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domingo, 27 de setembro de 2015

O Melhor e o Pior da Semana (21 à 27/09)





O Melhor: Final genial de Verdades Secretas








Walcyr Carrasco conseguiu um feito quase impossível: escreveu um fim para Verdades Secretas tão sensacional quanto foi a novela inteira. O desfecho de seus personagens foi coerente com a história contada desde o início e o autor não se preocupou se poderia chocar ou não. Walcyr escreveu o que quis, surpreendeu com a ousadia e a direção de Mauro Mendonça Filho foi essencial na realização de uma novela tão forte e densa. Angel (Camila Queiroz) era uma demônia: essa foi a maior verdade secreta que veio a tona no desfecho. Sem clichês – talvez o único tenha sido Larissa (Grazi Massafera) se convertendo, mas foi emocionante as cenas dela sendo resgatada da Cracolândia pelos missionários, mostrando que a fé salva as pessoas –, o fim teve suicídio, sexo e assassinato friamente planejado. Logo de cara, assistimos a uma Drica Moraes magistral dando um tiro na própria cabeça (quer dizer, a personagem, Carolina). O que vimos na sala da mansão foi uma poça enorme de sangue e uma filha com seu destino já condenado por sua traição. Na sequência, houve alguns inteligentes respiros, com Pia (Guilhermina Guinle) revendo seus conceitos e Visky (Rainer Cadete) se acertando com Lurdeca (Dida Camero). Teve espaço ainda para um show de falta de auto estima com Fanny (Marieta Severo) mendigando migalhas de amor de Anthony (Reynaldo Gianecchini). E aí voltamos para o que realmente interessava no último capítulo: Angel. Após dias na casa do pai, Alex (Rodrigo Lombardi), sem nenhum tipo de remorso, a procura. Com olhar diabólico, até então não revelado, a modelo trama seu fim. Convida o amante para um fim de semana em Angra, dá uma de viúva negra e, após a sedução, parte para um nada romântico passeio de lancha. Fria, Angel atira em Alex e, com ele já caído no barco, dá mais uns três tiros de misericórdia. E quando todos já achávamos ter visto de tudo em uma única noite, Letinha surge triunfante (e ainda mais diabólica) casando com Guilherme (Gabriel Leone). Ah…saiu da igreja a bordo de um helicóptero! Pois é. A Angel era a diaba. Traiu a própria mãe, matou friamente o tio do homem com quem casou e sorriu sordidamente para a câmera indicando o começo de uma nova vida. Claro que houve licença poética pela polícia não ter sequer desconfiado da versão de que Alex simplesmente caiu no mar e se afogou. Mas ok, pessoal. É novela! A mãe morreu para ela viver e ela o matou para poder, de fato, viver. Quanto a ele, morreu provando do próprio veneno. O último capítulo da novela ficará na história da teledramaturgia por ser extremamente coeso e forte. Não foi um final nem um pouco moralista, visto que Fanny não foi punida pelo book rosa, Carolina morreu sem saber que a filha fazia book rosa e achando que Fanny era uma santa e Antonny e Giovana (Ágatha Moreira) terminaram impunes e felizes em Paris, mesmo depois de tudo que fizeram. E ainda mostrou que a grande vilã de Verdades Secretas sempre foi aquela que nos enganou por 64 capítulos com um nome que representava o completo oposto: Angel. Genial!




O Pior: Patty Dejesus


Em meu último texto sobre I Love Paraisópolis, havia comentado o quanto que a novela das sete era repetitiva e que não avançava nunca. Entretanto, devo admitir que a entrada de Dom Peppino (Lima Duarte) e Alceste (Pathy Dejesus) deram uma movimentada na história. Tava precisando! O problema é que a atuação da Pathy Dejesus está muito fraca. Ela tem um personagem de ouro nas mãos e de grande destaque na trama, mas fica fazendo caras e bocas exageradas que acabam comprometendo o resultado final. Pra completar, Alceste, do nada, virou uma maluca psicopata do dia para a noite, foi internada no hospício, fugiu de lá, jurou vingança contra todo mundo, está sendo odiada por nove de cada dez personagens e ainda sequestrou o bebê de Margot (Maria Casadeval). Que novela é essa, Brasil?! I Love Paraisópolis se perdeu completamente!


4 comentários:

  1. O capítulo final teve início na imagem (que nós não vimos) do penúltimo capítulo: o alvo do tiro. Aqui, temos a metáfora do segredo que se estilhaça, um vaso de vidro que se parte, tal como toda a fantasia do casamento entre Alex e Carolina (Drica Moraes). Confesso que esperava que a mãe de Angel matasse o esposo e se suicidasse em seguida. Uma vez que Carolina tirou a própria vida, Angel não só terá que conviver com o remorso, como verá sempre atirando-se nos braços do amando quando Carolina estava com a arma apontada para os dois. Essa atitude só trouxe mais dor para as últimas horas de vida da personagem, reforçando o quão tola ela foi. Houve mais do que a admissão de um caso extraconjugal. Houve a admissão de um amor.No final, quando Angel é praticamente vendida pelo pai e pela madrasta, temos indícios de que a tragédia do início do capítulo não estava terminada.

