivendo unicamente em função da vida da Helena e arredores. Acumulava funções: de cuidar do almoço a babá dos filhos da Capitu e da Clara, das compras no mercadinho a enfermeira de Camila. Em nenhum momento é feito menção a sua jornada exaustiva de trabalho, recebimento de horas extras... Nada disso existia em 2000, então a gente aceitava um elogiozinho como recompensa. A amiga da família nunca foi convidada sequer para dividir a mesa com os patrões. E ainda ouviu certos impropérios por não ter cuidado de coisas que não lhe cabiam, como vigiar as temperamentais Camila e Íris ou não ter verificado que a fralda do Bruninho (filho da Capitu) estava suja. Com a PEC das domésticas, Zilda ficaria rica se processasse Helena, Camila, Clara e Capitu!

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Desperdício de talentos


Os primeiros capítulos indicavam planos mais ambiciosos para Ciça (Júlia Feldens), pedra no sapato de Helena e Camila pelo coração de Edu, infelizmente, pouco explorada no decorrer da narrativa. Lília Cabral também tomou chá de sumiço após a morte do marido e a mudança de Íris para o Rio de Janeiro, ficando sem nenhuma função lá na fazenda. E quando ela, finalmente, mudou para o Rio, acabou morrendo baleada durante um assalto (em uma cena emocionante, diga-se de passagem). Inclui-se aqui também a Sílvia (Eliete Cigarini), ex-mulher de Pedro, que jurou acabar com a vida dele após a separação e poderia ter rendido muito mais.


A cantoria de Ofélia


Se eu morasse no mesmo prédio que a Helena, já teria feito um abaixo-assinado para expulsar essa Ofélia do prédio por perturbação da paz. Ela não teve outra função na trama a não ser cantar (BERRAR!) ópera todo santo dia. Maneco poderia ter poupado meus ouvidos...

Barriga na reta final


É de se lamentar que, justo em sua fase mais emocionante, a novela mergulhou no período mais morno de sua narrativa. Praticamente, nada aconteceu após a descoberta da doença de Camila (só Helena mandando às favas a sua tão valorizada sinceridade, rompendo com Miguel para se deitar com Pedro). Muitos destes últimos capítulos deram sono. É óbvio que essa “barriga” não comprometeu a novela como um todo, mas digamos que rolou uma decepçãozinha e muita paciência para ouvir “Love by Grace” de 5 em 5 minutos em todo santo capítulo.

sábado, 4 de junho de 2016

Os melhores shippers das novelas que não terminaram juntos (na MINHA opinião)



Sabe aquele casal de novela que a gente shippa com paixão e, no final, eles não terminam juntos? É, meus queridos, eu já sofri muito com isso. Por isso, listo aqui os meus casais favoritos da teledramaturgia que não tiveram um final feliz. Que fique bem claro: é a MINHA opinião. Quem gostou, gostou; quem não gostou, vai ter que segurar a marimba. Confira:

Julipe (Sete Vidas)



E não é que a Júlia preferiu o indeciso, chato, insuportável, vacilão, egoísta, turrão e bobo do Pedro ao argentino pintoso e gente boa do Felipe?! NÃO FOI A GENTE QUE PEDIU!!!

Dunat (Malhação Sonhos)



O casal Duanca pode ter sido o protagonista, mas foi Dunat quem roubou a cena. Fim.

Arliza (Totalmente Demais)



Não satisfeitos em terem destruídos Dunat, Rosane Svartman e Paulo Halm foram lá e destruíram Arliza também. Euzinho fiz uma matéria todinha dando 5 motivos que a Eliza deveria ter terminado com o Arthur e não com o carrapato do Jonatas. É só clicar BEM AQUI.

Heledu (Laços de Família)



Não foi a toa que o público odiou a Camila. Todo mundo gostava da Helena com o Edu. Ela não tinha nada que se meter ali no meio roubando o boy da mãe. Como diria Íris, JUUUUUUUDAS!!!

Fredel (Mulheres Apaixonadas)



Tinha um marido que a batia com raquetes de tênis, se apaixonou por um aluno que é bem mais novo que ela, os pais do garoto são contra e, no final, o marido dela se mata com o garoto. Meu Deus, a vida da Raquel era um verdadeiro dramalhão mexicano, coitada... Nessa época, nem existia o termo shippar, mas eu já shippava mesmo assim a Raquel com o Fred.

