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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

O Melhor e o Pior da Semana (15 à 28/1)



   O MELHOR DA SEMANA   


Dois Irmãos


Apesar de o estilo de Luiz Fernando Carvalho dividir opiniões (para seus amantes, um defensor da arte; para seus detratores, exagerado e repetitivo), o diretor soube produzir uma adaptação fiel à obra original de Dois Irmãos. Diminuiu-se o tom lúdico e os figurinos excessivamente exóticos e aumentou o pé na realidade, visto na constituição da Manaus entre os anos 1920 e 1980, traduzida em belos cenários e fotografia deslumbrante. O tom barroco permaneceu, mas dialogou perfeitamente com a época e a trama em si. Com isso, não afugentou o público um tanto avesso às novidades e sem precisar abrir mão da qualidade para isso. Não há dúvidas de que Dois Irmãos foi uma verdadeira obra de arte na TV.

Dois Irmãos também teve o mérito do texto afiado. A trama, adaptação de Maria Camargo da obra de Milton Hatoum, foi intensa, inquietante, cheia de elementos capazes de fisgar o público. A saga dos gêmeos Omar e Yaqub traduziu a eterna luta do bem e do mal e a dicotomia das relações humanas. Trata-se de uma saga bíblica, desde Caim e Abel, colocando irmãos em pontos opostos, vértices de uma disputa eterna. Aqui, a distância entre Omar e Yaqub pode ter sido construída ainda na infância, com a escolha meio inexplicável da mãe entre um e outro. Zana cuidou de Omar, o protegeu e o escolheu para ficar ao seu lado quando precisou separar os irmãos, mandando Yaqub para o Líbano. O tempo e a distância, no entanto, não fizeram diminuir a rivalidade entre ambos, muito pelo contrário, gerando novos conflitos e tragédias. Ou seja, um drama familiar e humano cheio de camadas, e é impossível o público ficar indiferente.

Houve quem acusasse Dois Irmãos de ser lenta, arrastada ou enfadonha. Concordo com o lenta, mas discordo veementemente do arrastada e enfadonha. Dois Irmãos andou ao seu próprio ritmo, com pausas e sinalizações herdadas da literatura, mas que destoam do ritmo veloz da TV de hoje, daí a estranheza. No entanto, tais pausas e contemplações foram fundamentais para que o público criasse seus laços com os personagens e as situações, compreendendo seus movimentos. Neste contexto, Dois Irmãos mandou um recado claro para a audiência: não importa se o ritmo é lento ou veloz, desde que haja uma história e um motivo claro para determinar qual o melhor tom da velocidade. Precisamos ir além da atual máxima que prega que apenas obras com ritmo de YouTube ou de séries americanas fazem sucesso nos dias de hoje.

Isso sem falar no incrível trabalho dos atores, sendo impossível apontar quem foi melhor. Antonio Fagundes (Halim), Eliane Giardini (Zana), Juliana Paes (Zana), Irandhir Santos (Nael), Antonio Calonni (Halim), todos tão plenos, viscerais e entregues ao enredo e donos de grandes momentos. O jovem Matheus Abreu foi uma grata revelação. E Cauã Reymond, surpreendentemente, mesmo com uma imagem um tanto saturada depois de tantos trabalhos repetitivos seguidos, mostrou seu melhor momento na TV. Omar e Yaqub eram distintos e o trabalho do ator deixou isso bem claro ao público. Os momentos finais da minissérie foram todos de Fagundes (principalmente na excelente e emocionante sequência da morte de Halim), Cauã (se destacando no repulsivo momento em que Omar agrediu e xingou o pai morto) e Eliane (interpretando com precisão toda a decadência de Zana após a morte do marido e seu processo de agravamento da loucura). Como toda regra sempre tem uma exceção, Bárbara Evans (Lívia) já é uma forte candidata ao título de pior atriz do ano. Sua única cena revelante em toda a minissérie foi quando fez sexo com o personagem do Cauã. Também achei surreal o Irandhir Santos ser filho do Cauã Reymond. Poderiam ter envelhecido o Cauã com uma boa maquiagem ou então terem chamado um ator mais novo para viver Nael. Mas o talento do Irandhir compensou tamanho erro de escalação na passagem de tempo. De qualquer forma, Dois Irmãos encerrou sua trajetória abrindo a programação 2017 da Globo com chave de ouro.

