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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

O Melhor e o Pior dos Programas de TV



E depois de muito atraso, enfim, chegamos a última retrospectiva de 2016. Já falei das melhores e piores atrizes, dos melhores e piores atores, do melhor e o pior da dramaturgia e hoje, para encerrar com chave de ouro, é sobre os pontos positivos e negativos dos programas de TV no ano passado. Confira!


            O MELHOR            



14º lugar: Ding Dong — Claramente adaptado do extinto Qual é a música?, do SBT, o quadro se revelou uma grata surpresa do Domingão do Faustão, trazendo vários nomes esquecidos atualmente do mercado musical com músicas inesquecíveis. É um quadro que uniu todas as gerações: provocou nostalgia nos mais velhos e fez os mais novos descobrirem que a música vai muito além dos MCs de hoje.

13º lugar: Dança dos Famosos — Mais uma vez, a competição de dança se mostrou o melhor quadro do Domingão do Faustão. É um entretenimento despretensioso e que conquista facilmente quem assiste. Essa temporada, em especial, achei a melhor e mais bem disputada de todas, graças às performances engrandecedoras de Sophia Abrahão e Felipe Simas. O formato segue com bastante fôlego!

12º lugar: Tamanho Família — Em meio ao sensacionalismo barato dos seus concorrentes, Domingo Show e Domingo Legal, Tamanho Família provou que é possível divertir e emocionar sem exagerar na apelação. Despretensioso, conseguiu agradar toda a família (que, tradicionalmente, se reúne aos domingos no sofá durante o almoço). O apresentador, aliás, continua afiado e muito seguro com o microfone na mão. Popular e fanfarrão, no estilo de quem não tem vergonha, Marcio Garcia, realmente, fez falta na função.

11º lugar: Zorra — Em seu primeiro ano, lá em 2015, ele já havia enveredado pela política, explorando o tema da corrupção em alguns quadros. Mas foi na estreia da segunda temporada, agora em abril do ano passado, que o humorístico mostrou a intenção de ir fundo no assunto, com referências óbvias e, às vezes, explícitas aos principais personagens de Brasília. Se aproveitando do caos da política brasileira em 2016, o programa pintou e bordou, divertindo com um texto esperto e ganhando cada vez mais relevância.

10º lugar: Programa do Jô — Jô Soares fez a última temporada de seu programa com um vigor impressionante. Talvez para fechar este ciclo com chave de ouro, sua produção não economizou nos convidados e nas atrações. Sempre em ritmo de despedida, Jô recebeu grandes personalidades e fez entrevistas antológicas, com destaque para Fausto Silva, Roberto Carlos e Ziraldo, seu último convidado, que transformou o episódio final do Programa do Jô numa grande homenagem ao multiartista. O programa saiu de cena por cima, mostrando porque ainda era o melhor talk show da TV brasileira. Fará falta!


09º lugar: Conexão Repórter — A única coisa que se salva no jornalismo do SBT. Neste ano, em especial, Roberto Cabrini, sempre competente, deitou e rolou no vasto noticiário que marcou 2016. Realizou entrevistas exclusivas e envolventes com figuras como Dilma Rousseff, Eduardo Cunha, Garotinho e aquela jovem que foi estuprada por mais de 30 homens no Rio de Janeiro; viajou para a Colômbia para cobrir o local da tragédia aérea que envolveu dezenas de jornalistas e jogadores e dirigentes da Chapecoense; entre outras reportagens interessantíssimas, como dos narcotraficantes e prostituição infantil. Sempre com muita seriedade e dando a sua marca especial para cada reportagem.

08º lugar: Amor & Sexo — A Família Tradicional Brasileira ficou em polvorosa, pois o Amor & Sexo voltou ainda mais picante em 2016. A atração deixou para trás a busca de romper tabus relacionados aos temas indicados por seu título. O amor e o sexo foram só pretextos para outro show. A guinada, positiva, foi a marca da temporada, que abraçou de vez a causa da diversidade, sabendo discutir o preconceito com muito bom humor e irreverência. Não que o programa fosse ruim antes, pelo contrário. Mas esse era um pulo do gato necessário para evitar o esgotamento. Além disso, Fernanda Lima é uma excelente apresentadora. Conquistou com muito mérito o bom lugar que tem hoje na televisão.