Crozar (Fina Estampa)



Como eu queria que o Baltazar se revelasse gay e terminasse com o Crô. Adorava!

Penhotto (Cheias de Charme)



Não me conformo e não engulo até hoje a Penha ter dispensado um homem bacana e maravilhoso como o Otto pra ficar com o ex-marido Sandro, que sempre enrolou ela a vida inteira.

Ursulano (Cordel Encantado)



Ainda bem que, em Sete Vidas, Domingos Montagner e Débora Bloch puderam repetir essa química arrebatadora que foi o cangaceiro Herculano com a vilã Úrsula.

Olavel (Paraíso Tropical)



Esse foi outro casal de vilões que não valia nada, mas a gente gostava do mesmo jeito porque tinha muita catiguria e muito tesão. E põe tesão nisso. Muito mexxxxxxxxxxmo.

Anigo (A Vida da Gente)



Sempre achei que o Rodrigo ficou com a Manu mais por gratidão e pena do que por amor.

Vanderlina (A Favorita)



Catarina era uma das personagens mais legais de A Favorita. Só dela ter se livrado do ogro do Léo, já foi de bom tamanho. Mas meu coração sempre foi do Vanderlei. Aquela Estela nunca me desceu.

Malfred (Império)



E mais uma vez, Lília Cabral e Alexandre Nero transbordam química em cena. E mais uma vez, seus personagens não terminam juntos. Na próxima, já pode pedir música no Fantástico!

Concorda com a minha lista? Fique a vontade para discordar ou até selecionar outros casais de novelas que você amou e que não terminou junto.





Visite a nossa fan page para assistir A Favorita, que está sendo exibida de segunda à sábado, sempre ao meio dia. Clique na foto para ver os capítulos:


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Com sucesso de Laços de Família no Canal Viva, será que Maneco merece uma segunda chance no horário nobre?


O Canal Viva tem me feito dormir mais tarde nesses últimos dias. A emissora estreou, na semana passada, a maravilhosa Laços de Família, que ocupa sua principal faixa de novelas, agora exibida a partir das 23h45. Trata-se da primeira novela dos anos 2000 a ser exibida no Viva, já que o canal, até aqui, vinha exibindo tramas dos anos 70, 80 e, principalmente, 90. Mesmo sendo o folhetim mais recente entre os exibidos pelo canal pago da Globosat, Laços de Família não é tão recente assim: lá se vão 16 anos desde a sua estreia. Trata-se de um verdadeiro clássico que merecia tal repeteco.



Na minha modéstia opinião, Laços de Família é a melhor novela do Manoel Carlos. Um drama cotidiano em sua melhor fase, com personagens humanos, interessantes e carismáticos, uma história redonda e muito bem escrita e arquitetada e uma protagonista tridimensional que reinou absoluta no centro da história, com tramas paralelas igualmente interessantes que orbitavam ao redor dela.

Que Regina Duarte não me ouça dizendo isso, mas Vera Fisher (em sua melhor forma), na minha opinião, foi a melhor Helena das tramas do Maneco. Ela convence como uma mulher moderna, dona de sua própria vida, e que é mãe, avó, mas, acima de tudo, também mulher. Linda e com muito sex appeal, a personagem é capaz de despertar paixões irrefreáveis tanto em garotões recém-formados quanto em homens vividos e maduros. A Helena de Laços de Família pode não ser tão controversa quanto a de Por Amor, que foi capaz de trocar o próprio filho com o neto na maternidade, mas também foi dona de conflitos tão interessantes quanto, tendo seus segredos, aos poucos, revelados.



Helena vive três grandes conflitos em Laços de Família. No início, ela vive um romance tórrido com o jovem Edu (Reynaldo Giannechinni), o que desperta a ira da tia controladora do rapaz, Alma (Marieta Severo). Como se não bastasse as armações dela para separar o casal, Camila (Carolina Dieckmann) se apaixona por Edu. Helena percebe e acaba abrindo mão de seu relacionamento com o rapaz por causa da felicidade da filha. Pouco tempo depois, Helena se deixa envolver por Miguel (Tony Ramos), com quem vive um relacionamento maduro, mas acaba abrindo mão desse amor, mais uma vez, por causa da filha. Camila está com leucemia (a doença salvou a personagem da Carolina Dieckmann da rejeição total do público, leia aqui) e Helena abandona Miguel para engravidar do seu primo, Pedro (José Mayer), que é o verdadeiro pai de Camila, para que o bebê possa ser o doador da medula que salvará a vida da filha. A doença de Camila acaba trazendo à tona o grande segredo do passado de Helena.


