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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Deu a louca nos Silvios!



Que Silvio de Abreu e Silvio Santos são, respectivamente, um dos principais autores de novelas do país e o maior apresentador da TV brasileira, isso ninguém pode negar. O primeiro, que emplacou grandes sucessos como Guerra dos Sexos (1983), Cambalacho (1986), Rainha da Sucata (1990), A Próxima Vítima (1995) e Belíssima (2005), recentemente, recebeu a missão de assumir o posto de diretor de teledramaturgia diária da Globo. Passados dois anos, a gestão do veterano autor tem sido marcada por decisões controversas.

A primeira polêmica se deu quando decidiu adiar A Lei do Amor, que sucederia A Regra do Jogo, para colocar Velho Chico, que estava na fila das 18h, em seu lugar. Na época, se alegou que a história de Maria Adelaide Amaral tinha uma trama política muito forte, que seria comprometida se coincidisse com as eleições municipais de 2016. Outra razão comentada foi a mudança de estilo, deixando de lado as tramas urbanas e realistas, ambientadas em grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo; para abrir espaço para uma linha mais bucólica e regionalista, valorizando o nordeste brasileiro. Ao longo do tempo, porém, a motivação política para o adiamento de A Lei do Amor mostrou-se infundada, uma vez que Velho Chico, em sua segunda fase, teve fortes tintas políticas (que chegou até a ganhar mais espaço que o romance principal da trama em determinado momento). Na atual novela, o contexto político envolvendo a sucessão municipal em São Dimas não mostra nem 1% da força que deveria ter, além de ter virado uma grande galhofa  —  muito em função de embates envolvendo Luciane (Grazi Massafera), Mileide (Heloísa Perissé), Salete (Cláudia Raia) e Hércules (Danilo Grangheia) que, se eram para serem cômicos, missão realizada sem sucesso.


Mais recentemente, a atuação de Sílvio tem chamado a atenção pelo cancelamento ou alteração de sinopses de autores. O primeiro exemplo envolveu O Homem Errado, ideia original de Duca Rachid e Thelma Guedes, autoras que fariam sua estreia às 21h após A Força do Querer, próximo trem doido de Glória Perez. A trama teve a sinopse aprovada e estava com 12 capítulos prontos e bem avaliados, porém, foi cancelada sem maiores explicações. No lugar da dupla, assume seu lugar Walcyr Carrasco, o homem que nunca descansa. Pouco depois, a maravilhosa Lícia Manzo teve o projeto de sua história das 23h (intitulada Jogo da Memória) transformado em uma minissérie e adiado para meados de 2018. O lugar dela passou a ser ocupado por uma trama das novatas Ângela Chaves e Alessandra Poggi, que falará sobre a ditadura.

Alterações de ordem também têm sido constantes, como as antecipações das novelas de Izabel de Oliveira e Paula Amaral (Anos Incríveis) e Alcides Nogueira (Amor e Morte)  —  esta última jogou mais para frente a nova sinopse de Elizabeth Jhin, agora prevista para 2018. E ainda foram canceladas sinopses de Cláudia Lage (para a faixa das 18h), Rui Vilhena (com um projeto para as 19h), Maurício Giboski (que apresentaria uma novela sobre uma dupla sertaneja, também às 18h), Benedito Ruy Barbosa (cuja história mesclaria elementos religiosos e nazismo), Lauro César Muniz (que teve seu retorno à Globo anunciado, a convite de Abreu, mas os projetos foram cancelados) e Antônio Calmon. Por um lado, há a possibilidade de estas obras apresentarem possíveis problemas em função de elementos de suas tramas que poderiam afugentar o público, o que é até compreensível. Em alguns casos, as alterações podem surtir efeito, como no caso de Liberdade Liberdade, cuja autora original Márcia Prates foi substituída pelo roteirista Mário Teixeira em função de inconsistências no texto da primeira. Por outro lado, fica a sensação de desprestígio, dificultando que novos valores possam se consolidar, ainda mais se considerar que enquanto algumas destas obras sofrem alterações são arquivadas ou alteradas, tramas pífias como Sol Nascente, do veterano Walther Negrão, que já mostrava ser um sonífero desde as fracas chamadas, são aprovadas e até esticadas. Olha só como foi a apresentação especial da novela e me diga se você também não já pressentia o flop:


Outra atuação polêmica de Abreu diz respeito às alterações de rumo em novelas com problemas de audiência, como é o caso de Babilônia e A Lei do Amor. A primeira, cuja estrutura central já era fraca, teve seus núcleos de humor aumentados e núcleos promissores foram destruídos (como foi o caso de Alice/Sophie Charlotte, que se prostituiria e acabou virando uma simples mocinha e chata). A segunda, com uma espinha dorsal superior, também vem sofrendo com a descaracterização de seus núcleos, com o sumiço de personagens importantes e a mudança repentina na personalidade de alguns outros. Ambas viraram novelas Frankenstein. Boa parte dessas mudanças é reflexo dos resultados dos grupos de discussão promovidos pela emissora e estas alterações não estão surtindo efeito. Mas deve-se lembrar que Sílvio não é o único responsável, uma vez que Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari obedeceram a essas mudanças, prejudicando a condução do enredo  —  ao contrário do autor Benedito Ruy Barbosa e do diretor Luiz Fernando Carvalho, que bateram o pé e disseram que em Velho Chico Silvio não iria meter a mão.

