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quarta-feira, 16 de março de 2016

BBB16 | E a Revenge chegou ao fim


Quando tudo o que você ama é tirado de você, alguém tem que pagar. E Renan pagou. Ana Paula foi expulsa do BBB16 pelos dois tapas que deu nele. E o terceiro tapa quem deu foi o público. The End!


Humilhado, Renan deveria recorrer à Bíblia para aguardar algum momento de exaltação. Ou alguma proposta de posar nu. O galã do BBB16 só fez papelão no reality e teve algumas atitudes bem covardes em relação a três mulheres da casa. Foi traíra com Juliana, depois de uma noite de carinhos e juras de outros carinhos. Fez ainda pior com Munik, depois de beijá-la e rejeitá-la sem justificativas muito convincentes. E só foi capaz de expor toda a antipatia que sentia de Ana Paula após a falsa eliminação dela, virando seu opositor (em discussões calorosas onde atacava o modo de vida dela e ela colocava em xeque a masculinidade dele) e encarnando (pifiamente) o clichê de herói vingador da edição.

É bem possível que Renan tenha achado que se deu bem depois da eliminação de sua rival. Renan valorizou bastante o tapinha que ela lhe deu e Ana acabou expulsa. Do jeito que estava jogando, a impressão que se tem é que Renan achou que já estaria, pelo menos, entre os três finalistas. Ele também ganhou um super poder onde ficou observando no andar de cima todos os outros participantes e o que diziam e, quando retornou para o convívio normal, quis até dar uma de Ana Paula. Tentou clonar algumas ações, mas não teve habilidade para tal. E, para seu azar, Ana estava atuando forte aqui do lado de fora, especialmente nas redes sociais. Ela pediu a ajuda de seu monte de seguidores para eliminar o moço e foi exatamente isso o que aconteceu. Ana mostrou mais uma vez que, falem bem ou falem mal, é a rainha absoluta do BBB16. Esse foi o tapa que pegou em cheio.


Ostentar um famigerado dente falso ou ter recebido comentários maldosos a respeito da sua sexualidade foram questões menores quando focamos no verdadeiro problema de Renan: a ausência de torcida. Não só ele, mas todo o pessoal do já finado Esquadrão da Meditação (Laércio, Daniel, Juliana e Adélia). A galera que vota no BBB esse ano se dividiu apenas em dois grupos: os fãs e os haters de Ana Paula. A primeira turma tem sido bem mais ruidosa. Aliás, a situação de Ana lembra muito a de Dourado (vencedor do BBB10) e Alemão (vencedor do BBB7). Eles também eram amados e odiados pelo público na mesma medida, mas não possuíam um oponente forte que estivesse a sua altura e que reunisse em torno de si a ferramenta necessária para derrotá-los: carisma.


Sinceramente, não entendo essas pessoas que assistem o BBB para aprender valores como educação, humildade, honestidade e blá blá blá. Isso se aprende em casa. Reality show é entretenimento, não um concurso para premiar o melhor discípulo da Madre Tereza de Calcutá. Incrível como o brasileiro sempre precisa de mocinhos. Ama enaltecer as virtudes e o mérito de alguém, projetando-se em alguma figura mítica que o encha de admiração, orgulho e desejo utópico. A direção do BBB bem sabe disto. O brasileiro precisa de vilões também. Alguém em quem pode expiar seus ódios incontidos pelas decepções da vida. A direção do BBB também bem sabe disto: o brasileiro também ama odiar. Mas e quando o estereótipo de herói se quebra e o mocinho vira vilão e o vilão vira mocinho?

Além dos fãs fervorosos da Ana Paula, é claro, creio que um dos principais motivos para a extinção do Esquadrão da Meditação foi o fato de terem se autointitulado o grupinho do bem, os mocinhos da edição, os modelos exemplares de seres humanos, senhores da razão, da moral e dos bons costumes. Mas caíram nos mesmos erros que qualquer outro participante: o de ser um mero participante. Se esqueceram que apenas um elemento pode julgar neste jogo: o público. E o público decidiu que eles mereciam sair. E foram saindo um por um. E mesmo depois de eliminados, continuaram fazendo o papel de bons moços injustiçados. Em vez de se perguntarem onde foi que erraram, para eles, nenhum deles errou. Se recusam a compreender que foram rejeitados e tombados pelo público.


Qual a diferença entre um vilão declarado ou um vilão que se finge de mocinho? Nenhuma, exceto que o que finge dá nos nervos. Tudo o que o Esquadrão da Meditação julgavam nos outros, faziam. De forma velada, mas faziam. Só que o público não é idiota. Ainda mais nesse caso, onde os participantes estão sendo filmados 24 horas por dias. Ana Paula era a pior pessoa do mundo por querer botar dois amigos no paredão, mas o grupinho fazer o mesmo não tinha problema, afinal, era apenas casualidade do jogo. Eram os primeiros a fazer jogo, mas não aceitavam que os outros assumissem a mesma postura. Se Ronan planejava e arquitetava votos, era tachado de ruim, mas eles, os bonzinhos, coincidentemente, também planejavam e arquitetavam de votar na mesma pessoa apenas por questão de defesa. Para eles, Ana Paula e Ronan jogavam sujo, mas armar de provocá-la nas festas até ela bater em Renan e ser expulsa por agressão foi o que então?! E assim vai, uma longa lista de contradições escancaradas. Em um jogo de máscaras, vence quem melhor interpreta o papel de si mesmo. Ninguém ali foi vítima. Todos foram anti-heróis e tiveram atitudes condenáveis. Uma luta de cobras. E foi isso que tornou esse BBB interessante, sem mocinhos e bandidos aparentes.



Com a aniquilação do Esquadrão da Meditação, a saga da nossa Emily Thorne dos reality shows que ressurgiu das cinzas para cortar o mal pela raiz no BBB16 e conseguiu se vingar de todos os seus inimigos até mesmo depois de "morta" finalmente chegou ao fim. Mas ainda pode rolar um spin-off aqui do lado de fora: Os Tombados, onde a vingança trocará de mãos e Laércio, Daniel, Juliana, Tamiel, Adélia e Renan se juntarão para acabar com Ana Paula. Que os jogos recomecem!



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