Além dos conflitos centrais da protagonista, a novela contou com outras grandes histórias. Chamou a atenção e despertou polêmicas a trama de Capitu (Giovanna Antonelli), jovem que vivia como prostituta de luxo para sustentar os pais e o filho. Na época, a personagem foi acusada de "glamourizar" a profissão (uma grande bobagem!), mas despertou a torcida e o carinho do público, que queria que ela se livrasse da perseguição do cliente obsessivo Orlando (Henri Pagnocelli), das armações da falsa amiga Simone (Vanessa Mesquita) e das chantagens de Maurinho (Luiz Nicolau), o pai de seu filho; e que vivesse feliz ao lado de Fred (Luigi Baricelli), seu romance na adolescência. Mas este amor carregava um problema: Clara (Regiane Alves), a esposa de Fred, que não aceitava o fim do casamento. É Clara quem revela na frente de todos que Capitu é prostituta, em uma cena antológica.


Aliás, cenas antológicas é o que não faltam em Laços de Família: além desta sequência, são memoráveis também os embates entre Camila e Íris (Deborah Secco), nas quais esta chamava a filha de Helena de "Juuuuuudas" por ter roubado o namorado da própria mãe, e o assassinato de Ingrid (Lilia Cabral), vítima da violência urbana. E como se esquecer da cena em que Camila raspa os cabelos ao som de Love By Grace, iniciando o drama da personagem? Impossível não chorar junto!



Laços de Família é Manoel Carlos em plena forma. O autor segue com seu estilo cronista, intimista e tranquilo, com acontecimentos que vão acontecendo aos poucos e arrebatando o público. Seu texto, embora lento, é primoroso e leva a história para algum lugar (o que não aconteceu em Em Família, que nos fazia dormir). A direção de Ricardo Waddington faz toda a diferença: ela consegue transformar as cenas cotidianas e banais em grandes acontecimentos. As duas primeiras semanas de Laços de Família, por exemplo, é praticamente toda tocada no Natal e no Ano Novo em todos os núcleos da obra, mas elas não são desnecessárias. Pelo contrário. Foi por meio destas festas de fim de ano que o público foi apresentado eficientemente a todos os personagens, e foi ali que começou a ser construído o romance entre Helena e Edu, que daria as cartas nos próximos capítulos do enredo.


Laços de Família vem mostrando todo o seu potencial na TV por assinatura. O folhetim é líder de audiência no ranking da Pay TV na faixa da meia-noite, além de ser o maior índice dentre as tramas já exibidas no horário pelo canal. Nas redes sociais, a reprise da trama também é um sucesso: a hastag #LaçosDeFamíliaNoViva, quase sempre, está entre os assuntos mais comentados do twitter diariamente. Nessas, fica a dúvida: será que Maneco merece uma segunda chance no horário nobre?


Rever Laços de Família no Viva me faz sentir uma falta danada desse estilo de trama no horário nobre, que é forte, mas, ao mesmo tempo, cotidiana, sem grandes viradas rocambolescas. Maneco perdeu a mão em suas três últimas obras (Páginas da Vida, apesar de ter sido um sucesso, começou a dar sinais do declínio do autor, que viriam a se agravar ainda mais em Viver A Vida e Em Família). Ele já avisou que não escreve mais para a faixa das nove, então o jeito é torcemos para que Maneco leve esse seu estilo tão gracioso para a faixa das onze ou das seis, como a imprensa especializada vem noticiando. Mas, se a faixa das nove já vem promovendo o resgate dos romances rurais de Benedito Ruy Barbosa que tanto fizeram sucesso nos anos 90, quem sabe, em breve, ela promova também a volta da crônica cotidiana, né? Nesse caso, Lícia Manzo surge com o nome capaz de tal feito.

