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terça-feira, 1 de novembro de 2016

10 profissionais globais que precisam urgentemente descansar a imagem


Quem é noveleiro de carteirinha como eu, sempre tem preferência por esse ou aquele ator. O mesmo acontece entre autores e diretores de novela. Esse chamego artístico, no entanto, é uma máxima que vem se intensificando nos bastidores de escalação de elenco. Não sei vocês, mas a repetição de elenco cada vez mais tem me cansado. Um personagem ainda está vivo na mente de todos e, menos de cinco meses depois, o seu intérprete já está de novo na telinha.

O repeteco de carinhas nas novelas bíblicas da Record é até justificado, afinal, o staff da emissora é bem reduzido quando comparado ao da Rede Globo. Em compensação, na Vênus Platinada, que possui um elenco numerosíssimo em todos os setores (dramaturgia, jornalismo...), é difícil engolir a repetição ininterrupta de determinados atores e atrizes em detrimento a muito profissional capacitado que fica excluído da escolha de casting para novelas e minisséries.


Confira alguns casos:

Giovanna Antonelli - Papel de uma golpista sexy? "Chamem a Antonelli!". Precisam de uma dona de casa que se descobre lésbica? "Liguem para a Antonelli!". Uma delegata lançadora de modismos? "Escalem a Antonelli!". Uma mocinha romântica jovem e brasileira com alma oriental? "Antonelli! Antonelli! Antonelli!". É assim que tem acontecido na Globo. Ela virou um curinga da teledramaturgia do canal. A atriz se molda aos mais variados perfis de personagens.

Rafael Cardoso - Saiu de um mocinho no horário das nove (Vicente, Império) para dois meses depois viver outro no das seis (Felipe, Além do Tempo); e agora já está no ar em Sol Nascente.

Thiago Leiffert - Acabou de estrear o programa Zero1 nas madrugadas de sábado (após o Altas Horas), mas também apresenta o The Voice Brasil (quinta-feira) e o É de Casa (nas manhãs de sábado). E, a partir de janeiro, estará à frente do BBB no lugar do Pedro Bial. Sério, já deu!

Cauã Reymond - Quem aí já está cansado de ver o ator vivendo sempre aquele mocinho revoltado/justiceiro/problemático/vingativo? É... Eu também! Só muda de nome e de trama!

Bruno Gagliasso - Assim como Cauã, é um dos galãs mais disputados pelos autores da Globo. O lado positivo é que este, ao menos, transita com destreza por papéis muito diferentes e diversificados entre si (homossexual, esquizofrênico, psicopata, serial killer, mocinho, etc).

Alexandre Nero - Enquanto Adriana Esteves e Mateus Solano ficaram quase três anos sem fazerem novelas após viverem, respectivamente, os inesquecíveis Carminha (Avenida Brasil) e Félix (Amor À Vida), o mesmo cuidado, porém, não foi tomado com Nero. Pouco mais de um mês após encerrar a marcante atuação em Império, começou a gravar A Regra do Jogo, com outro protagonista de peso. Antes, inclusive, o ator já tinha emendado Além do Horizonte com Império. Ou seja, nos últimos dois anos, o incansável Nero fez três novelas, uma quase colada na outra.

Camila Pitanga - Um dia encerrou Babilônia e já no outro começou a gravar Velho Chico com outra protagonista romântica no horário nobre. Sorte dela, que teve a oportunidade de se redimir da insuportável Regina junto ao público. Mas precisava mesmo de tamanha repetição?

Marina Ruy Barbosa e Bruna Marquezine - Taí duas atrizes jovens (e talentosas) chamarizes de audiência que vivem emendando um trabalho após o outro, sem parar. Desde 2010, ambas não ficaram um ano sequer fora do vídeo.

Walcyr Carrasco - Uma verdadeira máquina de fazer novelas. Assim podemos defini-lo. Walcyr é o escritor mais requisitado do momento na Globo, que sempre encomenda várias novelas a ele (ao contrário do que ocorre com seus colegas, que têm um período de férias bastante longo quando terminam seus folhetins). No caso do escritor, é praticamente uma novela atrás da outra. E ele já está produzindo a sinopse de outra novela para meados de 2017, no horário das nove, hein...

EM TEMPO: Domingos Montagner, enquanto esteve vivo, assim como Nero, Murilo Benício e Rodrigo Lombardi (e José Mayer e Tarcísio Meira em outros tempos), Domingos foi uma das principais figuras masculinas galãs de meia-idade da Globo. Ele vinha numa crescente de papéis importantes na TV. Velho Chico foi seu auge. Pena que uma tragédia levou esse grande talento.

Que fique bem claro: nenhum desses atores citados tem culpa de serem desejados por tantos autores e diretores. A questão aqui é outra: o desgaste na imagem de atores que emendam um trabalho no outro, gerando uma indevida overdose de exposição no vídeo. Com intervalo mínimo entre um trabalho e outro, o ator pode não ter o tempo necessário para compor o novo personagem. Corre o risco de apresentar uma performance repetitiva. Há outro ponto a ser analisado também: a percepção do público. Acompanhar o mesmo ator em produções sequentes gera uma sensação de déjà-vu, uma reação emocional de já tê-lo visto em situação semelhante.

Descansar a imagem que é bom, parece que ninguém quer mais. Dar oportunidade a novas caras ou até mesmo aproveitar o contingente de profissionais que sempre se destacam em papeis coadjuvantes, também parece um caminho difícil para os responsáveis em escalar elenco.

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