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quarta-feira, 23 de março de 2016

BBB16 | Entrada de Laham + Matheus (O Político)




Com a saída de Ana Paula, o pessoal do BBB tem de se virar para manter o interesse do público. O programa mergulhou num grande tédio sem o seu gênio irascível para as confusões que ela causava e sua vocação fascinante para irritar os rivais. O reality foi caminhando bem capenga sem a Ana, até que a saída de Renan acabou de vez com uma das poucas diversões que tinha sobrado no BBB16: ir eliminando os inimigos da Loira Louca um por um. A Revenge já chegou ao fim com o extermínio do finado Esquadrão da Meditação. Oh, e agora quem poderá salvar o reality e tirá-lo do tédio?


A estratégia mais recente foi colocar Laham, um ator de origem libanesa, dentro da casa. Ele entrou dizendo que tinha uma missão a cumprir e os participantes do reality não sabiam que ele era um ator, claro. O truque foi bem manjado. Já é a terceira vez que o BBB usa este expediente e, mesmo assim, todos os participantes caíram feito uns patinhos na lábia do ator (com exceção de Ronan, o único que tem cérebro e desconfiou que ele era um ator infiltrado). Mas tal truque funcionou muitíssimo bem e ajudou a quebrar a pasmaceira da casa com algumas confusões e umas tantas coisas divertidas.


Munik se encantou e deu uns beijos em Laham. Os dois chegaram a fazer juras e mais juras de amor. Cacau igualmente se encantou e passou a disputá-lo, criando uma cena de ciúmes com Munik. Até Geralda ficou embevecida pela carne nova no pedaço. Assim como Matheus, que gastou toda a sua simpatia e atenção com ele. Vimos o desgoverno emocional de Ronan, que deu o maior vexame e surtou ao ser preterido pelas mulheres da casa (em especial, Munik) pelo Laham. Assim como também vimos o rompimento total entre a vovó Geralda e seu netinho Matheus. Os dois brigam feio e até se xingaram na festa. O anúncio, na noite de domingo, antes da formação do paredão, de que Laham era um ator proporcionou outras ótimas cenas: a surpresa de Cacau, a felicidade de Ronan e, principalmente, a decepção de Munik com o micão que pagou. Para a nossa mais culposa diversão!


Diante de todo o caos na política atual do nosso país, ainda que se trate de algo incomparavelmente menos relevante para a vida da população (o BBB é apenas um reality show), é curioso observar que há um paralelo bem similar entre a trajetória de Matheus (o eliminado de ontem) no programa com a de um c.e.r.t.o político. Todos sabem que a conquista de um mandato político obtido por meio do voto é uma verdadeira guerra e que só pode entrar nessa batalha quem tiver perfil próprio para tal ou, em outras palavras, quem tem jogo de cintura; fazer acordos políticos para governar bem e, principalmente, fazer promessas, muitas vezes até milagrosas, para conquistar o voto do eleitor.

Sobrevivente de Mariana (região devastada por um desastre ambiental de proporção mundial), Matheus entrou no BBB prometendo que ajudaria a cidade e dividiria o prêmio com os mais prejudicados do desastre. Não demorou para o herói do povo fazer amizade com a velhinha engraçada que também passava pelo momento de "pré-confinamento" com ele no segundo andar da casa. Ali formou um importante elo vó-e-neto com Geralda (a Palmirinha e o Guinho). Parecia ser o neto perfeito que toda vozinha queria ter. Quando conseguiu entrar oficialmente no BBB16, tratou logo de ficar com Cacau (casalzinho engaja torcida nas redes sociais, todo mundo sabe). E com ela procurou manter-se alheio às tramoias da casa dividida em dois lados (PT versus PSDB?), pois seguir o coração e não combinar voto era o seu lema. Já vi esse filme... E ele já ficou oito anos no governo!


O problema é que Matheus fez tudo de maneira tão forçada que ninguém foi capaz de acreditar em nada do que ele dizia ou fazia. O clichê de "menino bão batalhador bonitinho" não convenceu. Se fosse em outras edições, Matheus já teria ganhado essa eleição e se tornado presidente. Mas não em uma edição tão diferente como a de 2016, com a presença magnética de Ana Paula (nossa anti-heroína mais amada e odiada do Brasil) e com um elenco tão dúbio, sem vilões nem mocinhos aparentes.

O telespectador logo descobriu o que Matheus escondia em seu tríplex moral. E ele não tardou em exibir a fraqueza de seus sentimentos por Cacau (a impressão que dava era que ele ficava com a moça por três motivos básicos: necessidade fisiológica, pena ou estratégia), um indisfarçável interesse por Munik e um grande gosto por fofocas. Foi capaz de qualquer negociata para continuar longe dos holofotes da opinião pública. Para fugir do paredão, o brother seria capaz até de se tornar ministro!



 Mas a máscara de herói do povo, netinho perfeito e príncipe encantado caíram por terra. Os escândalos vieram à tona. Matheus já não tinha mais onde esconder os pedalinhos de seu caráter. Mesmo aliados próximos como Munik e Renan (seu "amigão") se deram conta de que ele, na verdade, era um Romero Rômulo. E bastou cair no confrontamento com o público que Matheus foi julgado e condenado. Pena: eliminação. Quem dera se na vida real todos os políticos corruptos também fossem condenados, né? Pelo menos, assim, Matheus terá uma desculpa para não ajudar Mariana...


Se Cacau não ganhar a liderança dessa semana (que valerá imunidade), está mais do que óbvio que #Geronik estará na final (a força do fã-clube do trio, graças aos fãs de Ana Paula, está poderosíssimo). Com um jogo altamente previsível e desinteressante, o BBB16 chegará ao fim agonizando até o dia 5 de abril. Que morte horrível para uma edição que começou tão porreta....

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