Pesadelo na Cozinha


Nesta semana, a Band estreou Pesadelo na Cozinha, sob comando de Erick Jacquin, onde o jurado do MasterChef agora enfrenta as agruras dos donos de restaurantes que vão de mal a pior. Nesta estreia, o chef conheceu o escondidinho da Amada. Porém, o maior problema não residia no estabelecimento comercial em si, mas em Fernando, o marido de Amada. Jacquin encarna a figura de Supernanny dos restaurantes. Ele observa o movimento, percebe os pontos fracos e, em um receituário, passa sugestões para o incremento do local. Cris Poli fazia o mesmo com os pais das crianças. E, em muitas oportunidades, os filhos não eram o real problema, mas sim os pais que escreveram para o programa do SBT. E isso aconteceu no Pesadelo da Cozinha. A convivência nada pacífica de marido e esposa no ambiente de trabalho prejudicava todo o resto. E, nos momentos finais, um final feliz apareceu. Restaurante reformado. Novo menu. Amada e Fernando em clima de respeito mútuo. O programa apresentou um bom ritmo. Jacquin comanda com sobriedade sem humilhar os socorridos (ao contrário do que rola no MasterChef).

Tardes de domingo da Globo


Em sua segunda temporada, o ótimo The Voice Kids agora conta com o comando de André Marques no lugar do Tiago Leifert. André atinge o objetivo de entrelaçar o show do palco com a tensão dos bastidores. A substituição não prejudicou o ritmo do talent show. Thalita Rebouças também é outra novidade. Ela cumpre a função de assistente no programa. E muito bem, por sinal. O júri é a grande base para a competição. Ivete Sangalo, Carlinhos Brown e a dupla Victor e Leo formam uma boa bancada (apesar de já não aturar mais ver a cara do Carlinhos nos dois realities). Eles têm a preocupação de passar incentivo até para aqueles eliminados da disputa. O telespectador fica encantado com o show das crianças e jovens. The Voice Kids tem o mérito de valorizar o cancioneiro nacional. É rara a aparição de músicas em inglês ou espanhol. Menos de 20% do repertório. Os jurados claramente escolhem uma voz "kid". Eliminam de supetão os(as) candidatos(as) que cantam como adultos. E isso é certíssimo. A Globo acertou na grade de programação. A divertidíssima Nova Escolinha do Professor Raimundo e o The Voice Kids formam uma boa dupla para se assistir durante o almoço nas tardes de domingo da Globo. Ótima opção para quem procura QUALIDADE e não apelação.

Volta do Tá no Ar - A TV na TV


E o Tá no Ar  voltou com tudo, mostrando que Marcelo Adnet, Marcius Melhem e companhia estão cada vez melhores na função de transformar o efeito zapping numa divertida e esperta paródia do cotidiano nacional. Seja emulando programas conhecidos, parodiando comerciais ou simplesmente exercitando o melhor do besteirol, Tá no Ar segue como o melhor programa de humor da televisão brasileira na atualidade. No atual contexto político nacional, o que não faltam são assuntos que podem ser tratados de maneira crítica, irônica e, ao mesmo tempo, engraçada. Isso pôde ser visto nesta estreia com a chamada do filme "A Dama da Delação", atração do "canal Brasília". No enredo, muita sacanagem, ou seja, esquema de corrupção, tudo sendo gravado por uma moça, digamos, saliente. Ótima sacada! Outra esquete divertida parodiava o comercial de um supermercado do Rio de Janeiro, onde um animado garoto-propaganda anunciava demissões em massa num momento de crise ("Recessão, não tem contratação!"). E a atração colocou o dedo na ferida de maneira contundente ao parodiar o comercial do Banco do Brasil, com o slogan "Branco no Brasil: há mais de 500 anos levando vantagem". Bingo!