07º lugar: Nova Escolinha — Mais uma temporada pra lá de bem-sucedida. Em tributo a Chico Anysio, a Nova Escolinha do Professor Raimundo provou que a TV tem história e, em meio ao saudosismo, resgatou o velho humor sem perder a tradição. Os bordões, personagens caricatos, piadas de duplo sentido e politicamente incorretas e infantilidades voltaram com tudo. As piadas parecem ser as mesmas de sempre, só que acompanhado por um frescor moderno, ou seja, inovaram e renovaram o texto sem perder a essência dos personagens originais. Além de apresentar um excelente texto, o maior acerto da Escolinha está no elenco homenageando os grandes nomes que fizeram história na famosa sala de aula. Escolhido a dedo, alguns atores e humoristas parecem ter nascido para o papel, num encaixe perfeito.

06º lugar: Programa do Porchat —  A Record optou por entrar nesta onda de talk shows na madrugada e apostou no talento do jovem Fabio Porchat, escolha mais do que acertada. O formato é o mesmo dos similares, mas tem na presença de Porchat o seu diferencial. Divertido, irreverente, rápido e carismático, ele comanda seu programa com grande presença de palco e, tirando leite de pedra às vezes, seus bate-papos sempre arrancam boas risadas. A única pessoa capaz de simular um boquete em uma esquete com Roberto Justus e fazer a Xuxa voltar a ser interessante merece todo o nosso respeito.

05º lugar: MasterChef Profissionais — Sucesso de audiência e repercussão, o programa manteve as características vitoriosas da franquia, com boas provas e as presenças sempre marcantes do trio Paola Carrosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça, além da apresentadora Ana Paula Padrão. Mas ganhou um tômpero especial com seus participantes, todos chefs profissionais, o que dava uma dimensão ainda maior a cada erro ou falha do concorrente. Mesmo que a Band ainda use e abuse (exageradamente) da franquia, o fato é que MasterChef Profissionais garantiu uma interessante sobrevida ao programa.


04º lugar: Power Couple Brasil — A grande (e melhor) estreia da Record em 2016. Ao longo de quase três meses, acompanhamos oito casais de ex-famosos e pretensos famosos convivendo em uma mesma casa enquanto disputavam várias provas e tentavam arruinar ainda mais a vida uns dos outros. Embora, à primeira vista, a gente se pergunte "quem são?" ao ver a grande maioria desse povo desconhecido, foi o melhor elenco reunido em um reality como a tempos não se via. Todos os participantes, gostando ou não, foram interessantes (destaque para o maravilhoso casal Laura e Jorge, o surto de Gretchen e a derrota da Simony). A dinâmica do jogo foi muito boa e as provas foram todas bem feitas. Empolgou e divertiu como entretenimento descompromissado. Ansioso para a próxima temporada!

03º lugar: Tá no Ar — Mantendo o alto padrão em 2016, o programa não aliviou para ninguém e riu, com coragem, de tudo que há de exagerado, sensacionalista e ridículo na TV brasileira. Da esquete sobre os maiores spoilers das séries dos últimos tempos, passando pelo encontro de todas as Helenas do Manoel Carlos, até a participação de Carlos Alberto da Nóbrega que levou A Praça É Nossa para o plim plim, não há mais amarras em Marcelo Adnet e Márcio Melhem. Aliando inteligência, humor e ousadia, o programa se diferencia de tudo que há na televisão pela capacidade de se posicionar politicamente sem deixar de divertir a audiência com esquetes que quebram a barreira do brilhantismo. Que venha a próxima temporada!