A julgar pelos resultados apresentados, a gestão de Sílvio de Abreu como diretor de teledramaturgia vem trazendo mais erros do que acertos. É justo reconhecer que os outros horários (18h, 19h e 23h) estão cada vez mais sólidos, com novelas de sucesso. E não se está aqui questionando, de nenhuma forma, a competência do veterano autor, uma vez que há a intenção de acertar com essas mudanças, em algumas vezes até dando certo. Mas apenas deve-se registrar que a interferência de Abreu no planejamento da dramaturgia diária da emissora carioca vem se caracterizando por decisões erradas  —  em especial na agora frágil faixa das 21h, outrora a mais forte da Globo. Até porque, se nem as próprias novelas Silvio conseguiu salvar (como foi o caso do remake de Guerra dos Sexos), vai conseguir melhorar a dos outros?


Já o outro Silvio segue de férias nos EUA, mas a cabeça dele ainda está na Anhanguera, sempre matutando a grade (voadora) do SBT e ordenando novas mudanças. A nova ordem do patrão recai, novamente, sobre o Fofocando, que estreou às pressas para confrontar o bem-sucedido quadro Hora da Venenosa, do Balanço Geral, e já passou por inúmeras mudanças desde a estreia, seja no elenco (o Homem do Saco/Dudu Camargo saiu e entrou Décio Piccinini), tempo de duração ou horário de exibição, com direito ao formato sendo transmitido, durante alguns dias, somente para São Paulo. Depois de uma experiência matinal ainda mais fracassada, a produção retornou para as tardes, agora com o título Fofocalizando (!!!), logo após o Clube do Chaves (que vem registrando boa audiência, mas mesmo assim foi extinguido e dias depois já voltou ao ar). A impressão que fica é que o público do SBT realmente não está interessado num programa de fofocas, seja ele de manhã ou de tarde. Ou seja, por mais que Silvio Santos brinque de "escravos de Jô" com o programa, mudando-o de horário trocentas vezes, é muito pouco provável que ele consiga ir além do que já alcançou. Fora que mudar de horário o tempo todo não ajuda em nada o programa se estabelecer.

A maior bizarrice de Silvio, porém, foi quando resolveu escalar à queima-roupa um garoto de 18 anos  desconhecido e sem o menor preparo para apresentar o Primeiro Impacto em detrimento das excelentes âncoras Karin Bravo e Joyce Ribeiro, formadas e experientes no jornalismo. Falando na Joyce, a jornalista, junto com Patrícia Rocha, foi demitida pela emissora na última sexta-feira (20) depois de ter sido jogada de um lado para o outro no SBT. Dudu Camargo, porém, segue firme e forte na emissora, se dedicando ao bloco matinal do SBT Notícias, onde é campeão de vergonha alheia com suas dancinhas. SBT Notícias que, aliás, ganhou mais meia hora com a saída do Fofocando da grade matinal, ficando no ar até 8h30.

Como disse no início desse texto (ou melhor, textão), Silvio é o maior apresentador da TV brasileira e, mesmo aos 86 anos, continua divertindo e sendo a maior estrela do SBT. Porém, quando resolve se meter a diretor de programação, sai de baixo! Ele parece acordar e aí do nada tem uma ideia mirabolante e, sem nenhum planejamento, dá ordens, desrespeitando o público fiel de sua emissora e os funcionários que nela trabalham, e depois tudo acaba em merda. Foi graças a essa grade voadora que o SBT perdeu a vice-liderança em 2004 para a Record, que iniciou uma fase mais profissional e de vitórias após o sucesso do remake de A Escrava Isaura. A rasteira que tomou da rival culminou na surpreendente estabilidade da programação do SBT, voltando a ter índices na casa dos dois dígitos. Porém, se continuar assim com tantas mudanças bruscas, poderá perder novamente o segundo lugar isolado na audiência agora também.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

O Melhor e o Pior dos Programas de TV



E depois de muito atraso, enfim, chegamos a última retrospectiva de 2016. Já falei das melhores e piores atrizes, dos melhores e piores atores, do melhor e o pior da dramaturgia e hoje, para encerrar com chave de ouro, é sobre os pontos positivos e negativos dos programas de TV no ano passado. Confira!


            O MELHOR            



14º lugar: Ding Dong — Claramente adaptado do extinto Qual é a música?, do SBT, o quadro se revelou uma grata surpresa do Domingão do Faustão, trazendo vários nomes esquecidos atualmente do mercado musical com músicas inesquecíveis. É um quadro que uniu todas as gerações: provocou nostalgia nos mais velhos e fez os mais novos descobrirem que a música vai muito além dos MCs de hoje.

13º lugar: Dança dos Famosos — Mais uma vez, a competição de dança se mostrou o melhor quadro do Domingão do Faustão. É um entretenimento despretensioso e que conquista facilmente quem assiste. Essa temporada, em especial, achei a melhor e mais bem disputada de todas, graças às performances engrandecedoras de Sophia Abrahão e Felipe Simas. O formato segue com bastante fôlego!