Tá no Ar atira para todos os lados e não perdoa grupo nenhum, como foi visto na esquete "Crentes", uma brincadeira com o seriado Friends, mas formado por um grupo de evangélicos. No canal ao lado, Silvio Santos segue com seus "greatest hits" e canta sua própria versão de "Bem que se Quis", cuja letra comemorava o fato de ele ter dito Jequiti na Globo sem ser notado. Impagável! Outra qualidade do Tá no Ar é saber manter quadros fixos sem cansar. Estão de volta sucessos como o "Jardim Urgente", sempre denunciando conflitos provocados por crianças (e o indefectível "Foca em mim!", besteirol que parece não perder a validade), ou o militante esquerdista, personagem de Marcelo Adnet que repete as mais variadas teorias da conspiração contra "a réde Glóbo de televisão". Novidade da última temporada, o Te Prendi na TV, paródia de programas de João Kleber, segue no ar, desta vez tentando descobrir quem é a celebridade oculta. "Será o Celso Portiolli?", perguntou o apresentador à sua animada plateia. Ver a Sandy relembrando os velhos tempos da série Sandy e Júnior e falando um monte de palavrões não teve preço!

Se continuar tão inspirado assim, Tá no Ar terá vida longa. Sorte a nossa!


     O PIOR DA SEMANA     


Tom didático do Amor e Sexo



A maior qualidade do Amor e Sexo é justamente conseguir tocar em assuntos importantes de uma maneira leve, divertida e para desmistificar alguns temas. Porém, infelizmente, na estreia da sua décima temporada, o programa pesou a mão. O tom adotado para debater feminismo e a questão de gêneros, por exemplo, foi de um tremendo didatismo. O entretenimento ficou em segundo plano (quiçá, em terceiro). Não adianta pensar que o formato de programa de auditório é capaz de popularizar discussões mais sérias e aprofundadas. Não funciona. Os melhores momentos do programa foi, justamente, quando deixou de lado o tom pseudo-educativo e partiu para as brincadeiras e opiniões aleatórias e para a galhofa. Fica muito mais divertido. Fernanda Lima é linda, simpática, divertida e comanda muito bem o Amor e Sexo. Espero que o programa volte a equilibrar entretenimento e informação nos próximos episódios, como sempre fez tão bem.

Descaso do JN com a morte de Russo


Tudo bem que o Russo nos últimos tempos estava brigado com a Globo, mas o Jornal Nacional ignorar a sua morte na edição deste sábado (28) foi algo grotesco. Não estou falando nem de fazerem uma homenagem, mas a questão é que não houve nenhum comentário sequer a respeito, nada. O Russo é só o maior e mais famoso assistente de palco da história da TV brasileira, já tendo trabalhado com Chacrinha, Angélica, Xuxa, Faustão e Luciano Huck. Não merecia esse descaso. Atitude lamentável e desrespeitosa!

Nova temporada de Cidade dos Homens


Para quem acompanhou a série que marcou os anos 2000 na TV, foi decepcionante essa sua reeleitura. Na prática, a nova temporada de Cidade dos Homens (que mostrou que rumo tomaram as vidas de Acerola/Douglas Silva e Laranjinha/Darlan Cunha dez anos após a conclusão da série original) nada mais foi do que um prato requentado, com passagens das temporadas anteriores sendo relembradas ao longo dos três episódios iniciais, onde apenas o quarto e último teve uma história totalmente inédita. Sem falar também que deixaram de lado todo o (ótimo) tom documental em mostrar a realidade da favela, marca registrada da série, para dar lugar a uma trama pra lá de melodramática: uma enorme quantia de dinheiro do traficante do morro é encontrada, levando ao dilema de devolver ou não, já que o dinheiro salvaria a vida do filho de Laranjinha, que tem uma doença grave e precisava ser operado urgentemente. Esperava mais...

Sem Volta


A Record tentou, mas não foi desta vez. Sem Volta prometeu, entrou com fôlego em seu primeiros capítulos no roteiro e em outros aspectos, mas tropeçou e não empolgou. Com overdose de violência nos episódios, cenas de ação que pareciam terem sido criadas só para enrolar e não levavam a história para lugar nenhum, flashbacks fracos e confusos, distribuídos em um enredo parado em poucas ambientações (o que não deu ideia de movimento), Sem Volta se mostrou cansativo na maior parte dos seus 13 episódios. De modo geral, Sem Volta perdeu seu potencial, passou despercebida e deve fazer jus ao nome, talvez até para produções similares.