02º lugar: The Voice Kids — A versão infantil do The Voice não foi exatamente um concurso musical, como prometia, mas ofereceu um entretenimento da melhor qualidade, perfeito para quem estava diante da TV no início da tarde aos domingos. Tudo flui melhor: as crianças, talentosas e lindas, os técnicos, sensíveis e com boa empatia com os meninos e meninas (destaque para Ivete Sangalo, sempre tão espontânea, inteligente, engraçada e com ótimas tiradas), o apresentador, a edição, a montagem… Tudo no The Voice Kids apresentou uma qualidade satisfatória, emocionando e explodindo em fofura em todos os momentos.

01º lugar: Ana Paula no BBB16 — Munik foi a grande vencedora do BBB16. E quem se importa? A verdadeira protagonista e vencedora moral da edição do ano passado do reality teve nome e sobrenome: Ana Paula. Goste você dela ou não, o fato é que há muitos anos não víamos uma participante tão incrível e lacradora como Ana Paula. Ela fez história e levou o programa inteiro nas costas, tirando o BBB do tédio e deixando um legado de surtos, barracos, bom-humor, bebedeiras, bordões (Olha elaaaaaa!) e, principalmente, bom entretenimento. Falei sobre Ana em várias matérias: Ana Paula foi o maior trunfo e a maior ruína do BBB16Ana saiu da vida para entrar na históriaAna Paula: heroína vingativa ou vilã surtada?A volta daquela que foi sem nunca ter sido... Que o BBB17 nos traga outra grande protagonista.


               O PIOR                



14º lugar: Vídeo Show — O clássico programa vespertino da Globo voltou a dar dor de cabeça para os diretores da emissora. A apresentadora Monica Iozzi não refrescou tanto assim o programa em termos de audiência, mas é inegável que ela colaborou para dar uma nova cara e um novo rumo ao programa. A dupla que formava com Otaviano Costa funcionava. Mas ela saiu, o canal fez inúmeros testes para encontrar uma nova apresentadora e a escolhida, Maíra Charken, simplesmente não funcionou. Ou seja, a emissora errou ao escalar outra atriz com veia cômica para substituir Iozzi, pois ficou parecendo que Maíra imitava sua antecessora. Logo a dupla foi desfeita, o Vídeo Show virou um samba do crioulo doido num rodízio de apresentadores, até fixar Joaquim Lopes ao lado de Otaviano. Nada adiantou, Vídeo Show voltou a perder para a Record e a atração fica cada vez mais desinteressante, repetitiva e descaracterizada.

13º lugar: Daniela Mercury como jurada do Superstar — O Superstar já teve uns jurados chatos como Dinho Ouro Preto (que não falava nada com nada), Fábio Jr. (que não sabia o que estava fazendo lá) e até a Sandy, mas a Daniela ganhou disparadamente de todos esses. Primeiro, que ela sempre se complicava na hora de votar. Parecia que não entendia muito bem os botões que tinha de apertar, votava "não" quando queria o "sim"... Fora isso, a cantora queria aparecer e chamar a atenção a todo momento, o que só causou vergonha alheia em quem assistia. O programa já era chato, com ela ficou ainda pior.

12º lugar: Panico na Band — Chega a ser triste constatar que um programa que já foi a representação da renovação do humor mostra-se incapaz de se reinventar e passou mais um ano se apoiando no tripé bunda-humilhação-escatologia que parece divertir apenas os diretores do programa. Mesmo "reformulado", continua a mesma porcaria de sempre. O Pânico não tem mais graça e agora só dá constrangimento mesmo de tão tolo e grosseiro que é. E ainda perdeu terreno para o Encrenca, outro programa que também não tem muita graça, mas que está dando mais audiência que ele.

11º lugar: Programa Xuxa Meneghel — Passa ano, entra ano e ele sempre figura em matérias que versam sobre o seu fracasso ou sobre o fato da Record estar arrumando maneiras de trazê-lo de volta à vida. Xuxa confirmou na Record que é apenas uma celebridade que serve para estampar capas de revistas de celebridades e engrandecer os programas dos outros. Não traz brilho para o seu próprio programa, não envolve mais o telespectador e nem desperta interesse para acompanhá-la na semana seguinte.