12º lugar: Tamanho Família — Em meio ao sensacionalismo barato dos seus concorrentes, Domingo Show e Domingo Legal, Tamanho Família provou que é possível divertir e emocionar sem exagerar na apelação. Despretensioso, conseguiu agradar toda a família (que, tradicionalmente, se reúne aos domingos no sofá durante o almoço). O apresentador, aliás, continua afiado e muito seguro com o microfone na mão. Popular e fanfarrão, no estilo de quem não tem vergonha, Marcio Garcia, realmente, fez falta na função.

11º lugar: Zorra — Em seu primeiro ano, lá em 2015, ele já havia enveredado pela política, explorando o tema da corrupção em alguns quadros. Mas foi na estreia da segunda temporada, agora em abril do ano passado, que o humorístico mostrou a intenção de ir fundo no assunto, com referências óbvias e, às vezes, explícitas aos principais personagens de Brasília. Se aproveitando do caos da política brasileira em 2016, o programa pintou e bordou, divertindo com um texto esperto e ganhando cada vez mais relevância.

10º lugar: Programa do Jô — Jô Soares fez a última temporada de seu programa com um vigor impressionante. Talvez para fechar este ciclo com chave de ouro, sua produção não economizou nos convidados e nas atrações. Sempre em ritmo de despedida, Jô recebeu grandes personalidades e fez entrevistas antológicas, com destaque para Fausto Silva, Roberto Carlos e Ziraldo, seu último convidado, que transformou o episódio final do Programa do Jô numa grande homenagem ao multiartista. O programa saiu de cena por cima, mostrando porque ainda era o melhor talk show da TV brasileira. Fará falta!


09º lugar: Conexão Repórter — A única coisa que se salva no jornalismo do SBT. Neste ano, em especial, Roberto Cabrini, sempre competente, deitou e rolou no vasto noticiário que marcou 2016. Realizou entrevistas exclusivas e envolventes com figuras como Dilma Rousseff, Eduardo Cunha, Garotinho e aquela jovem que foi estuprada por mais de 30 homens no Rio de Janeiro; viajou para a Colômbia para cobrir o local da tragédia aérea que envolveu dezenas de jornalistas e jogadores e dirigentes da Chapecoense; entre outras reportagens interessantíssimas, como dos narcotraficantes e prostituição infantil. Sempre com muita seriedade e dando a sua marca especial para cada reportagem.

08º lugar: Amor & Sexo — A Família Tradicional Brasileira ficou em polvorosa, pois o Amor & Sexo voltou ainda mais picante em 2016. A atração deixou para trás a busca de romper tabus relacionados aos temas indicados por seu título. O amor e o sexo foram só pretextos para outro show. A guinada, positiva, foi a marca da temporada, que abraçou de vez a causa da diversidade, sabendo discutir o preconceito com muito bom humor e irreverência. Não que o programa fosse ruim antes, pelo contrário. Mas esse era um pulo do gato necessário para evitar o esgotamento. Além disso, Fernanda Lima é uma excelente apresentadora. Conquistou com muito mérito o bom lugar que tem hoje na televisão.

07º lugar: Nova Escolinha — Mais uma temporada pra lá de bem-sucedida. Em tributo a Chico Anysio, a Nova Escolinha do Professor Raimundo provou que a TV tem história e, em meio ao saudosismo, resgatou o velho humor sem perder a tradição. Os bordões, personagens caricatos, piadas de duplo sentido e politicamente incorretas e infantilidades voltaram com tudo. As piadas parecem ser as mesmas de sempre, só que acompanhado por um frescor moderno, ou seja, inovaram e renovaram o texto sem perder a essência dos personagens originais. Além de apresentar um excelente texto, o maior acerto da Escolinha está no elenco homenageando os grandes nomes que fizeram história na famosa sala de aula. Escolhido a dedo, alguns atores e humoristas parecem ter nascido para o papel, num encaixe perfeito.

06º lugar: Programa do Porchat —  A Record optou por entrar nesta onda de talk shows na madrugada e apostou no talento do jovem Fabio Porchat, escolha mais do que acertada. O formato é o mesmo dos similares, mas tem na presença de Porchat o seu diferencial. Divertido, irreverente, rápido e carismático, ele comanda seu programa com grande presença de palco e, tirando leite de pedra às vezes, seus bate-papos sempre arrancam boas risadas. A única pessoa capaz de simular um boquete em uma esquete com Roberto Justus e fazer a Xuxa voltar a ser interessante merece todo o nosso respeito.

05º lugar: MasterChef Profissionais — Sucesso de audiência e repercussão, o programa manteve as características vitoriosas da franquia, com boas provas e as presenças sempre marcantes do trio Paola Carrosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça, além da apresentadora Ana Paula Padrão. Mas ganhou um tômpero especial com seus participantes, todos chefs profissionais, o que dava uma dimensão ainda maior a cada erro ou falha do concorrente. Mesmo que a Band ainda use e abuse (exageradamente) da franquia, o fato é que MasterChef Profissionais garantiu uma interessante sobrevida ao programa.


