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domingo, 18 de setembro de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (11 à 17/9)



   O MELHOR DA SEMANA   


Selma Egrei


 

Por uma triste e infeliz coincidência, a cena em que Encarnação se joga no rio São Francisco para morrer foi ao ar no mesmo dia trágico da morte de Domingos Montagner. Foi algo, de fato, bem estranho de assistir, sabendo que o protagonista da história havia morrido pouco antes naquelas águas. Não vou aqui fazer nenhum julgamento de valor pelo fato da Globo ter exibido esta sequência. O canal não tinha muito o que fazer: este era o capítulo que estava programado para ir ao ar. Muita gente reclamou nas redes sociais, dizendo que era algo meio mórbido e desconfortável, mas o que fazer? Tirar do ar? Cancelar o capítulo? E colocar o quê? Eu sei que é difícil, mas vida que segue. O show não pode parar. E a cena em questão serviu para comprovar o show de Selma Egrei. Aliás, não teve pra ninguém: a atriz dominou Velho Chico essa semana. E ainda honrou com maestria novamente o que é ser uma atriz de qualidade na cena em que Encarnação confessa a Piedade (Zezita Matos, maravilhosa também) que matou Rosa (Rodrigo Lombardi) e pede perdão, recebendo a compreensão dela. Emocionante. Se a Selma Egrei não for indicada aos prêmios de melhor atriz no final do ano, eu não respondo por mim!

Apomara



As cenas de Apolo e Tamara em Haja Coração estão ótimas. Malvino Salvador vem esbanjando química ao lado de Cleo Pires e seu personagem se torna menos insuportável ao lado dela (o mesmo acontece com Mariana Ximenes ao lado do João Baldasserini). Pena que o autor tenha demorado tanto para destacar isso. Betancinha e Apomara: é esse o caminho, Daniel Ortiz!

Penúltima semana de Justiça


Apesar de não concordar com alguns rumos de determinadas histórias, Justiça tem o mérito de exibir uma tensão crescente a cada episódio. A medida que a história vai chegando em sua derradeira semana, vem dando lugar a uma sensação sui generis, em que vemos cair a máscara e o verniz dos personagens, fazendo aflorar seus instintos mais primitivos e reprimidos. Todas as histórias (com exceção de quinta) apresentaram seus melhores episódios até o momento.

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Das cenas dramáticas mostradas até agora em Justiça, a do beijo entre Elisa (Débora Bloch) e Vicente (Jesuíta Barbosa) no final do episódio de segunda (12) talvez tenha sido a que tocou mais fundo por provocar um misto de indignação e reflexão. É sabido desde a estreia da série, há três semanas, que cada uma das quatro histórias contadas de forma intercalada tem a intenção de levar o telespectador a se questionar sobre como agiria se estivesse na pele de cada personagem. Mas mostrar a mãe beijando o assassino de sua própria filha foi uma ousadia da autora Manuela Dias, que desafiou o emocional e o psicológico de qualquer telespectador. 

Mesmo que o envolvimento entre Elisa e Vicente já viesse sendo ensaiado, o "fato consumado" causou impacto. Contrastou com a cena impactante do primeiro episódio em que a professora de direito apareceu em absoluto desespero agarrada ao corpo ensanguentado de Isabela (Marina Ruy Barbosa), morta a tiros pelo noivo no box do banheiro, onde ela o estava traindo com outro. Como a mãe, que durante sete anos se preparou para matar aquele que tirou a vida de sua filha quando este saísse da cadeia, pode agora se entregar a esse mesmo homem?

Estará Elisa sofrendo de uma espécie de síndrome de estocolmo, em que a vítima se apaixona por seu algoz? Na busca desesperada de manter sua filha viva, será que ela vê no assassino da própria a saída para o alivio de sua dor? Ou, sentindo-se incapaz de realmente matar Vicente, mudou os meios usados para atingir sua vingança? Na história de sexta, Maurício (Cauã Reymond) também desistiu de matar o homem que atropelou sua mulher e resolveu fazê-lo sofrer em vida. No entanto, as circunstâncias que envolvem um crime e outro são bem diversas. E as tentativas de buscar atenuantes para o caso de Elisa, como mostrar em flashbacks um lado mais obscuro de Isabela, podem ser apenas armadilhas para despistar a sua passionalidade.

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Fátima (Adriana Esteves) segue com a história mais linda e emocionante de todas e agora finalmente tem seus dois filhos de volta e encontrou um grande amor, Firmino (Júlio Andrade). Numa linda cena familiar, cheguei a chorar no momento em que Jesus (Bernardo Azevedo) resolve cantar "Quero te encontrar" pra mãe e para a irmã tendo o acompanhamento de Firmino ao violão. A história de terça, aparentemente, teve seu fim antes do fim. Vimos o embate dilacerador de Fátima com Douglas (Enrique Diaz), arrependido por todo mal que causou em sua vida; e com Kelly (Leandra Leal), que já descobriu toda a verdade, numa cena heroica de uma mãe defendendo sua filha. O que mais falta acontecer? Estou curioso para saber.