A Lei da Incoerência e do Dramalhão


Sabe uma velha senhora chamada coerência? Ela anda passando bem longe de A Lei do Amor, que parece ter aderido de vez ao mantra de Glória Perez em Salve Jorge: "vamos voar!". Além da eliminação sem controle de alguns personagens que mereciam ficar na trama e a chegada de outros que inexplicavelmente brotam do nada na história, um dos últimos absurdos se centraliza na volta da Isabela (Alice Weigmann), que, dada como morta depois de ser jogada de uma lancha no mar, reaparece vingativa como Marina. Até ai, ok. O problema é o fato de vários personagens que conviveram com a Isabela sequer acharem a Marina parecida com ela, com exceção de Tião (José Mayer), o único ser que mostrou ter mais de dois neurônios. Jura que bastou pintar o cabelo da menina de preto, tirarem a franjinha característica, enfiarem um óculos de grau E NINGUÉM RECONHECEU ELA?! Tá, né...

E tudo só piorou no capítulo da última terça (24). Magnólia (Vera Holtz) foi desmascarada diante de todos, tendo seu caso de mais de 20 anos como o genro Ciro (Thiago Lacerda) exposto durante uma exposição. A vilã foi xingada, humilhada, estapeada pela filha, jogada no chão pelo Fausto (que, mesmo doente, sabe-se lá como encontrou tanta força para derrubá-la, mas tudo bem) e ainda levou um soco de Tião. Ufa! Lembra daquelas grandes sequências de revelações bombásticas em família ou em festas na fase de ouro das novelas do Manoel Carlos (como quando Clara revelou pra todo mundo que Capitu era prostituta em Laços de Família)? Então... Não chegou nem perto! Do início ao fim, o exagero deu o tom do capítulo. A fraca direção, o texto pra lá de mexicanizado e os cortes que iam acontecendo deixou tudo muito anticlímax: começou intensa e, de tanto enrolar, terminou morna e bem fraquinha. Mas o pior ainda estava por vir. No final do capítulo, Fausto teve algum tipo de ataque que atingiu todos os índices da cafonice. A cena continua com ele moribundo, deitado na cama, já próximo da morte, com toda a sua família em volta. Fraco, o personagem tem tempo de se despedir de um por um. E enquanto isso acontece, ninguém teve a brilhante ideia de chamar um médico ou uma ambulância para tentar salvar a vida do homem. Ficaram lá, esperando a Dona Morte levá-lo. Afinal, Fausto estava superbem há apenas alguns instantes e, repentinamente, sofreu um problema. Como diria uma certa pensadora contemporânea, gente velha é um perigo, morre por qualquer coisinha... E assim encerra-se a participação de Tarcísio Meira em A Lei do Amor. Ele, que passou a maior parte do tempo deitado numa cama e vinha formando uma dupla até que divertida com Grazi Massafera (Luciane), quando finalmente deu a volta por cima, morre. Enquanto isso, Chatícia, Mileide, Sansão, Padre Paulo, Edu, Olavo e aqueles frentistas seguem firmes e fortes.


Dudu Camargo fazendo strip-tease no SBT Notícias




Preciso nem comentar, né? Está cada vez mais difícil levar o jornalismo do SBT a sério...

domingo, 18 de setembro de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (11 à 17/9)



   O MELHOR DA SEMANA   


Selma Egrei


 

Por uma triste e infeliz coincidência, a cena em que Encarnação se joga no rio São Francisco para morrer foi ao ar no mesmo dia trágico da morte de Domingos Montagner. Foi algo, de fato, bem estranho de assistir, sabendo que o protagonista da história havia morrido pouco antes naquelas águas. Não vou aqui fazer nenhum julgamento de valor pelo fato da Globo ter exibido esta sequência. O canal não tinha muito o que fazer: este era o capítulo que estava programado para ir ao ar. Muita gente reclamou nas redes sociais, dizendo que era algo meio mórbido e desconfortável, mas o que fazer? Tirar do ar? Cancelar o capítulo? E colocar o quê? Eu sei que é difícil, mas vida que segue. O show não pode parar. E a cena em questão serviu para comprovar o show de Selma Egrei. Aliás, não teve pra ninguém: a atriz dominou Velho Chico essa semana. E ainda honrou com maestria novamente o que é ser uma atriz de qualidade na cena em que Encarnação confessa a Piedade (Zezita Matos, maravilhosa também) que matou Rosa (Rodrigo Lombardi) e pede perdão, recebendo a compreensão dela. Emocionante. Se a Selma Egrei não for indicada aos prêmios de melhor atriz no final do ano, eu não respondo por mim!