04º lugar: Power Couple Brasil — A grande (e melhor) estreia da Record em 2016. Ao longo de quase três meses, acompanhamos oito casais de ex-famosos e pretensos famosos convivendo em uma mesma casa enquanto disputavam várias provas e tentavam arruinar ainda mais a vida uns dos outros. Embora, à primeira vista, a gente se pergunte "quem são?" ao ver a grande maioria desse povo desconhecido, foi o melhor elenco reunido em um reality como a tempos não se via. Todos os participantes, gostando ou não, foram interessantes (destaque para o maravilhoso casal Laura e Jorge, o surto de Gretchen e a derrota da Simony). A dinâmica do jogo foi muito boa e as provas foram todas bem feitas. Empolgou e divertiu como entretenimento descompromissado. Ansioso para a próxima temporada!

03º lugar: Tá no Ar — Mantendo o alto padrão em 2016, o programa não aliviou para ninguém e riu, com coragem, de tudo que há de exagerado, sensacionalista e ridículo na TV brasileira. Da esquete sobre os maiores spoilers das séries dos últimos tempos, passando pelo encontro de todas as Helenas do Manoel Carlos, até a participação de Carlos Alberto da Nóbrega que levou A Praça É Nossa para o plim plim, não há mais amarras em Marcelo Adnet e Márcio Melhem. Aliando inteligência, humor e ousadia, o programa se diferencia de tudo que há na televisão pela capacidade de se posicionar politicamente sem deixar de divertir a audiência com esquetes que quebram a barreira do brilhantismo. Que venha a próxima temporada!

02º lugar: The Voice Kids — A versão infantil do The Voice não foi exatamente um concurso musical, como prometia, mas ofereceu um entretenimento da melhor qualidade, perfeito para quem estava diante da TV no início da tarde aos domingos. Tudo flui melhor: as crianças, talentosas e lindas, os técnicos, sensíveis e com boa empatia com os meninos e meninas (destaque para Ivete Sangalo, sempre tão espontânea, inteligente, engraçada e com ótimas tiradas), o apresentador, a edição, a montagem… Tudo no The Voice Kids apresentou uma qualidade satisfatória, emocionando e explodindo em fofura em todos os momentos.

01º lugar: Ana Paula no BBB16 — Munik foi a grande vencedora do BBB16. E quem se importa? A verdadeira protagonista e vencedora moral da edição do ano passado do reality teve nome e sobrenome: Ana Paula. Goste você dela ou não, o fato é que há muitos anos não víamos uma participante tão incrível e lacradora como Ana Paula. Ela fez história e levou o programa inteiro nas costas, tirando o BBB do tédio e deixando um legado de surtos, barracos, bom-humor, bebedeiras, bordões (Olha elaaaaaa!) e, principalmente, bom entretenimento. Falei sobre Ana em várias matérias: Ana Paula foi o maior trunfo e a maior ruína do BBB16Ana saiu da vida para entrar na históriaAna Paula: heroína vingativa ou vilã surtada?A volta daquela que foi sem nunca ter sido... Que o BBB17 nos traga outra grande protagonista.


               O PIOR                



14º lugar: Vídeo Show — O clássico programa vespertino da Globo voltou a dar dor de cabeça para os diretores da emissora. A apresentadora Monica Iozzi não refrescou tanto assim o programa em termos de audiência, mas é inegável que ela colaborou para dar uma nova cara e um novo rumo ao programa. A dupla que formava com Otaviano Costa funcionava. Mas ela saiu, o canal fez inúmeros testes para encontrar uma nova apresentadora e a escolhida, Maíra Charken, simplesmente não funcionou. Ou seja, a emissora errou ao escalar outra atriz com veia cômica para substituir Iozzi, pois ficou parecendo que Maíra imitava sua antecessora. Logo a dupla foi desfeita, o Vídeo Show virou um samba do crioulo doido num rodízio de apresentadores, até fixar Joaquim Lopes ao lado de Otaviano. Nada adiantou, Vídeo Show voltou a perder para a Record e a atração fica cada vez mais desinteressante, repetitiva e descaracterizada.

13º lugar: Daniela Mercury como jurada do Superstar — O Superstar já teve uns jurados chatos como Dinho Ouro Preto (que não falava nada com nada), Fábio Jr. (que não sabia o que estava fazendo lá) e até a Sandy, mas a Daniela ganhou disparadamente de todos esses. Primeiro, que ela sempre se complicava na hora de votar. Parecia que não entendia muito bem os botões que tinha de apertar, votava "não" quando queria o "sim"... Fora isso, a cantora queria aparecer e chamar a atenção a todo momento, o que só causou vergonha alheia em quem assistia. O programa já era chato, com ela ficou ainda pior.

12º lugar: Panico na Band — Chega a ser triste constatar que um programa que já foi a representação da renovação do humor mostra-se incapaz de se reinventar e passou mais um ano se apoiando no tripé bunda-humilhação-escatologia que parece divertir apenas os diretores do programa. Mesmo "reformulado", continua a mesma porcaria de sempre. O Pânico não tem mais graça e agora só dá constrangimento mesmo de tão tolo e grosseiro que é. E ainda perdeu terreno para o Encrenca, outro programa que também não tem muita graça, mas que está dando mais audiência que ele.

11º lugar: Programa Xuxa Meneghel — Passa ano, entra ano e ele sempre figura em matérias que versam sobre o seu fracasso ou sobre o fato da Record estar arrumando maneiras de trazê-lo de volta à vida. Xuxa confirmou na Record que é apenas uma celebridade que serve para estampar capas de revistas de celebridades e engrandecer os programas dos outros. Não traz brilho para o seu próprio programa, não envolve mais o telespectador e nem desperta interesse para acompanhá-la na semana seguinte.