A história de quinta continua como a mais fraquinha da série. Porém, o reencontro de Débora (Luisa Arraes) com seu estuprador (Pedro Vagner) foi forte e angustiante. Deram um show.


Sexta foi a vez do show de Drica Moraes e Antonio Calloni. Os dois se destacaram quando Vânia ameaça entregar o marido para a imprensa, sendo agredida por ele. A cena em que ela é empurrada e sai sangrando e trançando as pernas é incrível. Assim como as que vieram na sequência, quando a sua personagem arma tudo para desmascarar o marido durante sua campanha eleitoral, provocando um panelaço na população. Tudo com Maurício vendo de camarote a queda do inimigo. A cena final, com Vânia desnorteada, abandonada pelo amante, sentindo muito medo, me deu pena. Drica e Antonio ofuscaram o Cauã na história.

Talvez aí esteja mais um ponto instigante dessa série: independentemente do desfecho que será dado pela autora da história, a avaliação pessoal de qual é o crime pior e até que ponto todos são culpados e/ou inocentes vai continuar dependendo do ponto de vista ou das próprias experiências de cada um. O sentimento que move a vingança é algo realmente traiçoeiro. Até que ponto isso pode nos levar? Até que ponto isso pode nos transformar? Até onde podemos ir sem nos tornamos iguais ou pior do que o nosso maior inimigo? Esse é o caso de Maurício.

Ele vingou a morte de sua esposa, mas os caminhos que trilhou se pareceram muito com os de Antenor (Antônio Calloni). Maurício conseguiu dinheiro de forma suja, se aliou a pessoas que seguem caminhos tortos, tentou matar uma pessoa, se envolveu com uma mulher para atingir outra pessoa. À essa altura, o que o difere de Antenor? Agora é esperar o final.

Homenagens a Domingos Montagner


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Muito bonitas as homenagens prestadas a Domingos Montagner pela Globo (em especial, Jornal Nacional, Vídeo Show e Encontro), com os colegas falando lindamente sobre o ator. Aliás, o veículo que fez a cobertura mais séria e respeitosa da morte do ator foi justamente a Globo, que poderia ter aproveitado a morte do protagonista da sua novela das nove para fazer uma longa cobertura, mas não. Deu dois plantões (um para noticiar o desaparecimento e outro para a morte) e bonitas homenagens nos programas da casa e pronto. Cobrir um acontecimento não significa explorar de forma sensacionalista as informações. Até porque, qual a necessidade de parar sua programação para ficar dando notícias repetidas e sem muito fundamento verídico? Pode-se reclamar de muitas coisas da Globo, mas sensacionalismo não é uma delas. (...)

     O PIOR DA SEMANA     


Sensacionalismo na cobertura do caso Montagner


 

(...) Em contrapartida, programas policialescos de humor (?), como o Cidade Alerta e Brasil Urgente, fizeram a festa em nome da audiência (o Cidade Alerta teve seu melhor desempenho no ano e alcançou a liderança no Ibope) e deram um show de falta de profissionalismo, de sensibilidade, de preparo, de tato, de humanidade. Cheguei a ficar constrangido ao ouvir o Luiz Bacci perguntar ao vivo ao general do corpo de bombeiros, que estava no local da tragédia, quanto tempo numa situação dessas um corpo estaria putrefato. A própria autoridade, ao final, falou que isso não vinha ao caso. Teve até entrevista por telefone com a dona do restaurante onde Domingos e Camila Pitanga haviam almoçado antes do acidente. O que ela poderia acrescentar ao caso?! O cardápio que eles almoçaram?! E o que dizer sobre Datena, que chegou a fazer mistério à la João Kleber ao noticiar que um corpo próximo ao local do desaparecimento de Domingos Montagner tinha sido encontrado ("Será que é do ator?")? Lastimável.

Grade da madrugada do SBT


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SBT e suas SBTices. Com o cancelamento do Ok Pessoal para o deslocamento de Otávio Mesquita a um novo projeto na emissora e o fim dos seriados americanos, o Jornal do SBT passou a ser a única atração das madrugadas do canal, sendo transmitido do fim do The Noite, por volta das 2 horas da manhã, até o início do Primeiro Impacto, às 6 horas, só que sendo reprisado (até três vezes seguidas) ininterruptamente. E é esse o "jornalismo que evolui", né...

100% Justin Bieber



Uma verdadeira desgraça o concurso 100% Justin Bieber no Raul Gil. Ver um bando de marmanjos, sem um pingo de vergonha e constrangimento alheio, dublando e imitando alguns passos de dança do Justin Bieber e achando mesmo que são parecidos com ele é de fazer qualquer um se contorcer no sofá. Jura que tem gente que perde tempo assistindo?

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