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sábado, 25 de março de 2017

O Rico e Lázaro e a sensação de déjà-vu


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Não há dúvidas de que a Record, finalmente, descobriu a sua vocação na teledramaturgia quando transformou o seu projeto de minisséries bíblicas em novelas bíblicas, o que a diferenciou das tramas da Globo e do SBT e passando a azeitar a fórmula, evoluindo a cada novo trabalho. O Rico e Lázaro estreou na última semana deixando bem claro aos olhos do público a visível evolução. Já começou com uma cena no inferno, mostrando o sofrimento do "rico", enquanto o "lázaro" o observava do céu. A cena, realizada sob um efeito quase animado, parecido com o filme 300, funcionou muito bem. Na sequência, os primeiros personagens da novela foram apresentados aos baldes, dando a chance do público de conferir o figurino caprichado, os bons cenários e a grandiosidade da produção. Chamou a atenção as cenas de batalhas, todas ostentando uma direção criativa (de Edgard Miranda e equipe) e até uma violência num tom mais acentuado que nas tramas antecessoras, com muitas gargantas cortadas, sangue espirrando na tela e uma duplicação de imagem por computador que fez o exército de poucos figurantes parecer realmente dez vezes maior.


Entretanto, com relação à trama, O Rico e Lázaro ainda não disse muito a que veio. Sabe-se que a trama principal é baseada na parábola de Jesus, que conta a história de dois homens que morrem no mesmo dia, mas um vai para o céu e o outro direto para o inferno. E sabe-se também que os personagens-título são Asher (Rafael Gevú/Dudu Azevedo) e Zac (Vinícius Scribel/Igor Rickli), amigos de infância que disputarão o amor da mesma mulher, Joana (Maitê Padilha/Milena Toscano). Ainda não se sabe quem é o "rico" e quem é o "lázaro" e a trama vai girar em torno da escolha destes dois personagens fictícios que os levarão em caminhos diferentes. Afinal, qual deles vai para o inferno e para o céu? Só aguardando para saber.

Pela primeira vez, uma novela bíblica da Record tem personagens fictícios como protagonistas e não figuras importantes da Bíblia Sagrada, como Moisés (Guilherme Winter), em Os Dez Mandamentos, e Josué (Sidney Sampaio), em A Terra Prometida. As figuras bíblicas e históricas ocupam as tramas paralelas, como o Profeta Jeremias (Victor Hugo) e o rei Nabucodonosor (Heitor Martinez), o grande vilão da trama. A trama de Paula Richard, assim, tem uma proposta interessante para a diferenciar das sagas anteriores.

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No entanto, até o momento, essa é uma das poucas diferenças entre O Rico e Lázaro e suas antecessoras. No geral, todas estas novelas formam uma única saga, já que a atual segue a linha do tempo da saga do povo hebreu. A nova novela mostra que após a morte de Josué, o povo hebreu começa a "seguir seu próprio caminho", dando as costas para Deus e começando a adorar deuses pagãos. O profeta Jeremias tenta alertá-los das terríveis consequências deste caminho, mas seu próprio povo tenta o apedrejar. Sua profecia se cumpre com a chegada de Rei Nabucodonosor e de sua esposa Rainha Amitis (Adriana Garambone).

Outra diferença é o texto um tanto mais recheado de acontecimentos e situações e do excesso de teor evangelizador nos diálogos. Os Dez Mandamentos e A Terra Prometida, mesmo tendo seus momentos de pregação, se colocavam mais no propósito de contar uma história. Moisés e Josué traziam a palavra de Deus, mas também viviam situações folhetinescas típicas, dando a cara de novela necessária à narrativa. Talvez por não ter os profetas como protagonistas, O Rico e Lázaro os coloca como pregadores mais incisivos. Além disso, outros personagens também recitam ensinamentos bíblicos em praticamente todos os diálogos. A nova trama se coloca mais firme no propósito evangelizador, ao menos neste início.

Mas é só. De resto, o público vai encontrar cenários e figurinos bastante semelhantes às produções anteriores, imprimindo a sensação de que acompanhamos, ainda, a mesmíssima novela iniciada lá em 2015, com Os Dez Mandamentos. Com isso, a Record corre o sério risco de saturar a temática, já que a sensação de déjà-vu é bem forte. Felizmente, a produção que substituirá O Rico e Lázaro será O Apocalipse, (ansiosíssimo!) de Vivian de Oliveira, que se passará num futuro próximo. Ou seja, sairão os figurinos suntuosos dos reinos antigos e as areias do deserto e entrará uma trama com cara contemporânea, que pode dar um necessário respiro à faixa. Caso contrário, o cansaço seria inevitável (se é que já não está cansando, haja visto que a audiência de O Rico e Lázaro está muito aquém do esperado).

11 comentários:

  1. Mais do mesmo e muita morosidade. O envelhecimento das personagens ficou exagerado dentro de apenas 7 anos. Alguns parecem ter ficado mais velhos que os pais! Boa parte dos atores não parecem estar a vontade nos papéis. Por enquanto não conseguiram sequer ganhar o carisma do público.

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  2. Economizam nos trapos, passa d um pro outro, e parece carnaval

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  3. Pouco conteúdo bíblico que realmente nos emociona e edifica nossa fé. Parece que estão mais preocupados com os romances, traições, da até nojo tem hora.

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  4. Toda noite assisto, mas ultimamente já não tenho tanta vontade pois, o casal que admiro pela força do amor Asher e Joana separados por tragédia, está demorando demais a se encontrarem e está virando rotina tentar falar com ela e voltar a ser preso!!!! Afff vamos mudar senão vai cair mais ainda a audiência!

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  5. Toda noite assisto, mas ultimamente já não tenho tanta vontade pois, o casal que admiro pela força do amor Asher e Joana separados por tragédia, está demorando demais a se encontrarem e está virando rotina tentar falar com ela e voltar a ser preso!!!! Afff vamos mudar senão vai cair mais ainda a audiência!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Não faz sentindo nenhum o rei Evill-Merodaque e sua mãe terem morrido nas mãos do soldado Nebusaradan

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Bora comentar, pessoal!

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