10º lugar: Adnight — Quando a Globo anunciou que teria um novo talk show apresentado por Marcelo Adnet, acreditava-se que viria uma atração que seria uma resposta da emissora aos novos talk shows que surgiram nos últimos tempos, os ótimos The Noite e Programa do Porchat. No entanto, quando entrou no ar, Adnight mostrou-se sem nenhum "talk" e um "show" um tanto sem graça. Muita parafernália numa atração excessivamente roteirizada e ensaiadinha, fazendo tudo soar asséptico e sem nenhuma emoção. Um programa sem propósito e que desperdiça o talento de Adnet. Poderia não voltar mais, mas terá nova temporada em 2017. Se sua produção se convencer de que menos é mais, talvez tenha alguma solução.


09º lugar: Domingo Show — Um show de chororô na TV brasileira. Todo domingo, Geraldo Luis conta uma história "do povo que emociona o telespectador". Tragédia. Desgraça. Miséria. Pobreza. Subcelebridade afastada da mídia que enfrenta problemas financeiros. Tudo isso, em exceso, cansa.

08º lugar: Batalha dos Cozinheiros — Programa errado, no dia errado, no horário errado. O reality culinário bateu de frente com o bem-sucedido MasterChef, da Band. A emissora escalou uma atração semelhante no mesmo dia e horário do concorrente direto. Tal estratégia estapafúrdia comprometeu a Record. A nova aposta da Record também não apresentou nada de atrativo. A dublagem de Buddy Valastro foi pavorosa. A voz do dublador combinou em nada com o gringo. O chef parava de falar e a voz ainda saía da sua boca! Foi estranhíssimo acompanhar uma disputa com brasileiros e um apresentador dublado.

07º lugar: The X Factor Brasil — Tentativa da Band de entrar na seara dos reality shows musicais, a versão brasileira de The X Factor mostrou-se um grande equívoco. A repercussão negativa começou na primeira audição, marcada por muita desorganização, e a impressão seguiu por toda a trajetória da atração. Jurados fracos, apresentadora insossa, competidores sem brilho e repercussão quase zero fizeram de X Factor um programa para ser esquecido. Mas vai vir nova temporada em 2017. Vai vendo…

06º lugar: Glória Pires no Oscar — O mico do ano! Glória, definitivamente, tal como sua Beatriz na pavorosa Babilônia, não estava "disposta" a fortalecer a cobertura do Oscar 2016 na transmissão da Globo. Pouco à vontade na transmissão e totalmente monossilábica, com comentários do tipo "Curti", "Não curti""Médio", "Não sou capaz de opinar!". Disse filmes que nem concorrendo ao Oscar estavam. "Não assisti!", disparou a atriz sobre alguns concorrentes. Visivelmente, a atriz não estava bem. O telespectador ficou extremamente irritado com a displicência. Um verdadeiro desastre (involuntariamente divertido, não vou negar)! As redes sociais inundaram de críticas e tiraram sarro da performance da Glória Pires.

05º lugar: Silvia Abravanel no Bom Dia & Cia — Essa mania do Silvio Santos de colocar todas as filhas para apresentar programas no SBT já passou bem dos limites. Patrícia Abravanel virou estrela do canal à força, de tanto ser colocada nas mais diversas atrações por seu pai. Outra que foi pelo mesmo caminho é Silvia, que atualmente comanda o Bom Dia & Cia. Acontece que ela não tem o menor jeito para apresentar. É durona, apática, não é engraçada, sem aquele jeitão de "tia da criançada", carisma zero. Triste geração que não acompanhou o Yudi e a Priscila e a Maísa e é obrigada a aturar a Silvia no programa...


04º lugar: Fofocando — Criado a toque de caixa para fazer frente ao Hora da Venenosa, da Record, ainda não disse a que veio (e nem vai dizer). A atração uniu Leão Lobo e Mamma Bruschetta, que traziam notícias tiradas de sites da internet, e ainda enfiou o tosco Homem do Saco (que é o Dudu Camargo) para fazer volume por ali. Como o programa patinou, tratou de reforçá-lo com as presenças de Léo Dias, que finalmente trouxe notícias exclusivas por ali, e Mara Maravilha, que parece orientada a criar polêmicas a qualquer custo. O resultado é um programa tolo, artificial e engessado, que chega a irritar e que derrubou a boa audiência vespertina do canal. Por conta do fracasso, se tornou gravado e foi deslocado para a faixa das 8 da manhã, o que só piorou ainda mais a audiência e o coloca cada vez mais perto do fim.

03º lugar: João Kleber Show — Após extinguir o Você na TV, João Kléber bem que tentou se reinventar e deixar de lado seu estilo pitoresco de fazer TV. Porém, o apresentador não foi bem-sucedido com o João Kleber Show, quando resolveu adotar uma postura e formato diferente do que o seu público estava acostumado a ver, apostando em shows de calouros (ainda que bem mequetrefes). De olho nos ponteiros negativos do Ibope, João retornou aos moldes de outrora e pisou fundo dessa vez na baixaria, na tosquice e na apelação. Destaque para a volta dos famosos segredos "surreais e impressionantes", como o da esposa que revelou que dá sonífero para o marido para poder sair e dançar o ritmo "Ragatanga", e das pegadinhas picantes no estilo Teste de Fidelidade. Um lixo total! Alguém tem coragem de assistir?