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  2. Ficou evidente que ela não estava sufocada pelo remorso: ela estava corroída pela raiva, Angel o matou e forjou o seu “grand finale”. Angel não somente matou Alex, como também fez a transferência de culpa da morte da mãe para Alex. Movida por isso, o comportamento e as atitudes de Angel me fizerem lembrar: a frieza do planejamento de um crime, a elegância e a dissimulação em saber se colocar como vítima.

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  3. Pra mim, a Angel nunca assumia de frente a consequência de suas ações, sempre tentava culpar alguém ou forças externas pelos seus erros. E ao Alex se envolver com a Carolina, as coisas ficaram piores, pois justificava toda a traição a sua mãe, ao amor que dizia sentir por ela (mais uma vez tentando justificar suas más atitudes).
    só que diante da dor e da culpa que ela sentiu pela morte da mãe, ela simplesmente tornou-se uma pessoa, fria , calculista, vazia, a ponto matá-lo friamente, como se afundando ele no mar e limpando todo o sangue do barco, ela estivesse limpando o sangue da mãe. Acontece que ao julgar o Alex como culpado e o matando para vingar a morte de Carolina, ela acredita que assim, a culpa que cabe a ela, vá acabar, e ela poderá seguir com a vida. Pena que mesmo se ela limpasse um titanic de sangue, ela jamais se livrará da culpa que lhe cabe. Acho que no fim, ela adquiriu algum traço de psicopatia, sim, afinal, quem em condições psicológicas normais, mataria com toda aquela frieza, faria toda aquela encenação pra polícia, conseguiria viver com o peso de duas mortes nas costas, sem contar na cara macabra dela ao sair da igreja, demonstrando nenhum remorso, nenhuma culpa. O mais coerente é que com esse peso na consciência, ela se matasse tbm, mas não, continuou a viver como se nada tivesse acontecido, vendendo a imagem da menina pura, feliz, um verdadeiro anjo, mas que por trás disso tudo, existe totalmente o oposto, ''lobo em pele de cordeiro''. Mesmo que ela tente, nunca será feliz, uma hora a vida cobrará seu preço, e por fim, na última cena, no helicóptero, ela diz ao Gui que está feliz, mas ao virar o rosto, sua expressão é totalmente sombria, sem nenhum traço de felicidade!! A novela terminou com muitas verdades continuando bem secretas!
    A personagem disse ao recente marido que estava feliz, mas vale lembrar que essa felicidade está coberta de sangue, repousando na morte das pessoas que mais se preocuparam com ela. Um final irônico, coerente ao desenvolvimento da narrativa e à proposta da história de mostrar a capacidade de cada um de esconder verdades em função do próprio bem estar.

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  4. não teve cara de final feliz de novelinha. Deu para ver que a personagem Angel/Arlete não terminou feliz. Na última cena, no helicóptero, ela fala com o Gui que já estava muito feliz, mas em seguida vira-se para a janela e tem um olhar vazio. Dá para perceber que, na verdade, ela amava o Alex, mas sabia que não podia ficar com ele, principalmente porque entre ambos havia o suicídio da mãe dela, que viria à tona para todos. Casar-se com o Gui foi uma fuga (mesmo motivo pelo qual ela o namorou antes).
    Não vejo o casamento de Angel com o Gui como sua busca pela felicidade, e sim uma fuga do pai explorador, sua única família restante.
    Não acho que a angel teve um final '' Feliz '', afinal ela vai ter carregar a culpa pela morte da mãe pelo resto da vida, e sem falar no amor que ela sentia pelo alex... Casou com uma pessoas que ela não amava e que nunca vai ser feliz de verdade, acho que isso não é ser feliz!!!
    Viver com quem a gente não ama, com certeza é um ótimo castigo...
    SIM CLARO, TE ENDENDO.É NÃO É FAÇIL CONVIVER A VIDA TODA COM A CULPA DE TER MATADO A MÃE.TRISTE ,MUITO TRISTE.

    Culpar o Alex foi a forma q ela encontrou p aliviar a própria culpa em relação à morte da mãe dela. Estão dizendo q ela teve um final feliz, mas pode olhar o rosto dela na cena final quando ela vira o rosto p janela. A consciência é o pior castigo q ela pode ter. A culpa irá acompanhá-la p sempre pq a única pessoa q poderia perdoá-la já estava morta. Por isso q temos q prestar atenção com o q falamos e fazemos pq as vezes o tempo passa e o momento do perdão tb. O tempo cura um amor, um ódio, uma desilusão... mas nunca retira uma culpa!!

    Eu acho que a tristeza dela não foi ter assumido e ficado com o Alex, que na real era o que ela queria. Concordo temos que pensar mil vezes antes de fazer algo, para não nos arrependermos depois.

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