Enquanto isso não acontece, vale a pena ver de novo (e sempre) Laços de Família no Viva!

domingo, 2 de agosto de 2015

Os 10 melhores teasers de novelas


10º lugar: A Vida da Gente


É sempre bom quando o teaser de uma novela consegue descrever perfeitamente a novela. Como, por exemplo, em A Vida da Gente, que, em poucos segundos, já contava a sua história desde os teasers (mesmo que não tenha sido uma chamada bombástica como as demais da lista).



09º lugar: O Rebu


Com requintes de super produção, as "promo" de O Rebu mostravam imagens desfocadas de uma festa badalada e luxuosa, o principal tempo de ação da trama, convidando o público a participar. Só por isso já foi possível ter uma ideia do luxo que a novela seria em meio ao mistério "quem matou?".



08º lugar: Poder Paralelo


A Record caminha a passos rápidos na produção de chamadas e "promos" de seus produtos. Porém, quando o assunto é teaser, a emissora ainda engatinha. A maioria das suas novelas tiveram teasers fraquíssimos e sem sal. Exceção para Poder Paralelo, que teve uma tacada brilhante e que logo de cara fez com que o público quisesse conhecer a história da trama.



07º lugar: O Profeta


Curta e pouco explicativa, porém, profunda e até mesmo assombrosa. Definição prática para o teaser muito bem produzido em um dos grandes momentos de inspiração dos responsáveis pela produção de O Profeta, convidando o telespectador a "seguir" pelo caminho do bem ou do mal.



06º lugar: Avenida Brasil


Uma passagem de tempo mostra a personagem interpretada pela atriz Mel Maia, tristonha, se transformar na Débora Falabella, com sangue nos olhos, prometendo fazer justiça após perder a família e a casa na infância. Pronto! Ficamos todos loucos para que Avenida Brasil estreasse logo.



05º lugar: Laços de Família


Manoel Carlos é fera em matéria de unir depoimentos reais à ficção. Em Laços de Família, diferente de suas outras novelas, as declarações foram usadas nas prévias de divulgação, onde os artistas do elenco contavam algo sobre suas vidas de maneira muito emocionada. Uma ideia que, a princípio, pode parecer boba e piegas para alguns, mas, na prática, se mostrou uma grata revelação (ainda mais levando em conta o tema principal da novela: as relações familiares).




04º lugar: Cama de Gato


Um teaser que, aparentemente, chama a atenção do público, mas que não conta nada da história. Essa é a primeira impressão de quem viu. Entretanto, foi genial, já que foi nada mais, nada menos que uma metáfora para toda a sinopse da excelente novela Cama de Gato. Muito criativo!



03º lugar: A Próxima Vítima


Um clima de suspense dava o tom de A Próxima Vítima, cuja espinha dorsal era centrada em três perguntas: "quem matou?", "por que matou?" e "quem será a próxima vítima?". E já que a trama era policial, nada melhor que apresentá-la como se fosse um noticiário de um programa policial. Meda!



02º lugar: A Regra do Jogo



Em um tabuleiro de xadrez, vestidos de branco e preto (que representam, respectivamente, o bem e o mal), o elenco se movimenta no tabuleiro como se fossem peças de um jogo de xadrez. Alexandre Nero, o protagonista, é o único que, no final, aparece de preto e branco, mostrando que não é tão bonzinho quanto aparenta. Se o objetivo era deixar o público morrendo de ansiedade para que A Regra Do Jogo comece logo, conseguiram (a novela só estreia dia 31 de agosto)! 



01º lugar: A Favorita



Se o autor João Emanuel Carneiro queria inovar no modo de se fazer novelas, a direção assumiu esta responsabilidade na produção do teaser de A Favorita. A novela apresentava uma proposta totalmente diferente e inovadora: o público não sabia qual das duas protagonistas era a vilã e quem era a mocinha. Colocá-las lado a lado lendo o mesmo texto e interpretando, olhando para a câmera, conforme sua personalidade poderia ter sido um risco, mas acabou se mostrando um grande acerto ao confundir o público sobre quem era quem. Genial! O melhor teaser de novela que eu já vi!


segunda-feira, 20 de julho de 2015

As 10 melhores novelas das nove dos últimos tempos



10º lugar: Paraíso Tropical

Apesar de um início conturbado em relação à audiência, aos poucos, foi conquistando os telespectadores. Não foi um grande sucesso, mas também não deixou a desejar.