02º lugar: Gugu abrindo o mausoléu de Dercy — Já não bastou escandalizar o país com a farsa do PCC, lá em 2003, quando ainda estava no comando do Domingo Legal, e amenizar a culpa de psicopatas assassinos como Suzane Von Richthofen e o goleiro Bruno com entrevistas que os transformavam em celebridades bonitinhas e dóceis, Gugu resolveu abrir o túmulo de uma ícone da TV brasileira, Dercy Gonçalves, para conferir se a finada teria sido enterrada com o caixão em pé. A patifaria ganhou ar de mistério, investigação e lenda urbana. Era para ser uma "homenagem", mas não passou de uma exploração barata da imagem da Dercy. Com tamanha aberração e desrespeito girando em torno dela, Gugu conseguiu, mais uma vez, quebrar a barreira do sensacionalismo, do ridículo e mau gosto na TV. Lastimável!

01º lugar: Dudu Camargo no Primeiro Impacto — Assim como o Fofocando, o Primeiro Impacto foi outra atração criada a toque de caixa por Silvio Santos. Como o jornalístico apresentado por Joyce Ribeiro e Karyn Bravo não conseguiu fazer frente aos noticiosos de Globo e Record no horário, Silvio resolveu "causar" e tratou de substituir as veteranas jornalistas por Dudu Camargo, um rapaz de 18 anos e sem a menor experiência. Sem repertório para comentar as notícias, Dudu fez do noticioso uma grande piada, chegando a dançar (quer dizer, se retorcer como uma lagartixa com câimbra) funk no programa em vários momentos. Uma das metas foi cumprida: o apresentador levou o noticiário a repercutir muito na internet e até quem não conhecia o jornal matinal do SBT passou a conhecê-lo. Pena que a repercussão foi bastante negativa e ainda não teve efeito nenhum no Ibope, que segue em baixa. Joyce e Karyn, felizmente, acabaram voltando para a bancada, mas Dudu seguiu ali, fazendo a credibilidade da atração ir ladeira abaixo. Nesta semana, o SBT anunciou o fim do Primeiro Impacto, mas Dudu Camargo seguirá "firme e forte" no horário, participando do revezamento de apresentadores do SBT Notícias. Eu dispenso!

Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse humilde redator que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...


domingo, 27 de novembro de 2016

O Melhor e Pior da Semana (20 à 26/11)




   O MELHOR DA SEMANA   


Carinha de Anjo



O SBT encontrou um belo nicho ao produzir novelinhas infantis, conquistando uma relevante fatia de público com suas tramas para crianças no horário nobre. Carinha de Anjo é outra boa trama feita pela emissora. A pequerrucha Lorena Queiroz, de 5 anos, que interpreta a órfã Dulce Maria, é o maior achado do SBT. A escolha de uma menina tão nova para segurar o papel de protagonista da novela foi uma ousadia e tanto. Mas, até agora, Lorena segurou bem a responsabilidade e mostra talento de gente grande. As cenas dela com Lucero (em uma participação mais do que especial na pele de Tereza, mãe falecida da Dulce, com quem ela interage em sonhos) foram os momentos mais lúdicos, bonitos e emocionantes dessa primeira semana. Estou apostando minhas fichas também na Priscila Sol, à frente da adorável Tia Perucas. A atriz poderia ter seguido a linha caricata que a personagem tem na versão mexicana, mas ela se mostrou segura e bem mais do que uma cópia. Aguardemos! A trama, em si, está sendo uma graça e agrada todo tipo de público. Inclusive, já estou com o tema de abertura e a música Joia Rara na ponta da língua!

Gui e Zac



Vladimir Brichta e Nicolas Prattes se destacaram na cena em que pai e filho finalmente se aproximaram e se abraçaram, logo após Gui ter salvado Zac de um espancamento. A relação dos personagens, como eu já havia previsto, é uma das melhores em Rock Story. A novela segue deliciosa, atraente e bem dinâmica.

     O PIOR DA SEMANA     


"Figuração" de Ivete no The Voice Brasil


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Para quem foi anunciada como grande novidade na atual temporada do The Voice Brasil, Ivete Sangalo não teve uma função à altura do superlativo que vem à frente do título do cargo que lhe deram. De Supertécnica não teve nada. Muito pelo contrário. A cantora teve uma atuação até menos expressiva do que tinham os chamados "assistentes" nas temporadas anteriores, como, por exemplo, Luiza Possi, Rogério Flausino, Ed Motta, Maria Gadú e Di Ferrero. E eles apareciam não apenas nos ensaios, como se faziam presentes assistindo junto aos técnicos a cada apresentação dos candidatos. Um detalhe que faz, sim, toda a diferença. O que ficou parecendo é que o convite a Ivete aconteceu muito mais para criar factoides em torno de uma possível rivalidade entre ela e Claudia Leitte. Se a ideia foi fazer lobby e fornecer material para a mídia sensacionalista, até nisso o tiro saiu pela culatra. O assunto já até se esgotou em si.

Mais um capítulo da série "Como salvar o Vídeo Show?"