10º lugar: Adnight — Quando a Globo anunciou que teria um novo talk show apresentado por Marcelo Adnet, acreditava-se que viria uma atração que seria uma resposta da emissora aos novos talk shows que surgiram nos últimos tempos, os ótimos The Noite e Programa do Porchat. No entanto, quando entrou no ar, Adnight mostrou-se sem nenhum "talk" e um "show" um tanto sem graça. Muita parafernália numa atração excessivamente roteirizada e ensaiadinha, fazendo tudo soar asséptico e sem nenhuma emoção. Um programa sem propósito e que desperdiça o talento de Adnet. Poderia não voltar mais, mas terá nova temporada em 2017. Se sua produção se convencer de que menos é mais, talvez tenha alguma solução.


09º lugar: Domingo Show — Um show de chororô na TV brasileira. Todo domingo, Geraldo Luis conta uma história "do povo que emociona o telespectador". Tragédia. Desgraça. Miséria. Pobreza. Subcelebridade afastada da mídia que enfrenta problemas financeiros. Tudo isso, em exceso, cansa.

08º lugar: Batalha dos Cozinheiros — Programa errado, no dia errado, no horário errado. O reality culinário bateu de frente com o bem-sucedido MasterChef, da Band. A emissora escalou uma atração semelhante no mesmo dia e horário do concorrente direto. Tal estratégia estapafúrdia comprometeu a Record. A nova aposta da Record também não apresentou nada de atrativo. A dublagem de Buddy Valastro foi pavorosa. A voz do dublador combinou em nada com o gringo. O chef parava de falar e a voz ainda saía da sua boca! Foi estranhíssimo acompanhar uma disputa com brasileiros e um apresentador dublado.

07º lugar: The X Factor Brasil — Tentativa da Band de entrar na seara dos reality shows musicais, a versão brasileira de The X Factor mostrou-se um grande equívoco. A repercussão negativa começou na primeira audição, marcada por muita desorganização, e a impressão seguiu por toda a trajetória da atração. Jurados fracos, apresentadora insossa, competidores sem brilho e repercussão quase zero fizeram de X Factor um programa para ser esquecido. Mas vai vir nova temporada em 2017. Vai vendo…

06º lugar: Glória Pires no Oscar — O mico do ano! Glória, definitivamente, tal como sua Beatriz na pavorosa Babilônia, não estava "disposta" a fortalecer a cobertura do Oscar 2016 na transmissão da Globo. Pouco à vontade na transmissão e totalmente monossilábica, com comentários do tipo "Curti", "Não curti""Médio", "Não sou capaz de opinar!". Disse filmes que nem concorrendo ao Oscar estavam. "Não assisti!", disparou a atriz sobre alguns concorrentes. Visivelmente, a atriz não estava bem. O telespectador ficou extremamente irritado com a displicência. Um verdadeiro desastre (involuntariamente divertido, não vou negar)! As redes sociais inundaram de críticas e tiraram sarro da performance da Glória Pires.

05º lugar: Silvia Abravanel no Bom Dia & Cia — Essa mania do Silvio Santos de colocar todas as filhas para apresentar programas no SBT já passou bem dos limites. Patrícia Abravanel virou estrela do canal à força, de tanto ser colocada nas mais diversas atrações por seu pai. Outra que foi pelo mesmo caminho é Silvia, que atualmente comanda o Bom Dia & Cia. Acontece que ela não tem o menor jeito para apresentar. É durona, apática, não é engraçada, sem aquele jeitão de "tia da criançada", carisma zero. Triste geração que não acompanhou o Yudi e a Priscila e a Maísa e é obrigada a aturar a Silvia no programa...