09º lugar: Caminho das Índias

Seu maior atrativo foi retratar a cultura indiana, fazendo um apanhado de temas relacionados a seus costumes e tradições, tais como, sistema de castas, a questão dos intocáveis, além de danças e festas tradicionais e festivais folclóricos, entre outros. A inserção de palavras e expressões indianas nas falas dos personagens caíram na boca do povo e se tornaram bordões populares.


08º lugar: Laços de Família

Um grande sucesso que mostrou mais uma vez o potencial do autor Manoel Carlos em desenvolver tramas folhetinescas com boa dose de realismo, o que garantiu a audiência da novela.



07º lugar: Celebridade

Mega sucesso popular com uma vasta galeria de vilões memoráveis e personagens carismáticos.




06º lugar: Mulheres Apaixonadas

Com uma estrutura similar à dos seriados e das comédias de situação, a novela garantiu seu clímax com as tramas paralelas - dando muito certo. Todas as histórias, em determinado momento, assumiam pesos semelhantes ou até superiores aos dos conflitos da protagonista.


05º lugar: O Clone

O ineditismo de temas bastante complexos abordados na trama (como clonagem, islamismo, cultura árabe e drogas) foram os principais responsáveis pelo seu sucesso, que veio a ser um fenômeno de audiência e repercussão não só no Brasil, mas no mundo todo.


04º lugar: Belíssima

Uma novela belíssima (ah, vá!), sucesso de público e crítica, que prendeu os telespectadores 
do início ao fim com vários mistérios e segredos, o que garantiu sua ótima audiência.


03º lugar: Avenida Brasil

Um fenômeno popular que causou uma verdadeira comoção entre o público. Focada na nova classe C, parou não só o país, mas o mundo inteiro, pois fez o maior sucesso em todos os países em que foi exibida. É a novela mais exportada da Globo e a primeira novela a viralizar e se tornar queridinha nas redes sociais, provando que a internet e a TV podem ser aliadas e não inimigas.


02º lugar: A Favorita

A novela já valeu pelo mérito de ter revolucionado completamente toda a teledramaturgia ao subverter o esquema folhetinesco vigente apresentando, ao invés de uma história de amor com um casal-romântico central, uma história policial com duas mulheres protagonistas rivais. Uma era a mocinha. A outra era a vilã. Mas o público não sabia quem era quem até a metade da história.




01º lugar: Senhora do Destino


Um mega sucesso popular que bateu todos os recordes de audiência do horário das nove,
sendo a novela mais assistida do século XXI (e o último grande novelão do Aguinaldo Silva).



sábado, 4 de julho de 2015

As prostitutas mais queridas e famosas da ficção que poderiam trabalhar na agência de Fanny




Bebel

bebel-paraiso-tropical

É claro que nossa primeira opção para integrar a agência de Fanny é a Bebel (Camila Pitanga). Linda, atraente, divertida, mas sem caráter nenhum, Bebel era uma das meninas do bordel de Amélia (Susana Vieira), onde mantinha um ar de superioridade em relação às colegas de trabalho. Ambiciosa, torna-se amante do cafetão Jáder (Chico Diaz) e passa a trabalhar para ele no calçadão de Copacabana, onde conhece o vilão Olavo (Wagner Moura) e vive com ele uma tórrida relação. Bebel (Camila Pitanga) era tão maravilhosa que roubou a cena em Paraíso Tropical e fez a gente torcer muuuito pelo romance dela com Olavo, que, mesmo apaixonado, não conseguia admitir que estava louco para ficar com a prostituta. Bebel até chega a fazer aulas de etiqueta para poder circular na alta sociedade, rendendo cenas divertidíssimas como essa aqui, ó...



E aí, Fanny (Marieta Severo)? O que achou da Bebel?




Capitu


Ela nem era protagonista, mas uma das tramas paralelas de Laços de Família fez tanto sucesso que por diversos capítulos desviou a atenção do público da trama principal: a história de Capitu (Giovanna Antonelli), universitária que trabalhava como garota de programa e, com o dinheiro que conseguia, sustentava os pais e o filho de um ano de idade. Capitu era ex-namorada de Fred (Luigi Baricelli), a quem não via há muitos anos. Como o casamento dele estava próximo do fim, os dois acabam se envolvendo e, por amor, ela decide abandonar a prostituição. Mas, até ser feliz para sempre com o amado, passou por uma verdadeira via-crúcis, que incluía as investidas de Orlando, um ex-cliente obcecado por ela, e as ameaças do marginal Maurinho, seu ex-marido e pai de seu filho. Capitu cai tanto no gosto popular que o público mais torcia por ela do que pra mocinha chatonilda da Camila (Carolina Dieckmann)Será que Fanny iria aceitá-la na sua agência?