 

É deprimente ver a Globo atirando para todos os lados tentando salvar o Vídeo Show. O programa, que faz parte da história do canal, vem sofrendo desde 2010 com uma fraca audiência. Porém, a cerca de oito meses, com a criação do quadro Hora da Venenosa dentro do jornalístico Balanço Geral SP, o programa vem levando surras no horário e abalando a hegemonia da Globo, algo que a emissora não permite.

Depois de transformar Susana Vieira em apresentadora, trazer Miguel Falabella de volta à bancada e testar Angélica e Luciano Huck (tudo sem sucesso, diga-se de passagem), agora o Vídeo Show apela para dramas. O vespertino trouxe de volta o Caso Verdade, no qual pessoas comuns relatam casos parecidos com o das novelas, como o vivido por Carolina Dieckmann como Camila em Laços de Família (já tinha o criticado AQUI). Ou seja, não apenas as concorrentes escorregam na pieguice e apelam para chamar a atenção do público. Se você estiver zapeando e se deparar com uma trilha sonora bem dramática, Otaviano Costa e Joaquim Lopes forçando choro e uma longa reportagem, podem ter certeza que não é o Domingo Show!

As maluquices de Silvio na grade de programação do SBT


No início da década de 2010, o SBT passou a adotar uma postura mais responsável em sua grade de programação. Antes, o canal era caracterizado pela instabilidade eterna, sempre creditada às vontades de Silvio Santos, que lançava e cancelava programas ao sabor do vento, mudava horários de atrações a todo instante e decretava ordens que pareciam absurdas. Isso mudou bastante. A grade se tornou menos instável e foram lançados programas de grande viabilidade financeira. Os resultados vieram: após perder o segundo lugar para a Record, o SBT voltou a brigar de igual para igual com a concorrente.

Mas o ano de 2016 vai ser marcado como uma espécie de "retorno" de Silvio Santos atacando como "diretor de programação". Nos últimos meses, não faltaram mudanças e ideias malucas que, segundo a imprensa especializada, são ordens do dono do canal. Difícil defende-lo, viu... Programas lançados às pressas, mudanças de horário e de padrão e algumas ideias que não parecem combinar com o jeito moderno de se fazer televisão. Muitas coisas esquisitas acabaram acontecendo no SBT. E elas ainda não acabaram.

Nessa semana, o jornalístico Primeiro Impacto voltou a ter Joyce Ribeiro e Karyn Bravo, mas numa "primeira parte". A segunda continua sob o comando do "incrível" jornalista Dudu Azevedo. Coitadas. Delas e do público, é claro! O Fofocando, que já está fazendo hora extra em se tratando de Silvio, agora vai ao ar apenas para São Paulo. Como consequência, o restante do Brasil passa a acompanhar a re-re-re-re-re-re-re-reprise A Usurpadora a partir do capítulo 11 (e agora às 15h15), assim como ele já fez com A Mentira, que passou a ser exibida nacionalmente no meio da exibição por não ter ido bem em SP.

Tem que ser muito fã mesmo para aguentar essa grade voadora do SBT, viu...

O assassinato de Isabela


Fininho ameaça a atirar em Isabela (Foto: TV Globo)

Até agora não me conformei com o amadorismo nas cenas do assassinato de Isabela em A Lei do Amor. Tudo foi pobre, desde o roteiro até a sua realização. Como é possível engolir que duas pessoas (Isabela e Tiago) estejam a bordo de uma lancha relativamente pequena e não vejam que há uma pessoa escondida em um dos cômodos da embarcação? Tudo bem, eles estavam apaixonados e loucos para passear que sequer foram conferir isso, mas é que muitas outras pontas ficaram soltas nesse assassinato.

Depois de uma semana sofrendo com as desconfianças (descabidas) de Tiago, coincidentemente, Isabela leva dentro da sua bolsa exatamente o extrato que prova o depósito de 15 mil reais feito por Helô. Que tremenda coincidência, não é mesmo? Isso sem falar que, mesmo sabendo que Tiago tinha um pé atrás com essa história, ela cede aos apelos do namorado e viaja em um passeio quase lua de mel.

Agora, vamos a cena propriamente dita. Simplesmente, do nada, depois de ter em suas mãos a suposta prova de que Isabela aceitara o dinheiro de Helô para afasta-lo de Letícia, Tiago se transforma, acusando a amada de falsa e aproveitadora. Isabela, num rompante de raiva, diz que vai embora e, ao ser puxada por ele, se desequilibra, cai, bate a cabeça e desmaia. Meu Deus, quantas "coincidências", é preciso muita imaginação para voar nessa história, viu... Para coroar a cena e fechar em alto estilo, o tal bandido (a mando de Tião) escondido na lancha desde o início do passeio entra em cena, dá uma coronhada em Tiago e joga Isabela no mar. Muito fraca tanto a batida de cabeça dela, quanto a coronhada na cabeça dele. Não convenceu o impacto pro desmaio. Com o agravante de que o bandido pega Isabela no colo e ela, DESMAIADA, passa o braço no pescoço dele. Não vou nem continuar porque vocês já sabem que Isabela vai sobreviver e aparecer linda e loura e com outra identidade para se vingar. Ai, ai, quanto clichê...

domingo, 16 de outubro de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (9 à 15/10)