04º lugar: Fofocando — Criado a toque de caixa para fazer frente ao Hora da Venenosa, da Record, ainda não disse a que veio (e nem vai dizer). A atração uniu Leão Lobo e Mamma Bruschetta, que traziam notícias tiradas de sites da internet, e ainda enfiou o tosco Homem do Saco (que é o Dudu Camargo) para fazer volume por ali. Como o programa patinou, tratou de reforçá-lo com as presenças de Léo Dias, que finalmente trouxe notícias exclusivas por ali, e Mara Maravilha, que parece orientada a criar polêmicas a qualquer custo. O resultado é um programa tolo, artificial e engessado, que chega a irritar e que derrubou a boa audiência vespertina do canal. Por conta do fracasso, se tornou gravado e foi deslocado para a faixa das 8 da manhã, o que só piorou ainda mais a audiência e o coloca cada vez mais perto do fim.

03º lugar: João Kleber Show — Após extinguir o Você na TV, João Kléber bem que tentou se reinventar e deixar de lado seu estilo pitoresco de fazer TV. Porém, o apresentador não foi bem-sucedido com o João Kleber Show, quando resolveu adotar uma postura e formato diferente do que o seu público estava acostumado a ver, apostando em shows de calouros (ainda que bem mequetrefes). De olho nos ponteiros negativos do Ibope, João retornou aos moldes de outrora e pisou fundo dessa vez na baixaria, na tosquice e na apelação. Destaque para a volta dos famosos segredos "surreais e impressionantes", como o da esposa que revelou que dá sonífero para o marido para poder sair e dançar o ritmo "Ragatanga", e das pegadinhas picantes no estilo Teste de Fidelidade. Um lixo total! Alguém tem coragem de assistir?

02º lugar: Gugu abrindo o mausoléu de Dercy — Já não bastou escandalizar o país com a farsa do PCC, lá em 2003, quando ainda estava no comando do Domingo Legal, e amenizar a culpa de psicopatas assassinos como Suzane Von Richthofen e o goleiro Bruno com entrevistas que os transformavam em celebridades bonitinhas e dóceis, Gugu resolveu abrir o túmulo de uma ícone da TV brasileira, Dercy Gonçalves, para conferir se a finada teria sido enterrada com o caixão em pé. A patifaria ganhou ar de mistério, investigação e lenda urbana. Era para ser uma "homenagem", mas não passou de uma exploração barata da imagem da Dercy. Com tamanha aberração e desrespeito girando em torno dela, Gugu conseguiu, mais uma vez, quebrar a barreira do sensacionalismo, do ridículo e mau gosto na TV. Lastimável!

01º lugar: Dudu Camargo no Primeiro Impacto — Assim como o Fofocando, o Primeiro Impacto foi outra atração criada a toque de caixa por Silvio Santos. Como o jornalístico apresentado por Joyce Ribeiro e Karyn Bravo não conseguiu fazer frente aos noticiosos de Globo e Record no horário, Silvio resolveu "causar" e tratou de substituir as veteranas jornalistas por Dudu Camargo, um rapaz de 18 anos e sem a menor experiência. Sem repertório para comentar as notícias, Dudu fez do noticioso uma grande piada, chegando a dançar (quer dizer, se retorcer como uma lagartixa com câimbra) funk no programa em vários momentos. Uma das metas foi cumprida: o apresentador levou o noticiário a repercutir muito na internet e até quem não conhecia o jornal matinal do SBT passou a conhecê-lo. Pena que a repercussão foi bastante negativa e ainda não teve efeito nenhum no Ibope, que segue em baixa. Joyce e Karyn, felizmente, acabaram voltando para a bancada, mas Dudu seguiu ali, fazendo a credibilidade da atração ir ladeira abaixo. Nesta semana, o SBT anunciou o fim do Primeiro Impacto, mas Dudu Camargo seguirá "firme e forte" no horário, participando do revezamento de apresentadores do SBT Notícias. Eu dispenso!