Hilda Furacão


Uma bela moça da alta sociedade que desiste do casamento no dia da cerimônia, rompe com a família e, cansada da hipocrisia social do meio em que vive, vai morar na zona boêmia e de prostituição de Belo Horizonte, tornando-se a mais disputada meretriz da capital mineira. Essa é Hilda Furacão (Ana Paula Arósio Por onde anda a Ana Paula Arósio? Um beijo, Ana!). E o escândalo não para por aí. Além de desafiar a moral e os bons costumes da Tradicional Família Brasileira mudando radicalmente seu modo de encarar a vida e fazendo de seu vestido o véu de sua cama, Hilda ainda se apaixona pelo seminarista Malthus (Rodrigo Santoro) e faz de tudo para conquistar o frei, deixando-o em dúvida se seguia com seus planos religiosos ou se entregava-se a paixão. Será que Hilda Furacão aceitaria participar do esquema do book rosa, Fanny?



Maria Machadão


Quando a chuva passar / Quando o tempo abrir / Abra a janela e veja, eu sou o sol / Eu sou céu e mar/ Eu sou céu e fim / E o meu amor é imensid... Opa, desculpa aí, pessoal! Acabei me distraindo cantando uma musiquinha aqui. Maria Machadão (Ivete Sangalo a Rainha da Nação Brasileira) não era bem prostituta, mas sim a cafetina dona do famoso e divertido bordel Bataclã, o qual regia com mãos de ferro e unhas de carmim. É uma mulher extrovertida, mas muito autoritária e até um pouco cruel com as suas "meninas", mas só o fato da personagem ter sido interpretada pela Veveta já nos fez amá-la ainda mais. Tanto é que chegou a ofuscar, em alguns momentos, até mesmo a própria protagonista, Gabriela cravo e canela (Juliana Paes). Machadão conhecia muito bem os chamegos, amores e segredos dos coronéis da região. E aí, Fanny? Gostou da Machadão?





Ester Dellamare


Apesar de ter sido uma primorosa produção, Força de Um Desejo passou quase que despercebida e sem chamar muito a atenção do grande público. Ester Dellamare (Malu Mader) era a proprietária do bordel mais famoso da Corte, de onde apresentava aos poderosos as cortesãs mais fascinantes do Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX. Ela era uma mulher forte e que combatia a escravidão da época. Seu amor é disputado pelo barão Henrique Sobral (Reginaldo Faria) e pelo filho dele, Inácio (Fábio Assunção). Será que na agência de Fanny a prostituta faria sucesso?




Ninon


A chegada de Matilde (Yoná Magalhães) movimentou completamente a vida de Asa Branca em Roque Santeiro. Velha amiga de Sinhozinho Malta (Lima Duarte), ela abriu na cidade a boate Sexus e trouxe do Rio de Janeiro duas sensuais dançarinas: Ninon (Claudia Raia) e Rosaly (Isis de Oliveira). O trio de mulheres enfrentava a oposição do padre Hipólito (Paulo Gracindo) e das beatas da cidade, lideradas por Dona Pombinha Abelha (Eloísa Mafalda). Lendo esse pequeno resumo, dá a impressão de que Ninon não passava de uma mera figurante. Mas não. A personagem foi crescendo tanto na trama e conquistando o carinho do público que Cláudia Raia (na época, sua grande estreia nas novelas) até ganhou dois prêmios de revelação feminina do ano de 1985 pelo Troféu Imprensa e o APCA (Associação Paulista de Críticos Teatrais). Aprova, Fanny?



Bruna Surfistinha


Essa daqui nem faz parte da teledramaturgia brasileira, mas é uma personagem tão marcante e fez tanto sucesso no cinema nacional que achei justo incluí-la nessa lista. Baseado numa história real, Raquel (Deborah Secco), filha de classe média paulistana, um dia resolveu sair de casa e tomou uma decisão surpreendente que chocou a todo mundo: virar garota de programa! Em pouco tempo, Raquel se transforma em Bruna Surfistinha e passa a ser uma celebridade nacional, contando sua rotina em um blog na internet e transando com mais de trinta homens em uma única semana (pepeca poderosa a dela, viu!). Afinal de contas, como a própria dizia a cada programa...