   O MELHOR DA SEMANA   


#Peloísa



Claudia Abreu e Reynaldo Gianechinni, que assumiram a Helô e o Pedro nesta segunda fase, estão em perfeita sintonia. E isso ficou comprovado na linda cena em que os dois começam a cantar juntos ("What's Up") no carro para quebrar a timidez. Muita gente disse que a cena foi copiada de Sense 8. Gente, a música já existia beeeeeeem antes da série (foi lançada em 1993)! Não é exclusividade nenhuma dela! E a cena não ficou idêntica. Apenas duas pessoas cantando juntas, como na vida real. Os perfis (atrativos) de ambos os personagens também ajudou muito. Maria Adelaide Amaral não criou tipos rancorosos ou desiludidos, apesar de terem sofrido um duro baque no passado. A Helô é solar e radiante, mesmo vivendo um casamento de fachada e infeliz. E o Pedro, mesmo com uma família desmoronada, se manteve integro e sonhador, sem parecer pedante. Esse perfil somado a não enrolação do encontro dos dois, que logo na primeira semana reascendeu o amor adormecido por 20 anos e terem se resolvido rapidamente, fazem do casal um dos mais críveis dos últimos anos do horário.

Nova fase de A Lei do Amor



Aliás, de um modo geral, A Lei do Amor está me agradando bastante, com uma trama interessante e contada com inspiração, sem as pretensões vazias de revolucionar a teledramaturgia. Há total sintonia entre o texto objetivo, as atuações no tom certo e uma direção discreta, longe de querer roubar a cena. Após um prólogo (arrastado e cansativo) com velocidade de bicicleta, a novela chegou em sua fase atual correndo que nem carro de Fórmula 1! Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari foram hábeis ao apresentar o perfil psicológico dos personagens e lançar as principais tramas sem didatismo, nem grandes recursos dramatúrgicos.

Suzana (Regina Duarte) sofreu um atentado ao lado de Fausto (Tarcísio Meira). É o famoso "quem matou?", mas vai muito mais além do que isso, apresentando uma narrativa policial vertiginosa, cheia de acontecimentos, com todo um clima interessante de segredos e mistérios. Há ainda a crítica social da corrupção na política, da busca doentia por poder e da religiosidade como muleta emocional. Temas abordados acertadamente sem proselitismo. Num primeiro momento, A Lei do Amor pode parecer simples demais. Contudo, sua sofisticação está exatamente nesse jogo aberto com o público. Por enquanto, está cumprindo bem sua missão.

Ainda merece elogio o bom uso dos efeitos de computação gráfica. A sequência do acidente de carro de Fausto e Suzana foi criativa e bem executada. Não deveu nada para as produções hollywoodianas. Só espero que mantenha o nível e não derrape ou seja multada por excesso!

     O PIOR DA SEMANA     


Passagem de tempo entre Tião e Mág


Resultado de imagem para tiao bezerra magnolia Tião mostra furo de reportagem de Elio à Mág (Foto: TV Globo)

Eu já tinha criticado a discrepância de parte do elenco entre as trocas de fases em A Lei do Amor (relembre AQUI). E isso ficou ainda pior no flahsback mal feito que mostrou o passado romântico entre Tião Bezerra e Magnólia na juventude. O rapaz foi vivido por Thiago Martins, como na primeira fase da novela. Mág, entretanto, não foi Vera Holtz, e sim Ana Carolina Godoy (de uns 20 e poucos anos). Ué, quando o Tião era dessa idade a Magnólia já era velha. O Tião foi conservado no formol durante anos ou a Magnólia que envelheceu muito rápido?!

Duração do Segredos de Justiça


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Segredos de Justiça é tão bem produzida que renderia fácil uma produção semanal de 30 minutos. Não deveria ser apenas um quadro de 5 minutos dentro do Fantástico. As histórias têm potencial, mas quando você começa a se envolver, puff!, acaba. Outro problema é que os depoimentos que intercalam a encenação confundem. Para que colocar outros atores se fazendo passar pelos verdadeiros personagens? Ficou fake. O mesmo elenco poderia fazê-los.

Troca de apresentadores no Primeiro Impacto


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SBT e suas SBTices. Na última quarta-feira, os telespectadores tiveram uma surpresa ao sintonizar o telejornal Primeiro Impacto. Em vez das âncoras habituais, depararam-se com a apresentação feita por um jovem desconhecido: Dudu Camargo (que é o Homem do Saco no Fofocando). Muita gente achou que era uma pegadinha do dono do SBT para o dia das crianças, mas não. Dudu veio para ficar e, até segunda ordem, as jornalistas (experientes) Karyn Bravo e Joyce Ribeiro serão transferidas para outra produção jornalística da casa. Com todo respeito a Silvio, o maior comunicador da televisão brasileira, mas ele trata o jornalismo da sua emissora como se fosse uma espécie de "playground" seu. Em jornalismo, a credibilidade é fundamental. Como um apresentador de 18 anos, com cara de adolescente (tem até aparelho nos dentes) e nem formado ainda é, pode conduzir um telejornal?! Ora, se é para investir no rapaz, que o colocasse em outros projetos do canal. Trocar jornalistas conceituadas por um novato "engraçadinho" é faltar com respeito os profissionais da área e com o público. Lamentável...

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