Obviamente, a lista é baseada unicamente na opinião desse humilde redator que vos escreve. Portanto, está sujeita a injustiças e esquecimentos. Cabe a cada um dos leitores concordar ou não, dar a sua opinião, completar a lista, me esculhambar nos comentários...


domingo, 12 de junho de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (5 à 11/6)




  O MELHOR DA SEMANA  



Thaís Fersoza



Com apenas duas semanas de exibição, Escrava Mãe já tem em sua vilã um de seus principais acertos (dentre muitos, diga-se de passagem). A aristocrata Maria Isabel é daquelas vilãs que matam sem mover um músculo e provocam medo sem precisar berrar. A carinha de menina e a fama de boa moça não impediram que Thais Fersoza virasse uma demônia em Escrava Mãe. É verdade que ela já havia interpretado uma vilã (a Rosália de Dona Xepa), mas nada tão complexo e desafiador como a atual. Tenho medo da Maria Isabel! De resto, Escrava Mãe continua deliciosa e de tirar o fôlego. A melhor novela em exibição atualmente (na minha opinião, é claro).

Agatha Moreira



Nas primeiras cenas de Haja Coração, Camila (Agatha Moreira) estava com uma vibe muito parecida com a de Giovanna de Verdades Secretas. O tom rebelde e as roupas pretas deixaram as duas bem parecidas, quase irmãs gêmeas. A versão boazinha da personagem, no entanto, trouxe para o público uma Agatha até então desconhecida. A atriz conseguiu se desvencilhar completamente da patricinha do início e está dando um show. Aliás, já estou shippando a Camila com o Giovanni (Jayme Matarazzo). Os dois estão com uma química arrebatadora.

Martim vs Afrânio



Onde estava Lee Taylor que ainda não tinha feito novela? Ele dá a Martim toda a emoção da complexidade do personagem. Tarefa nada fácil para um estreante, mas moleza para quem tem um talento desse. Aliás, desde a sua chegada, a novela sofreu uma boa chacoalhada. Fiquei arrepiado com o reencontro de Martim com Afrânio, onde ele desafia o pai a matá-lo. Sequência tensa, muito bem realizada e brilhante interpretada por todos os atores envolvidos (em especial, Antonio Fagundes e Lee Taylor, claro). Os embates entre os dois estão dando mais dinamismo para Velho Chico. E ainda vai reascender com força total a chama do ódio entre os Saruês e os dos Anjos, já que Bento terá que disputar agora o amor de Beatriz com Martim. Promete!

Debate sobre ética no Caldeirão



Adorei a discussão sobre ética e o famoso "jeitinho brasileiro" no Caldeirão do Huck. Foi um debate amplo, que pessoas de diferentes lugares e profissões. No total, 16 pessoas participaram pela internet, entre elas, Tony Bellotto, e no estúdio onde ocorreu a gravação mais 16 cidadãos compartilharam suas opiniões e visões sobre o assunto, com a presença também do filósofo americano Michael Sandel. Foram abordados vários assuntos interessantes: trânsito, respeito, pirataria, mercado... Um ótimo serviço prestado a população que informou bastante.


  O PIOR DA SEMANA  



Estreia do JK Show


Sim, o rei dos segredos chocantes e bombásticos agora tem um programa todinho seu aos domingos a noite para deixar esse dia da semana ainda mais deprimente do que já é. O JK Show é basicamente um show de calouros, daquele tipo que Silvio Santos fazia no passado e também muito inspirado no que o Chacrinha também fez, mas num nível tão classe C, mas tão classe C que Chacrinha deve tá se revirando no túmulo de tanto desgosto. É uma coisa totalmente trash, com vários calouros muito abaixo da linha da aceitação mínima e outros que dão apenas para o gasto e aquele padrão de "qualidade" que só a Rede TV proporciona. São tantos elementos bizarros que não consigo decidir qual é o pior de todos. Vamos votar:

(  ) BANDA


Alguém entendeu o que foi aquela banda de casamento tocando Roar da Katy Perry numa versão igreja?! Não entendi a escolha da música, não entendi a banda, não entendi qual a necessidade deles no programa, não entendi nada! Era melhor o Pablo do Qual é a Música?.