Apomara



As cenas de Apolo e Tamara em Haja Coração estão ótimas. Malvino Salvador vem esbanjando química ao lado de Cleo Pires e seu personagem se torna menos insuportável ao lado dela (o mesmo acontece com Mariana Ximenes ao lado do João Baldasserini). Pena que o autor tenha demorado tanto para destacar isso. Betancinha e Apomara: é esse o caminho, Daniel Ortiz!

Penúltima semana de Justiça


Apesar de não concordar com alguns rumos de determinadas histórias, Justiça tem o mérito de exibir uma tensão crescente a cada episódio. A medida que a história vai chegando em sua derradeira semana, vem dando lugar a uma sensação sui generis, em que vemos cair a máscara e o verniz dos personagens, fazendo aflorar seus instintos mais primitivos e reprimidos. Todas as histórias (com exceção de quinta) apresentaram seus melhores episódios até o momento.

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Das cenas dramáticas mostradas até agora em Justiça, a do beijo entre Elisa (Débora Bloch) e Vicente (Jesuíta Barbosa) no final do episódio de segunda (12) talvez tenha sido a que tocou mais fundo por provocar um misto de indignação e reflexão. É sabido desde a estreia da série, há três semanas, que cada uma das quatro histórias contadas de forma intercalada tem a intenção de levar o telespectador a se questionar sobre como agiria se estivesse na pele de cada personagem. Mas mostrar a mãe beijando o assassino de sua própria filha foi uma ousadia da autora Manuela Dias, que desafiou o emocional e o psicológico de qualquer telespectador. 

Mesmo que o envolvimento entre Elisa e Vicente já viesse sendo ensaiado, o "fato consumado" causou impacto. Contrastou com a cena impactante do primeiro episódio em que a professora de direito apareceu em absoluto desespero agarrada ao corpo ensanguentado de Isabela (Marina Ruy Barbosa), morta a tiros pelo noivo no box do banheiro, onde ela o estava traindo com outro. Como a mãe, que durante sete anos se preparou para matar aquele que tirou a vida de sua filha quando este saísse da cadeia, pode agora se entregar a esse mesmo homem?

Estará Elisa sofrendo de uma espécie de síndrome de estocolmo, em que a vítima se apaixona por seu algoz? Na busca desesperada de manter sua filha viva, será que ela vê no assassino da própria a saída para o alivio de sua dor? Ou, sentindo-se incapaz de realmente matar Vicente, mudou os meios usados para atingir sua vingança? Na história de sexta, Maurício (Cauã Reymond) também desistiu de matar o homem que atropelou sua mulher e resolveu fazê-lo sofrer em vida. No entanto, as circunstâncias que envolvem um crime e outro são bem diversas. E as tentativas de buscar atenuantes para o caso de Elisa, como mostrar em flashbacks um lado mais obscuro de Isabela, podem ser apenas armadilhas para despistar a sua passionalidade.

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Fátima (Adriana Esteves) segue com a história mais linda e emocionante de todas e agora finalmente tem seus dois filhos de volta e encontrou um grande amor, Firmino (Júlio Andrade). Numa linda cena familiar, cheguei a chorar no momento em que Jesus (Bernardo Azevedo) resolve cantar "Quero te encontrar" pra mãe e para a irmã tendo o acompanhamento de Firmino ao violão. A história de terça, aparentemente, teve seu fim antes do fim. Vimos o embate dilacerador de Fátima com Douglas (Enrique Diaz), arrependido por todo mal que causou em sua vida; e com Kelly (Leandra Leal), que já descobriu toda a verdade, numa cena heroica de uma mãe defendendo sua filha. O que mais falta acontecer? Estou curioso para saber.


A história de quinta continua como a mais fraquinha da série. Porém, o reencontro de Débora (Luisa Arraes) com seu estuprador (Pedro Vagner) foi forte e angustiante. Deram um show.