Você aceita ou não aceita a Bruna Surfistinha na sua agencia, Fanny?





Dona Beija


Ana Jacinta de São José, mais conhecida como Dona Beija (Maitê Proença), por sua personalidade controversa e destemida, desafiou os costumes e a moral da sociedade hipócrita de sua época, e, consequentemente, chamando a atenção para si, despertando interesse, curiosidades, paixão e ódio. Aos quinze anos de idade, ela já estava noiva de Antônio Sampaio, o grande amor de sua vida. Até que um dia, é vítima do desejo de Mota, o Ouvidor do Rei em visita a Araxá. Depois de presenciar a morte de seu avô, ela é raptada e levada à Vila de Paracatu, onde o ouvidor mora num belo casarão e a mantem como sua amante. Para vingar-se de seu algoz, enquanto ele está fora de casa, Beija serve aos homens que a desejam em troca de jóias e ouro. Chamado pelo Imperador a instalar-se na Côrte, Mota deixa Beija, que a essa altura já juntara uma grande fortuna. Ela parte de volta a Araxá para reencontrar sua antiga paixão, mas Antônio já não esperava mais por Beija. Desiludido e não compreendendo as atitudes de sua amada, ele casou-se com outra. Com a recusa do homem que ama, Beija promete não amar a nenhum outro homem e funda a Chácara do Jatobá, um refinado bordel onde ela se transforma num mito como cortesã, escandalizando todas as famílias conservadoras de Araxá. Seu intuito maior era ferir Antônio. A Chácara de Beija recebia homens que iam lá para se divertir, conversar, dançar, além de sonhar com a companhia de sua anfitriã, que a cada noite escolhia um dos convidados para dormir com ela, o verdadeiro prêmio dos que frequentavam o bordel. Tem algo a dizer para Dona Beija, Fanny?



Tieta


Bonita, vistosa, passional e apaixonada pela vida, Tieta (Cláudia Ohana) era muito sensual e sabia disso. Em sua vida pregressa, antes de se tornar muito rica, supostamente, graças à ajuda de um comendador, comeu o pão que o diabo amassou, o  que lhe deu muita experiência de vida e sabedoria. Foi expulsa de Santana do Agreste aos 18 anos, quando era mais "cabritinha", solta, desbocada e, principalmente, como adolescente que era, mais rebelde. Irritado com o comportamento liberal da jovem e influenciado pelas intrigas de sua outra filha, Perpétua (Adriana Canabrava), Zé Esteves escorraça Tieta da cidade. Humilhada e abandonada pela família, ela segue para São Paulo, fugindo do conservadorismo de sua terra natal. Vinte e cinco anos depois, Tieta (Betty Faria) reaparece em Santana do Agreste, rica, exuberante e decidida a se vingar das pessoas que a maltrataram no passado. Os que a condenaram na juventude, passam a cortejá-la, movidos pela sua fortuna. Para chocar ainda mais a família, ela se envolve com o sobrinho, o jovem seminarista Ricardo (Cássio Gabus Mendes), filho de sua rancorosa irmã Perpétua (Joana Fomm). Só que todo o dinheiro de Tieta foi fruto da "vida fácil" não tão fácil assim. Ela era prostituta em São Paulo e se tornou dona de vários bordeis por todo o país. Tá bom ou quer mais, Fanny?



Nazaré Tedesco


Na primeira fase de Senhora do Destino, lá por volta do ano de 1968, antes de se tornar a melhor e mais amada vilã brasileira de todos os tempos, Nazaré (Renata Sorrah) era prostituta no bordel de Madame Berthe (Tônia Carrero) e fingia ser auxiliar de enfermagem e estar grávida para segurar o namorado casado. Louca para abandonar a profissão, apostou todas as fichas na relação que mantinha com Luís Carlos (Tarcísio Filho), chegando até a sequestrar a filha de Maria do Carmo (Susana Vieira) para apresentá-la ao namorado como sendo fruto da relação dos dois. Tenho certeza absoluta que a Raposa Loira e Felpuda faria o maior sucesso na agencia de Fanny!






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