(  ) OS CALOUROS

Acho que deve ser uma regra todo calouro ser tosco, mas eles vieram pós-graduado nisso no JK Show. Se tivesse que dividi-los em duas categorias, dividiria em os piores e os menos piores, porque não teve nenhum realmente bom. Será que não tem nenhum amigo ou parente para dizer "olha, você é bem ruinzinho, não vai na TV não, vai pagar micão"?! A última coisa que eu quero acompanhar em uma noite de domingo é gente amadora balbuciando "Hello from the outside".

(  ) AS HISTÓRIAS DE VIDAS DOS CALOUROS


Tem como piorar tudo? Claro que sim! Antes de cantarem, é exibido um VT de quase três minutos contando a história de vida (todas sempre tristes) de cada candidato com direito a imagem em preto e branco feat. música triste para dar aquela apelada. É como se juntassem aquelas dramatizações da Marcia Goldschmidt com o SuperStar da Globo, ou seja, MARAVILHOUUUSO! O problema é que não dá pra saber se eram histórias reais ou eram os mesmos atores do Você na TV inventando dramas pra ganhar um cachêzinho depois.

(  ) OS JURADOS


Os jurados não poderiam ser mais adequados e dignos para julgar se os outros cantam bem ou mal: Ovelha (aquele cantor dos anos 80 que só sabe cantar Ou, ou, ei, ei Sem você não viverei), Íris Stefanelli (aquela ex-BBB que pegava o Alemão), Nahim (não sei quem é e nunca ouvi falar) e Miranda (produtor musical, aquele jurado gordão do Astros do SBT). Este último é o único que entende de música ali. O restante está lá para fazer papagaiada mesmo, não que Miranda também não solte uns comentários divertidos. Ovelha, por exemplo, criticou um candidato que cantou "Love Hurts", clássico da banda Nazareth. O jurado disse que a letra estava toda errada (e estava mesmo) e começou ele próprio a cantar, também com um inglês tosco. Fantástico.

(  ) O PRÓPRIO JOÃO KLÉBER

Já tinha muita gente cansada dos testes de fidelidade e dos casos bizarros que ele apresentava em seus programas recentes. Agora ele mostra, digamos, um outro lado de si mesmo, faz umas imitações e continua com aqueles seus comentários sem noção e sua tradicional enrolação.

(  ) O CENÁRIO

Eu sei que trabalhar na Rede TV é ter baixo orçamento mesmo, mas o cenário é brega demais, poluído demais por tantas cores e formatos e pequeno demais para tanta gente posicionada.


(X) TODAS AS ALTERNATIVAS ANTERIORES

AINDA BEM QUE O JOÃO É REALISTA, NÉ?

Pra não dizer que não falei das flores, o único ponto positivo fica para a entrevista feita pelo João com o cantor Andrea Bocelli lá na Itália. Sem exageros, rápido e objetivo. João poderia explorar mais esse lado dele que não conhecia. Resta saber se nas próximas semanas conseguirá outro nome de peso. Começa com um Andre Bocelli e termina com funkeiros ou subcelebridades. Mas, no geral, o JK Show é um lixo total no sentido trash das coisas.

Cobertura de casamento gay no SuperPop




Nesta quarta-feira, o SuperPop dedicou todo o seu tempo numa mega e exagerada cobertura do casamento da transexual Léo Aquila (quem???) e Chico Campadello (quem???), sendo transmitida ao vivo, com direito a uma repórter perambulando entre os noivos e os convidados e dois comentaristas gays comentando ao lado da apresentadora sobre os figurinos, penteados, convidados, decoração e pratos servidos no buffet. A questão não é nem a overdose de futilidade, pois tem muita gente que gosta desse tipo de entretenimento. Mas eu queria saber desde quando essa tal de Léo Aquila é tão importante e famosa assim a ponto de seu casamento ganhar ares de marco histórico e casamento real. Depois dessa, pode-se esperar tudo do SuperPop. Tudo mesmo. Não me espantaria se cobrissem ao vivo a festa de aniversário de cinco anos da filha da cunhada da cabeleireira do irmão da mãe de um ex-BBB qualquer.