Sexta foi a vez do show de Drica Moraes e Antonio Calloni. Os dois se destacaram quando Vânia ameaça entregar o marido para a imprensa, sendo agredida por ele. A cena em que ela é empurrada e sai sangrando e trançando as pernas é incrível. Assim como as que vieram na sequência, quando a sua personagem arma tudo para desmascarar o marido durante sua campanha eleitoral, provocando um panelaço na população. Tudo com Maurício vendo de camarote a queda do inimigo. A cena final, com Vânia desnorteada, abandonada pelo amante, sentindo muito medo, me deu pena. Drica e Antonio ofuscaram o Cauã na história.

Talvez aí esteja mais um ponto instigante dessa série: independentemente do desfecho que será dado pela autora da história, a avaliação pessoal de qual é o crime pior e até que ponto todos são culpados e/ou inocentes vai continuar dependendo do ponto de vista ou das próprias experiências de cada um. O sentimento que move a vingança é algo realmente traiçoeiro. Até que ponto isso pode nos levar? Até que ponto isso pode nos transformar? Até onde podemos ir sem nos tornamos iguais ou pior do que o nosso maior inimigo? Esse é o caso de Maurício.

Ele vingou a morte de sua esposa, mas os caminhos que trilhou se pareceram muito com os de Antenor (Antônio Calloni). Maurício conseguiu dinheiro de forma suja, se aliou a pessoas que seguem caminhos tortos, tentou matar uma pessoa, se envolveu com uma mulher para atingir outra pessoa. À essa altura, o que o difere de Antenor? Agora é esperar o final.

Homenagens a Domingos Montagner


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Muito bonitas as homenagens prestadas a Domingos Montagner pela Globo (em especial, Jornal Nacional, Vídeo Show e Encontro), com os colegas falando lindamente sobre o ator. Aliás, o veículo que fez a cobertura mais séria e respeitosa da morte do ator foi justamente a Globo, que poderia ter aproveitado a morte do protagonista da sua novela das nove para fazer uma longa cobertura, mas não. Deu dois plantões (um para noticiar o desaparecimento e outro para a morte) e bonitas homenagens nos programas da casa e pronto. Cobrir um acontecimento não significa explorar de forma sensacionalista as informações. Até porque, qual a necessidade de parar sua programação para ficar dando notícias repetidas e sem muito fundamento verídico? Pode-se reclamar de muitas coisas da Globo, mas sensacionalismo não é uma delas. (...)

     O PIOR DA SEMANA     


Sensacionalismo na cobertura do caso Montagner


 

(...) Em contrapartida, programas policialescos de humor (?), como o Cidade Alerta e Brasil Urgente, fizeram a festa em nome da audiência (o Cidade Alerta teve seu melhor desempenho no ano e alcançou a liderança no Ibope) e deram um show de falta de profissionalismo, de sensibilidade, de preparo, de tato, de humanidade. Cheguei a ficar constrangido ao ouvir o Luiz Bacci perguntar ao vivo ao general do corpo de bombeiros, que estava no local da tragédia, quanto tempo numa situação dessas um corpo estaria putrefato. A própria autoridade, ao final, falou que isso não vinha ao caso. Teve até entrevista por telefone com a dona do restaurante onde Domingos e Camila Pitanga haviam almoçado antes do acidente. O que ela poderia acrescentar ao caso?! O cardápio que eles almoçaram?! E o que dizer sobre Datena, que chegou a fazer mistério à la João Kleber ao noticiar que um corpo próximo ao local do desaparecimento de Domingos Montagner tinha sido encontrado ("Será que é do ator?")? Lastimável.

Grade da madrugada do SBT


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SBT e suas SBTices. Com o cancelamento do Ok Pessoal para o deslocamento de Otávio Mesquita a um novo projeto na emissora e o fim dos seriados americanos, o Jornal do SBT passou a ser a única atração das madrugadas do canal, sendo transmitido do fim do The Noite, por volta das 2 horas da manhã, até o início do Primeiro Impacto, às 6 horas, só que sendo reprisado (até três vezes seguidas) ininterruptamente. E é esse o "jornalismo que evolui", né...

100% Justin Bieber



Uma verdadeira desgraça o concurso 100% Justin Bieber no Raul Gil. Ver um bando de marmanjos, sem um pingo de vergonha e constrangimento alheio, dublando e imitando alguns passos de dança do Justin Bieber e achando mesmo que são parecidos com ele é de fazer qualquer um se contorcer no sofá. Jura que tem gente que perde tempo assistindo?

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