Matéria com o MC Biel na Eliana


Sabe o Biel? É aquele funkeiro que diz ser o Justin Bieber brasileiro. Não sabe?! É aquele que canta Óh tô chegando hein Óh que que isso hein Óh Coisa louca hein (só sei isso da música). Ainda não lembrou?! É aquele que tá com o rosto estampado em todos os sites sobre as notícias que mais bombaram na semana. Agora lembrou, né? Ufa! Então, esse pseudo-cantor e pseudo-homem (que tem uma necessidade absurda de provar que é macho e pegador em todas as entrevistas que dá e mostrar seu tanquinho em todas as ocasiões) arruinou com a sua carreira que mal começou a decolar e já vai pousar se envolvendo em várias polêmicas:


E quando eu digo várias polêmicas, são várias mesmo. Se você acha que teve uma semana difícil, agradeça por não ser o Biel. Vamos enumerar: 1 - foi acusado de assédio sexual por uma jornalista; 2 - negou tudo e ainda foi irônico; 3 - brigou com o youtuber Felipe Neto após este criticar as suas declarações e ainda o ameaçou; 4 - Cai na internet os áudios provando o assédio; 5 - Biel é vetado da Globo e cortado no revezamento da Tocha Olímpica (aliás, porque diabos ele foi convidado se não fez porcaria nenhuma para o esporte brasileiro?!); 6 - Se envolve em um acidente de carro e não presta socorro a vítima; 7 - Diz que não viu a vítima; 8 - Confessa que viu sim a vítima e promete pagar conserto da moto dela; 9 - Grava um vídeo super sincero, convincente e espontâneo pedindo desculpas que até me fez chorar. Ufa!


A questão é que o programa da Eliana do domingo passado (5) mostrou uma matéria toda elogiosa com o pseudo-cantor. A conversa da apresentadora com Biel aconteceu antes da acusação de assédio e foi uma chapa branca total. A apresentadora foi lá para fazer aquela média com um artista que está em alta e que tem possibilidade de dar bastante audiência. Normal, como todo programa sempre faz. Ok, Eliana não sabia o que aconteceria dias mais tarde. A questão é que a coisa toda rolou durante a semana e a entrevista seria exibida no domingo.

A reportagem é muito favorável ao cantor, mostrando só o lado "fofo" dele, ameniza bastante o que houve e foi exibida num momento inadequado. O certo mesmo seria não mostrar o material, até porque haviam provas concretas e muitas testemunhas contra o tal cantorzinho. Para tentar dar uma contornada na coisa, Eliana disse que queria que a verdade aparecesse, dando a entender que Biel podia estar envolvido num "grande engano", sendo que já tinha sido divulgado na internet antes mesmo daquele domingo os áudios de Biel assediando a tal jornalista.


Diante da repercussão do caso e da gravidade da situação, o mínimo que Eliana tinha de ter feito era não exibir a matéria. Ela e sua produção tinham de ter cancelado e colocado qualquer outra coisa no lugar, afinal, o programa é ao vivo. A apresentadora, depois de só soltar elogios ao cantor durante a entrevista, ainda agradece o rapaz, manda beijo, enfim, passa a mão na cabeça. Faça-me o favor! Nesse caso específico, o contexto era ainda mais grave. É que Eliana estava fazendo uma campanha contra o estupro e a agressão às mulheres com a hashtag #ElianaPorTodasElas. Não dá para alguém que tem uma ação como essa colocar no ar uma matéria toda elogiosa, chapa branca, como disse anteriormente, com uma pessoa justamente acusada de um assédio fortíssimo contra uma mulher. Péssimo timing, viu Eliana...

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